A Última Volta

A Última Volta

by Stephen Davey

A Última Volta

Atos 28.30–31

 

Introdução

Ser um crente verdadeiro na Inglaterra nos anos de 1500 era algo muito perigoso. Em 1519, sete cristãos foram trazidos ao tribunal próximo a uma prisão em Coventry, Inglaterra, numa área conhecida como Pequeno Parque. E a lei que eles quebraram foi simplesmente – eles haviam ensinado seus filhos a recitar a Oração do Pai Nosso na língua inglesa. Então, com cordas à cintura e com as suas mãos e pés atados, eles foram amarrados à estacas de madeira com pedaços de pau e palha aos seus pés. Daí, a sentença foi lida: “Apenas as Escrituras em latim são sagradas. A Bíblia, em qualquer outro idioma, incluindo inglês, é uma heresia e qualquer citação da Bíblia em inglês é considerado heresia.” O fogo foi aceso e esses cristãos receberam a coroa dos mártires.

Um homem responsável por gerar uma revolução espiritual na Inglaterra foi William Tyndale. Tyndale decidiu traduzir a Bíblia do hebraico, grego e latim para o inglês. Segundo ele, havia chegado o tempo de, “dar ao menino do arado uma cópia da Bíblia que ele possa ler sozinho.” William Tyndale teve um sucesso que nem ele mesmo imaginava e logo suas traduções se tornaram as mais procuradas na Inglaterra.

Mas, a igreja medieval organizou um ataque pesado contra isso. E a perseguição contra os que tinham uma cópia se tornou cada vez mais severa. As prisões começaram a superlotar enquanto centenas de cópias do Novo Testamento eram queimadas. Crentes eram publicamente queimados em estacas com cópias do Novo Testamento traduzidas por Tyndale amarradas ao pescoço.

Daí, Tyndale foi pego. E, após dezoito meses na prisão, no mês de outubro de 1536, ele também foi queimado numa estaca. Suas últimas palavras ante de morrer no fogo foram: “Senhor, abra os olhos do Rei da Inglaterra.”

Aproximadamente um século depois, Deus responderia sua oração. Em 1604, o Rei James I da Inglaterra autorizou uma tradução da Bíblia em inglês e, humildemente, a chamou pelo seu próprio nome.

A ironia disso tudo é que, quando a primeira edição da Bíblia King James foi publicada em 1611, noventa por cento dela era simplesmente uma cópia da tradução de William Tyndale. Ele, mesmo morto, ainda falava! “Oh, Senhor, abra os olhos do Rei da Inglaterra.”

Uma oração parecida foi pronunciada em Roma por um prisioneiro chamado Paulo, o qual daria início á primeira revolução. E, em questão de meses, ele também morreria por sua fé.

Convido você a abrir sua Bíblia à última sessão do livro da “ação” ou Atos e vermos os dois últimos versos desse livro.

Quando demos início ao estudo no livro de Atos, o Senhor Jesus estava dando aos discípulos a ordem de levar o evangelho aos confins da terra. Eles obedeceram ao Senhor e Lucas tem demonstrado a nós como o evangelho alcançou Jerusalém, Judeia, Samaria e, agora, os confins da terra.

O evangelho, agora, chega ao centro do mundo civilizado. E Lucas está prestes a aposentar sua pena.

O Conteúdo das Mensagens Finais de Paulo

Vamos ler o último parágrafo de Lucas em Atos 28, versos 30 e 31.

Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo.

Gostaria de destacar dois pontos nessa pregação e ensino de Paulo.

  • O primeiro ponto é sobre a verdade do reino de Deus.

Se formos interpretar de forma bem específica, “o reino de Deus” significa o reino vindouro após o período da tribulação, onde Deus, por meio de Cristo, governará e reinará por um período de mil anos. Talvez Paulo estivesse mostrando aos seus ouvintes que o Messias irá, um dia, reinar na Nova Jerusalém.

Interpretado de forma mais abrangente, “o reino de Deus” se refere simplesmente à realidade de Deus como Rei; os estatutos, princípios e leis de Deus são obedecidos e seguidos; o Seu nome é honrado e glorificado. Esse reino pode estar presente aqui e agora.

Imagine, homem, se você chegasse em casa um dia depois do trabalho e dissesse à sua família: “Esse lar é o reino de Deus. Nesta casa, iremos obedecer os princípios e leis de Deus e iremos glorificar e honrar o Seu nome.”

Acho que sua esposa iria desmaiar; seus filhos ligariam para o 192!

Pense no tipo de trabalho que você realizaria se amanhã de manhã você dissesse: “Meu emprego se encaixa na realidade do reino de Deus. Vou trabalhar de forma que o Seu nome seja honrado e glorificado.”

Será que sua atitude mudaria? Será que sua ética mudaria?

Imagine que tipo de igreja teríamos se todos chegassem e dissessem: “Este é o reino de Deus. Obedeceremos Seus princípios; honraremos o Seu nome naquilo que dissermos, na maneira como cantamos e na forma como servimos.”

O apóstolo Paulo recebeu pessoas em seu apartamento alugado e não demorou mais de dois minutos para elas perceberem que não estavam simplesmente num apartamento – elas estavam no reino de Deus.

  • O segundo ponto da pregação de Paulo é sobre a verdade do Senhor Jesus Cristo.

Paulo raramente se referia a Jesus somente como Jesus. Geralmente, ele associava esse nome aos títulos triunfantes de Senhor e Cristo.

O termo “Senhor,” ou “kurios” no grego, simplesmente significa “mestre; governante.” Por todo o Novo Testamento, esse termo é relacionado à várias coisas como, “o Dia do Senhor,” e a “Ceia do Senhor.”

Logo no primeiro sermão da presente dispensação da graça, Pedro, em Atos 2, verso 21, definiu a salvação como reconhecimento de que Jesus era Senhor. Ele disse: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

A propósito, esse título havia sido adotado pelos Césares romanos. Na verdade, todos os cidadãos do Império Romano tinham que oferecer um incenso toda manhã ao imperador romano e pronunciar as palavras: “César é Senhor!”

A mensagem de Paulo era politicamente incorreta e ele morreu por causa disso. O único Senhor é o Senhor Jesus Cristo; o único Soberano e Governante é o Senhor Jesus.

“Jesus”, ou “Iesous,” era um nome comum de milhares de meninos judeus, mas tinha significa especial quando aplicado ao nosso Senhor. Essa é a forma grega para o hebraico “Josué,” que significa, “libertador.”

O último nome “Cristo”, ou “Chirstos,” era um título especial reservado para o Messias. Pedro, sob a influência de Deus Pai, disse em Mateus 16, verso 16: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

Então Paulo, de acordo com os versos finais de Atos, pregou a verdade sobre Jesus – Ele era o Senhor e Messias.

Agora, se combinarmos detalhes históricos com detalhes bíblicos, poderemos enxergar fatos que Lucas não narra. Lembre-se, se o propósito de Lucas ao escrever esse livro foi fazer uma biografia de Paulo, então ele teria nos dado mais informações. A propósito de Lucas foi fornecer uma biografia da igreja primitiva e da obra do Espírito Santo por meio do ministério dos apóstolos.

Eu fiz a pesquisa por você para que você possa acompanhar os nove últimos anos da vida de Paulo.

O Confinamento das Últimas Ações de Paulo

Aqui está uma linha do tempo dos últimos anos da vida de Paulo:

  • 59 A.D. – dois anos em prisão domiciliar;
  • 61 A.D. – libertação e continuação das viagens missionárias;
  • 64 A.D. – Nero incendeia Roma;
  • 64 A.D. – Paulo é recapturado em Corinto e levado a Roma;
  • 65 A.D. – confinamento;
  • 68 A.D. – execução.

Os dois anos de prisão domiciliar de Paulo tiveram um término. Muitos crêem que foi por causa das limitações estatutárias das leis romanas. Ninguém veio de Jerusalém para acusar Paulo; então, depois de dois anos, ele foi solto.

Será que Nero viu Paulo? Será que Paulo testemunhou a Nero?  Não sabemos, mas temos todo motivo par crer que sim. Na verdade, o Senhor disse a Paulo em Atos 27, verso 24: É preciso que compareças perante César.

Ao escrever no terceiro século, Eusébio declara que Paulo fez duas defesas perante Nero e que foi liberado após a sua primeira defesa. Ele usou 2 Timóteo 4, versos 16 e 17a, como mais uma evidência, pois Paulo escreveu:

Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta! Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças...

Portanto, ou Paulo se defendeu perante Nero durante esses dois anos de prisão domiciliar, ou mais tarde ao ser recapturado.

Paulo, após a sua soltura, continuou em suas viagens missionárias. Filemom o intima a visitar Colossos. 1 Timóteo 1, verso 3, faz referências sobre visitas à Macedônia e Éfeso. Tito 3, verso 12, menciona uma visita de Paulo a Nicópolis. 2 Timóteo 4, verso 13, menciona Trôade. Então, Paulo foi, evidentemente, solto e continuou suas viagens missionárias.

Daí, Nero ficou maluco e pôs fogo em Roma, destruindo metade da capital romana. Ouça as palavras de Tácito, um historiador romano que viveu na época de Paulo, ao escrever sobre a tentativa de Nero distrair a atenção de si para alguns bodes expiatórios:

Então, a fim de parar com esse rumor, Nero colocou a culpa e afligiu com punições mais singulares aqueles que eram odiados por suas abominações e chamados “Cristãos” pelo populacho... Daí, os primeiros que confessavam ser cristãos eram presos e, como resultado da informação, um número maior era implicado, não tanto pela acusação [de incendiar Roma], mas pelo ódio da raça humana. Eles morriam com muita zombaria; alguns foram cobertos com peles de animais selvagens e estraçalhados por cães; alguns foram crucificados, outros queimados vivos em tochas servindo de iluminação pública à noite... Os homens perceberam que a destruição deles não foi para o bem-estar público, mas para o agrado pessoal da crueldade de Nero. (Anais, xv.44).

Evidentemente, Paulo, sendo um líder do movimento dos cristãos, foi preso novamente durante uma de suas viagens e trazido de volta a Roma para ser julgado. Em 65 A.D., ele foi lançado numa prisão que possuía o apelido de “O Ninho do Rato.”

E foi durante essa segunda e última prisão que ele escreveu suas cartas finais. Daí, ele teve sua cabeça decepada numa estrada do lado de fora de Roma conhecida como Via Ostiense.

A propósito, poucos meses depois, Nero cometeu suicídio. Foi impossível não contrastar esses dois líderes, Nero e Paulo, e os dois reinos que eles representaram e seus dois destinos eternos.

Aplicação

Gostaria de destacar dois pontos finais como aplicação desse nosso estudo dos dias finais de Paulo.

  • Os momentos que mais revelam a perspectiva de uma pessoa são os momentos de grande oposição.

Vote até o último verso do livro de Atos. Ali encontramos uma expressão até emocionante. Veja o verso 31 de Atos 28.

pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo.

Como escrever a expressão “sem impedimento algum” sendo que Paulo estava preso? Ele estava preso a um soldado romano. Contudo, da perspectiva deles, o evangelho, que é o poder de Deus para a salvação, saiu dali da maneira designada pelo Senhor soberano. E aquele apartamento se tornou o quartel de um movimento missionário mundial.

Vemos a mesma perspectiva em 1 Coríntios 16, verso 9, quando Paulo escreveu:

porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários.

Mas espere um pouco, é impossível se ter os dois ao mesmo tempo! Qual que é – uma porta grade livre de adversários, ou muitos adversários? Para Paulo, um fator não excluía o outro.

Você consegue imaginar isso? “Ei, veja todos esses desafios e obstáculos que a igreja está enfrentando – que oportunidade!”

  • Os momentos que mais revelam os valores de uma pessoa são os momentos de grande adversidade.

Um autor anônimo escreveu: “A adversidade apresenta um homem a si mesmo.”

Os Quatro Valores de Paulo

Agora, abra sua Bíblia para as últimas palavras de Paulo registradas em 2 Timóteo 4. Paulo escreveu essa carta enquanto preso num calabouço romano apelidade de “O Ninho do Rato.” Ele conclui sua última carta a Timóteo com alguns pedidos bem pessoais que revelam o que Paulo mais valorizava.

Veja 2 Timóteo 4, versos 9 a 13.

Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério. Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso. Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos.

 

Traga meus amigos (emocional)

  • O primeiro pedido de Paulo foi bastante emocional. “Timóteo, quero ver você de novo; e traga Marcos com você também, porque somente Lucas está comigo aqui...” Ou seja, “Traga meus amigos... Eu preciso deles e os valorizo muito.”

Você notou as palavras no verso 10? “Demas, tendo amado o presente século, me abandonou...”.

Essas foram palavras dolorosas. Note os versos 16 e 17a.

Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta! Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças...

“Mas, Paulo, o Senhor não é suficiente?”

“Claro que sim!”

Contudo, Paulo diz no verso 21a: Apressa-te a vir antes do inverno.

Nos momentos bons, os nossos amigos sabem quem somos; nos momentos ruins, sabemos quem são nossos amigos. E Paulo queria consigo seu filho na fé  assim que ele pudesse vir.

Traga a minha capa (físico)

  • O segundo pedido de Paulo foi físico. No verso 13a: “[Timóteo], quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo...”.

Numa tradução em nossa linguagem de dia-a-dia, seria: “Timóteo, eu esqueci minha capa na casa de Carpo. Traga-a para mim quando você vier.”

É algo encorajador saber que até mesmo o grande apóstolo era uma pessoa esquecida, não é?!

Traga os livros (intelectual)

  • O terceiro pedido de Paulo foi intelectual. No verso 13b, ele diz: “...bem como os livros...”.

Esses eram livros seculares – pelo menos de história. E, pelo sermão de Paulo em Atenas, sabemos que ele era bem versado em poesia popular. E Paulo desejava ter esses livros consigo.

Traga os pergaminhos (espiritual)

  • O quarto e mais importante pedido de Paulo foi o espiritual. No verso 13c: “...especialmente os pergaminhos.”

Essa era uma referência ao velum ou pedaços de couro nos quais sua cópia do Antigo Testamento estava escrita. Acima de tudo, Paulo deseja as Escrituras.

Charles Ryrie sugere que Paulo poderia ler vez após vez passagens como, “Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo... é ele quem reduz a nada os príncipes e torna em nulidade os juízes da terra.” (Isaías 40.17,23). Ele também poderia ser encorajado ao ler: “Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” (Isaías 26.3).

Deitado ali naquela prisão, no “Ninho do Rato,” Paulo queria ler a Palavra de Deus.

Enquanto William Tyndale esperava por sua execução no calabouço do castelo, ele escreveu ao governador do castelo sua carta que, a propósito, é a única carta que restou:

Creio que não sejas ignorante quanto ao que tem sido determinado ao meu respeito pelo concílio; portanto, eu suplico ao ti, meu lorde, que, pelo Senhor Jesus, se eu for permanecer nesta prisão durante o inverno, sejas bondoso o suficiente par enviar de meus pertences uma capa, pois sofro de frio extremo que tem se intensificado consideravelmente dentro desta cela. O procurador detém uma camisa minha, se ele for bondoso o suficiente para enviá-la a mim. Também solicito sua permissão para ter uma lâmpada à noite; pois é muito tedioso estar sentado sozinho no escuro. Mas acima de tudo, eu rogo e imploro que bondosamente permitas que eu tenha minha Bíblia Hebraica, minha gramática hebraica e meu dicionário, para que eu passe meu tempo em estudo. E, em retorno, rogo que satisfaças teus mais íntimos desejos, sendo sempre consistentes coma  salvação de sua alma. Mas, se antes do fim do inverno, uma decisão diferente for tomada ao meu respeito, eu serei paciente, pela vontade de Deus para a glória da graça do meu Senhor Jesus Cristo, cujo espírito, eu oro, dirija sempre o seu coração. Amém. W. Tyndale.

Se você tivesse apenas dias de vida, pelo quê você pediria? O que confortaria você? Será que você poderia ser confortado? Será que você se revoltaria com Deus sentado no escuro ou se aproximaria Dele?

Um historiador da igreja registrou que, após poucos meses, Paulo foi arrastado para fora de seu calabouço.

Será que seu crimes foram lidos perante uma audiência? Será que um julgamento de zombaria foi realizado? Será que Nero o viu pela última vez?

Não temos nenhuma evidência disso. Ele foi simplesmente levado de sua cela e, fora dos portões da cidade, foi decapitado com uma espada romana.

Talvez isso tenha sido feito fora da cidade para evitar que qualquer cristão, ou outro cidadão romano normal, protestasse contra essa loucura de Nero. Sinceramente, ordenar a execução de Paulo não fez sentido algum.

Isso se compara a Hitler ordenando a execução de milhares de crentes pouco antes de cometer suicídio. Em algum instante antes do último suspiro de Nero, enquanto Satanás agarrava esse imperador imoral e egoísta; em algum instante enquanto Nero fugia de seu próprio império com medo; em algum instante antes de ele fugir da guarda imperial e pegar o veneno para tirar sua própria vida; em algum instante antes daqueles dias finais de loucura, o inimigo da igreja cochichou no ouvido de Nero: “Você ainda não deu fim àquele negócio lá no calabouço... coloque o apóstolo Paulo à morte!”

Paulo não era uma ameaça ao Reino de Roma – ele tinha encorajado os crentes a orarem por Nero e a pagarem seus impostos a Nero. Paulo era a melhor coisa que o Império Romano poderia desejar. Mas Paulo era uma ameaça ao reino de Satanás deste mundo; ele era um obstáculo às doutrinas dos demônios; ele era um inimigo do Príncipe das Trevas. Então, “mate-o.”

Nero ordenou... Deus permitiu.

O historiador Eusébio  relata para nós que Paulo foi levado um quilômetro e meio fora da cidade de Roma e, na estrada chamada Via Ostiense, foi mandado se ajoelhar. O soldado ergueu a espada romana que brilhou por um momento sob a luz do sol, até que desceu... e o apóstolo da graça, o campeão de Cristo, completou a sua carreira.

Foi Paulo quem disse a todos nós em 1 Coríntios 15, verso 58:

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.

Com a tinta ainda molhada e o mensageiro carregando sua última carta a Timóteo no mesmo instante em que a espada descia, naquelas últimas palavras em 2 Timóteo 4, verso 7, Paulo declarou:

Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 25/10/1998

© Copyright 1998 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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