Fracassando na Fé

Fracassando na Fé

by Stephen Davey

Fracassando na Fé

João 6.1–21

Introdução

No capítulo 6 do Evangelho de João, vemos os discípulos sendo testados em sua fé. Sua fé é testada até ao limite e todos reprovam no teste. 

Fé... e Um Saco de Pão

Abra sua Bíblia em João capítulo 6, verso 1:

Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. 

Vamos parar aqui. O Evangelho de Marcos nos informa no capítulo 6, versos 31 a 33, que Jesus disse aos discípulos: 

Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles. 

Imagine isso! Eles estão se retirando para um tempo sozinhos de descanso a fim de relaxar, mas a multidão vê para qual direção o barco vai. Daí, todos correm pelas margens do mar—cerca de catorze quilômetros—e conseguem ainda chegar primeiro que os discípulos no local de descanso. 

Mateus no conta no capítulo 14, verso 15, que os discípulos queriam despedir a multidão. Jesus, contudo, reagiu de forma diferente. Eles reagiram de forma divergente nessa situação. 

  • A reação dos discípulos foi de irritação. 

Imagine suas férias sendo interrompidas por vinte mil pessoas que o pressionam por todos os lados. Você diz: “Senhor, mande esse povo embora! Eu simplesmente quero ficar sozinho por um instante sem ser perturbado!” 

  • A reação de Jesus foi de compaixão. 

Lá está esse grupo gigantesco de vinte mil pessoas e o verso 5 de João 6 nos informa: Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele.

Agora, Marcos 6, verso 34, adiciona informações importantes: 

...e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas. 

Essas pessoas estão sem liderança, indefesas, famintas e perdidas sem direção. 

Agora, vemos duas perspectivas distintas: 

  • Jesus viu uma ilustração. 

Esse momento serviu como ocasião perfeita para Jesus ensinar que ele é o pão da vida—a comida eterna que produz vida eterna. Veremos essa ilustração mais detalhadamente em outro estudo. 

  • Os discípulos, contudo, viram um incômodo. 

Servir pessoas raramente é algo conveniente; geralmente, é algo espontâneo.

Uma senhora de nossa igreja passou por esse tipo de “incômodo.” Ela recebeu a visita de um amiga descrente que lhe disse: “Sabe, minha vida simplesmente não foi o que eu esperava.” Ali estava uma grande oportunidade. Em momentos assim, podemos pensar: “Será que eu realmente quero ouvir as frustrações dessa mulher? Será que quero fazer parte da sua dor?” Essa senhora quis e ouviu sua amiga. 

Uma das marcas de discípulos maduros é que eles têm a capacidade de enxergar as ilustrações ao invés de os incômodos e revelam compaixão ao invés de irritação. 

Veja agora os versos 5 e 6 de João 6: 

Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Mas dizia isto para o experimentar... 

Aqui está o teste-surpresa de Jesus: Porque ele bem sabia o que estava para fazer. Por que perguntar a Filipe? Porque ele era o discípulo que tinha vindo dessa região. Dos doze, era Filipe quem sabia onde ficava a padaria! Ele sabia onde a farinha era guardada; ele conhecia muito bem os recursos da vila mais próxima. Jesus, portanto, pergunta ao especialista em fatos físicos: “Será que é fisicamente possível achar comida para todas essas pessoas?” Filipe puxa seu lápis e sua calculadora: “Vamos ver... 20 mil pessoas comem esse tanto de pão... vai sair muito caro, Senhor!” Sua resposta no verso 7, parafraseada, diz: “É o seguinte, Mestre: precisaríamos de 200 denários para comprar uma mordida de pão para cada uma dessas pessoas!” E quanto é 200 denários? Bom, um denário era o salário de um dia. Daí, você faz as contas multiplicando o que ganha em um dia por 200. Muito dinheiro para gastar apenas com uma mordida de pão para cada um! 

Agora, a essa altura, André aparece na cena. Veja os versos 8 e 9: 

Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente? 

Entenda bem o que se passa aqui: André chega sem fôlego depois de ter feito uma busca na multidão. E ele descobriu que um garotinho tinha trazido almoço: cinco pães de cevada e dois peixes. O pão de cevada, a propósito, era o pão das pessoas pobres. Esse tipo de pão era duro e parecido com uma broa, assado em forma redonda de tamanho um pouco maior que uma moeda grande. E os peixes? Eles eram ressecados e salgados para preservação; eram do tamanho de sardinhas. Peixe fresco naquela época era um luxo conhecido por poucos, já que não havia forma de transportá-los ou refrigerá-los. Esses peixinhos ressecados e do tamanho de uma sardinha eram pescados e conservados; serviam como um lanche pequeno, porém não muito saboroso. Então, esse menino tinha dois peixinhos ressecados para ajudá-lo a engolir o pão de cevada duro. 

E aí vem André trazendo o menino. Quem sabe, talvez, em sua mente, esteja pensando na possibilidade de um milagre. Ele chega até os outros discípulos e ao Senhor e diz: “Ei, achei este menino com um almoço.” Com isso, os outros discípulos se racham de rir (isso está nas entrelinhas!). Mas acho isso muito engraçado. André dá a sugestão do almoço do menino e depois diz no verso 9: mas isto que é para tanta gente?

Dois Tipos Diferentes de Fé

Então, nessa história, vemos dois tipos de fé. Ambas fracassam em compreender o poder de Cristo. 

  • A fé de Filipe foi obscurecida pelas circuntâncias físicas. 

As circunstâncias eram: não tem dinheiro suficiente e não há lugar para comprar pão. Mande essas pessoas embora! 

  • André teve fé, mas foi ameaçada pela situação física. 

E precisamos adicionar que os demais discípulos concordaram. Se combinarmos os quatro registros dos Evangelhos, encontraremos cinco obstáculos terríveis ao milagre de Cristo: 

  • Lucas 9, verso 12—este não é o lugar adequado—estamos aqui em lugar deserto;
  • Lucas 9, verso 13—não temos pão suficiente—Não temos mais que cinco pães e dois peixes
  • João 6, verso 7—não temos dinheiro suficiente—Não lhes bastariam duzentos denários de pão
  • Mateus 14, verso 15—não temos ajuda suficiente—despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer
  • Marcos 6, verso 35—não temos tempo suficiente—já avançada a hora.

A opinião entre os doze discípulos era unânime: a situação era impossível; então, mande essas pessoas para casa! Nenhum deles parou para considerar: “Talvez Jesus possa fazer algo milagroso.” E por que não? Afinal, ele já tinha transformado água em vinho.

Agora, vamos admitir uma coisa. Talvez estejamos pensando: “Que ridículo! Se eu estivesse lá, teria imediatamente pensado em pedir a Jesus para alimentar a multidão. É óbvio! Tipo, o que é falta de comida para aquele que ressuscitou mortos, expulsou demônios, curou todos os tipos de doença e transformou água em vinho? Certo, Senhor, mostre para eles o tipo de poder que você tem!” Bom, se esse é o caso, então como você tem lidado com seus problemas hoje? Tem agido como se Deus não fosse grande o suficiente para a sua situação neste momento? 

Vamos continuar no texto. Jesus responde nos versos 10 e 11: 

Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. 

Que milagre incrível! Jesus simplesmente continuou partindo aqueles dois peixes e criando matéria à medida que os partia. Ele pegou os pães e criou mais pão enquanto partia.

Agora, os liberais têm problemas com isso. Por isso, surgem com algumas sugestões para explicar o milagre. A primeira explicação é que o que Jesus fez, na verdade, foi mais ou menos como distribuir a Ceia: cada um pegou um pedacinho de pão e uma migalha minúscula do peixe. Veja, porém, a última frase do verso 11: e também igualmente os peixes, quanto queriam. 

Mateus 14, verso 20, nos conta que eles comeram até ficarem todos “satisfeitos.” A palavra grega chortazo, ou “satisfeitos,” poderia ser traduzida como “estufados, cheios.” E veja o resultado dessa multiplicação nos versos 13 a 15: 

Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido. Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte. 

Por que, então, toda essa reação, se o que simplesmente aconteceu foi compartilhar o almoço com as demais pessoas? Que tipo de sinal é esse? Vou dizer a você que tipo de sinal foi esse. Os rabinos da época de Jesus ensinavam, baseados numa passagem obscura do Pentateuco, que, quando o Messias chegassse, ele reproduziria o milagre do deserto, ou seja, o milagre do maná vindo do céu. Então, aqui está Jesus alimentado a multidão num deserto verde, reproduzindo o milagre do maná com suas próprias mãos. 

Aplicação

O que os discípulos aprenderam depois de terem fracassado porque não buscaram a solução em Cristo? Deixe-me fornecer a você duas lições aprendidas com esse fracasso de fé por parte dos discípulos. 

  • Primeiro, nosso recurso ministerial está em Cristo, não em nós mesmos. 

Você pode dizer: “Não tenho muito para oferecê-lo.” A questão é: o que você tem? “Ah, somente cinco pães de cevada e duas sardinhas.” Paulo explicou em 2 Coríntios 4, verso 7: 

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 

Deus utiliza vasos comuns de barro, como nós, para que não haja engano algum quanto à origem do poder. Com muita frequência, pensamos que Deus deseja e precisa de nossas forças—e ele as usa, desde que estejam comprometidas com ele. Mas o que dizer de nossos pães de cevada, isto é, de nossas fraquezas? A verdade é que essas coisas são mais difíceis de entregar a Deus. Se você é eloquente, é fácil dizer: “Deus, aqui está a minha eloquência. Tome-a e use-a!” Se é um bom negociante, é simples dizer: “Deus, use meu dom de administração.” Mas é outra coisa completamente diferente entregar a Deus as suas fraquezas. 

Elisabeth Elliot escreveu: “Se a única coisa que você tem a oferecer a Deus é um coração quebrantado, então entregue-lhe esse coração quebrantado.” Deus também pode usá-lo! E isso me conduz à segunda lição. 

  • A segunda lição é que nossa eficácia no ministério vem por meio do trabalho em conjunto, não individual. 

Perceba que o milagre desse dia envolveu duas coisas: o poder de Cristo para criar pão, e a disposição dos discípulos para distribuir o pão. Foi Cristo quem providenciou a refeição; os discípulos apenas repassaram a refeição. Ele poderia ter criado uma bela refeição para cada pessoa, mas tomou a comida doada pelo menino e produziu, milagrosamente, mais pão e, daí, usou os discípulos para distribuí-la. 

Exemplos de Alguém que Fracassou

Esse episódio é seguido por um mergulho no lago—pelo menos para um discípulo. A fim de termos um cenário completo, abra sua Bíblia em Mateus 14, versos 22 a 24: 

Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões. E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. 

O Evangelho de Marcos, no capítulo 6, verso 48, diz que eles “tinham dificuldades para remar,” ou, literalmente, “eles estavam aterrorizados enquanto remavam.” Continue em Mateus 14, agora versos 25 a 33: 

Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? Subindo ambos para o barco, cessou o vento. E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus! 

Pedro fracassou em dar continuidade à sua fé naquilo que começou fazendo com fé. Deixe-me destacar várias coisas sobre o fracasso de Pedro. Mas, primeiro, enquanto vemos o fracasso de Pedro, não se esqueça de que ele foi o único discípulo a sair do barco. Os demais ficaram lá dentro, temendo por suas vidas. Pedro fracassou no teste em várias áreas. 

  • Primeiro, Pedro fracassou no teste em território familiar. 

Pedro conhecia bem o mar da Galileia; ele conhecia a água. O Senhor o conduziu ao lugar onde ele, sendo marinheiro pescador, tinha a maior confiança. Às vezes, nossos maiores fracassos ocorrem em áreas nas quais estamos convictos de que teremos total sucesso.

  • Segundo, Pedro fracassou no teste após um treinamento intensivo. 

Por dois anos, Pedro vinha sendo treinado pelo Mestre. Você nunca pode dizer: “Venci na vida cristã. Sou mestre de meu ministério. Posso recitar as quatro leis espirituais de olhos fechados.” 

  • Terceiro, Pedro fracassou no teste durante o processo de obedecer à vontade de Deus. 

Que lugar interessante para decepcionar o Senhor. Aqui está ele (e nós) no centro da vontade de Deus e, de repente, Pedro se enche de orgulho, inveja e medo. 

Deixe-me fornecer algumas lições aprendidas com o fracasso de Pedro. 

  • A primeira lição é que obediência a Cristo não remove os obstáculos. 

Eu creio que aquela tempestade e o período de remada em terror serviram de preparação necessária para que aqueles homens fossem impactados para sempre ao verem Jesus andando sobre as águas. Não creio que o acalmar da tempestade tenha servido de lição da mesma forma como o aparecimento de Jesus andando sobre a água em meio às ondas empoladas. Por quê? Bom, o que eles tiveram dificuldades de encarar e temeram grandemente foi justamente o elemento sobre o qual Jesus Cristo demonstrou total controle. 

Que grande lição! Deus não garante ausência de tempestades; ele garante a sua presença nelas e, se olharmos para ele com fé, ele revelará que está em total controle e que as tempestades não são nada comparadas ao seu poder divino. 

  • Uma segunda lição desse fracasso é que águas profundas não foram feitas para nos afogar, mas para nos desenvolver. 

Jesus Cristo deseja desenvolver sua fé e ele não produz desenvolvimento por meio das situações normais e cômodas da vida, mas pelas interrupções da vida; não quando as coisas estão tranquilas, mas quando estão tempestuosas. 

Você já parou para pensar que o criador da sua tempestade pode muito bem ser Deus? Ele a criou para que pudesse revelar seu poder dentro e sobre a tempestade. Lá está você encarando uma séria dificuldade. E aí, será que olha para todos os lados, menos para cima? A boa notícia é que Deus não envia anjos para dizer: “Meus pêsames, mas você está reprovado na fé; está desqualificado.” Veja bem, é possível fracassar e não se tornar um fracassado. A questão é: você está disposto a desenvolver como um discípulo, ou constantemente pede para o Senhor remover as inconveniências, tempestades e obstáculos da vida? 

Uma garota negra morava num bairro pobre de uma grande cidade dos Estados Unidos. Uma das atividades que mais gostava de fazer era cantar no coral da igreja. Os adultos notaram seu grande talento com a voz e começaram a investir nela. Eles juntaram dinheiro, até mesmo em moedas, para pagar aulas de canto num conservatório. 

Quando completou 18 anos de idade, a moça fez um teste com um professor famoso, mas foi reprovada. As pessoas que ainda acreditavam em seu futuro planejaram uma apresentação na grande cidade de Nova Iorque, mas os críticos arrasaram com ela. Além disso, apesar de ter sido bem recebida na Europa, não lhe foi permitido cantar no prestigioso Salão da Constituição em Washington, Estados Unidos, por causa de sua raça. 

Por vários anos, essa moça se entregou à autocomiseração. Até que sua mãe finalmente lhe disse um dia: “Minha filha, quero que você pense pouco nos seus problemas e fracassos e ore muito.” Em seguida, sua mãe disse outra coisa da qual ela jamais se esqueceria: “Filha, você precisa aprender que graça vem antes da grandeza.” 

Ouça, agora, as palavras de um apóstolo Pedro mais velho, o Pedro que fracassou muito. Ele escreveu em 1 Pedro 5, verso 6: 

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, 

Em outras palavras, “quando Deus estiver pronto.” Pedro está dizendo que a humildade precede a honra; graça vem antes de grandeza. Como aprendemos a graça? Da mesma forma como desenvolvemos fé: por meio das tempestades e fomes da vida. 

Aquela moça continuou sua carreira e se tornou uma cantora famosa. Numa dada ocasião, uma repórter lhe perguntou: “Qual foi a experiência mais marcante de sua carreira?” Ela tinha várias opções: ter cantado para a o rei e a rainha da Inglaterra; ter recebido a Medalha da Liberdade das mãos do presidente; ou ter até sido enviada como embaixatriz às Nações Unidas. Mas qual foi sua resposta? Ela disse: “O dia quando eu fui para casa e disse à minha mãe que ela não precisaria mais lavar roupa suja dos outros para sobreviver.” 

“Ei, Pedro, qual foi o momento mais marcante de sua vida?” Que grande seleção ele tinha à sua disposição: ter andado sobre as águas, curado doentes, pregado o primeiro sermão da igreja e ter visto três mil pessoas virem à fé em Cristo. As últimas palavras registradas de Pedro, contudo, apontam em outra direção. Veja 2 Pedro 3, versos 17 e 18: 

Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; 

Em outras palavras, “Continue firme na busca pelo ensino do Senhor. Você pode até fracassar em um teste, mas não desista da matéria.” E ele continua escrevendo: 

antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno. 

Pedro diz: “A coisa mais sublime em minha vida foi ter voltado ao barco para continuar fielmente em fracassos repetidos para que, no fim, Jesus Cristo recebesse a glória e honra devidas a ele somente!” Graça precede grandeza; humildade vem antes da honra. Aprender a fracassar enquanto perseveramos é algo que acontece à medida que aprendemos a viver a vida de fé.

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 13/02/1994

© Copyright 1994 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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