Pulando de Alegria

Pulando de Alegria

by Stephen Davey

Pulando de Alegria

Atos 3.1–26

Introdução

Na cidade em que moro, quando eu dirijo pelos cruzamentos principais da cidade, vejo pessoas nas esquinas segurando placas que dizem: “Trabalho por comida,” ou “Sem-teto, preciso de comida.” Se você é como eu, seu sentimento é uma mistura de pena e ceticismo. Eu fico me perguntando se a necessidade é real ou se o trabalho deles é ficar naquelas esquinas pedindo ajuda.

Quando estava na faculdade numa pequena cidade, estava andando no centro da cidade numa tarde quando um sem-teto veio até mim. A roupa dele era velho e o bafo era de álcool. Pediu dinheiro. E, como muitos sabem, sendo um universitário seria um milagre ter até mesmo um real no bolso! Disse a ele: “Veja só, tenho algo para você que é melhor do que dinheiro.”

Ele parecia interessado, então continuei e fiz uma apresentação clara do evangelho. Ele prestou atenção e todas as minhas palavras e fez até algumas perguntas. Depois de uns vinte minutos, perguntei a ele se queria abandonar o pecado e receber a Jesus Cristo como seu Salvador. Com lágrimas em seus olhos, ele respondeu: “Sim!”

Eu imaginei que fosse dificultar as coisas se pedisse para ele se ajoelhar. Então, pedi que ele se ajoelhasse comigo na calçada para orar. Para minha surpresa, ele disse: “”Está certo.”

Em plena luz do dia, com várias pessoas caminhando ao nosso redor, ele se ajoelhou e eu o conduzi a Cristo. Que momento especial! Estava ansioso para chegar em meu dormitório e compartilhar essa história incrível da conversão desse homem. Depois que oramos, nos levantamos e ele disse: “Agora, e aquele dinheiro... você tem alguma coisa para mim?”

Eu disse: “Sabe de uma coisa, não tenho dinheiro nenhum, mas tem um grupo de apoio aqui nas redondezas que irá ajudá-lo a se reerguer na vida e começar uma nova vida.”

Ele disse: “Você então não vai me dar nenhum dinheiro?”

Eu disse: “Não, eu não tenho nada.”

Para a minha surpresa, ele me xingou, virou-se e saiu marchando furioso comigo. Um pouco depois, virou-se para mim e começou a gritar coisas obscenas e palavras indignas de serem repetidas.

Eu fiquei abalado com aquilo. Tudo o que ele tinha feito foi falso. Sua conversão foi uma peça teatral. Não precisamos nem dizer quantas outras vezes ele foi “salvo.”

Hoje, gostaria de transportar nossa atenção para a conversa de um pedinte. Dessa vez, contudo, não é uma farsa, mas algo genuíno. É a história de um homem desesperadamente necessitado – e ele está prestes a receber algo muito diferente daquilo que estava pedindo.

O Ministério Milagroso de Curas de Pedro e João

A história desse pedinte começa no capítulo 3 de Atos e continua até a metade do capítulo 4. Na verdade, é por causa da conversão desse pedinte que a igreja começa a ser perseguida.

A doença física do pedinte

Primeiramente notamos a deficiência física desse mendigo. Veja o versos 1 e 2 de Atos 3.

Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.

Somente no verso 2 descobrimos muitas coisas a respeito desse mendigo.

Primeiramente, note que Lucas nos fornece a informação de que esse homem era aleijado desde o ventre de sua mãe. Em outras palavras, ele nasceu deficiente. Não foi o resultado de um acidente, mas ele nasceu deficiente.

Se pularmos até o verso 7, vemos que o doutor Lucas usa linguagem médica. Ele diz:

E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram;

A palavra “se firmaram” literalmente significa “firmemente encaixado.” Hipócrates usa a mesma palavra para se referir à condição de paralisia dos pés e tornozelos.

Agora, o fato que esse homem foi milagrosamente curado gerou movimentos e ministérios no decorrer do último século que promete cura física como parte da vontade fiel de Deus. E existem alguns homens que posam como conduítes de poder especial de cura.

Dessa forma, preciso parar neste ponto e prover uma resposta bíblica. Isso não é apenas para os que ouvem hoje mas também para todos aqueles que fazem parte desses movimentos, mas que irão um dia se desiludir porque ficarão doente  e eventualmente morrerão. E ninguém, exceto quando por acidente, morreu sem que o motivo seja situação deteriorada da saúde.

Cuidado com os curandeiros milagrosos de hoje

Deixe-me fornecer alguns cuidados a tomarmos quando o assunto são os tais curandeiros milagrosos de nossos dias.

  • Um cuidado é notarmos que o dom milagroso de curas foi realizado somente por meio dos apóstolos.

Em 2 Coríntios 12, verso 12, Paulo diz:

Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos.

Da mesma forma como um profeta do Antigo Testamento foram autenticados por meio dos milagres de profecia, força, fogo do céu, também a era do Novo Testamento despertou com os apóstolos sendo autenticados por meio do poder de curar delegado pelo próprio Jesus.

Ninguém que viu Elias indo para o céu num redemoinho e carruagem de fogo disse: “Ei, eu quero ir para o céu daquele jeito também.”

Ninguém que viu o rosto de Moisés brilhando por que tinha estado na presença da glória de Deus foi até um espelho e disse: “Por que o meu rosto não brilha como o de Moisés?”

A verdade é que a igreja primitiva do Novo Testamento não experimentou ou realizou os milagres que os apóstolos realizaram.

Veja Atos 2, verso 43.

Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.

John MacArthur faz uma distinção importante ao escrever:

Ao contrário do ensino de muitos hoje, a igreja primitiva não era uma igreja operadora de milagres. Na verdade, era uma igreja com apóstolos que operavam milagres. O dom de curas no período da igreja primitiva se limitava aos apóstolos e àqueles próximos associados a eles.

  • Um segundo cuidado é a verdade de que, à medida que a igreja descrita em Atos se desenvolvia, o ministério de milagres dos apóstolos diminuía.

Uma questão só precisa ser provada um certo número de vezes. Eventualmente, os apóstolos ficaram conhecidos pelo seu poder milagroso. Dessa forma, a demonstração de poder para comprovar que a missão deles vinha realmente de Deus foi se tornando cada vez mais desnecessária.

Isso explica por que Paulo não curou Trófimo, mas o deixou doente em Mileto, conforme nos diz em 2 Timóteo 4, verso 20. Epafrodito quase morreu enquanto trabalhava com Paulo, de acordo com Filipenses 2, verso 27. E não é estranho o fato que Timóteo sofria de uma doença no estômago? Ele tinha parado de beber tudo, menos água devido à sua preocupação com sua integridade e ministério. Paulo disse a ele para beber um pouco de vinho por causa de seu estômago, como vemos em 1 Timóteo 5, verso 23. Podemos perguntar: “Espera aí, Paulo, por que você não simplesmente cura o amigo?”

Conforme o registro bíblico continua, o ministério de curas dos apóstolos cessa.

  • Outro cuidado que devemos tomar é porque as realizações de milagres no livro de Atos não foram primariamente para curar os aflitos, mas para autenticar o ministério e mensagem dos apóstolos.

Hebreus 2, versos 3 e 4 deixam bem claro que os sinais de confirmação eram maravilhas e milagres realizados por meio dos apóstolos à medida que estabeleciam a nova dispensação da igreja. Desde aquela era milagrosa de confirmação, nós temos construído sobre o fundamento dos apóstolos.

Marcos 16, versos 19 e 20, nos diz que, após a ascensão de Jesus, os apóstolos foram e pregaram, enquanto o Senhor trabalhava com eles e confirmava a palavra com sinais e maravilhas.

Em Romanos 15, versos 18 e 19, Paul relata que pregou o evangelho como um apóstolo aos gentios com sinais e maravilhas.

Os apóstolos faziam parte de uma era de milagres de confirmação do poder de Deus por meio dessa nova comunidade chamada igreja, e uma nova dispensação chamada graça, e uma nova teologia chamada o Novo Testamento.

Se os apóstolos curaram pessoas simplesmente porque estavam doentes, eles foram homens muito cruéis. Pedro e João deveriam ter curado todos os aleijados de Jerusalém, todas as pessoas doentes, todos os que estavam à beira da morte; mas eles não curaram!

Por que não? Porque havia um propósito divino por trás de cada demonstração de poder – atestava sua comissão apostólica da parte de Deus.

Você pode dizer: “Mas, por que gastar tanto tempo nesse assunto? Você está com medo dos milagres?”

Não. Mas temo por você e desejo alertá-lo, da mesma forma como Paulo alertou os bispos de Éfeso para atentarem para o rebanho, como vemos em Atos 20. Falsos mestres e enganadores viriam e tirariam vantagem deles usando o nome de Cristo.

Deixe-me dar a você alguns princípios.

  • A habilidade de Satanás de forjar milagres de curas exige um pensamento crítico por parte dos crentes hoje.

Você sabia que Satanás e sua hoste de demônios podem forjar milagres de curas? Eles não somente fazem isso no meio das falas religiões, mas muito ocorre no meio cristão também.

O próprio Senhor Jesus alertou em Marcos 13, verso 22:

Pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.

O apóstolo Paulo alerta em 2 Tessalonicenses 2, versos 8 e 9:

Então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,

Se você se pergunta como a população do planeta se unirá para seguir o anticristo, veja 2 Tessalonicenses 2, versos 3 e 4:

Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.

Agora, isso significa que Deus não realiza milagres de cura hoje? Será que isso significa que não podemos orar pedindo pela cura dos enfermos em nosso meio? Não, de forma alguma!

  • O segundo princípio é que, apesar de o plano de Deus hoje poder envolver curas milagrosas, operadores de milagres não são mais parte de Seu plano.

Deus pode escolher curar, como também não curar. Em último instância, Ele trabalha em nossas vidas segundo o Seu plano.

Quero que você ouça, agora, o que chamo de uma cura milagrosa. Não existe nenhuma oração de fé para essa cura e não existe ninguém orando por esse homem que é curado. Ele não espera ser curado e está, na verdade, no processo de ensinar que Deus não garante cura aos Seus filhos e que somente Deus tem o direito soberano sobre a vida de Seus filhos.

O pastor Miller foi afligido com um vírus que atacou suas cordas vocais. O vírus causou danos irreparáveis às suas cordas vocais de forma que ele não consegue nem cochichar, quanto menos falar. Ele perdeu sua habilidade de pastorear, resignou o pastorado em sua igreja e passou três anos fora do ministério. Sua igreja o chamou para dar um estudo, mas ele se recusou. Eles insistiram, dizendo que ele poderia usar o microfone de lapela bem próximo à sua boca para que sua voz conseguisse ser amplificada e ouvida. Ele concordou e, quando estava explicando, corretamente, que os crentes não têm o direito sobre a morte física, Deus escolhe trazer glórias ao Seu próprio nome.

Ouça, nas próprias palavras do pastor Miller, o que ocorre no auditório dessa igreja onde esse homem fielmente pregava a palavra de Deus.

...Dizer que todas as pessoas serão curadas porque Jesus morreu na cruz é uma interpretação erradas das Escrituras – não é verdade; não funciona. Isaías 53 não está falando de cura física – me desculpe, mas esse não é o contexto. E, forçar essa interpretação naquela passagem, leva a uma má interpretação bíblica -  está errado. Por outro lado, dizer que não temos nada depois do livro de Atos, que os milagres findaram no livro de Atos e nunca ocorreram novamente, é igualmente um erro. Você colocou Deus numa caixa – e Ele não gosta de ser colocado na caixa. Então, o salmista diz: “...bendize, ó minha alma, ao Senhor...ele é quem sara todas as tuas enfermidades.” E o verso 4 diz: “Quem da cova redime a tua vida...” [De repente, a voz do pastor Miller começa a voltar na palavra “cova]... Gosto muito desse verso. Eu e você já tivemos no passado experiências na cova... [o pastor Miller hesita enquanto sua voz começa a retornar completamente]... Todos já passamos por um momento em que nossas vidas pareciam estar na cova; no poço... e não tínhamos uma explicação para aquela situação... [pastor Miller está em lágrimas, mas com a voz normal]... Não estou entendendo isso agora. Meu coração está transbordando neste momento. Não sei ao certo que dizer e fazer... é engraçado, mas me falta palavras...

Incrível! Maravilhoso! Irrefutável! Inegável! Ele não estava pedindo; ele não convergiu sua fé para isso – Deus simplesmente curou. E essa cura não glorificou a ninguém mais, senão a Deus.

O Pedido Lastimável do Mendigo

Vamos voltar, agora, à história de Atos 3. Tem uma outra coisa que eu quero que você veja no verso 2.

Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.

O historiador do primeiro século Flávio Josefo nos informa que a porta desse templo era particularmente impressionante. Era feita de bronze de Corinto e coberto de ouro e prata. O portão era tão pesado que, para fechá-lo, eram necessários vinte homens. Existem registros dizendo que, quando a luz do sol batia nesse portão, ele refletia e brilhava com beleza espetacular.

É irônico, não é, o fato de que algo tão belo e impressionante era o lugar diário de alguém todo sujo, pobre e sem esperança?

Esse portão esplêndido conectava o pátio dos gentios ao pátio das mulheres. Eu acho que esse mendigo era esperto. Talvez ele pensasse que conseguiria despertar mais dó nas mulheres que nos homens.

Também acho significante que, de todos os lugares que ele poderia ter escolhido em Jerusalém, ele escolheu pedir à porta do templo. Sua esperança era a misericórdia daqueles que tinham dinheiro para dar para Deus; talvez eles dessem para ele também.

Lembro-me quando criança sempre avistar um mendigo sentado no mesmo lugar – na calçada aos pés da escada de uma loja. Suas pernas eram dois troncos de madeira e ele se sentava sobre uma prancha com rodas; era a maneira como ele se locomovia. Estava sempre sorridente. Por vezes eu colocava em sua vasilha de aço todo o dinheiro que tinha – o que era alguns centavos. Ele respondia todo feliz: “Muito obrigado!”

Ele dependia totalmente da compaixão das pessoas que vinham fazer comprar naquela loja e crianças como eu, que iam à loja gastar um dinheiro. Com certeza, os que tinham dinheiro para gastar na loja, também teriam para dar um pouco a ele.

E aqui está esse mendigo, conforme vemos no verso 2, clamando aos que passavam indo para o templo: “Dinheiro para este pobre coitado! Dinheiro!”

O Testemunho Pessoal do Mendigo

Veja, agora, os verso 3 a 10 de Atos 3.

Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram...

(ou “firmemente encaixados”)

...de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a...

(Pedro?! Não, louvando a...)

...Deus. Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus, e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava, assentado à Porta Formosa do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe acontecera.

Dá para imaginar essa cena? Esse homem paralítico de nascença está agora andando e pulando! Esse milagre não só envolve a criação de músculos e juntas e tendões e ossos e a regeneração do músculo da memória em seu cérebro, mas ele anda instantaneamente! Uma criança leva em torno de dois anos para aprender a andar e nós, pais, gostaríamos que até demorasse mais! E demora ainda mais para aprender a correr e pular. E esse homem está fazendo tudo isso – e no templo.

Homens estão fazendo suas orações; pessoas estão se movimentando na tentativa de cumprirem suas responsabilidades religiosas quando, de repente, eles veem movimento. A cabeça do mendigo se destaca das demais. Ele está rindo e pulando. E sai com um “Aleluia!” e pessoas ficam olhando para ele.

A notícia se espalha rapidamente no templo. “Ei, esse é o mendigo aleijado. Faz quarenta anos que ele não anda. Como pode ser?”

E, com esse homem segurando no braço de Pedro, numa espécie de ilustração viva, Pedro começa a pregar. Nos versos seguintes, ele explica que esse homem foi uma ilustração do poder de Jesus Cristo, o Messias.

Pedro explica que Cristo Jesus tem um reino que um dia virá para esta terra. E, nesse reino, adivinha o que os profetas declararam? Isaías 35, verso 6, diz: Os coxos saltarão como cervos.

Esse homem serviu de ilustração daquilo que o futuro reino será. Você também será parte desse reino, se receber agora ao Senhor Jesus Cristo como o seu Messias.

Imagine pregar sobre uma promessa com uma prévia dessa promessa dançando ao seu redor!

Aplicação

Vamos retirar algumas aplicações a partir dessa história.

  • Primeiro, assim como a condição daquele mendigo, nossa situação é desesperadamente deficiente, incapaz de nos mover espiritualmente.

O mendigo era...

Nós somos...

Nascido fisicamente deficiente

Nascidos espiritualmente deficientes

Pobre, sem condições de sobreviver sem a ajuda de outras pessoas

Falidos, incapazes de viver eternamente sem Cristo

Fora do local de adoração

Separados de Deus, não importando quão próximos da porta

Totalmente curado pela graça de Deus

Trazidos à vida pela graça por meio da fé em Cristo

 

  • Segundo, como a cura do mendigo, nossa cura espiritual está disponível aos que simplesmente pedirem.

A cura realmente depende daquele a quem você pede. Toda a humanidade está faminta e sedenta, em total necessidade. De qual poço você beberá na tentativa de encontrar satisfação? Você vai beber do poço da sensualidade, negócios, materialismo, poder, popularidade ou humanismo? Eles deixarão você desejando outra bebida. Somente Jesus Cristo pode satisfazer de verdade.

Meu amigo, se você ainda não recebeu o presente da vida eterna oferecido a pedintes e mendigos que invocam o nome do Senhor Jesus Cristo, não importa se você é um homem de sucesso, dinâmico, quão rico você seja. Um dia, se não nesta terra, na eternidade, as riquezas farão para si asas e voarão para longe. E no decorrer dos séculos do julgamento eterno, você será esquecido – sua vida desperdiçada – simplesmente outra fatalidade que pegou o caminho largo que conduz à perdição.

Contudo, como João , verso 12, diz:

Mas, a todos quantos o receberem, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus...

  • A terceira aplicação é que como o compromisso daquele mendigo, nossa resposta ao presente de Deus deve ser um testemunho público.

Veja os versos 13 e 14 de Atos 4.

Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus. Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário.

O homem aleijado talvez ainda estivesse vestido com suas roupas de mendigo, mas os líderes religiosos o reconheceram! Eles tinham passado por ele nas escadarias durante aquele dia. Alguns deles até colocaram umas moedas em sua vasilha. Agora, aqui está ele, de pé! Imagino que ainda estava pulando de alegria. Posso vê-lo com um grande sorriso de uma orelha à outra saltando de felicidade. E ele os reconheceu também! Ele deve ter dito: “E aí, amigos! Dá para acreditar nisso? O Filho de Deus é bom ou não é?!”

E eles não puderam dizer nada.

Warren Wiersbe escreveu: “Agora que esse homem podia ficar em pé, não há dúvidas sobre qual a sua posição diante de Deus.”

Pode ser para cada um de nós também que um dia fomos resgatados das favelas sem esperança do pecado e colocados debaixo do cuidado do Grande Médico e, portanto, tendo o cuidado de nossa alma garantido por toda a eternidade. Que nos coloquemos sempre de pé firmes por Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 17/11/1996

© Copyright 1996 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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