
O Fim do Mundo
O Fim do Mundo
Daniel 2, 7
Introdução
Grande era o alvoroço no mundo quando se aproximava a data de 21 de dezembro de 2012. Talvez você lembre disso. Segundo o calendário Maia, esse deveria ter sido o fim do mundo. É claro, o fim não chegou. Sabemos que o mundo caminha para destruição total, mas não será conforme ditado por calendário humano algum. Na cronologia Maia, o ciclo de 5 mil anos terminou no dia 21 de dezembro e ninguém sabia o que ocorreria em seguida.
Agora, com ou sem esse calendário Maia e outros, a maioria de nosso mundo vive com a noção de que algo ruim está para acontecer. Um artigo de jornal recente chamou minha atenção. Ele falava sobre um movimento crescente de preparação—pessoas se preparando para sobreviver em um mundo no qual catástrofes forçarão a humanidade a viver novamente em cavernas e lutando por fogo e comida. O que no passado foi visto como uma prática exclusiva de indivíduos com perspectivas apocalípticas, hoje se tornou comum.
Um ex-oficial de inteligência do exército americano escreveu um livro bastante popular que tem por título: “Como Sobreviver ao Fim do Mundo.” Mais de 130 mil pessoas leem seu blog todos os dias para conseguir mais dicas de sobrevivência dadas por outros autores e especialistas no assunto.
Conforme um artigo, 25 milhões de pessoas no mundo fazem planos, quer a curto ou longo prazo, para sobreviver a uma destruição apocalíptica, a qual virá, quem sabe, por meio de furacões que acabarão com a eletricidade, tempestades solares que destruirão a superfície da terra ou erupções vulcânicas de magnitudes cataclísmicas.
Um desses milhões de indivíduos que se preparam para o fim do mundo é um químico que trabalhou por muitos anos numa empresa de petróleo, mas saiu do emprego para juntar recursos para sobreviver o horror vindouro. Ele disse a uma rede de televisão: “Teremos que começar uma civilização inteira do nada.” Há séculos, a humanidade fomenta anúncios do fim do mundo.
A propósito, existem verdades nisso tudo, conforme nosso estudo de hoje mostrará. Haverá uma tribulação futura que ninguém consegue conceber—erupções, tsunamis, epidemias, fome e água contaminada assolarão o planeta. Mas isso não acontecerá quando a terra atravessar o equador da Via Láctea, conforme pensavam os maias. O tempo de julgamento futuro sobre a terra virá pelo agir da mão de Deus. No fundo do coração humano existe uma consciência tumultuosa (Romanos 2), o conhecimento do Deus Criador (Romanos 1) e uma história cheia de lembretes de que os alertas de Deus são, de fato, verdadeiros. E o motivo por que a raça humana carrega em seu coração esse sentimento de destruição final é que ela realmente virá.
Infelizmente, os especialistas no fim do mundo, especialmente na atualidade, tiram a atenção das pessoas do julgamento verdadeiro sobre o qual realmente precisam pensar e todos acabam, no fim, somente acumulando comida e armas. A verdade, todavia, permanece e a humanidade a sabe muito bem e a sente em seu íntimo: esta terra não durará muito tempo.
A predição mais antiga do fim dos tempos foi encontrada por arqueólogos num tablete de argila assírio. Ela diz: “Estes são sinais de que o mundo rapidamente se aproxima do fim.” Os Montanistas muito provavelmente foram o primeiro movimento organizado que se preparava para o fim do mundo. No século primeiro d.C., eles diziam ter revelação especial da parte de Deus de que o mundo estava prestes a acabar. Eles aguardaram o fim na região que hoje é a Turquia. O Papa Inocêncio III adicionou 666 anos ao ano em que o Islamismo começou e predisse que Cristo voltaria no ano de 1284. Astrólogos de Londres, Inglaterra, profetizaram em 1524 que um dilúvio enorme inundaria a cidade, 20 mil pessoas abandonariam seus lares e esperariam pela vinda do apocalipse, o qual não aconteceu. Em 1792, um movimento chamado Shaker predisse o fim do mundo. Em 1914, as Testemunhas de Jeová começaram uma série de predições: 1914, 1915, 1918, 1919, 1920, 1925, 1941, 1975 e 1994.
Em 1994, um homem chamado Harold Camping datou a volta de Cristo, utilizando uma numerologia incrível e somando os anos. Poucos anos atrás, ele gastou dezenas de milhões de dólares em propaganda e advertindo o mundo que Jesus arrebataria sua igreja no dia 21 de maio de 2011. A terra seria destruída por um tsunami, terremotos e uma hoste de outros desastres naturais. A história humana terminaria neste planeta. Quando o fim não veio no dia 21 de maio, ele revisou as datas e mudou para 21 de outubro do mesmo ano. Centenas de milhares de pessoas acreditaram nele, deixaram seus empregos e venderam tudo o que tinham para alertar o mundo.
Um dos resultados mais trágicos ocorreu em meio aos crentes Hmong, que se juntaram na fronteira do Laos para aguardar o arrebatamento, arriscando suas vidas com seu governo comunista. Muitos foram capturados e vários pastores martirizados quando o dia terminou e o arrebatamento não veio.
Veja bem: para começar, você pode ter certeza que, se alguém prediz a data da volta de Cristo, essa pessoa está errada simplesmente porque o próprio Jesus afirmou que não sabeis nem o dia nem a hora (Mateus 25.13) e não vos compete conhecer tempos e épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade (Atos 1.7). Ao invés de tentar adivinhar datas, devemos viver como os crentes de Tessalônica e de Creta: aguardando a manifestação de Cristo, trabalhando com nossas mãos, cumprindo com nossas responsabilidades, servindo como testemunhas do Senhor ao mundo, o qual, de fato, caminha em direção a um julgamento terrível.
Deus não revelou nas Escrituras todas as coisas a respeito do futuro que gostaríamos de saber, mas tudo aquilo que precisamos saber para nos preparar para o que acontecerá. Em certo sentido, o crente é o que mais se prepara e fica realmente preparado, mas seu preparo nada tem a ver com estoque de comida e armamento; seu preparo tem a ver com sua alma e vida eterna no novo céu e na nova terra vindouros.
A pergunta, todavia, permanece: será que recebemos alguma informação na Bíblia que nos ajuda a aguardar o fim do mundo? Daniel, o primeiro sábio da Babilônia, diria que sim. Nos capítulos 2 e 7 de Daniel, vemos a progressão dos impérios mundiais, começando com a Babilônia que governava grande parte do mundo.
Em Daniel 2, o profeta interpreta um sonho do rei Nabucodonosor. Nessa interpretação, notamos quatro reinos ou impérios mundiais. Veja Daniel 2.31–34:
Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de bronze; as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro. Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou.
Essa pedra é a mesma pedra que os construtores rejeitaram (Mateus 21.42); ela se refere à volta do Messias, o qual, conforme Daniel profetiza, esmiuçará ou esmagará esses reinos ao estabelecer o seu próprio. O final do verso 35 conta que esse reino encheu toda a terra.
Agora, como sabemos que as diferentes partes da estátua são reinos? Deixe-me resumir a interpretação fornecida por Daniel: como lemos no verso 38, Babilônia é a cabeça de ouro. Ela foi, de fato, o primeiro império mundial—a cabeça de ouro. Mas Daniel continua interpretando no verso 39 e revela que a Babilônia será seguida por um segundo reino, o qual é identificado no capítulo 5 como o reino dos medos e persas. Esse é o reino de prata. Após os medos e persas vem um terceiro reino de bronze, o qual terá domínio sobre toda terra (v. 39). Com base na história, sabemos que o reino da Grécia, sob Alexandre o Grande, derrotou o Império Persa. Em seguida, vem um quarto reino forte como o ferro (v. 40). Mas o verso 41 nos informa que esse reino se divide e, conforme descemos até os pés dessa enorme estátua, saímos de um reino unificado de ouro e chegamos a um reino misturado de ferro e barro. Com essa interpretação, Daniel, com efeito, profetiza e a história confirma a progressão dos impérios mundiais. Sua profecia, na verdade, se estende até o término do período da igreja.
No capítulo 7, nos deparamos com outra visão, a qual concorda com a visão da estátua, mas adiciona alguns detalhes importantes à profecia. Os mesmos quatro reinos aparecem novamente na figura de animais, mas Daniel adiciona informação sobre o reino do Anticristo e, por fim, sobre o reino de Deus. Veja Daniel 7.3–4a:
Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão e tinha asas de águia...
Esse primeiro reino é o da Babilônia. Leões com asas eram praticamente o símbolo nacional da Babilônia antiga. Na verdade, havia esculturas de leões com asas nas entradas dos palácios reais da Babilônia. O segundo reino é o dos medos e persas, retratado no verso 5 como um urso. O verso ainda nos conta que esse urso na boca, entre os dentes, trazia três costelas. Essas três costelas representam três reinos que os medos e persas conquistaram: a Lídia, o Egito e a Babilônia.
O terceiro reino, a Grécia, também concorda perfeitamente com o sonho da estátua. Ele aparece no verso 6: um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave. As asas se referem à velocidade desse reino. A história nos informa que o exército grego sob Alexandre o Grande conquistou o mundo conhecido mais rapidamente do que qualquer outro poder da antiguidade. Em somente 8 anos, eles marcharam e conquistaram mais de 15 mil km de território, da Grécia à Índia. Também é algo significante que esse leopardo tem 4 cabeças porque, após a morte prematura de Alexandre com apenas 32 anos de idade, seu reino foi dividido em quatro regiões e cada um de seus quatro generais liderou uma região.
Agora, o que vem em seguida é uma besta-fera, forte e terrível com dentes de ferro (v. 7). Essa é uma referência óbvia à visão da estátua e às pernas de ferro, que simbolizam o Império Romano. Daniel explica no verso 7:
...ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres.
O que Daniel insere aqui é a informação sobre alguns estágios posteriores desse Império Romano, que é o que teólogos chamam de um reavivamento do Império Romano ou o Império Ocidental. Ao invés de falar de dez dedos dos pés da estátua do capítulo 2, Daniel fala agora de dez chifres emergindo da cabeça desse último poder mundial. E não precisamos adivinhar o que são esses dez chifres. Veja o verso 24:
Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
Em outras palavras, o império é uma coalizão de dez reinos. O verso 24 ainda diz que um décimo primeiro rei aparece e mata 3 dos 10 e toma seu lugar. Isso, porém, é apenas o início de sua violência. Leia os veros 25–27:
Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim. O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.
Daniel acabou de profetizar inúmeros acontecimentos. Será que eles se concretizaram?
Primeiro, a Babilônia foi a primeira força mundial. Segundo, os medos e persas conquistaram a Babilônia. Terceiro, os gregos venceram a Pérsia. Quarto, Roma derrotou os gregos. Quinto, um novo Império Romano será governado por dez reis—isso ainda está para acontecer. Sexto, um governante blasfemará contra Deus e tentará destruir os que seguem o Senhor enquanto domina o planeta. A Bíblia o chama de Anticristo—isso ainda não aconteceu. Por fim, o Anticristo será derrotado quando o Messias retornar e estabelecer seu reino na terra—isso ainda não aconteceu.
Agora, alguns dirão: “Mas Cristo já veio e estabeleceu seu reino em nossos corações.” Em certo sentido, isso é verdade—ele deve, sim, ser o Senhor de nossas vidas neste momento. Mas no sentido profético, isso não é verdade. Na realidade, se voltarmos ao verso 13, encontraremos a descrição do Messias vindouro:
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.
Pare aqui. Quem seria esse indivíduo? Ele é chamado de Filho do Homem, o que significa que ele é descendente da raça humana. Todavia, ele é um como Filho do Homem, o que significa que ele é mais do que um mero homem. Além disso, ele vem para a terra com as nuvens, uma expressão que no Antigo Testamento alude ao fato de que as nuvens são os carros de Deus (Salmo 104.3; Isaías 19.1). Então, esse indivíduo não é homem somente, ele é divino.
Portanto, Daniel descreve um indivíduo que desce a terra para reinar e acontece de ser uma divindade vestida de humanidade. Quem seria esse? “Quem é você?” perguntou o Supremo Tribunal de Israel a Jesus antes de condená-lo à morte. “Diga-nos se tu és o Filho de Deus.” Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu (Mateus 26.64). Ele disse: “Esse sou eu!” E o Sinédrio exclamou: “É réu de morte porque afirmou ser Deus!” E os judeus o mataram. Mas isso era parte do plano de Deus, pois o Messias veio primeiro para nascer a fim de poder, no fim, morrer pelos nossos pecados.
Isaías escreveu:
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos (Isaías 53.5–6).
Ah, mas aqui em Daniel 7.13, lemos sobre sua segunda vinda triunfante a terra.
Deixe-me juntar as peças desse quebra-cabeças:
- Após a coalizão dos dez reinos do império ocidental;
- Após o governo do Anticristo, o qual ascenderá ao poder no decorrer de 3 anos e meio ao fazer um acordo de paz com Israel;
- Após outros 3 anos e meio, quando profanará o Templo, tentará matar os judeus e todos os que seguem a Deus e exigirá ser adorado como um deus;
- Depois de tudo isso, o Rei Jesus Cristo voltará com sua noiva e, após derrotar o Anticristo e reunir todos os santos que seguiram a Deus naqueles anos de catástrofe e julgamento, ele reunirá e restaurará a nação perdida de Israel, a qual, dessa vez, o recebe em tristeza genuína e arrependimento duradouro.
Tudo isso ainda está para acontecer.
Daniel vê a inauguração desse reino incrível do Messias. Veja Daniel 7.13–14:
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.
Imagine esta cena no céu: o Messias (Deus Filho) chega ao Ancião de Dias (o Deus Pai)—o que, a propósito, revela pelo menos duas Pessoas distintas—e o Pai entrega o cetro nas mãos do Filho e diz: “Chegou a hora... estabeleça o reino do Altíssimo na terra.”
Com base no livro de Apocalipse, esse reino do nosso Senhor durará mil anos, enquanto Satanás permanece algemado (Apocalipse 20.1–3). Apocalipse ainda nos conta que, após esses mil anos, Satanás será solto e reunirá um exército de descrentes—pessoas que viveram sob o governo de Cristo, porém não creram nele; elas desfrutaram do reino sem nunca crer no Rei. Mas Cristo destruirá esse exército, enviará Satanás definitivamente para o inferno e julgará a raça humana incrédula inteira no julgamento do Grande Trono Branco (Apocalipse 20.13). Após esse julgamento final, Deus criará um novo céu e uma nova terra para o nosso deleite eterno. Apocalipse 21 descreve esse novo mundo.
Se você acha que esse panorama sobre o final dos tempos ou escatologia foi rápido demais, então o convido a ouvir ou ler nossos estudos no livro de Apocalipse; são 71 mensagens ao todo e estão todas disponíveis em nosso site, sem qualquer custo.
Os maias da antiguidade eram obcecados com cronologia e eram astrônomos brilhantes. Eles estabeleceram um calendário que seguia os movimentos de Vênus, além de criarem um calendário solar e traçarem os movimentos da terra em relação à lua e ao sol. Eles até calcularam a duração do mês lunar como sendo de 29.532020 dias; ou seja, erraram por somente 34 segundos. E eles erraram por 34 segundos sem o uso de telescópios, computadores, calculadoras e cronômetros. Apesar de especialistas em calcular meses e anos, eles não conseguiram—e ninguém consegue—calcular o fim do mundo.
Com base nas profecias bíblicas, sabemos que a terra será destruída e uma nova criada, mas somente depois do reinado milenar de Cristo. Seu reino será precedido por 7 anos de intensa tribulação, efetuada não por terroristas ou tsunamis, mas pela mão de Deus que julgará a raça humana. Portanto, podemos afirmar com confiança que o mundo só será destruído, no mínimo, daqui a 1007 anos—7 anos de tribulação mais 1000 do reino de Cristo. E esses 1007 anos começam com o arrebatamento da igreja.
Como crentes, nossa missão não é alertar pecadores a se prepararem para reconstruir a raça humana após uma série de desastres desconhecidos; a fé cristã destes não está informada pelas profecias das Escrituras. Ao invés disso, pregamos para que as pessoas coloquem sua fé e confiança em Cristo Jesus somente para a salvação. O próximo evento profético é o arrebatamento da igreja, quando Cristo retorna para resgatar sua noiva da ira de Deus que será derramada sobre a terra (1 Tessalonicenses 4 e mais 13 capítulos em Apocalipse). Somos evangelistas, proclamando que os pecadores morrerão e depois disso virá o julgamento. Assim como Daniel, somos evangelistas advertindo as pessoas de que a refeição que acabaram de comer pode ter sido sua última.
Precisamos nos preparar para o seguinte—isto é o que sabemos com base nas profecias bíblicas:
- O mundo não será destruído num dia predito por um ser humano.
- Segundo, Jesus voltará para estabelecer seu reino após um período de 7 anos de tribulação.
- Terceiro, a próxima profecia a ser cumprida no calendário bíblico é a do arrebatamento da igreja (1 Tessalonicenses 4.17).
- Quarto, após a igreja ter sido arrebatada, a ira dos julgamentos de Deus será derramada sobre a humanidade (Apocalipse 3.10 contém a promessa de que a igreja será removida e Apocalipse 5 começa com os redimidos cantando diante do trono de Deus).
- Quinto, após os 7 anos de tribulação Jesus Cristo, o Messias, descerá e pisará a terra uma segunda vez, com sua noiva, para estabelecer seu reino.
- E sexto, esse reino de Cristo governará sobre a raça humana que sobreviveu à tribulação e creu em Cristo. Conforme Apocalipse 14, os que ouviram e creram no Evangelho durante a tribulação provêm de toda língua, tribo e nação da terra.
Assim, Cristo estabelecerá seu reino, visto pela primeira vez por esse sábio da Babilônia, Daniel, em suas visões e interpretações. E aqui está o que sabemos a respeito do futuro reino de Cristo sobre a terra. A Bíblia nos fornece pelo menos 4 características desse reino vindouro:
- Primeiro, será um tempo de grande paz—Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra (Isaías 2.4).
- Segundo, será um tempo de glória radiante, quando a glória de Deus se manifestará no reino messiânico (Isaías 35; Ezequiel 43).
- Terceiro, será um tempo de intensa adoração. O apóstolo João descreveu a música que nossas vozes entoarão juntamente com 100 milhões de anjos: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos (Apocalipse 5.13).
- Quarto, será um tempo de grande prosperidade e saúde.
Lemos em Isaías 65.20 que morrer com 100 anos de idade será morrer prematuramente. Além disso, o Rei curará enfermidades, deformidades e debilidades—surdos ouvirão e cegos verão (Isaías 29.18); nenhum morador dirá: “Estou doente” (Isaías 33.24). Nós reinaremos com Cristo por 1000 anos durante um tempo de prosperidade e saúde sem iguais, finalmente.
- E quinto, o reino será um período de grande alegria.
Grande será a alegria no meio do povo na presença de Cristo (Isaías 9.3). O verso 6 diz:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;
Conclusão
Isaac Watts foi um diácono e alfaiate inglês nos anos de 1600. Ele também era um dissidente da Igreja Anglicana, algo considerado traição naqueles dias; por isso, acabou sendo preso. Durante o pouco tempo que passou na prisão, sua esposa Sarah deu à luz um filho, a quem chamaram Isaac, em honra ao pai. Desde criança, o menino gostava de rimas e versos.
Depois que voltou da faculdade com 19 anos de idade, Isaac reclamou com o pai por causa da música monótona e triste da igreja; a congregação só podia cantar arranjos dos Salmos. Martinho Lutero ensinou os reformados a entoar hinos, mas João Calvino só permitia cantar as Escrituras. O debate sobre o assunto era grande. Música sempre causa discussão. Enfim, após essa conversa, o pai desafiou o filho Isaac a compor um hino e ver se conseguia produzir uma música melhor. O jovem fez isso; escreveu um hino e a igreja pediu que ele compusesse um novo hino por semana. Ele continuou e acabou produzindo mais 600.
Um dos seus hinos mais populares e que até hoje é entoado na época do Natal é “Povos Cantai.” Entretanto, quando compôs esse hino, Isaac Watts não pensou na primeira vinda de Cristo, mas em sua segunda vinda e no seu reino sobre a terra:
Povos cantai, Jesus nasceu, saudai o grande rei
Que cada ser, lhe dê lugar
Oh Terra e Céus cantai, oh Terra e Céus cantai
Oh Terra e Céus ao rei cantai
O Salvador chegou cantai, saudai-o em canções
Montanhas, vale e a criação
Repitam o refrão, repitam o refrão
Repitam o feliz refrão
Seu reino é de retidão, provai-o oh nações
As glórias mil, de suas mãos
E do seu grande amor, e do seu grande amor
O seu tão grande amor, cantai!
Meu amigo, certifique-se de que você colocou sua fé em Jesus Cristo, o futuro Rei. A hora está chegando e se aproxima cada vez mais. Existem muitas coisas sobre o futuro que não sabemos, mas uma podemos saber com certeza. João escreveu:
Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus (1 João 5.13).
Veja bem: você não pode saber o tempo e a hora da vontade de Cristo, mas pode saber que ele voltará para busca-lo. Não podemos saber o ano do estabelecimento do seu reino, mas podemos saber que reinaremos com ele. E será um reino de grande alegria.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 16/12/2012
©Copyright 2012 Stephen Davey
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