
Nada Mais Satisfará... Nada Menos Durará!
Nada Mais Satisfará... Nada Menos Durará!
João 6.22–71
Introdução
No capítulo 6 de João, versos 1 a 21, Jesus Cristo chegou na cidade de Tiberíades e lá, às margens do mar da Galileia, realizou um milagre. Com cinco pães e dois peixes, Jesus alimentou cerca de 20 mil pessoas. O povo ficou tão maravilhado que quis proclamá-lo rei. Mas Jesus se retirou e, no dia seguinte, aportou em Cafarnaum juntamente com seus discípulos. Não demorou muito, contudo, para se espalhar a notícia que Jesus estava em Cafarnaum e o povo afluiu mais uma vez até o Mestre.
Vamos dar continuidade ao nosso estudo em João, capítulo 6, verso 26:
E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?
Jesus ignorou a pergunta. Veja o que ele respondeu no verso 26:
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.
A comida era algo muito importante para esse povo porque suas vidas estavam centralizadas na agricultura. Imagine um líder que pudesse providenciar o essencial para a vida física—comida!
É difícil entendermos isso. Para nós, uma boa refeição não é grande coisa, pois podemos facilmente fazer uma comida. Pão, por exemplo, encontramos em qualquer lugar. Mas não era assim nos tempos de Jesus. Pão era sinônimo de trabalho e suor; não era nada fácil conseguir fazer pão. A comida de graça que Jesus providenciou significou um bilhete instantâneo para a aposentadoria. Portanto, o povo seguia Jesus, como vemos no verso 26b, porque comestes dos pães e vos fartastes.
A fim de entendermos o tipo de emoção, imagine Jesus Cristo aparecendo diante de nós hoje e dizendo que é o Messias. É, sabemos que ele mora em nossa cidade, sabemos em qual escola ele estudou, e já o vimos suado, com suas mãos calejadas e com farpas de madeira na sua carpintaria. Agora, imagine que ele nos desse uma nota de um real e essa nota se multiplicasse e virasse dez mil reais em nossa carteira. Qualquer pessoa seguiria Jesus... mas pelo motivo errado. E é isso que Jesus deseja ensinar nessa passagem. Veja o verso 27:
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
Jesus disse: “Não trabalhe pela comida física, mas pela comida eterna.”
Agora veja o verso 28:
Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus?
Que pergunta comum! Que obras faremos para receber a vida eterna? E Jesus responde, no verso 29:
Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que...
...seja batizado e frequente uma igreja... faça o seu melhor e não cometa nenhum crime...
Não! A obra de Deus que dá vida eterna é esta:
...creiais naquele que por ele foi enviado.
Agora, os judeus sabiam que Jesus estava relacionando esse ensino consigo mesmo. Então perguntaram nos versos 30 e 31:
Então, lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.
O pano de fundo para essa pergunta é o ensino dos próprios rabinos. Eles ensinavam ao povo, dizendo: “Como foi o primeiro redentor (Moisés), assim também será o último redentor. Da mesma forma como o primeiro fez descer maná do céu, também o segundo fará cair pão do céu.”
O que me deixa maravilhado é que os líderes não entenderam a conexão entre as multiplicação de pães e peixes com o maná do deserto. Por quê? Porque, creio eu, estavam em busca de um maná literal!
Havia ainda outra crença ou superstição circulando na época, um ensino antibíblico que tornava as coisas ainda mais confusas. Era a crença de que um pote com maná havia sido guardado no primeiro templo, dentro da arca, e que, quando o templo foi destruído, Jeremias pegou o pote de maná e o escondeu. Eles criam que, quando o Messias chegasse, ele encontraria o pote e faria render o maná do pote como um sinal de autenticidade. Com esse pano de fundo, percebemos que eles, com efeito, pediam que Jesus produzisse maná, quando disseram: “Dá-nos um sinal!”
A resposta de Jesus está nos versos 32 e 33:
Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.
Jesus faz uma distinção nesses versos: o maná do céu foi uma provisão temporária (eles comeram do maná e morreram), enquanto o pão de Deus é uma provisão eterna (quem comer nunca morrerá).
Continue até o verso 34: Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Isso parece familiar para você? Em João capítulo 4, Jesus disse à mulher no poço: “Posso dar a você água viva”, e ela disse: “Dá-me dessa água para que eu não tenha que vir mais a este poço pegar água!” Essas pessoas estavam dizendo a Jesus: “Você pode nos dar pão que durará eternamente e que resulta em vida eterna?! Nós queremos desse pão!” Veja o verso 35:
Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
Jesus disse: “Eu sou o pão da vida eterna!”
A propósito, essa é a primeira das sete declarações de Jesus no Evangelho de João que começa com a expressão ego eimi. Esse é o nome de Deus primeiramente registrado no Antigo Testamento: “EU SOU.”
Jesus disse: “Eu sou”
- o pão da vida (6.35);
- a luz do mundo (8.12; 9.5);
- a porta (10.7, 9);
- o bom pastor (10.11, 14);
- a ressurreição e a vida (11.25);
- o caminho, e a verdade, e a vida (14.6);
- a videira (15.1, 5).
Jesus Cristo escolheu diversas metáforas para se referir a si mesmo e ao plano de salvação que está revelando.
Agora, continue aos versos 36 e 37:
Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes. Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
Esses são versos interessantes que nos ensinam duas coisas:
- eleição soberana; e
- responsabilidade humana.
Agora, de nossa perspectiva humana limitada, não conseguimos entender como a soberania divina e a responsabilidade humana se harmonizam. Parece que Deus não tem esse problema. Com ele, não existe conflito algum. Ambas as verdades são ensinadas nas Escrituras.
Certa vez um membro da igreja perguntou ao pregador inglês Charles Spurgeon como reconciliar essas duas verdades. Ele respondeu: “Eu não tento reconciliar amigos... nunca é necessário.” O perigo vem quando enfatizamos uma verdade mais do que a outra.
Gosto de pensar na salvação, eleição soberana e reponsabilidade humana com a perspectiva de um corredor e uma porta à frente. Na parte de cima da porta está escrito: “Para quem quiser entrar.” Você pensa: “Ah, eu vou entrar,” e entra por aquela porta. Do outro lado, você olha para trás e descobre a verdade de que foi “eleito antes da fundação do mundo.” “Oh, eu sou um dos eleitos por Deus!”
Daí, tenho certeza que você não irá correr de volta para o outro lado e apagar a frase: “Para quem quiser entrar” e escrever: “Só os eleitos podem entrar.” Não! E aí jaz uma maravilha das Escrituras. A mensagem para o crente em Efésios 1, verso 4 é:
Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo...
Você foi escolhido por Deus, pela sua graça, antes da fundação do mundo.
A mensagem para o mundo se encontra em João 3, verso 16:
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
A mensagem para o mundo também está em Atos 16, verso 31, que diz: Creia no Senhor Jesus e serás salvo. Deus nunca nos concedeu a responsabilidade de saber quem são os eleitos, mas nos encarregou com a mensagem de pregação do Evangelho ao mundo.
Li um artigo recentemente que dizia que existe mais de 11 mil povos que nunca foram alcançados pelo Evangelho. Se montarmos equipes missionárias, cada uma com 10 missionários, precisaríamos de 110 mil missionários. Muita gente, não é? Mas esse número não é nada se comparado ao número de crentes em nosso país hoje.
O desafio para cada crente é o seguinte: nunca descanse em sua eleição, mas trabalhe na evangelização.
Agora, continue até os versos 40 e 41:
De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
Três Problemas com a Mensagem de Cristo
Agora, precisamos saber que três coisas no discurso de Jesus incomodaram muito os judeus presentes naquele dia.
- Primeiro, os judeus estavam decepcionados com o histórico familiar de Jesus.
Veja o verso 42:
E diziam: Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu?
Em outras palavras: “Não pode ser! Ele não tem cara de ser o Messias!”
Imagine, por um instante, um parente seu rico, morrendo e deixando você no testamento dele. Na manhã seguinte, um envelope branco é deixado debaixo da sua porta. Você abre o envelope, dá uma olhadinha e vê um cheque de 100 mil reais! É um cheque de 100 mil reais. Mas o envelope é um envelope tradicional, nada de especial. Um canto do envelope está amassado e até rasgado, sujo. Daí você diz: “Olha, se você vai me dar 100 mil reais, só aceito se estiver num envelope de seda perfeito, com as minhas iniciais gravadas em letras douradas. Muito obrigado, mas pode ficar com seu dinheiro!” Você nunca faria isso! Mas é isso o que esses judeus estão fazendo com a vida eterna. Em outras palavras: “O que ele diz soa como palavras messiânicas, mas o seu histórico não é o que esperamos de um Messias. Sua aparência não é a de um Messias. Será que ele pode oferecer vida eterna? Não, ele não passa de um simples carpinteiro.” Eles estavam incomodados com o fato de o Messias ser um envelope comum.
- A segunda coisa que incomodou a audiência judaica foi a confusão gerada pelas metáforas de Jesus.
Veja os versos 47 a 50:
Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça.
Pule até o verso 52:
Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
O problema dos judeus é que eles não conseguiam enxergar além da metáfora propriamente dita. Comer a carne de Jesus?! Beber seu sangue?! Muito esquisito! Ao menos que entendamos a analogia feita por Jesus entre ingerir pão físico e ingerir pão espiritual.
Agora, alguns entendem essa passagem literalmente como comer a carne de Cristo—algo que supostamente ocorre misteriosamente durante a Ceia. Essa é uma doutrina católica chamada transubstanciação, a qual ensina que o fruto da videira e o pão da comunhão se tornam o corpo e o sangue de Cristo.
Será que Jesus está falando sobre tomar a Ceia aqui? De forma alguma! Ele está ensinando sobre a salvação. Como eu sei disso? Bom, vamos olhar rapidamente o verbo grego aqui.
Suponha que eu diga para você: “Já terminei meu almoço.” Qual é o verbo? Almoço? Não; “terminei” é o verbo. Bom, em português, posso entender que você simplesmente almoçou mais cedo hoje. Mas no grego a forma verbal pode nos fornecer muito mais informação do que isso. Poderia dizer em grego: “Já terminei meu almoço,” e o verbo poderia significar: “Já terminei meu almoço, mas ainda estou comendo.” Ou: “Já terminei meu almoço, mas ainda sinto os efeitos da comida.” Ou mesmo: “Já terminei meu almoço pela última vez, pelo resto da minha vida.” Deu para entender?
O verbo grego no texto está no aoristo. Veja os versos 50 e 51:
Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer...
(de uma vez por todas)
...não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer...
(uma vez)
...viverá eternamente.
Pule até o verso 53:
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem...
(uma vez)
...e não beberdes o seu sangue...
(uma vez)
...não tendes vida em vós mesmos.
Quantas vezes você toma a Ceia? Quantas vezes for oferecida! Quantas vezes você é salvo? Apenas uma, para sempre.
O princípio da ingestão é consistente com o Novo Testamento inteiro. Da mesma forma que como pão físico para viver fisicamente, Cristo me convida a comer pão espiritual—sua carne—, a fim de que ele viva espiritualmente em mim.
O apóstolo Paulo escreveu em Gálatas 2, verso 20:
Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
Então, isso significa que eu também fui ingerido para dentro do corpo de Cristo, de maneira que ele vive dentro de mim e eu vivo dentro de seu corpo.
Se você nasceu no estado de São Paulo, você é chamado paulista; se no Pará, paraense; se em Pernambuco, é pernambucano. Eu e você somos chamados cristãos porque nascemos de novo e vivemos dentro do corpo de Cristo e Cristo vive em nós! Portanto, esta é a metáfora: Jesus faz uma analogia entre comer da sua carne e comer pão.
Comer Comparado à Salvação
Vamos comparar o ato de comer à salvação. Qual é a semelhança?
- Ambos são feitos a fim de viver; ambos são necessários à vida.
Para termos algum benefício nutricional de um churrasco, precisamos comê-lo. Posso entrar numa churrascaria, segurar a carne, cheirar, admirar e analisar o processo de assar a carne, mas ainda continuarei com fome se não comer a carne.
O mesmo se aplica a Cristo. Você pode admirá-lo à distância, falar sobre ele, carregar a sua receita para todo lugar, mas, até que você creia nele e o receba como Salvador, você continuará com fome por toda a eternidade.
- Outra similaridade é que tanto comer pão físico como receber Cristo é uma resposta a uma necessidade.
Como é bom comer com fome! Mas, quando você está cheio, a mesma coisa que o satisfez agora você repudia até o cheiro.
Da mesma forma, aqueles que estão cheios das coisas deste mundo não têm nenhum apetite por Cristo; aqueles que finalmente descobriram o vazio do mundo vão a Cristo, compartilham dele e acham satisfação real nele.
- A última analogia é que ambos são feitos por meio do envolvimento pessoal.
Ninguém pode comer por você, não é? Não posso comer pelo meu filho. Por mais difícil que seja às vezes fazer meu filho comer, tenho que levá-lo a comer para que seja alimentado e viva. Da mesma forma, ninguém pode comer o pão da vida por você; ninguém pode participar de Cristo em seu lugar. Você mesmo precisa comer do pão da vida que é Cristo.
- Bom, os judeus estavam decepcionados com o histórico familiar de Jesus e confusos com as metáforas feitas por Jesus. Finalmente, eles também estavam incomodados com o desafio feito por Jesus.
Veja o verso 60:
Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
A palavra grega para duro é skleros, que não significa “difícil ou duro de entender,” mas “difícil ou duro de aceitar.”
Neste ponto, os seguidores de Jesus sabiam muito bem que Jesus estava afirmando ser o pão de Deus que veio do céu e que ninguém poderia viver eternamente sem se submeter a ele.
Muitas pessoas hoje recusam receber a Cristo, não porque seja intelectualmente complicado, mas porque Jesus desafia suas vidas.
Três Reações À Mensagem de Cristo
Na última parte desse capítulo, vemos três reações à mensagem de Jesus Cristo.
- Uma reação foi abandonar Jesus. Alguns abandonaram Jesus.
Veja o verso 66:
À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.
Agora, entenda que o termo discípulos, mathetes, significa “pupilo,” “aprendiz.” Essa palavra se refere tanto aos discípulos fiéis, como também aos seguidores instáveis e temporários.
- Uma segunda reação seria trair Jesus. Muitos futuramente o trairiam.
Veja o verso 64:
Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair.
Posteriormente, falaremos mais sobre a traição de Jesus.
- Finalmente, a terceira reação foi crer em Jesus. Muitos colocaram sua fé em Jesus.
Veja os versos 67 a 69:
Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.
Que declaração maravilhosa! “Para quem iremos? Quem mais pode nos satisfazer, agora que já experimentamos do pão da vida?” Ninguém mais pode satisfazer nossas necessidades mais profundas.
Conclusão
Quando começou sua carreira incrível, ele era um refugiado de dezessete anos de idade, com 200 reais de recompensa por sua cabeça e uma fome insaciável por sucesso. Sua família havia perdido uma fortuna enorme quando foi forçada a sair de sua terra natal. Agora, esse adolescente e sua família chegaram na América do Sul para começar tudo do zero. Anos depois, com vinte e cinco anos de idade, esse jovem já tinha não só lucrado milhões, mas também conseguido a reputação de um homem determinado e implacável. Viveu a flor da idade cercado de luxo e prazer. Virou manchete mundial quando casou com a viúva do então assassinado presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. A filosofia de Aristóteles Onassis foi captada em uma de suas rápidas declarações: “Tudo o que vale é o dinheiro. A realeza, agora, são as pessoas que têm muito dinheiro.”
E dinheiro ele tinha. No ápice da sua carreira, em 1973, seus bens foram estimados em mais de um bilhão de dólares. Estava cercado por coleções de obras de arte valiosíssimas, inúmeras propriedades e os iates mais luxuosos do mundo. Mas naquele ano, seu filho, o herdeiro de toda sua fortuna, foi assassinado. De repente, todas as suas posses e seus bens passaram a ter pouco significado, não trazendo nenhum conforto ou satisfação. A revista americana Time relatou:
Ele envelheceu da noite para o dia. De repente, tornou-se um velho. Em seus negócios, ele ficou totalmente distraído, irracional e petulante, o que não era característico dele.
Muitas decisões ruins e a economia pobre o levaram a perder aproximadamente oitocentos milhões de dólares em apenas um ano. Não muito tempo depois, Aristóteles Onassis morreu, sem nunca ter encontrado nenhuma satisfação.
Um escritor que fez uma biografia de Aristóteles Onassis escreveu estas profundas palavras:
Ele continuamente e a todo custo seguia um princípio básico de sua religião: satisfazer seu próprio ser. Contudo, o que ele realmente queria, nunca pôde comprar: a misericórdia [de Deus].
Você já recebeu a misericórdia de Deus? O que constitui o seu deleite hoje? Se ainda não comeu do pão da vida, você sempre estará com fome. Ouça as palavras de Davi, que escreveu no Salmo 107, versos 1 e 9:
Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre... Pois dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta.
Se você está com fome, a comida é de graça; se apenas pedir, o pão da vida pode ser seu. Nada mais satisfará... nada menos durará!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 13/02/1994
© Copyright 1994 Stephen Davey
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