Uma Cena de Casamento

Uma Cena de Casamento

by Stephen Davey Ref: John 2:1–11

Uma Cena de Casamento

João 2.1–11

Introdução

Existem algumas mensagens que eu prego sabendo que são um tanto controversas. Creio que todos os sermões que preguei em João têm sido assim e este não será diferente. Acho que o que falarei será material suficiente para gerar certa discussão; e, se de fato gerar essa discussão, peço que você seja bondoso comigo e se lembre de que debaixo desse exterior dogmático existe um coração bondoso e amoroso. Se houver alguma dúvida em seu coração, também o encorajo a entrar em contato conosco pelo nosso e-mail e fazer algumas perguntas. Ficarei feliz em tentar ajudá-lo!

Três Palavras para Descrever Milagres no Novo Testamento

Existem três palavras no Novo Testamento utilizadas para descrever o que chamamos de milagres ou evidência de ação sobrenatural. Quando Pedro pregou no dia de Pentecostes, ele usou essas três expressões para descrever o ministério terreno de Jesus Cristo. Veja comigo as palavras de Pedro em Atos 2.22:

...Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais...

Milagres

  • A primeira palavra é “milagres” ou, no grego, dynamis, que significa “poderes” ou “obras poderosas.” João nunca usou esssa palavra no seu Evangelho.

Prodígios

  • A segunda palavra é “prodígios” ou “maravilhas;” no grego teras, usada por João somente uma vez.

Sinais

  • A terceira é “sinais” ou semeion, usada por João dezessete vezes. A primeira ocorrência é em João 2 descrevendo a transformação da água em vinho.

Pedro faz um resumo para nós em seu discurso dizendo que Jesus Cristo empregou todos estes: milagres, prodígios e sinais. Por quê? Para provar a sua divindade. Os milagres de Jesus nunca foram demonstrações vazias de seu poder, fazendo truques para impressionar as multidões; eram, na verdade, sinais miraculosos que apontavam para realidades muito mais profundas acerca de Jesus.

Em João 2, o primeiro sinal é dado por Jesus. O que esse sinal revelou? A fim de evitar qualquer interpretação errada, veja o verso 11:

Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.   

Dois Motivos para o Primeiro Sinal Milagroso de Jesus

O verso 11 nos fornece duas razões ou motivos para a realização desse sinal milagroso:

  • para manifestar a sua glória (seus atributos divinos);
  • para que seus novos discípulos cressem nele.

Que impacto poderoso! Sinceramente, da primeira vez que li essa passagem, não vi nada mais além de Jesus transformando água em vinho. Como a transformação de água em vinho poderia gerar um impacto tão profundo na vida dos discípulos, revelar a glória de Jesus como o Messias esperado e levar seus discípulos a crerem nele? Tudo o que temos é um cena de casamento sem muitos detalhes. Contudo, essa cena é suficiente o bastante para, assim como os discípulos, vermos a glória de Jesus e termos nossa fé fortalecida.

A Cena do Casamento

Vamos começar com o início da história em João 2.1:

Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus.

Pare um minuto. O relacionamento íntimo entre Deus e a nação de Israel é retratado repetidas vezes por meio da figura do casamento. Em Marcos 2, os discípulos de Cristo são comparados a convidados de casamento que se alegram com a chegada do noivo.

A plenitude da era messiânica foi profetizada por Isaías é revelada de maneira bela por meio o símbolo do casamento. Veja em Isaías 62.5:

Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o teu Deus.   

A imagem de uma festa de casamento é utilizada mais tarde por Jesus, em Mateus 22, quando Israel recusa o convite para o casamento; dessa forma, o convite é estendido a todas as pessoas para entrarem no reino de Deus. Nos versos 8 e 9, o Rei diz aos seus servos:

...Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes.   

Portanto, é bastante sugestivo que o primeiro milagre de Jesus, o milagre utilizado na inauguração do convite ao reino, tenha sido um sinal dado numa festa de casamento!

Agora, volte para João 2.2:

Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.

O casamento naquela época era uma celebração grande e bastante longa, geralmente começando a uma hora avançada da noite. Na noite do casamento, a noiva era conduzida da casa de seus pais para a casa de seu novo marido numa forma de procissão e geralmente com uma tocha espetacular levada à frente. Todos os convidados da festa faziam parte dessa procissão. Quando chegavam à casa do noivo, a celebração era realizada e todos os documentos legalizados e assinados. Após bênçãos e purificações necessárias, a festa começava.

Naquela época, não havia lua-de-mel, mas uma semana de celebração com todos os convidados da vila e familiares. Os noivos permaneciam vestidos com suas vestes finas de casamento. Eram tratados como rei e rainha. Usavam também coroas de fantasia feitas de flores. Era uma festa abundante. Numa vida de constante pobreza e trabalho duro, uma semana de festividade como essa era uma ocasião muitíssimo especial.

O verso 2 nos diz que Jesus chegou à festa. Agora, talvez você não veja Jesus como alguém que passaria uma semana celebrando uma festa de casamento. Ele é muito santo para ir para festa, não é? Meu amigo, Jesus não era alguém severo, um estraga-prazeres e ladrão de alegria. Ele tinha um profundo discernimento e senso de humor que soltava sobre os fariseus e religiosos. Ele era o Deus-Homem que amava a vida!   

Creio que seria bom para nós se fizéssemos o mesmo—sermos sempre sorridentes. Li recentemente que crianças riem em média 400 vezes por dia, enquanto adultos riem apenas 20 vezes. Alguns crentes andam sempre de cara fechada e emburrada. Um professor meu certa vez disse que a cara de muitos crentes seria perfeita como capa para o livro de Lamentações. Charles Spurgeon, em seu livro Lições aos meus Alunos, escreveu:

Eu recomendo o bom-humor a todos os que trabalham ganhando almas; um espírito genial e alegre. Mais moscas são pegas pelo mel do que pelo vinagre, e haverá mais almas conduzidas ao céu por aqueles que vestem o céu na sua face do que por aqueles que têm o Hades como sua aparência.

Alguns crentes são assim: se estão na companhia de pessoas que estão se divertindo, imediatamente suspeitam que o motivo da diversão é inconveniente e errado. Jesus não. Aqui está ele, um convidado de casamento.

Agora, a Igreja dos Mórmons interpreta essa passagem de maneira interessante. Eles ensinam que Jesus era polígamo, casado com as irmãs Marta e Maria e que o descendente de um de seus filhos fundou a igreja. Em alguns de seus círculos, há o ensino de que o casamento de Caná da Galileia foi, na verdade, o casamento de Jesus. Essa é uma interpretação totalmente inventada; na verdade, aqueles que se lembram de Jesus em seu casamento merecem uma medalha. Jesus estava entre os convidados. Imagine só, vinte anos depois, esse casal, se recordando da festa de casamento, vê no livro de convidados a assinatura: “Jesus,” ou simplesmente se lembra que ele esteve lá. Uma coisa é certa: sábio é o casal que o convida para o seu casamento.

Mas essa festa quase termina em tragédia. Veja o verso 3:

Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.

No Oriente, vinho era algo essencial em uma festa. Os rabinos ensinavam: “Não há alegria sem vinho.” Não é que o povo era bêbado; na verdade, a embriaguez era vista como uma desgraça e, a fim de evitá-la, o povo era cuidadoso o suficiente e  misturava o vinho com um pouco de água. O vinho também era utilizado como sistema primitivo de purificação de água no mundo antigo.

Passagens como esta levantam a questão da bebida na mente até de pessoas bem intencionadas. Aqui vemos Jesus fazendo vinho. A questão é: “A Bíblia ensina abstinência?” Não. Na verdade, Paulo encorajou Timóteo em 1 Timóteo 5.23: usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago.

Mas o elemento que geralmente é deixado fora da discussão é a diferença entre o vinho da Bíblia e o vinho do mercado de nossos dias. De fato, uma análise mais cuidadosa da Bíblia e da cultura revelam que o que compramos e bebemos hoje se compara com a “bebida forte”, o que é proibido nas Escrituras. Um historiador escreveu:

O vinho hoje tem um nível de álcool muito mais elevado do que o vinho do Novo Testamento. Nos tempos do Novo Testamento, uma pessoa teria que consumir cerca de 2,5 litros de vinho para consumir a mesma quantidade de álcool de um Martini.

Em seguida, o mesmo autor disse:

Em outras palavras, era possível se embriagar com o vinho do Novo Testamento. Todavia, a bebida afetaria a bexiga antes que afetasse a mente.

Aqueles que hoje procuram uma desculpa para consumir a bebida alcoólica moderna não consideram a diferença básica entre o vinho permitido nos tempos de Jesus e as bebidas de hoje.

Qual foi a preocupação de Deus em proibir o uso de bebidas consideradas “fortes”? Veja o que Salomão escreveu em Provérbios 23.31–32:

Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco.

Em suma, como Norman Geisler escreveu:

Apesar de o vinho fermentado ter sido considerado lícito e bebido nos tempos bíblicos, é necessário lembrar que o conteúdo de álcool era muito menor do que o do vinho atual. O que existe hoje não é o vinho do Novo Testamento! Portanto, os crentes devem reconhecer que vinho, cerveja e qualquer outra bebida alcoólica são, na verdade, “bebida forte” e são proibidas nas Escrituras.

Essa passagem de João 2 é frequentemente mal interpretada e aplicada. Muitos dizem: “Bom, se foi bom para Jesus...” ou “Jesus criou vinho...”.

Neste momento, me sinto obrigado a defender o caráter de Cristo. É impossível conceber a ideia de Jesus não somente estar presente numa festa cheia de bêbados, como pensar em Jesus ter criado do nada uma bebida que contribuiria para a embriaguez. Esse pensamento é inconsistente com o seu caráter.

Meu amigo, o que eu vejo como uma tragédia enorme é que, enquanto a sociedade acorda para os perigos causados pelo álcool, a igreja abraça a bebida alcoólica. Como é possível vermos matérias em revistas falando do álcool como uma droga e muitas igrejas pregando o “beber responsavelmente,” o que simplesmente é um outro termo para “moderação”?

Nos Estados Unidos, mais de 500.000 crianças são consideradas alcoólatras e muitas delas deram o primeiro gole dentro da cozinha de sua própria casa. Mais de 50% dessas crianças moram com pais que professam ser religiosos. Não é a primeira vez que a igreja, em nome da liberdade, anula o bom-senso.

O que Jesus está prestes a criar é o vinho mais saboroso de sua época. É sua própria receita e seus próprios ingredientes com as melhores uvas. Será que foi fermentado? Claro, de outra forma a água não teria sido purificada. Era o tipo de bebida forte como a que é vendida hoje? Absolutamente não! De outra forma, Jesus teria violado as próprias Escrituras e, assim, teria pecado.

Daqui a pouco voltaremos à questão do milagre em si. Mas, antes, veja o que Maria disse no verso 3:

Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.

Precisamos entender que, no Oriente, hospitalidade era um dever sagrado. Seria muito humilhante para os noivos se as provisões acabassem. Na verdade, existem evidências extra-bíblicas de que, caso as provisões terminassem durante a festa, a família culpada receberia uma multa. Problema maior ainda seria o simbolismo. Terminar o vinho seria admitir que nem os convidados, nem os noivos estavam felizes. E isso era totalmente vergonhoso!

Maria provavelmente era próxima de uma das famílias dos noivos para se preocupar com o sucesso da festa e até mesmo saber que o estoque de vinho estava acabando. Talvez Maria estivesse ajudando na preparação e serviço do banquete. Ela vai a Jesus à procura de ajuda. Isso não é ruim. Ela havia aprendido que podia confiar na força e sabedoria dele. José não aparece nesta narrativa, o que leva muitos a concluir que, possivelmente, já morreu. A essa altura, Jesus não é mais conhecido como o filho do carpinteiro, mas como o carpinteiro (Marcos 6.3). Aparentemente, o sustento da família depende, até o momento, do trabalho manual de Jesus. Como qualquer viúva, Maria depende muito de seu filho mais velho.

Então Maria, sabendo do poder de Jesus, vai até ele e tenta provocá-lo a tomar alguma atitude. E foi aí que ela cometeu o erro. É interessante que, nos Evangelhos, apenas duas vezes Maria tenta influenciar Jesus como mãe, e em ambas as vezes é repreendida. Veja o verso 4:

Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.   

A entonação nesse verso não é rude, mas abrupta. Jesus chama Maria pelo termo grego gyne ou “mulher”. Poderia ser traduzido como “senhora” ou “querida mulher.” Mas esse termo nunca é usado na literatura grega para o relacionamento entre filho e mãe. Essa não é uma prática dos hebreus ou dos gregos. Na realidade, como um comentarista defende, quando Jesus chama Maria de “mulher” ao invés de “mãe,” ele claramente indica uma diferença no relacionamento entre eles, uma vez que ele agora inicia o seu ministério público. É um termo que expressa separação entre duas partes, mas que permanece cordial. Numa outra ocasião, Maria também tentou influenciar a Jesus como sua mãe, mas também foi repreendida.

O expositor bíblico John Philips escreveu em seu comentário de João:

No tempo em que João escreveu sua literatura, muitos erros do Gnosticimo já estavam penetrando na igreja. Chegaria o dia em que a Igreja Católica Romana proclamaria a doutrina de Maria Imaculada, sem o pecado original. Pela imaginação dos homens e doutrina da igreja, ela seria fisicamente exaltada ao céu. A ela seria aplicado o antigo título babilônio “Rainha do Céu;” seria chamada de “Mãe de Deus.” Seria também proclamada como corredentora e o devoto teria que orar a ela também—segundo a hipótese de que ela possui o atributo divino da onisciência, uma vez que somente alguém onisciente é capaz de ouvir e distinguir e compreender e avaliar as milhões de orações dirigidas a ela em milhares de idiomas diferentes, de todas as partes do mundo, todo dia. O devoto é ensinado que deve orar ou rezar a Maria porque ela era a mãe do Senhor, tinha influência sobre ele e poderia levá-lo a fazer o que ela bem quisesse. Qualquer pessoa que já tenha entrado numa Igreja Católica, visto notícias das atividades recentes do Papa, estudado o catecismo católico ou lido história da igreja, sabe como Maria tem sido elevada às alturas. Muitos ainda se apegam ao dito de um santo da igreja que escreveu: “É da vontade de Deus que recebamos tudo por intermédio de Maria.”

A revista americana Time publicou numa de suas capas em 1991:

Um reavivamento de fé na Virgem Maria está acontecendo no mundo inteiro. Milhões de adoradores estão se juntando diante de seu santuário, muitos dos quais são jovens... o final do século 20 se tornou uma era de peregrinação em direção à Maria.

O registro das Escrituras é bem diferente. O ensino de que Maria está agora no céu recebendo nossas orações e influenciando Jesus na tomada de decisões não tem nenhum suporte bíblico. Na verdade, o registro bíblico sugere totalmente o oposto.

Barclay, tradutor e erudito no grego, traduz o verso 4 da seguinte forma: “Minha senhora, deixe-me resolver isso sozinho.” O único mandamento que Maria deu e foi registrado nas Escrituras se encontra no verso 5. A quem ela disse que devemos obedecer? Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.

Continue até os versos 6 e 7:

Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.

Já nos foi dada a pista de que esse milagre foi um sinal. Em outras palavras, Jesus não transformou água em vinho porque queria salvar a festa; ele tinha uma verdade muito mais profunda a ensinar. Arthur Pink escreve:

O Judaísmo ainda existia como um sistema religioso—havia purificações, mas não ministrava conforto aos corações. Havia se degenerado em algo frio, rotineiro, mecânico, no fundo destituído de alegria em Deus. Israel havia perdido a sua alegria em Yahweh.

Aqui estão umas talhas de pedra, cada uma com capacidade para cerca de 75 litros. As pessoas viriam e os servos derramariam água em suas mãos para a purificação. Isso era uma purificação externa. Agora, Jesus está prestes a dar um sinal com o vinho que há muito tempo representava alegria!

Religião Nunca Trará Alegria

A religião nunca trará alegria! O mundo hoje está cheio de religião fria—cerimônias externas, sacrifícios, oblações, músicas e procissões—e nunca produz alegria. Jesus Cristo veio para dar a mim e a você, não uma nova religião, mas um novo relacionamento. Um autor escreveu: “Ele transforma a água da Lei no vinho do Evangelho, a água do Judaísmo no vinho do Cristianismo.”

Agora, note o verso 8:

Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.

Pare e se imagine como um dos servos. Primeiro eles são mandados encher os cântaros com água e eles enchem até à borda. Depois, Jesus manda que levem alguns desses cântaros ao mestre-sala. Eles devem estar pensando: “Esse Rabino é meio estranho. E o pior: nós vamos levar uma bronca muito grande do mestre porque levamos água de poço para ele!”

Esses servos ilustram você e eu de maneira maravilhosa. Cabe a nós obedecer; é nosso dever encher os cântaros e levá-los a outros; é dever de Cristo transformar a água em vinho.

Continue até os versos 9 e 10:

Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.

Isso se parece comigo comendo bolo de chocolate, um dos meus hobbies prediletos! Na primeira mordida eu saboreio cada detalhe do sabor maravilhoso do chocolate! Na décima mordida é só “mais ou menos.” Na terceira fatia: “Ei, olha, é chocolate!” Da mesma maneira com a bebida boa numa festa como essa.

O que vemos nesses versos é um milagre extraordinário. Todos estão maravilhados e, sem dúvidas, Jesus é reconhecido.

Existem pessoas que negam a realidade dos milagres, como alguns liberais que conheço. De acordo com eles, isso que aconteceu não foi um milagre, mas uma brincadeira que se tornou um fato posteriormente. A Dra. Leslie Weatherhead escreveu:

O vinho terminou. Água é servida. Por que essa é a melhor piada de todas? Eles levantaram suas taças de vinho como fazemos quando nos divertimos e brindamos: “Ki-suco é o melhor de todos!” O noivo é parabenizado pelo mestre da cerimônia, o qual dá continuidade à brincadeira. “Por que você guardou a melhor bebida para o fim?” A única coisa necessária é um servo disposto a espalhar a piada pela cozinha e um grande rumor começa.

Fico me perguntando por que essas pessoas leem a Bíblia e, ainda pior, pregam. Não interessa se ele usa uma batina, que tipo de gravata usa, qual a cor do seu terno, qualquer pregador que nega os milagres nega o Messias Jesus Cristo.

É difícil acreditar que o verso 11 foi o resultado de uma brincadeira. Veja novamente o verso 11:

Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.

Não há como negar a realidade desse milagre; foi sobrenatural; foi a primeira revelação de que esse carpinteiro de mãos calejadas, Jesus, era de fato o Cristo, o Messias—Jesus Cristo.

O Milagre foi um Sinal

Esse milagre foi um sinal:

  • para Maria—de que Jesus não seria mais influenciado por seus laços maternos, mas por seu Pai como pré-estabelecido;
  • para os discípulos—de que Jesus tem poder para transformar os elementos da natureza conforme o seu comando;
  • para os servos, daquela época e de hoje—de que Jesus escolheu realizar suas maravilhas por meio de esforços voluntários de pessoas obedientes;
  • e para todas as pessoas, daquela época e de hoje também—de que Jesus oferece substituir a religião externa e vazia por uma realidade interna e plena de alegria.

Olhe novamente o verso 11. Jesus manifestou sua glória quando transformou água em vinho e, na verdade, deixou um grande presente de casamento aos noivos: cerca de 400 litros de excelente vinho. Com a venda desse vinho, o casal com certeza pôde comprar uma ótima lua-de-mel.

Mas a palavra glória é o termo grego doxa, do qual surgiu a nossa palavra “doxologia.” Com este milagre, Jesus começou a revelar sua divindade, seus atributos, seus poder, sua glória! Por isso, hoje, damos glória a Jesus Cristo porque só ele é digno!

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 17/10/1993

© Copyright 1993 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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