Será que O Cristianismo É O Único Caminho para O Céu?

Será que O Cristianismo É O Único Caminho para O Céu?

by Stephen Davey

Será que O Cristianismo É O Único Caminho para O Céu?

João 14.4–6

Introdução

Nos últimos oitenta anos, o mundo tem passado por muitas mudanças. Se você nasceu na década de 1940, então nasceu antes da invenção da televisão, penicilina, comidas congeladas, máquinas de Xerox, copos de plástico, lentes de contato, etc. Nos últimos oitenta anos, cartões de crédito, o laser, caneta esferográfica, máquina de lavar louças, ar condicionado foram inventados. Oitenta anos atrás, jamais teríamos ouvido falar de dados de computador, chips, creches ou grupos de terapia. Nada de computador, telefone celular, rádio FM, DVD, Blu-ray, coração artificial e iogurte. Oitenta anos atrás, as palavras hardware e software nem existiam em nosso vocabulário. O que tem acontecido em nossas vidas é assustador.

Houve uma mudança brusca em nossa cultura que pegou muitos de surpresa. É uma mudança que afeta algo muito mais fundamental e importante do que nosso cartão de crédito e computador. É uma mudança na nossa maneira de pensar, ou o que chamamos de mudança de paradigmas que demandam não só uma variação no tipo de pasta de dente ou sapatos, como também na religião e crenças. Por exemplo, oitenta anos atrás, grande parte das pessoas em nosso país cria na existência de Deus e que ele era o Deus revelado na Bíblia. Ou você cria nesse Deus ou não cria em deus nenhum. Hoje, a crença comum é que o Deus da Bíblia é apenas um entre os milhares de deuses igualmente válidos em suas reivindicações.

Já no início da década de 1990, quase dois de três adultos afirmavam que a escolha de uma religião em detrimento das demais é irrelevante, uma vez que todas as religiões ensinam basicamente a mesma coisa sobre a vida. Você provavelmente já tenha ouvido pessoas dizerem:

  • “Amo a Cristo tanto quanto você, mas não creio que ele seja o único caminho para Deus. Deus jamais limitaria o caminho para o céu a apenas uma pessoa.”
  • “Eu não acredito tanto assim que o que a Bíblia diz realmente aconteceu. Não preciso “acertar as coisas” com Deus. Essa é só uma questão de interpretação.”
  • “Eu creio que todas as religiões do mundo são, em essência, a mesma coisa. Por que discutir sobre pequenas diferenças?”
  • “Existem muitas coisas que gosto no Cristianismo, exceto o fato de ser tão dogmático e intolerante com as demais religiões.”

Um seu livro Cristo Entre Outros Deuses, o pastor e escritor Erwin Lutzer chamou minha atenção. Ele descreveu sua participação no Parlamento das Religiões Mundiais que se reuniu em Chicago nos antes anterior à escrita de seu livro. Seis mil representantes participaram e todos afirmavam uma mensagem: “Unir ou perecer.” Foi uma convocação para todas as religiões do mundo encontrarem algo em comum e se unirem. Durante as reuniões, o parlamento ofereceu cursos para ajudar pessoas a vencer a ideia de que uma religião é superior às outras, que é, segundo eles afirmaram, “o obstáculo crucial” para a unidade na religião.

O autor Erwin Lutzer fez uma observação bastante interessante. Nos mais de setecentos workshops realizados, Cristo era muito admirado, suas palavras eram citadas e ele foi comparado com bastante prestígio a outros líderes religiosos. Era como se Jesus fosse um iluminado entre os muitos líderes. Apesar de ser respeitado, não era adorado.

Quer gostemos disso ou não, o paradigma no pensamento religioso é o seguinte: “As doutrinas das diferentes religiões não devem ser consideradas como verdades, mas como comprimidos que contêm verdades no seu cerne e que são comuns a todas as religiões. Já que a afirmação da verdade é um obstáculo para a unidade na religião, é melhor falarmos de tradições religiosas do que de verdades religiosas.”

Hoje, nossa sociedade avança mais um estágio, saindo de pluralismo e indo para o sincretismo. Ou seja, você pode escolher um pouquinho de Cristianismo, um outro tanto de Nova Era, outro de Hinduísmo, mais um pouco de doutrinas Protestantes e outro de Catolicismo, misturá-los todos e criar sua religião pessoal que se encaixa no seu estilo de vida, no qual o seu próprio deus o aceita em seus próprios termos. Religião é um buffet de possibilidades. Espiritualidade é outro supermercado onde pode escolher o que quiser.

O que Jesus Cristo está prestes a dizer em João 14 destrói a noção de que posso escolher qualquer caminho que desejar. Jesus Cristo declarará, com palavras bastante claras e dogmáticas, uma afirmação exclusivista que hoje incomoda o mundo.

Se você acompanhou o nosso último estudo, sabe que chegamos ao capítulo 14 de João, o capítulo das respostas. Os discípulos estão perturbados porque Jesus irá deixá-los. E Pedro, em João 13, verso 36 pergunta: Senhor, para onde vais? A fim de trazer alívio aos seus corações, Jesus fala sobre a futura reunião deles no céu.

A próxima pergunta sai dos lábios de Tomé e continuaremos nosso estudo de hoje aqui. Por causa do contexto, vamos começar no verso 1 do capítulo 14 e progredir até a pergunta de Tomé no verso 5:

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?

O professor acaba de ensinar algo, você não entende e fica com vergonha de perguntar para não parecer lento no raciocínio. Isso já aconteceu com você? Pois é; é exatamente isso que acontece aqui com Tomé.

Isso me lembra de uma frase proferida pelo uma vez presidente americano Abraão Lincoln: “É melhor permanecer no silêncio e deixar os outros pensarem que você é tolo do que falar e lhes dar a certeza de que você é tolo.”

Mas ficamos aliviados quando vemos Tomé aqui, levantando a mão e dizendo: “Professor, não entendi. Pode voltar um pouquinho?” De fato, Tomé geralmente leva a fama de ser o lento nessa sala de aula com os discípulos. Fico feliz, contudo, que, ao invés de ser um motivo para repreender Tomé, sua pergunta abre uma oportunidade para Jesus fazer uma das declarações mais poderosas na Bíblia a respeito de si mesmo e do caminho da salvação. A pergunta de Pedro foi: “Senhor, para onde vais?” A pergunta de Tomé é: “Senhor, como chegamos lá?”

A Proposição Divina

Então, Tomé levanta a mão. Veja o verso 5 novamente:

Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?

E o verso 6:

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

Agora, a maneira como Jesus faz essa afirmação é interessante. A resposta de Jesus não foi apenas um pensamento: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” São, na verdade, três pensamentos ou predicados diferentes. Poderíamos traduzi-lo: “Eu sou o caminho... Eu sou a verdade... Eu sou a vida.”

Além disso, cada predicado possui um artigo utilizado pelos gregos para dar ênfase. Você poderia expandir a sua tradução, escrevendo na margem de sua Bíblia a palavra “único.” Seria: “Eu sou o único caminho; eu sou a única verdade; eu sou a única vida.”

O que desejo fazer hoje é ilustrar e explicar cada um dos três pensamentos de Jesus nessa resposta. Seu objetivo foi levar alívio ao coração dos discípulos. Em seguida, destacarei o veredito com o qual Jesus conclui a sua resposta. E posso garantir que esse veredito ou confortará o seu coração perturbado, ou perturbará o seu coração confortável.

  • Primeiro predicado é: Eu sou o caminho.

Lembre-se de que Jesus não disse nesse verso que mostraria aos discípulos o caminho para o céu. Ele disse que era o caminho. E isso é muito mais confortador.

Imagine que você esteja numa cidade que não conhece. Daí, pergunta a alguém: “Ei, você pode me explicar como faço para ir à padaria mais próxima aqui?” “Claro que posso!” a pessoa diz. “Continue até o primeiro cruzamento e vire à direita; siga em frente um quilômetro e vire à esquerda no próximo semáforo; vai reto dois quarteirões, vire à esquerda e a próxima direita; siga aquela rua por mais um quilômetro...”.

Gosto de uma história que Billy Graham contava de quando ainda era um pregador jovem. Ele chegou a uma cidade pequena e precisava enviar uma carta. Ele parou um garoto na rua e lhe perguntou como fazia para chegar aos Correios mais próximos dele. Depois que o menino deu as indicações, Billy Graham agradeceu e disse: “Ei, é o seguinte: se você vier à igreja hoje à noite, pregarei sobre como chegar ao céu.” O menino pensou por alguns e instantes e disse: “Acho que não vou não. Você não sabe nem como chegar aos Correios...!”

Imagine, contudo, que a pessoa a quem você pediu ajuda para chegar à padaria dissesse: “Olha, eu estou com um tempinho agora; posso leva-lo lá.” Nesse caso, o indivíduo prestativo não está mais mostrando o caminho, ele se tornou o caminho; ele não mostra o mapa, ele é o mapa.

Isso é o que Jesus está fazendo. Ele não diz: “Olha, vou dizer qual é o caminho.” Ele diz: “Eu sou o caminho.” Ou seja: “Vou pegá-lo pela mão, guia-lo e conduzi-lo para que não se perca.” 

Jesus diz: “Eu sou o único caminho.” Essa é uma declaração bem exclusiva e dogmática que não deixa brechas para outro caminho a Deus—apenas Jesus.

Em janeiro de 1985, uma mala grande sem identificação foi deixada na alfândega do Aeroporto Internacional de Los Angeles, Estados Unidos. Quando a polícia abriu a mala, se depararam com o corpo de uma mulher não identificada. Já estava morta há dias. Foi descoberto que ela era a esposa de um iraniano que morava nos Estados Unidos. Pelo fato de não ter conseguido visto para entrar no país, ela tentou resolver o problema do seu jeito e tentou entrar no país dentro de uma mala num avião de carga. Apesar de arriscado, o plano lhe parecia simples. Uma tentativa como essa não faz sentido, pois, mesmo que sobrevivesse, não poderia permanecer no país legalmente e seria deportada.

Meus amigos, se num país vemos restrições para entrada, saiba que o céu é muito mais restrito. Não podemos improvisar nossa entrada; se tentarmos, mostraremos nossa estupidez e será fatal. Se você seguir o seu próprio caminho e sua própria estrada para o céu, morrerá—não terá como entrar. Salomão disse em Provérbios 14, verso 12: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte. 

Abra sua Bíblia em Atos 4 e veja as palavras de Pedro durante seu sermão proferido aos líderes religiosos nos versos 10 a 12:

Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós. Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.

Jesus Cristo declarou em João 14, verso 6:

Eu sou o caminho... ninguém vem ao Pai a não ser por mim.

  • Jesus também continuou dizendo no verso 6: “Eu sou a verdade.”

G. Campbell Morgan explica bem como essas três declarações de Jesus se relacionam ao Pai. “Jesus diz: ‘Eu sou o caminho para o Pai. Eu sou a verdade a respeito do Pai.” Em outras palavras, se você deseja saber a verdade sobre Deus, o céu, a vida após a morte, estude Jesus—ele é o caminho para Deus, é a verdade a respeito de Deus e é a própria vida de Deus. Jesus Cristo é a divindade em forma corpórea.

Foi isso o que Paulo quis dizer quando escreveu em Colossenses 2, verso 9: Porque nele [em Cristo] habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Se você quer saber a aparência de Deus, olhe para Jesus; se deseja ter ideia do poder de Deus, observe as obras de Cristo. Jesus Cristo é a representação exclusiva do Pai.

A pergunta é: será que Jesus está falando a verdade? Todos sabemos que os pescadores são mestres em contar lendas, as chamadas “histórias de pescadores.”

Kent Hughes falou sobre o Clube dos Mentirosos que existe num estado americano. Qualquer um pode entrar no clube por um dólar e contar uma boa mentira. Certo homem contou que, uma vez, cortou uma árvore, mas a neblina estava tão densa, tão densa, que a árvore não caiu até que a neblina passou.

Você sabe como a sociedade vê a Bíblia? Como fábulas bem contadas, histórias de folclore. Bom, será que esse carpinteiro de Nazaré está apenas inventando histórias para juntar um grupo de seguidores? Será que são histórias verdadeiras? Será que são histórias de pescadores? Um dos maiores fatores que comprova que Jesus disse a verdade é que os líderes das maiores religiões do mundo estão num túmulo, enquanto o túmulo de Jesus está vazio. Além disso, todas as demais religiões ensinam que devemos fazer um miríade de obras a fim de podermos entrar no céu ou no paraíso. Jesus Cristo foi o único que afirmou: “Você não precisa fazer nada. Somente creia que eu já fiz tudo por você.”

Volte para João 14. Vamos ler os versos 1 a 3:

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. 

Quem faz tudo aqui? Jesus. O que nós fazemos? Nada. Todavia, o que Jesus diz causa problemas porque é algo absoluto e dogmático para um mundo flexível e relativo; porque ele é mente fechada para nosso mundo de mente aberta; porque ele é intolerante para uma sociedade que supostamente aplaude a tolerância.

Certo historiador chamado Arnold Toynbee predisse que os governos do mundo se uniriam, ou por força ou por federação, mas que essa união não seria possível sem uma religião mundial. Segundo ele, o Cristianismo deveria ser purificado de seu “estado mental pecaminoso,” isto é, o seu exclusivismo. O exclusivismo significa que Deus se revelou apenas na Pessoa de Jesus Cristo. Mas não é exatamente isto o que Jesus declarou—que ele é o único caminho, verdade e vida? Gosto do comentário feito por um escritor que disse:

Descobri que, quanto menos as pessoas sabem sobre Cristo, mais elas gostam dele. O bebê na manjedoura toca o coração até mesmo da alma mais cínica. O Sermão do Monte é tratado com reverência. Ele é digno de ser colocado em primeiro junto a outros iguais a ele. Contudo, uma vez que Cristo disse que o mundo o odiaria, podemos ter certeza de que, quando o mundo o ama, é porque transformamos Jesus em algo que ele não é.  

Achamos que todos têm o direito de opinião. Nossa sociedade acredita que toda opinião é igualmente justa e correta. Entretanto, essa ideia é um absurdo e viola as leis da lógica. Por exemplo: se existe uma panela em cima do fogão com água fervendo. Você diz ao seu amigo: “Acho que água está quente.” O seu amigo diz: “Acho que ainda está fria.” Vocês dois concordam que, para você, a verdade é que a água está quente e, para ele, a água está fria. Isso é um absurdo! Ou a água está quente, ou está fria. Um acredita na verdade e o outro na mentira.

Ou talvez você conheça um mórmon. Ele crê que Jesus é irmão de Satanás e apenas um anjo. Você crê que Jesus é Deus encarnado e não é um parente de Satanás. Ambos podem estar errados, mas os dois não podem estar certos ao mesmo tempo. Na Índia, muitos acreditam na existência de mais de trezentos mil deuses. Você acredita que existe apenas um. Os dois não podem estar certos.

Siga o raciocínio. As leis da lógica dizem respeito a matemática, ciências e história, mas, no que tange o mundo espiritual, de repente, existem pessoas muito inteligentes dizendo: “O que você acredita como certo é certo para você, e o que eu acredito como certo é certo para mim.”

Se você quer acreditar que toda árvore, moita ou pássaro é deus, ótimo, você está certo; se acredita que existe um só Deus, um só Senhor e uma só fé, ótimo, você também está certo. Não. Alguém está errado e eu não quero arriscar minha eternidade acreditando numa mentira.

Li sobre um homem que estava viajando pelo interior. Enquanto dirigia, viu um grande celeiro e vários alvos pendurados. Num dos alvos, havia uma flecha bem no centro. Ele ficou admirado. Então saiu de seu carro e foi parabenizar o fazendeiro por sua excelente mira. O fazendeiro respondeu: “Eu não fiz isso. Foi um cara do vilarejo vizinho que passou aqui disparando flechas no meu celeiro. Depois, pintou um alvo bem em cima!”

O mundo ocidental acredita que você pode soltar sua flecha em qualquer direção e o ser supremo benevolente aprovará todos os seus tiros. Mesmo que você atire em seu próprio pé, ainda é o centro do alvo.

Então, se você diz a alguém: “Eu creio em Cristo,” talvez ganhe um certo respeito como uma pessoa que ainda sustenta valores morais. Mas se você disser: “Eu creio que Jesus Cristo é o único Salvador verdadeiro,” se torna um fanático intolerante.

O estado de rebelião de nosso mundo pode ser ilustrado por uma pessoa se afogando em pleno mar. Alguém vem e graciosamente joga uma corda, mas a pessoa insiste que merece uma escolha entre várias cordas, juntamente com a possibilidade de nadar até a praia, se assim quiser. Não. Jesus Cristo disse: “Eu sou. Eu sou o caminho para Deus e sou a verdade a respeito de Deus; ou você me aceita ou perece.”

  • A última parte dessa declaração tripla de João 14, verso 6, é o terceiro predicado: “Eu sou não somente o único caminho e verdade, mas também sou a vida.” 

O apóstolo João parecia estar cativado pela palavra grega zoe, que significa “vida.” Ele a empregou juntamente com seus cognatos aproximadamente cinquenta e seis vezes no seu Evangelho. O próprio Senhor Jesus usou essa palavra pela primeira vez quando disse, como registrado em Mateus 7, verso 14: Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida. Jesus também disse à Marta em frente ao túmulo de Lázaro em João 11, verso 25: Eu sou a ressurreição e a vida. E se você deseja experimentar aqui na terra a vida abundante que Deus planejou para nós e depois a dimensão eterna da vida no céu, existe apenas um único caminho. Cristo diz: Eu sou... a vida; ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.

Enquanto outras religiões pegam homens perversos e buscam melhorá-los, apenas um é qualificado para pegar homens mortos e lhes dar vida. Posso testemunhar que ele é a vida. Posso dizer que nele eu encontrei a vida e experimento a verdade do perdão e a alegria da confiança; conheço a liberdade da vida espiritual e a liberdade da culpa pelo pecado. Jesus Cristo é o fim da sua busca pelo caminho, verdade e vida. 

O profeta Isaías, do Antigo Testamento, disse no capítulo 30, verso 21:

...os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele.

Davi exclamou no Salmo 86, verso 11, dizendo:

Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade...

Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.”

Carson escreveu um poema sobre Jesus dizendo:

Eu sou o caminho para Deus;

Eu não vim iluminar um caminho para que você simplesmente siga a minha trilha;

Qualquer outro caminho é um pântano sombrio ou um engano;

Eu sou o único caminho;

Eu sou o caminho para Deus;

Eu sou a verdade sobre Deus;

Eu não declaro que simplesmente falo a verdade;

Eu reivindico muito mais;

Os homens aplaudem os que declaram dizer a verdade; 

Eu sou a verdade sobre Deus;

Eu sou a vida ressurreta;

Não é como se eu simplesmente possuísse a água que produz vida;

Um elixir mágico que é barato porque muitos não o compram.

O preço da vida foi completamente pago;

Lutei com a morte e com o desespero das trevas;

Porque eu sou a ressurreição e a vida. 

Lembro-me de um noticiário de um jornal local sobre um fogo devastador. A notícia trazia a palavra “tragédia.” E realmente foi uma tragédia. Trinta e oito bombeiros lutaram naquele incêndio enquanto outros doze morreram. Mas o que mais chamou minha atenção nessa notícia foi que as mortes foram resultado de más decisões. Eles tinham apenas segundos para decidir e o pânico trágico foi numa medida que nem posso imaginar.

Conforme li, cada bombeiro carrega consigo em seu cinto um lençol fino. Esse lençol é feito de uma camada fina de folha de alumínio colada numa outra camada fina de vidro. Parece um tecido com menos de dois centímetros de espessura e pesa cerca de um quilo e meio. Quando chega muito perto do fogo, o bombeiro abre o material e se cobre com ele a fim de sobreviver ao calor intenso.

Bom, nesse incêndio que ocorreu numa montanha, as coisas não deram muito certo. Tudo começou a piorar na quarta-feira à tarde. Esses bombeiros conseguiram conter o fogo dentro do limite de menos de vinte hectares. Mas, na quarta, ventos fortes sopraram e, em menos de cinco horas, o fogo devastava oitocentos hectares. Muitos bombeiros ficaram presos. Um deles disse que, de repente, houve uma explosão. O barulho foi muito alto e todos saíram de lá o mais rápido que puderam. O artigo do jornal continua dizendo:

Quando estavam perto de vencer o fogo, os bombeiros foram forçados a fugir pelas chamas para terrenos já queimados. Esses estão entre os trinta e oito que sobreviveram. Mas pelo menos nove dos que morreram tentaram se cobrir com seu material de alumínio, mas o cobertor não foi um escudo poderoso o suficiente para barrar as chamas e o calor sufocantes. Um dos bombeiros resumiu isso da seguinte forma: “Aqueles que usaram o cobertor morreram. Aqueles que correram por dentro das paredes de fogo em direção ao terreno já queimado, conseguiram sobreviver.” 

Meu amigo, quando li isso, pensei na humanidade correndo para salvar sua vida antes que chegue às chamas do julgamento eterno: aqueles que desejam usar seus pequenos cobertores—religião, boas obras, batismo, dinheiro e moral—, digo que eles não serão poderosos o suficiente para resistir ao calor da ira santa de Deus. Os únicos que sobreviverão serão os que correram para o solo queimado—o solo sobre o qual a ira de Deus já queimou. Meu amigo, esse solo é Jesus Cristo, contra quem a ira de Deus já foi revelada e derramada, e todos os que estão em Cristo serão salvos. Como Romanos 6, verso 23 nos diz:

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

O Veredito Divino

Desejo concluir salientando o veredito divino que vem em três partes. 

  • Primeiro, se Jesus Cristo é o caminho, você está perdido, ao menos que siga Jesus.
  • Segundo, se Jesus Cristo é a verdade, você está enganado, a não ser que creia na mensagem de Jesus.
  • E terceiro, se Jesus Cristo é a vida, você não tem esperança, ao menos que receba o presente de Jesus.

Jesus Cristo não um deus entre muitos; ele é o único Deus. Jesus Cristo não é o cerne da verdade divina, ele é a única verdade. Jesus Cristo não um entre muitos caminhos, ele é o único caminho. Porque ele mesmo disse: “Eu sou o único caminho... a verdade... e a vida; ninguém, nem mesmo um, vem ao Pai, a não ser por mim.” 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/08/1994

© Copyright 1994 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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