As Cortinas Se Abrem

As Cortinas Se Abrem

by Stephen Davey Ref: Esther 1–10

As Cortinas Se Abrem

Uma Sombra de Soberania – Parte 2

Ester 1.3–22

Introdução

Por vários séculos o livro de Ester causou muita azia na igreja. E o motivo é que o nome de Deus não é mencionado nem uma vez no decorrer de todo esse drama de Ester.

O reformador Martinho Lutero não gostava do livro de Ester porque esse livro incluía o que ele chamava de “muito paganismo artificial.” João Calvino, outro reformador, nunca pregou um sermão no livro de Ester e nem o incluiu em sua série de comentários. Na verdade, nos primeiros 700 anos na história da igreja, nem mesmo um comentário no livro de Ester foi produzido.

Por outro lado, o povo judeu reverenciou esse livro através dos séculos. Moisés Maimonides, um famoso doutor e professor do século 12, considerou esse livro igual ao Pentateuco,  os cinco livros de Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. E isso a despeito do fato de nem Ester, nem Mordecai mencionar a Lei de Deus ou o nome de Deus.

Estudiosos judeus buscaram remediar essa situação adicionando material na tradução grega do Antigo Testamento, a Septuaginta. Eles compuseram 107 versos narrando orações de Mordecai e Ester. A tentativa foi a de tornar o livro um pouco mais aceitável, dar uma polida no livro. Obviamente, esses 107 versos é um material posteriormente adicionado às Escrituras. Apesar de a Igreja Católica ter endossado essas adições no século 16, os teólogos protestantes aceitaram o livro de Ester como ele foi incialmente escrito por – como muitos creem – Esdras e seus auxiliares.

O material considerado complicado foi deixado intacto, a saber, o suposto paganismo artificial. Além disso, os protestantes não adotaram as orações ausentes adicionadas àquilo que Deus obviamente desejou que entendêssemos, i.e., que ele é fiel mesmo quando o seu povo é infiel.

Apesar de esse livro nunca ser citado no Novo Testamento, ele não está só; Esdras e Neemias também não são. Alguns estudiosos entendem que Hebreus 11.34 é uma referência a Ester, onde lemos que o povo de Deus escapou ao fio da espada.

Por vários séculos temos entendido que um dos pontos principais do livro de Ester é exatamente a ausência do nome de Deus; ou seja, mesmo quando Deus está invisível, Ele está envolvido. Até mesmo nas sombras descobrimos que Ele é a sombra da soberania. O livro de Ester se tornou uma das maiores revelações da providência de Deus nas Escrituras. J. Vernon McGee dizia: “Providência é a mão de Deus na luva da história.”

Agora eu quero que você pense no livro de Ester como uma narrativa da providência de Deus em forma de uma peça teatral. Na verdade, imagine estar assistindo a uma grande produção teatral. As luzes se apagam e as cortinas se erguem. De repente, você se vê de frente a um palco todo decorado e os personagens diante de você.

Quando as cortinas se abrem em Ester capítulo 1, a cena de abertura revela uma incrível festa de recepção.

  • Primeira Cena: Uma Incrível Festa de Recepção.

Note os versos 3 e 4:

No terceiro ano de seu reinado, deu um banquete a todos os seus príncipes e seus servos, no qual se representou o escol da Pérsia e Média, e os nobres e príncipes das províncias estavam perante ele. Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, por cento e oitenta dias.

 

E esse homem era rico. Na verdade, quando Alexandre o Grande finalmente chegou a Susã vitorioso 200 anos depois, ele ficou admirado com o palácio em Susã onde ele encontrou mais de uma tonelada de ouro em barra e 270 toneladas de ouro em moedas.

Assuero – mais conhecido como Xerxes – tinha dinheiro para queimar. Nessa festa, ele alimentaria todos os seus convidados de todas as partes de seu reino por 180 dias – ou seja, 6 meses!

E pagar por essa grande festa de recepção não foi difícil para ele como foi para você pagar pela festa de recepção do casamento de sua filha. Mas as filhas merecem, não é? E nada melhor que um banquete de cachorro-quente e pipoca para o casamento, correto?

Bom, com certeza não é esse o cardápio aqui. E também precisamos entender que essa não é uma mera festa extravagante para todos comerem desenfreadamente.

O terceiro ano do reinado de Assuero corresponde ao grande concílio de guerra de 483 B.C. realizado no palácio de Susã. Foi nesse concílio que o rei se reuniu com os líderes do império para convencê-los de que poderiam invadir com sucesso e derrotar o império grego. Nessa época, a Pérsia e a Grécia eram as grandes potências mundiais.

Portanto, Xerxes projetou esse banquete para provar aos seus súditos que ele era tudo aquilo que ele se gabava ser, que ele era de fato, “O rei de toda a terra.”

Depois que se passaram esses 180 dias, Xerxes abriu as portas para incluir todos no Palácio de Susã; note o verso 5:

Passados esses dias, deu o rei um banquete a todo o povo que se achava na cidadela de Susã, tanto para os maiores como para os menores, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.

Agora, todos os funcionários administrativos, familiares e amigos são convidados. Note alguns detalhes descritos no verso 6:

Havia tecido branco, linho fino e estofas de púrpura atados com cordões de linho e de púrpura a argolas de prata e a colunas de alabastro. A armação dos leitos era de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, de mármore, de alabastro e de pedras preciosas.

E a propósito, o termo persa para “jardim” é paridaida. Posteriormente, os gregos adotaram essa palavra no vocabulário grego e “jardim” em grego é paradeisos. Nosso termo em português deriva do grego e pronunciamos “paraíso.”

O local onde os convidados se reuniram para comer olhava para um paraíso, um jardim majestoso, vários hectares com canais de pedra que formavam um riacho artificial; flores e árvores plantadas seguindo um padrão belíssimo e de grande criatividade; piscinas artificiais adicionavam à beleza dos jardins elaborados ao redor do palácio real. Esse era o paraíso; e caso você tenha alguma dúvida, o rei desse paraíso era Assuero.

Então, esse foi o banquete do século e todas as pessoas receberam um convite. Assuero havia reunido todos os dignitários – líderes políticos – generais e comandantes e todos os poderosos de seu reino que se estendia desde a África até a Índia.

Se você fosse um estrangeiro observando tudo aquilo à distância, Assuero pareceria a você como alguém invencível, poderoso, comandando soberanamente que poderia e iria destruir os demais reinos mundiais. Com certeza, esse rei pode comandar o maior exército do mundo. Daí, com súbita ironia e humor, descobrimos que esse grande rei não conseguia, na verdade, comandar a sua esposa. Daí, saímos da primeira cena e a segunda cena se abre.

  • Segunda Cena: Um Pedido Sensual.

Primeiramente, note o comentário no verso 9:

Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres na casa real do rei Assuero.

A grande festa e banquete de Xerxes foi somente para homens. As mulheres estavam sendo recepcionadas pela rainha em seu próprio banquete que muito provavelmente foi realizado nesse período de sete dias. Historiadores acreditam que esse banquete da rainha incluiu as concubinas do rei – 360 ao todo.

A palavra “Vasti” significa “desejável.” É bem possível que esse tenha sido um título honroso para uma de suas espoas favoritas.

A tradição judaica sustenta que ela era a bisneta de Nabucodonosor, o rei do antigo reino da Babilônia.

Observe, agora, o que acontece no último dia dessa festança. O verso 10 nos informa:

Ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho…

Depois que se embriagou com o vinho, Xerxes dá uma ordem aos seus sete eunucos que os serviam. E o verso 11 nos informa que a ordem era para:

que introduzissem à presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a formosura dela, pois era em extremo formosa.

Em outras palavras, o rei Assuero já exibiu seu esplendor e riqueza e poder por seis meses. Agora ele decide finalizar esse banquete abundante com um pedido sensual: ele quer exibir outra de suas posses mais estimadas.

Sabemos pela história que as mulheres persas não cobriam o rosto com véu. Como rainha desse grande reino, ela já apareceu em público várias vezes, tanto nesses 6 meses de banquete, como também em outras ocasiões oficiais do reino. Todos já tinham visto e reconheciam o belo rosto da esposa predileta de Assuero.

A Midrash judaica – um comentário que volta até o segundo século – explica que a ordem era para que a rainha chegasse de fato nua, vestindo apenas a coroa de pedras preciosas.

Tenho até vergonha de dizer o que está se passando aqui, mas não existe uma maneira de evitar isso. E é por esse motivo que o verso 10 nos fornece o detalhe de que o rei fez esse pedido “...estando já o coração do rei alegre do vinho...”. Essa é uma forma bastante comprida de se dizer: “Quando o rei estava bêbado.” E podemos com toda confiança dizer que a maioria, se não todos os convidados também estavam bêbados juntamente com o rei.

De início, esse havia sido um banquete para homens; Vasti e as mulheres estavam participando de seu próprio banquete. Daí, veio o pedido – o rei queria terminar esse banquete, não com fogos de artifício, mas com concupiscência e inveja – ele queria que seus convidados tivessem inveja dele e o vissem, em mais uma área, como o homem que controlava o mundo.

Heródoto, o historiador grego que viveu logo após a queda do Império Persa, escreveu que a cultura persa era tão promíscua que era comum aos homens poderosos e influentes desfilarem suas esposas e concubinas sem roupas a fim de se exibirem uns aos outros, competindo nesse quesito.

Você pode pensar: “Que depravação!” Eu digo, meus amigos, nós não estamos muito longe disso não.

O que vemos aqui é o mesmo que os festivais de verão nas praias; é o mesmo que o tão badalado e desejado carnaval; é o mesmo que Las Vegas e a promessa de que o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas; isso aqui é o bordel da cidade; isso é o mesmo que os bilhões de dólares investidos em pornografia; isso aqui é a despedida de solteiro para a qual você não deveria ter ido.

Essa aqui é a história comum demais na qual mulheres são exibidas e depois lançadas de lado, ao invés de serem respeitadas e amadas por homens respeitosos e amorosos. O espírito de Assuero ainda sobrevive até hoje.

E, sinceramente, é natural esperar que Assuero dê as ordens que ele acabou de dar aqui. Ele era o rei. Ele tinha 360 concubinas e várias esposas; já é de se esperar que ele faça isso. Ele deseja que seus convidados invejem e admirem todos os aspectos de sua vida.

Agora, o que não esperamos é o verso 12:

Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei…

A principal atração se recusa a subir no palco. E então, de repente, vemos um comandante supremo se exaltando durante seis meses dizendo que ele governa todos os impérios do mundo – mas, neste momento, ele não consegue governar sua esposa. O verso 12 continua:

…pelo que o rei muito se enfureceu e se inflamou de ira.

Eu e você estamos no auditório. Vemos uma inquietação nos bastidores; pessoas cochichando alto; o auditório todo consegue ouvir; obviamente existe algo errado.

Daí, o mensageiro que havia ido buscar a rainha volta ao palco de mãos vazias. As pessoas prendem o fôlego; garfos e facas congelam no ar.

Você consegue imaginar esse pobre mensageiro voltando ao rei, inclinando-se e cochichando em seu ouvindo: “Um, rei, ela disse que não vem não!” O rosto do rei fica vermelho; e depois roxo. Ele acabou de ser contrariado.

Daí, o rei pensa consigo mesmo: “Mas, espere um pouco, eu sou o rei de toda a terra!”

A rainha, no outro quarto, acabou de dizer: “Não, nada disso. Não vou mesmo! Assuero, não me obrigue a fazer isso.”

Não, ninguém se atreve a dizer algo a esse rei que não seja: “Sim, Vossa Majestade!”

Mas Vasti acabou de dizer “não.”

Alexander Whyte, um pastor escocês do século dezenove e autor de estudos maravilhosos sobre personagens do Antigo e Novo Testamentos, diz o seguinte a respeito da rainha Vasti:

O autor sagrado nos leva a respeitar a rainha em meio a toda a nojeira ao seu redor... a corajosa rainha se recusou a obedecer [a ordem real]. Sua beleza pertencia somente a ela e ao seu marido; não estava à disposição de centenas de homens meio-bêbados.

Muito bem colocado. Veja bem, eu não consigo não admirar Vasti aqui nessa ocasião. Nesse momento, ela revela um caráter descomunal dentro daquela cultura. Ela enfrenta um homem conhecido na história por ser um homem bruto. Mas, além disso, ela está arriscando tudo aqui. Ela arrisca sacrificar toda a pompa e glamour e riqueza; ela assume o risco de ser expulsa daquele paraíso ao não querer se tornar uma peã sexual, ser exibida como uma propriedade, exposta aos olhares maliciosos de homens embriagados naquele banquete.

Quando as cortinas se erguem e nos apresentam a uma rainha que todos nós nos lembramos bem – a rainha Ester – vamos dedicar um minuto a uma rainha a respeito da qual a maioria nunca ouviu nada, uma rainha disposta a sacrificar sua coroa para manter seu caráter.

Logo no princípio desse drama, já encaramos a pergunta: quanto você vale? A que ponto você está disposto a ir para conseguir o louvor e atenção das pessoas? O que você sacrificará a fim de se dar bem com a multidão? Você alguma vez já perdeu algo porque fez a coisa certa? Talvez um relacionamento, possíveis lucros de vendas, uma nota que garantira sua aprovação ou um emprego.

Seja encorajado por essa apresentação dramática feita no palco da história – esse sacrifício custará tudo a Vasti.

Mas, agora, o rei tem um grande problema nas mãos. Supostamente, ele é capaz de governar o maior império no planeta; supostamente, ele é capaz de comandar o maior exército na face da terra; mas ele acabou de ser contrariado por sua esposa e isso diante de todos os dignitários e de todos os líderes no reino, os quais ele vem, há seis meses, buscando convencer a segui-lo na batalha contra a Grécia.

O que ele deveria ter feito é ter bebido uma grande garrafa de café e depois se desculpado. Mas, ao invés disso, ele pedirá o conselho de homens que são pagos para concordar com ele.

Então, a cena número dois termina e a cena três começa.

  • Terceira Cena: Uma Reação Irracional.

Agora, sete homens sobem ao palco. O verso 13 nos informa que esses são homens sábios que conhecem a lei e as épocas.

No final do verso 14, lemos que esses são os sete “principais do reino” e elesse avistavam pessoalmente com o rei e se assentavam como principais no reino.” Em outras palavras, esse é o gabinete do rei, seus confidentes mais chegados.

Ele, a figura da realeza, foi literalmente envergonhado. Então, ele tenta disfarçar e age como se isso fosse uma questão da lei e do direito. Ele se retira do banquete e se reúne com seus sete conselheiros para analisarem os danos. E eu tenho que me adiantar e dizer que a avaliação deles é idiota e engraçada ao mesmo tempo. A primeira coisa que eles fazem é amaciar o ego ofendido do rei. Observe os versos 16 a 18:

Então, disse Memucã na presença do rei e dos príncipes: A rainha Vasti não somente ofendeu ao rei, mas também a todos os príncipes e a todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero. Porque a notícia do que fez a rainha chegará a todas as mulheres, de modo que desprezarão a seu marido, quando ouvirem dizer: Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua presença a rainha Vasti, porém ela não foi. Hoje mesmo, as princesas da Pérsia e da Média, ao ouvirem o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e haverá daí muito desprezo e indignação.

 

Em outras palavras, todos nós temos agora problemas com nossas mulheres. Nossas esposas ouvirão isso e se rebelarão contra seus maridos por todo o império. Panelas começarão a voar nas cozinhas, roupa suja a amontoar nas lavanderias, elas não irão mais cozinhar para nós; vai ser uma anarquia só! Nem queremos mais voltar para nossas casas agora! O que fazer? Precisamos impedir que esse desastre nacional aconteça! Os versos 19 e 20 relatam o conselho brilhante desses homens:

Se bem parecer ao rei, promulgue de sua parte um edito real, e que se inscreva nas leis dos persas e dos medos e não se revogue, que Vasti não entre jamais na presença do rei Assuero; e o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela. Quando for ouvido o mandado, que o rei decretar em todo o seu reino, vasto que é, todas as mulheres darão honra a seu marido, tanto ao mais importante como ao menos importante.

 

Quantos maridos estão agora pensando: “Essa ideia é ótima! Estou gostando desse livro.”

O rei ainda expande esse edito, note o meio do verso 22: “…que cada homem fosse senhor em sua casa….”

Onde posso conseguir uma cópia desse edito? Imagine só um cara recebendo isso na sua caixinha de correspondência. “Ah, meu amigo, era disso que eu estava precisando!” Posso até visualizar os maridos pregando essa carta ao lado da pia da cozinha, e outra na sala de estar, e outra pendurada na beirada da televisão, e outra no espelho do banheiro no lado da esposa. Na hora que a esposa queridinha começar a retrucar a palavra do marido ou a discordar dele, tudo o que ele tem que fazer é apontar para a belezinha da carta contendo o edito do rei.

Quantos homens neste momento estão pensando: “Muito bem! Vamos fazer um teste.”

Se você já está casado há mais de algumas semanas, já descobriu que não pode legislar coisas como honra e respeito; essas coisas nós conquistamos.

Respeito é um presente que você recebe de seu cônjuge, o qual você também respeita. Você não é tratado com honra por sua esposa porque tem cartas penduradas por toda a casa. É impossível arrancar respeito de sua esposa ou seu marido. Esses resultados são semeados, regados e fertilizados antes de darem fruto.

O rei deseja ser respeitado por uma mulher que ele não respeita. Ele deseja honra de uma esposa que ele desonra. “Então, acho que vou pular tudo isso e tornar isso uma lei entre os medos e persas. Nem se preocupe em semear e regar e fertilizar – quero isso agora!”

E a propósito, o edito do rei e seus homens sábios saiu pela culatra. A ironia é tremenda.

Acima de tudo, eles desejam conter essa situação vergonhosa. Contudo, ao enviar esse edito real, o rei faz nada mais que tornar público seu vexame, espalhando a notícia por todo o império.

Em seguida, eles temem que todas as mulheres do reino deixarão de obedecer a seus maridos assim que ouvirem sobre a desobediência de Vasti. Entretanto, ao enviar esse edito real, esses sábios na verdade garantem que as mulheres vão ouvir sobre o vexame!

Quem saiu com essa estratégia inteligente?

Não é de se surpreender que os judeus, no decorrer das eras, rolaram de gargalhadas diante da tolice do rei e desses homens supostamente sábios que provavelmente ainda estão sob a influência do vinho do rei.

Não. A verdade é que, a essa altura, eles já não estão mais embriagados. Mas eles estão – veja bem isso – eles estão sob a influência da vontade do Rei dos reis.

Não importa quão difíceis ou inconvenientes sejam os eventos que ocorrem no palco de sua vida em particular, não ignore a verdade que desfila no palco persa: Deus está nos bastidores dirigindo toda a produção.

As mãos de Deus estão na luva da história – não somente da história do mundo, mas também da história de sua vida. Não importa quão desesperado você esteja neste momento ao ver o drama de sua vida se desenrolar, Deus está administrando cada cena para cumprir os propósitos Dele em sua vida. Deus pode estar escondido nas sombras dos bastidores; talvez Ele não tenha publicado o roteiro que explica cada cena de sua vida, mas é Ele quem lidera a produção da sua vida.

Um autor escreveu:

Não caia na armadilha do pensamento de que Deus está dormindo quando o assunto é as nações; ou que Ele está fora de alcance quando o assunto é um banquete carnal; ou que Ele se assenta nos céus de mãos cruzadas e apenas observa governantes ímpios tomarem decisões injustas, perversas e até mesmo tolas. Essa é a maravilha da [providência] de Deus – trabalhando por trás das cenas, movendo decisões que executarão Seu plano perfeito até mesmo a partir de ambientes seculares e carnais.

O capítulo 1 de Ester simplesmente nos mostra como Deus orquestrou para que uma vaga fosse aberta no maior reino da terra – uma vaga que, dentro de apenas 16 versos, será ocupada por uma jovem órfã chamada Ester. Uma menina que se torna uma rainha e que influenciará o rei a fim de resgatar o povo escolhido de Deus.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 18/09/2011

© Copyright 2011 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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