
Motivos para Assassinato
Motivos para Assassinato
João 5.19–47
Introdução
Quero começar com um testemunho pessoal de como passei a apreciar minha esposa mais do que nunca antes. Num de seus aniversários, decidi lhe dar de presente passagens de avião de ida e volta para sua cidade natal, onde ela e o bebê poderiam passar uma semana relaxando com sua mãe. Claro, eu ficaria em casa responsável pelas outras três crianças; mas elas passariam o dia inteiro na escola. Eu poderia ir para o meu escritório fazer o que precisava e depois chegar em casa antes de meus filhos. Pensei: “Ah, vou conseguir fazer isso!” Além disso, eu não iria pregar no domingo seguinte, já que estaríamos de viagem naquele final de semana. Um plano perfeito!
Minha esposa viajou na sexta. No domingo à noite, minha filha chegou para mim e disse: “Pai, minhas costas estão coçando... você pode coçar para mim?” Quando ela levantou sua blusa, suas costas estavam cobertas de catapora. Olhei bem para meus dois outros filhos e, obviamente, um dos outros também tinha pegado.
Bom, ali estava eu com duas crianças doentes, na semana mais fria em dez anos. Isso significa que meus filhos não queriam fazer mais nada além de ficar dentro de casa em seus pijamas, brigando uns com os outros.
A pior parte foi cozinhar para eles. Eu estava desesperado em busca de ideias. Já tinha feito toda coleção imaginável de comida instantânea. Para o jantar, olhei na geladeira, mas nada me atraiu. Depois, dei uma olhada na caixa de ovos. Então fiz uns ovos mexidos e até joguei um queijo por cima. Coloquei o ovo mexido nos pratos de papel (a essa altura já estava cansado de lavar a louça) e um de meus filhos perguntou: “O que é isso?” Eu disse: “É um suflê especial de ovo com queijo e tempero.” Minha filha disse: “Só isso?” Um de meus filhos não comeu nada. Minha filha quase vomitou. Meu outro filho comeu tudo. Agora, ele é o meu favorito!
Quando peguei minha esposa no aeroporto, dei um abraço bem apertado nela e disse que nunca, nunca deixasse ninguém dizer que ser dona de casa não é uma das ocupações mais importantes no planeta terra. Ser pastor de uma igreja grande é fácil, mas cuidar da casa com criança doente, fazer comida, ajudar nos deveres da escola, lavar roupas e louça... é quase impossível.
Então, na sexta, fui para o meu escritório estudar para a mensagem. Geralmente termino meus sermões na sexta-feira à tarde, mas a única coisa que consegui terminar foi minha pesquisa. Em casa, disse para minha esposa que precisava de inspiração. Quando voltei para o escritório, alguém tinha deixado um envelope grande. O remetente era: “De um membro de seu rebanho.” Pensei: “Ah, não... carta anônima... não era esse tipo de inspiração que estava procurando!” Depois, notei que o destinatário era para “O Pastor Querido.” Abri o envelope grande e o bilhete dizia: “Deus abençoe você e sua família.” Dentro, tinha uma barra de chocolate e uma nota de cinquenta reais. Pronto, tudo resolvido! Minha esposa já voltou para casa, tenho uma barra de chocolate para comer e cinquenta reais! A semana anterior já ficou para a história. A moral dessa história é: todo marido tem que passar por isso pelo menos uma vez na sua vida!
Nossa mensagem de hoje é em João capítulo 5. O homem curado por Jesus acabou de sair do templo e Jesus agora passa a ser perseguido abertamente. Qual é o veredito? Jesus tem que morrer. Por quê? Leia o verso 18:
Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
Como João mesmo declarou, o seu propósito ao escrever este Evangelho foi revelar a divindade de Jesus Cristo. Portanto, ele escolheu sete milagres e sete discursos a fim de revelar, indubitavelmente, que Jesus é o Filho de Deus. Será que a nação de Israel entendeu isso? Claro que sim! E ainda hoje muitas seitas têm que manipular o Evangelho de João. Os judeus entenderam claramente as implicações das declarações e obras de Jesus. Veja novamente o verso 18b: mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Não havia dúvidas: Jesus estava deixando as coisas bem claras. A nação agiu como uma promotoria, alegando que Jesus se fazia igual a Deus, um crime punido com morte.
Três Maneiras como Jesus é Igual a Deus
Agora, o interessante é que Jesus, aparentemente sem ter sido convidado, dá um discurso que concorda com a acusação. “Sim,” declarou Jesus, “eu sou igual a Deus.” E ele apresenta três maneiras como é igual a Deus.
- Primeiro, Jesus alega ser igual em poder.
Ele começa no verso 17:
Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
Pule para o verso 19:
Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.
O que isso realmente significa? Será que quer dizer que Jesus é inferior ao Pai ou que só imita aquilo que vê o Pai fazendo? Alguns imaginam que Jesus está dizendo: “Eu tenho menos poder que o Pai.” A questão é que Jesus não declara inferioridade ao Pai; ele afirma sua unidade com o Pai. Ele diz, na verdade: “É impossível para o Filho agir independente do Pai.”
Falamos sobre o fato de Jesus ter renunciado sua independência no uso de seus atributos divinos enquanto esteve na terra. Isso é verdade. Mas isso pode levar a entender que, antes e depois de sua vida na terra, Jesus agia e age independente do Pai e do Espírito. E isso nunca irá ocorrer. Existe uma união perfeita entre as três Pessoas da Trindade. Elas nunca agem sem unanimidade. A verdade é que o Pai nunca agirá independente do Filho, nem o Filho agirá independente do Espírito, nem o Espírito agirá independente do Pai e do Filho. Em outras palavras, tudo o que o Espírito faz é em comunhão com o Pai e o Filho; tudo o que o Filho faz é em comunhão com o Pai e o Espírito; e tudo o que o Pai faz é em comunhão com o Filho e o Espírito.
Apesar da fraqueza da analogia, você pode pensar numa empresa dirigida por três executivos. Suponha que um deles é escolhido como o porta-voz. Ele fala representando a equipe. Isso não significa que os outros dois não saibam falar. Não, apenas significa que um dos três foi escolhido para fazer o papel de porta-voz. Esse é o papel de Jesus—ele é a Palavra, o Porta-Voz do Deus Triúno. Vamos dizer que outro homem nessa equipe de executivos escreve todo o material para a imprensa. Ele é o que ajuda o mundo a entender as decisões feitas pelos três. Isso não significa que os outros dois não saibam escrever, mas que ele foi designado para cumprir o papel de levar as pessoas de fora ao entendimento. Esse é o papel do Espírito Santo—ele guiou homens para escrever as Escrituras para que nós entendamos o que o corpo de executivos divinos tem em mente. Pense também num desses executivos sendo o presidente. As decisões são realizadas de acordo com a vontade do presidente. Esse é o papel do Pai.
Agora, geralmente falamos da Trindade como composta pela primeira Pessoa—o Pai—, a segunda Pessoa—o Filho—e a terceira Pessoa—o Espírito. O problema é que, na nossa mente ocidental, temos a tendência de interpretar isso como três pessoas igualmente divinas numa corrida em competição. O Pai vem primeiro, o Filho em segundo, e o Espírito em terceiro em importância. Mas a verdade é que a Bíblia não faz essa distinção em lugar algum. Não são três pessoas numa corrida, mas uma equipe agindo conforme suas funções divinamente predeterminadas. As três Pessoas são co-iguais e co-eternas. As três Pessoas são: Deus, que é o Pai; Deus, que é o Filho; e Deus que é o Espírito.
Continue até o verso 20:
Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis.
E o que são essas obras maravilhosas? Bom, para começar, volte para Gênesis, capítulo 1, verso 1: No princípio criou Deus os céus e a terra. Essa é a criação da vida e de toda ordem de existência a partir do nada. Colossenses 1, verso 17, nos informa que Jesus Cristo foi o agente da criação e que até hoje ele sustenta todas as coisas.
Talvez você já tenha lido que os profissionais reajustaram o satélite Hubble alguns anos atrás. Sua nova câmera pode enxergar a distância de até 12 bilhões de anos-luz. O que estamos procurando? O jornal Newsweek resumiu:
Radiação de muito longe e de muito tempo atrás deve conter informações acerca da infância do universo, esclarecendo como o cosmos começou e se desenvolveu.
Como uma criança adotada que vive intensamente em busca de seus pais biológicos, a humanidade, ainda com maior intensidade, busca seus pais verdadeiros. A humanidade tem um desejo nato de saber: “De que barriga eu saí? Quem deu à luz o universo? De onde viemos?” Mais e mais, as descobertas acerca do universo apontam para um arquiteto inteligente, o chamado design inteligente. O físico Tony Rothman escreveu:
Quando confrontado com a beleza e ordem do universo e as estranhas coincidências da natureza, é bastante tentador sair da ciência e dar um salto de fé na religião. Tenho certeza que muitos cientistas querem fazer isso. Só gostaria que eles admitissem.
Um escritor chega perto de admitir. O astrônomo George Greenstein, em seu livro O Universo Simbiótico, escreveu:
Enquanto analisamos as evidências, insistentemente surge o pensamento de que um agente sobrenatural deve estar envolvido. Será que é possível que, de repente e sem intenções, nos deparamos com prova científica da existência de um ser supremo? Será que foi Deus quem chegou e providencialmente criou o cosmos para o nosso benefício?
A ordem e beleza do universo apontam para um criador. As Escrituras explicam que esse Criador é Jesus Cristo. Negar o testemunho de Cristo é negar o testemunho da criação. Veja o verso 21:
Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.
O universo foi criado do nada; uma outra obra maravilhosa de Jesus é poder ressuscitar os mortos, ou seja, recriar vida da morte. Até mesmo os rabinos ensinavam que somente Deus poderia trazer os mortos de volta à vida. Então:
- Criação é vida do nada;
- Ressurreição é vida da morte.
Esses são os poderes de Cristo. Ele é, de fato, igual a Deus.
- Em segundo lugar, Jesus reivindica igualdade não só em poder, mas também em posição.
Veja o verso 22:
E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,
Pule agora aos versos 27 a 29:
E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem. Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
O povo judeu cria que somente Deus poderia julgar o homem pelos seus pecados.
Agora, o que é a ressurreição do juízo? Vemos em Apocalipse 20 que existem duas ressurreições sobre as quais não temos tempo para falar agora. As duas ressurreições mencionadas por Jesus estão separadas por um período de mil anos. Volte sua atenção comigo para Apocalipse capítulo 20, verso 11. Esse verso se refere a todas as pessoas que recusaram o testemunho do Messias e não creram em Jesus Cristo para a salvação. Esse é conhecido como o Julgamento do Grande Trono Branco. Nenhum crente salvo estará lá:
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Continue até o verso 14:
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
Como sabemos quem está assentado no trono? João capítulo 5.22–27 nos dize que será o Filho de Deus.
Volte para João 5, verso 27, e note o motivo por que ele tem o direito de se assentar no trono: E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.
Eu creio que haveria milhões de pessoas lá dizendo: “Senhor, como você pode me julgar? Você é santo e perfeito; nunca se colocou no meu lugar ou passou pelos meus problemas.” Note, contudo, quem é o Juiz: é o Deus-Homem. É o que foi tentado de todas as maneiras, que sofreu a degradação da humanidade, que sentiu a tentação do poder e da fama, que pode sentir, milhões de vezes mais, tudo o que você sente. Aquele que veio como Messias para salvar os que depositam fé nele é agora o Juiz para julgar todos os que rejeitaram o testemunho da criação e de Cristo.
- Portanto, Jesus alegou igualdade ao Pai em poder e posição; agora, ele declara igualdade com o Pai no recebimento de louvor e honra.
Veja o verso 23:
A fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
Quatro vezes aparece nesse verso o termo grego timao, que significa “estimar,” “honrar.” Nenhum ser humano mortal ousaria sugerir que, assim como Deus, é digno de receber honra e louvor, ao menos que seja igual a Deus. E, uma vez que Cristo é igual a Deus, é impossível honrar o Pai sem honrar o Filho.
João registra para nós no capítulo 20 que, quando Tomé viu o Senhor Jesus ressurreto, ele se prostrou diante dele e declarou no verso 28: Senhor meu e Deus meu! Caso não fosse Deus, Jesus deveria tê-lo repreendido; contudo, ele aceita a adoração de Tomé. Jesus, assim como o Pai, é digno de todo o louvor.
Agora, se você ligasse para minha esposa e lhe dissesse: “Convidamos alguns casais para jantar conosco. Gostaria que você viesse também!” Ela diria: “Certo, vou falar com meu marido e ver se dá certo.” Daí, você diz: “Ah, não queremos que seu marido venha. Depois da pregação terrível do domingo passado, não gostamos mais dele. Queremos que só você venha.” Sabe o que ela diria? “Não, obrigado. Se ele não é bem-vindo, eu também não sou.”
Ou imagine que seu vizinho ligasse para você e dissesse: “Ei, compramos ingressos para nossas duas famílias irem para o maior parque aquático da cidade. Só não compramos para o seu filho. Não o queremos perto de nós.” Você iria dizer: “De jeito nenhum! Nós não vamos!”
Você consegue imaginar o Pai recebendo louvor de pessoas que ignoram seu Filho? De forma alguma! Honrar o Pai é honrar o Filho, pois ele é igualmente merecedor de todo louvor.
Seis Testemunhas que Jesus Chama
Agora, deixe-me resumir seis testemunhas que Jesus convidou ao tribunal para depor a seu favor.
- A primeira testemunha são as próprias palavras de Jesus.
Veja o verso 31, onde Jesus disse:
Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
A Mishnah judaica dizia: “Um homem não é digno de crédito se fala a respeito de si mesmo.” O estadista grego Demóstenes afirmou: “As leis não permitem que um homem dê evidência a favor de si mesmo.” E assim era. Até mesmo a lei Mosaica exigia a presença de duas ou três testemunhas para se estabelecer alguma questão.
Então, Jesus dá o seu próprio testemunho, sabendo que teria que fornecer mais testemunhos depois. E ele continua, não com duas ou três testemunhas, mas com mais cinco para testemunharem a seu favor.
- A segunda testemunha é João Batista.
Veja o verso 33:
Mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
Pule até o verso 35:
Ele era a lâmpada que ardia e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo, alegrar-vos com a sua luz.
João Batista, o precursor do Messias, declarou publicamente enquanto apontava para Jesus em João 1, verso 29: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Os rabinos ensinavam que apenas Deus podia perdoar pecados. João disse: “Aqui está o Perdoador de pecados.” E eles rejeitaram o seu testemunho.
- A terceira testemunha para falar são os milagres de Jesus.
Volte ao profeta Isaías que repetidamente afirmou que, quando o Messias viesse, o cego veria, o surdo ouviria e os coxos saltariam de alegria. E o que Jesus tinha acabado de realizar? Ele chegou para um homem aleijado há 38 anos e disse, em João 5, verso 8: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Esse foi um milagre irrefutável, inegável! Mas o que aconteceu? Os líderes judeus ficaram nervosos porque Jesus realizou o milagre no dia de sábado. Eles completamente ignoraram a realidade do milagre, pois estavam cegos pelas picuinhas de suas leis. Em resumo, eles se preocupavam mais com guardar as suas leis do que com descobrir a verdade.
- A quarta testemunha que Jesus convida é Deus, o Pai.
Veja os versos 37 e 38:
O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma. 38 Também não tendes a sua palavra permanente em vós, porque não credes naquele a quem ele enviou.
O Pai havia dado testemunho direto a respeito do Filho no momento do batismo, em Marcos 1, no monte da transfiguração, Mateus 17, antes da crucificação, Mateus 12, e na ressurreição, Romanos 1.
- A quinta testemunha é as Escrituras.
Veja os versos 39 e 40:
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. 40 Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.
A palavra examinais no verso 39 pode ser traduzida como “pesquisar.” Os escribas judeus e demais líderes estudavam cada letra das Escrituras. Cada linha era analisada até que soubessem quantas consoantes havia em cada linha. Eles conheciam os fatos nas Escrituras, mas recusavam a verdade. Eles estudavam as páginas das Escrituras, mas recusavam o seu Autor.
- A sexta e última testemunha que Jesus convida é, sem dúvidas, uma grande surpresa para os judeus. A última testemunha é Moisés.
Ouça a conclusão surpreendente da mensagem de Cristo nos versos 45 a 47:
Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança. Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?
Imagine esse tribunal. A nação que declarava total lealdade aos ensinos de Moisés ignorou por todo esse tempo a verdade dos escritos de Moisés—escritos que apontavam para um Salvador.
Abra em Lucas, capítulo 24. Nesse capítulo, o Senhor caminha junto a dois discípulos na estrada a caminho de Emaús. Enquanto caminham, Jesus lhes explica as Escrituras. Comece no verso 27:
E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
Pule para o verso 32:
E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
Mas os líderes judeus para os quais Jesus pregou em João 5 estavam cegados pelo seu próprio amor à religião. Eles não viram o Salvador; estavam tão imersos nos fatos das Escrituras que não enxergaram a mensagem do Pai.
Para que serve nosso estudo bíblico? Nosso conhecimento sobre a Bíblia aumenta nossa cabeça ou arde nossos corações?
Bom, a nação recusou receber a Cristo porque ele declarou ser igual a Deus e violou o sábado. Por que as pessoas o recusam hoje? Por que você o recusa? Porque a vida em Cristo:
- exige muito;
- é muito humilhante;
- é cheia de sacrifícios;
- é decepcionante;
- é irrelevante; ou
- “Vou deixá-lo para uma outra hora!”
Saiba que, se recusá-lo, você um dia estará diante dele. Na ocasião, ele será o seu Juiz e, daí, será tarde demais—eternamente tarde demais. Será que vale a pena ir para o inferno eterno por causa do seu orgulho? Será que vale a pena ir para o inferno por causa de suas ambições passageiras? Se você vier a Cristo agora, verá que ele é o Cordeiro morto pelos seus pecados; o Salvador pronto para salvá-lo não somente do fogo eterno, mas de uma vida vazia e para uma vida eterna nos céus. Venha para Jesus Cristo, ele é Deus!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 23/01/1994
© Copyright 1994 Stephen Davey
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