
Aí Vem o Rei!
Aí Vem o Rei!
João 12.12-21
Introdução
A hora finalmente chegou. Há muita animação. Jesus está prestes a entrar em Jerusalém e a multidão gritará com triunfo: “Hosana!” Contudo, o que o leitor muitas vezes não percebe é que há inúmeras coisas interessantes misturadas em todo esse cenário.
A Reação da Multidão diante do Rei
Vamos começar nossa história em João 12, versos 12 e 13.
No dia seguinte, a numerosa multidão que viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém, tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro...
Flávio Josefo, o historiador judeu do primeiro século estima que, em qualquer páscoa do primeiro século, a população em Jerusalém aumentaria para pelo menos três milhões. Não foram, portanto, apenas poucas pessoas que aclamaram Jesus Rei e, dias depois, clamaram a favor da Sua crucificação.
Precisamos entender o significado do ato dessa multidão.
O clamor do povo
- Primeiro, eles balançam ramos de palmeiras. Essa era uma atividade reservada para a realeza.
A folha de palmeira havia, há muito tempo, se tornado um símbolo sagrado para Israel. “Tamar” era um nome pessoal bastante popular que significava “palmeira do dia.” A folha de palmeira fazia parte da Festa dos Tabernáculos. As moedas dos macabeus eram decoradas com palmeiras e vinhas. Tito, ao destruir Jerusalém, mandou fazer medalhas com um escravo sentado debaixo de uma palmeira simbolizando o cativeiro de Israel.
Apocalipse 7.9–10 é interessante; veja o que os crentes irão fazer:
Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
O que eles estão fazendo? Veja João 12, verso 13 novamente.
[o povo]...tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro, clamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!
“Hosana” é a forma hebraica para “salve-nos agora.”
Os judeus esperavam que Jesus viesse até Jerusalém para expulsar os romanos e restaurar a nação para o governo soberano.
- A segunda coisa que o povo faz é cantar.
Veja a última parte do verso 13.
...Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!
Essa era parte do chamado Hallel, tirado do Salmo 118, verso 26. Todo menino judeu memorizava essa passagem.
Contudo, eles adicionaram algo. Davi simplesmente escreveu: “Bendito o que vem em nome do Senhor...”, mas a multidão acrescentou: “...que é Rei de Israel.”
O que está acontecendo aqui? Israel está recebendo a Jesus na cidade santa e, virtualmente coroando-O seu Rei.
O auge da profecia
Você viu no que Jesus está montado? Veja o verso 14.
E Jesus, tendo conseguido um jumentinho...
Os demais evangelistas nos informam que esse jumento ainda não havia sido domado – ninguém tinha montado nele ainda.
Esse é o cumprimento da profecia de Zacarias, cerca de quinhentos anos antes, no capítulo 9, verso 9. Ele escreveu e João citou no verso 15 do capítulo 12.
Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta.
Isso não somente cumpre a profecia de Zacarias como demonstra o poder de Cristo como Criador sobre a criação. Imagine montar num jumento selvagem!
Num rodeio vemos, por exemplo, os cowboys; eles ficam cerca de sete segundos apenas!
Esse jumento era não somente selvagem, mas também estava com medo. Contudo, aqui está ele, carregando Jesus, com milhares de pessoas andando ao seu redor, jogando mantos no caminho, balançando as folhas de palmeiras e gritando. Que milagre!
A propósito. O jumento era um símbolo real de paz naquela parte do mundo. Jesus, portanto, está dizendo que tem sangue real. Ele é o Príncipe, o Filho de Deus, sim, Ele é o Príncipe da Paz.
Quinta-Feira Santa?!
Veja que João especificou bem os dias da semana. O capítulo 12, verso 1, começa dizendo:
Seis dias antes da páscoa, foi Jesus para Betânia...
E o verso 12 do capítulo 12:
No dia seguinte, a numerosa multidão que viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém
Então, quando foi isso? Quando Jesus chegou a Jerusalém e quando a crucificação aconteceu?
Irei mostrar algumas questões de cronologia hoje. Muitas pessoas ficam desencorajadas com cronologia. Eu mesmo, admito, nunca tive muito interesse. Mas, enquanto estudava para esta mensagem, uma simples questão me incomodou. É algo que Mateus fala em seu evangelho sobre a semana da paixão, relacionada à morte e ao sepultamento de Jesus. Veja Mateus 12, verso 40.
Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.
A questão é: “Como é possível Jesus ter sido crucificado na sexta e ter ressurreto no domingo, antes do amanhecer?”
Sabemos que os judeus, em seus escritos, consideravam uma porção do dia ou da noite como um dia inteiro ou noite inteira. Não há problemas com isso.
Mas o problema está no fato de Mateus ter dito que Jesus passaria não somente três dias no túmulo, mas três noites! Se Cristo foi crucificado na sexta à tarde, resta-nos apenas sexta e sábado à noite, sem chances para uma terceira noite.
O que vi durante meu estudo foi uma série de debates e argumentos. Muitos bons estudiosos debatem entre si sobre o assunto. Eu encontrei pelo menos quatro cronologias distintas a esse respeito.
Um teólogo chamado Frederick Godet colocou a ressurreição na segunda, a fim de encontrar espaço para uma terceira noite.
Outro teólogo diz que não podemos ver isso de maneira literal. Às vezes, dia e noite se referem apenas a porções de um ou de outro.
Entendo que essa questão é de menos importância. O importante é que Jesus morreu na cruz e depois ressuscitou.
Então, qual é a melhor resposta? Eu darei uma cronologia que penso ser a melhor por um motivo principal. Creio que existe uma vantagem boa o suficiente para gastarmos um tempinho falando sobre isso. Aguenta aí comigo porque depois iremos tirar algumas conclusões interessantes.
Existem três passagens importantes a serem consideradas.
- A primeira, Marcos 15, versos 42 a 43, da qual a igreja retira a posição tradicional.
Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio... e pediu o corpo de Jesus.
A visão tradicional advoga firmemente que Jesus foi crucificado na véspera do sábado. Contudo, um simples fator é geralmente desconsiderado. É que, durante celebração da Páscoa, havia dois sábados.
Em Levítico 23 havia o sábado observado durante a celebração da Páscoa, chamado “grande sábado.” Os judeus deveriam descansar naquele dia da mesma forma que descansariam num outro sábado qualquer. Será que é possível que, naquele ano, o grande sábado da Páscoa tenha caído na sexta-feira? Isso tornaria possível o fato de Marcos estar se referindo ao sábado pascal e não ao sábado semanal.
A resposta é sim. E duas passagens bíblicas servem como suporte.
- A primeira é Mateus 28, versos 1 e 2.
No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela.
A palavra “sábado” muitas vezes aparece no plural “sábados” no original grego, o que torna a passagem um quebra-cabeças para os comentaristas. Muitos tradutores modificaram para o singular. Mas, não existe problema se o sábado pascal e o sábado semanal naquele ano caíram na sexta e no sábado convencional. Assim, as mulheres não poderiam ungir o corpo de Jesus até o final do período sabático, o que, nesse caso, seria dois dias depois.
- A próxima pista é mais conclusiva. Veja João 19, versos 30 a 33.
Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
Você viu? Os líderes judaicos queriam Jesus e os demais sepultados naquela noite, pois estavam se preparando para o sábado. Graças a Deus por João, o único evangelista que nos informa que aquele sábado não era o sábado semanal, mas o “grande sábado.”
Essa é, portanto, a cronologia que eu creio ser a correta. Eu não estou sozinho nessa posição. Muitos exegetas me ajudaram nessa minha conclusão.
Talvez a pergunta que você esteja se fazendo agora é: “E qual é a importância de tudo isso?”
Estamos celebrando na sexta o que deveríamos celebrar na quinta. Quero mudar a sexta-feira santa para quinta-feira santa? Não, de forma alguma. Da mesma maneira que não mudo o dia 25 de dezembro. O que importa é que estamos celebrando a morte e a ressurreição de Jesus.
Gastei esse tempo para poder fornecer a você o contexto correto de João capítulo 12. E que contexto bonito!
Vamos, entretanto, dar primeiro uma olhada em outra passagem. O texto que deu as instruções para a celebração da Páscoa. Talvez você se recorde do contexto da primeira Páscoa, no livro de Êxodo, capítulo 12. O anjo da morte estava vindo. Qualquer um que desejasse que seu primogênito vivesse deveria escolher um cordeiro, matá-lo e passar o seu sangue nos umbrais das portas. Onde houvesse sangue, o anjo da morte passaria por cima e não mataria o primogênito.
Moisés mandou que os israelitas escolhessem seu cordeiro no décimo dia do mês Nisã. Deveriam guardar o cordeiro até o décimo quarto dia e matá-lo no final da tarde.
Veja em Êxodo 12, versos 3, 5 e 6.
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. O cordeiro será sem defeito, macho de um ano... e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde.
No decorrer das gerações, os líderes judeus ensinaram o povo a seguir as mesmas instruções dadas por Moisés na primeira páscoa. Então, nos tempos de Jesus, no décimo dia de Nisã que, nesse ano caiu no domingo, as pessoas já escolhiam o seu cordeiro quando vinham para Jerusalém.
Josefo nos informa de um censo que calculou quantos cordeiros foram mortos numa Páscoa do primeiro século. Cerca de 256.000. Se um cordeiro servia para uma família de dez pessoas, havia cerca de três milhões de pessoas em Jerusalém para a celebração da Páscoa.
De acordo com essa cronologia de eventos, no mês de Nisã ou Abril:
- Domingo, o dia dez – os cordeiros pascais são trazidos a Jerusalém – Jesus chega.
- Quinta-feira, o dia catorze – os cordeiros são mortos – Jesus é crucificado.
- Sexta-feira, o dia quinze – a nação descansa em sua libertação – a penalidade pelo pecado está paga.
O que está acontecendo na quinta-feira, o dia antes do grande sábado? Jesus está pendurado na cruz! O Cordeiro de Deus está pagando o preço pelo pecado do mundo. Ao mesmo tempo, os judeus estão matando seus cordeiros como recordação da libertação da escravidão do Egito. Jesus é o último Cordeiro Pascal – eles simplesmente não viram a ligação.
Na sexta-feira, dia quinze, o povo descansou no grande sábado. Foi um descanso que comemorava sua redenção. E Cristo no túmulo mostrava que a dívida pelo pecado estava paga – a humanidade poderia agora descansar eternamente em seu Redentor!
Mas note que no sábado antes de tudo isso, os judeus levavam seus cordeiros para a cidade. E quem está no meio de tudo isso? Jesus! E Ele está cercado de cordeiros que morreriam como lembrança da redenção passada do povo de Israel.
“O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” está entrando em Jerusalém. Dá para entender essa cena? Ele, o último sacrifício, o Cordeiro do céu, está cercado de milhares de cordeiros sacrificiais.
Que cenário! Até nos mínimos detalhes, o plano de Deus é perfeito e belo!
Agora entenda que eu e você temos a narrativa completa, tudo bonito. Mas não foi assim com os discípulos confusos. Somente depois eles encaixaram as peças desse grande quebra-cabeças. Veja em João 12, versos 16 a 18.
Seus discípulos a princípio não compreenderam isto; quando, porém, Jesus foi glorificado, então, eles se lembraram de que estas coisas estavam escritas a respeito dele e também de que isso lhe fizeram. Dava, pois, testemunho disto a multidão que estivera com ele, quando chamara a Lázaro do túmulo e o levantara dentre os mortos. Por causa disso, também, a multidão lhe saiu ao encontro, pois ouviu que ele fizera este sinal.
Em outras palavras, a notícia se espalhou – Lázaro está vivo, o grande milagre que revela como autêntica a identidade de Jesus como Deus.
A Reação dos Líderes Religiosos diante do Rei
E os líderes judeus?
Volte para João 11, verso 53.
Desde aquele dia, resolveram matá-lo [Jesus].
Veja o capítulo 12, verso 10.
Mas os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro.
E o verso 57 do capítulo 11.
Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para, se alguém soubesse onde ele estava, denunciá-lo, a fim de o prenderem.
Ah! Aqui estão eles, nos cantos, forçados a permanecer quietos enquanto as multidões saúdam o seu Rei. Que ironia!
O desespero dos líderes religiosos.
Veja o que eles dizem, em total frustração, no verso 19.
De sorte que os fariseus disseram entre si: Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o mundo após ele.
A palavra “vede” poderia ser traduzida, “Veja esta cena.” “Queremos matá-lO e o povo quer coroá-lO.”
Gosto muito quando vejo os incrédulos que querem silenciar o Filho de Deus e acabam contemplando o Filho de Deus sendo honrado.
Eu e minha esposa assistíamos ao funeral do presidente Nixon, nos Estados Unidos. Podíamos ouvir as orações e ver as procissões de milhões de pessoas. Geralmente as pessoas aproveitam esse tempo para ridicularizar e diminuir os valores morais do Cristianismo.
Daí, Billy Graham subiu no palco para pregar. Muitos que rejeitavam a Deus estavam assistindo, a mídia liberal forçada a filmá-lo, políticos corruptos assistiam sentados enquanto Billy Graham pregava o evangelho de Jesus Cristo; ele chamou todos de, “Pecadores que precisam de um Salvador.”
Penso também na Rádio TransMundial que agora usa a base de propaganda de Hitler como estação de rádio para pregação do evangelho.
Penso na Romênia, antes um país ateu governado por um homem que odiava Deus. Após a morte desse tirano, sete homens se formaram no seminário de Arad. Um deles era pastor em Zalow que havia sido perseguido pelos comunistas. Foi envenenado com veneno de rato; todos os cômodos de suas casa tinham escutas; e agora ele, juntamente com outros dentistas, um engenheiro e um editor de jornal se formavam para pregar o evangelho.
No verso 19 os que odiavam a Jesus foram obrigados a assistir de pé e ouvir a nação cantando louvores ao seu Messias. E os líderes só podem chorar e dizer: “...Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o mundo após ele.”
Meu amigo, grave isso. Opor-se a Cristo é missão perdida. Você não pode frustrar os planos soberanos de Deus. Deus não está preocupado com as decisões liberais de nossos governos, nem nervoso com as muitas seitas que se levantam; Deus não está convocando um reunião de emergência da Trindade.
Em cada geração haverá pessoas que farão de tudo para se opor, rejeitar e ridicularizar Cristo. Estão nas universidades, no jornalismo, as editoras de livros e em púlpitos de igrejas liberais. Mas a única que conseguirão destruir no final será eles mesmos.
Penso no filósofo francês ateu Voltaire que disse: “Vocês viram o que um judeu fez para criar o Cristianismo; e eu vou mostrar o que um francês fará para destruir o Cristianismo.”
Com a caneta Voltaire atacou os exércitos do céu. O curioso é que, depois da sua morte, a Sociedade Bíblia de Genebra comprou a sua casa e a transformou num centro de distribuição de Bíblias.
Neste momento, os fariseus deveriam ter mostrado a bandeira branca pedindo trégua e se render aos pés do Messias. Numa outra ocasião veremos por que eles não se renderam a Cristo.
Agora, não é coincidência o que João escreve no parágrafo seguinte. Lembre-se que no verso 19, os fariseus disseram: “...aí vai o mundo após ele.”
A Reação dos Gentios Gregos diante do Rei
Daí, no verso seguinte, representantes do mundo gentio vêm para uma entrevista.
A posição representativa desses gregos.
Agora veja os versos 20 e 21.
Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus.
Por que ir até Filipe? Porque Filipe era um discípulo com nome grego. Na verdade, o nome “Filipe” havia se tornado bastante popular entre os gregos por causa do Rei Filipe, pai do grande conquistador grego Alexandre o Grande. Então esses gregos chegaram até Filipe e pediram uma reunião com Jesus.
O pedido enérgico.
O verbo no verso 21 “rogaram” poderia ser traduzido como, “ficaram pedindo, rogando.”
Por que essa hesitação por parte de Filipe? Por que primeiro pedir o conselho de André no verso 22, que diz:
Filipe foi dizê-lo a André...
- Primeiro – ele não tinha certeza se um gentio tinha o direito a um Messias judeu.
- Segundo – com todas aquelas pessoas gritando o nome de Jesus, certamente Ele não iria querer vê-los – Jesus era famoso agora.
Aos olhos humanos, quando você se torna grande e famoso, você também se torna pouco acessível. Você se isola em seu mundo privado, em seu iate particular, em seu jatinho particular, em suas festas particulares. Assim que um rei iria viver, difícil acesso!
Mas Jesus muda tudo isso e se diz disponível. Por que? Porque João 3, verso 16 diz:
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Jesus nunca mandou embora alguém que disse: “Preciso ver Jesus.”
Além disso, essa é uma mensagem sutil de que o evangelho seria tanto para judeus como também para gentios.
Bom, se pudéssemos adiantar o filme, vemos que:
- Essa entrada em Jerusalém leva à rejeição de Jesus; mas sua próxima entrada em Apocalipse leva à Sua coroação;
- Essa entrada deixou Jesus sozinho, pois até Seus amigos o deixaram; mas a chegada final trará um momento no qual, de acordo com Filipenses 2, versos 10 e 11: “...todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.”
- A multidão no evangelho de João coroa Jesus com espinhos; mas, no Apocalipse de João, veremos Jesus assentado no trono de Davi em todo esplendor.
Isso nos deve ensinar que os eventos neste tempo, os movimentos das nações, a rejeição e aceitação de Cristo são todos direcionados pela mão soberana de Deus. Ele planejou esse dia antes da fundação do mundo.
A pergunta é: “Você já faz parte do grupo de redimidos?”
A última entrada de Jesus na Nova Jerusalém se tornará realidade assim como essa se tornou. De que lado você estará?
O que posso fazer é orar na esperança que você levante sua bandeira de rendição diante do Rei e que você esteja um dia no meio daqueles que, no Reino Celestial, cantarão, como vemos em Apocalipse 5, verso 12:
...Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.
E João continua, nos versos 13 e 14:
Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos... Amém!...
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 29/05/1994
© Copyright 1994 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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