Graça Maravilhosa 2

Graça Maravilhosa 2

by Stephen Davey

Graça Maravilhosa

Atos 16.35–40

 

Introdução

Em nosso último estudo no livro de Atos, observamos um evento incrível quando, à meia-noite, o insensível carcereiro perguntou ao apóstolo Paulo: “O que devo fazer para ser salvo?”

A humanidade ainda faz essa pergunta em nossos dias. E existe uma miríade de respostas diferentes. Qual é a sua resposta?

Duas perguntas importantes

Gostaria de começar nosso estudo de hoje dando uma tarefa. Contudo, ao invés de fazer depois da aula, prefiro fazer agora no início da aula. Gostaria que você realmente fizesse, pois quero que você veja no quê e você crê. Existem duas perguntas importantes e quero que você leve um momento refletindo antes de eu respondê-las.

  • A primeira pergunta é: “Se você fosse morrer amanhã, você acredita que iria para o céu?”

Você pode responder dizendo: “Sim, com certeza,” ou, “É, acho que sim,” ou ainda, “Não tenho certeza.”

Para os que responderam, “Sim, com certeza,” ou, “É, acho que sim,” a segunda pergunta vai dizer por que você tem essa segurança. Para os que disseram, “Não tenho certeza,” a segunda pergunta informará você sobre o que o seu coração crê que seja necessário para ter essa segurança.

  • A segunda pergunta é: “Se você morresse e aparecesse no portão do céu e Deus perguntasse a você por que Ele deveria deixar você entrar no céu, o que você diria?”

Em outras palavras, o que você acha que Deus exigiria que você dissesse? Qual você acha que seria a resposta que Ele esperaria para pode abrir o portão do céu? Responda essas perguntas.

Revisão de Atos 16.25–34

Agora que você já respondeu essas perguntas, vamos voltar à cena da meia-noite onde o carcereiro faz a Paulo a pergunta mais importante do mundo. Vamos continuar nossa história em Atos 16, versos 25 a 34.

Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus.

Agora, depois de nosso último estudo, me senti compelido a mergulhar um pouco mais no significado da palavra “crer.” Estou fazendo isso porque creio firmemente  que existem pessoas ouvindo essa mensagem, bem como em nossa sociedade, que receberam uma resposta anti-bíblica. Parece haver muita confusão em torno de algo que Deus desejou ser bem claro.

Então, vou diminuir nossa velocidade agora em nosso estudo do livro de Atos para analisar melhor a palavra “crer” e formular uma resposta sustentada pela Palavra de Deus. Daí, você poderá responder, “Sim, com certeza,” e dar uma razão bíblica para isso.

A Estabilidade da Igreja de Filipos

Agora, pelo fato de estarmos estudando o livro de Atos, gostaria de rapidamente falar do último parágrafo do capítulo 16. Vou fazer alguns comentários e prosseguiremos. Veja os versos 35 a 37a.

Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade. Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras: Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade. Agora, pois, saí e ide em paz. Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora?...

A palavra “às ocultas,” a propósito, é uma palavra-chave que você deveria sublinhar, pois ela explica por que Paulo fez o que fez. Continue no verso 37b, onde Paulo diz: Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade.

Ou seja, “Deixe os magistrados virem até aqui e nos escoltaram para fora da prisão.”

Continue nos versos 38 a 40.

Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos. Então, foram ter com eles e lhes pediram desculpas; e, relaxando-lhes a prisão, rogaram que se retirassem da cidade. Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram. Então, partiram.

Nesses versos, Paulo forçou as mãos dos magistrados a publicamente reconhecerem a inocência de Paulo e Silas. Na verdade, os magistrados tiveram que publicamente reconhecer que eles haviam quebrado a lei e não Paulo e Silas.

Os magistrados haviam sido os violadores da lei. Por que? Porque eles bateram em cidadãos romanos e isso era contra a lei romana. Esse acontecido foi em Filipos, que era colônia romana e, portanto, deveria aderir à lei romana. E, caso a distante Roma ouvisse que eles tinham espancado cidadãos romanos, a ira de Roma se levantaria e esses magistrados sabiam que sua posição e ternura seriam abaladas.

Então, os magistrados vêem. Agora, Paul apelou dessa forma simplesmente porque ele não queria sair no meio da noite, mas queria ser libertado à plena luz do dia. Na verdade, ele não queria deixar a igreja numa posição instável. Ele não os queria perguntando coisas do tipo: “Ei, ouvi dizer que o seu fundador foi lançado na prisão e que houve um terremoto e ele escapou. É verdade? Ele é um criminoso, não é?”

Paulo não queria partir debaixo dessas circunstâncias. Então, ele fica esperando tempo suficiente para que os magistrados cheguem e os liberte à luz do dia e admita em público que os próprios magistrados tinham quebrado a lei. Isso colocaria a igreja em boa situação. Na verdade, penso que os magistrados passaram a ser extra cuidadosos antes de mexer com a igreja de novo depois disso.

Antes de deixarmos esse cenário, vamos ver novamente como a igreja de Filipos era uma igreja interessante. Quando a bandeira da igreja é hasteada em solo europeu, existe Lídia, a mulher rica, aculturada e refinada, uma jovem escrava, que era a voz da píton predizendo o futuro debaixo do poder demoníaco e aderente ao templo de Apolo, e, também, o carcereiro e sua família. Eles estão juntos, agora, celebrando o Senhor ressurreto. Que manifestação da graça de Deus! É isso que a igreja é.

A Salvação de Cidadãos em Filipos

Agora, se você voltar ao verso 30, você verá a pergunta do carcereiro: Senhores, o que devo fazer para ser salvo?

Um estudo da palavra-chave “crer”

Paulo responde no verso 31: Creia no Senhor Jesus.

Definição de “crer”

A palavra “crer” poderia ser definida, “colocar sua confiança na obra da cruz de Cristo como suficiente para salvação.” Ou seja, não é Jesus mais alguma coisa; não é a cruz mais outra coisa; não é nada mais – é Cristo somente.

Paulo diz no verso 31: Creia no Senhor Jesus e serás salvo.

Paulo diz, na verdade, “Crendo, você será salvo.” Ele não disse: “espero que,” ou, “acho que,” ou, “Faça o seu melhor,” ou, “Você vai chegar ao portão e poderá dizer: ‘Por favor, desejo entrar’.” Ele disse: “...serás salvo.”

Não há nada mais importante para você saber; sabendo disso, você poderá responder a primeira pergunta dizendo: “Sim, com certeza. Eu sei!”

E essa é a razão. Todas as pessoas concordam com o valor e importância de seguro. Você tem um seguro de seu imóvel? O seu carro tem seguro? E que tal um seguro de vida, para que, quando você morrer na idade de quarenta, cinquenta, sessenta, setenta, oitenta anos, você possa deixar uma provisão para sua família? E o que acontecerá nos próximos oito bilhões de anos?

Acho interessante a história de um homem dono de uma empresa de seguros. Sua esposa era crente e confiante no seguro além do túmulo. Ela escreveu as palavras de um poema que posteriormente viraram músicas nas mãos de Fanny Crosby. O poema diz: “Seguro abençoado, Jesus é meu.” Como termos esse tipo de segurança? O que significa crer?

Bom, a palavra “crer,” e iremos dar uma olhada em várias passagens bíblicas, aparece com maior frequência no evangelho de João do que em qualquer outro lugar. Então, veja o capítulo 3 de João, onde a palavra “crer” aparece sete vezes em apenas nove versos! João deseja muito que você tivesse a segurança eterna e soubesse disso. Na verdade, em João 20, verso 31, João informa o leitor que ele escreveu essas coisas: a fim de que creiais que Jesus é o Cristo.

Aqui está a palavra “crer” novamente. Ou seja, “Deus me direcionou para dar a você a segurança de que você está em seu caminho para o céu.”

Em 1 João 5, verso 13, o mesmo autor escreve:

Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.

Você percebe que se você estivesse perto de João por cinco minutos ele ficaria perguntando sobre sua segurança eterna?

E as coisas não são muito diferentes no capítulo 3 João. Vamos dar uma olhada mais de perto no que ele diz ali. Nesse capítulo, Jesus Cristo está sendo visitado por Nicodemos, o qual deseja saber como pode herdar a vida eterna. Talvez você já conheça essa história. Foi para Nicodemos que Jesus Cristo proferiu as incríveis palavras que a maioria de nós já até memorizou quando crianças. João 3, verso 16:

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Ilustração de “crer”

Agora, Jesus disse muitas coisas a Nicodemos no capítulo 3. Quero destacar três declarações.

  • A primeira declaração é que seu primeiro nascimento foi na família errada.

Jesus vai dizer isso a Nicodemos. Você também, assim como Nicodemos, nasceu na família errada.

Talvez você diga: “Você está falando sobre meu pai e minha mãe?”

Não exatamente. Paulo amplia esse ensino no livro de Romanos quando diz no capítulo 5, verso 12:

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

Nesse verso, Paulo nos diz que nascemos na família humana – e, se você deseja ter vida eterna,  essa é a família errada para se nascer. O motivo é porque nosso pai, Adão, era um criminoso e recebeu a sentença de morte.

Você pode dizer: “Mas aquela sentença não é minha.”

Ah é? Mas você irá provar que a sentença também é sua quando você morrer um dia; e eu também. Estamos todos condenados por causa do pecado. A sentença é a mesma que foi dada a Adão e Eva quando receberam a ordem de não comer de um fruto específico. Se eles comessem do fruto, eles certamente o que? Morreriam. Mas Deus estava falando a verdade? Sim. Como sabemos? Eles morreram. Como sabemos que nós estamos relacionados à sentença de Adão, não somente à natureza de Adão, mas também á sua sentença? Eu e você iremos morrer um dia. E essa é a má notícia.

Veja o que Jesus disse em João 3, verso 17:

Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Você pode dizer: “Mas, se esse verso diz que Jesus não veio para julgar o mundo, por que você está julgando?”

A palavra “enviou” é a palavra “apostello,” da qual derivamos nossa palavra “apóstolo.” Isso significa que Jesus foi enviado com uma missão; Ele tinha uma mensagem para entregar e a mensagem não era de julgamento. Por que? Continue no verso 18a: Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado.

Em outras palavras, Jesus não trouxe uma mensagem de julgamento ao mundo porque o mundo já estava sob julgamento. Por que condenar uma raça já condenada? O mundo precisa de um Salvador.

Quando Jesus nasceu, Seu nascimento foi anunciado às pessoas rejeitadas da sociedade – os homens religiosos impuros, os pastores. A notícia foi primeiramente dada a eles, como registrado em Lucas 2, verso 11:

É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi o...

(O que? Juiz? Mestre? Curandeiro? Filósofo? Moralista? Fundador de uma nova religião?)

...Salvador...

O mundo está perecendo. Cada membro da raça humana irá morrer, ao menos que o arrebatamento ocorra enquanto estivermos vivendo. Em nosso corpo, cumpriremos a sentença de nosso pai Adão. Precisamos de um Salvador.

Agora veja o verso 3b de João 3, onde Jesus diz a Nicodemos: se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Por que? Porque o primeiro nascimento colocou você na família errada. Então, você precisa nascer de novo numa nova família; dessa vez, na família certa. Isso é o que Jesus está dizendo a Nicodemos e isso me conduz à segunda declaração.

  • A segunda declaração é que algo deve acontecer para introduzir você na família certa.

Veja João 3, verso 5.

Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.

Agora, isso ajuda, mas também confunde. O que significa “da água”?

Os comentários e publicações possuem dezenas de respostas para essa pergunta. Uma delas é que se refere ao aspecto purificador da Nova Aliança; é um sinônimo da referência ao Espírito Santo, então Jesus está falando da mesma coisa; é uma referência a João Batista e ao batismo de arrependimento; é uma referência à necessidade do batismo nas águas para a salvação.

Deixe-me falar rapidamente sobre essa última resposta. Jesus não está ensinando que o novo nascimento  vem por meio do batismo na água. Na verdade, o batismo na água do Novo Testamento relaciona-se a morte e não a nascimento; a sepultamento, e não a nascimento.

Jesus está falando, nesse verso, sobre nascer de novo. Em outras palavras, para se entrar no reino, você precisa nascer para a nova família. E o próprio Jesus fornece Seus comentários, a propósito, no verso 6, dizendo o que o primeiro e o segundo nascimento representam. Às vezes, se apenas continuarmos lendo a Bíblia, ela própria fornece o comentário. Veja o verso 6a: O que é nascido da carne é carne.

Você poderia circular a palavra “carne” e conectá-la à palavra “água” no verso 5 e você terá a explicação – esse é o nascimento natural. Continue no verso 6b: e o que é nascido do Espírito é espírito.

Esse é o segundo nascimento, o nascimento sobrenatural.

Então, na analogia de Jesus, nesses versos, o nascimento carnal ou natural corresponde a nascer da água.

A construção grega para “da água” é “ek hudatos,” que poderia ser literalmente traduzida como “para fora da água.” Na verdade, é interessante que o verso hebraico para “dar à luz” está relacionado à ruptura das membranas ou da bolsa.

Sexta-feira passada, eu e minha família celebramos o aniversário de quatro anos de nossa filha. Ainda me lembro de quando estava na sala de parto. Não vou encher você de detalhes, mas o médico veio e estourou da bolsa de que? De água.

Agora, os médicos me explicaram o que significava romper a bolsa de água, mas não foi tão claro como eu gostaria. Significa esvaziar a piscina. E ninguém quer nadar numa piscina sem água. Esse é o incentivo para o bebê nascer. Agora, não foi mais claro do que aquilo que o médico disse?

E funcionou, porque logo saiu aquele nadador que não queria mais ficar na piscina, pois estava vazia. Esse é o incentivo. Daí, as contrações começaram a aumentar em intensidade e frequência.

Nossa filhinha nasceu “ek hudatos,” ou “da água.” E é a isso que o verso 5 se refere. Em outras palavras, “Você precisa nascer...” – fisicamente, “ek hudatos” – “...da água.”

Mas isso é óbvio. Todos sabemos que, a fim de irmos para o céu, precisamos nascer. Se pensarmos assim, estaremos pensando como um bom judeus. eles diziam: “Tudo o que eu preciso é nascer em uma família descendente de Abraão e estou dentro.”

Jesus diz: “Certo, você precisa nascer, é verdade. Mas, esse primeiro nascimento não é suficiente, mesmo que você nasça judeu. Você precisa nascer de novo na família de Deus.”

 

 

As falsificações do mundo

Sempre me fascina ler e estudar outros sistemas religiosos que buscam responder a pergunta de como nascer de novo, como ser salvo. E o interessante para mim é que existe um cerne de verdade cercado por jargão religioso e muitas outras coisas que, eventualmente, não conduzem as pessoas para o céu, mas para o inferno.

Budismo

Mencionei o Budismo em nosso último estudo, o qual está se tornando uma religião da elite. Existem filmes sobre o Budismo e as pessoas citam o Buda. É a suposta compassiva religião da tolerância, que é perfeita para a nossa sociedade de hoje. O Budismo também trata do assunto do renascimento – mas só que possui muitos nascimentos e eles chamam de reencarnação.

Religiões de Mistérios

Os gregos que viveram antes dos tempos de Jesus inventaram religiões chamadas de religiões de mistérios. Pareciam tão próximas da verdade que seria revelada por Jesus, mas, ao mesmo tempo, muito distante. Fica evidente a maneira como Satanás estava falsificando a verdade, mesmo antes de Jesus nascer.

As religiões de mistérios foram formuladas em torno do conceito do renascimento. Na verdade, um iniciado na religião de mistério era chamado de um indivíduo que nasceu de novo. Na religião de mistério da Frígia, um iniciado, que tinha passado por todos os rituais de iniciação, recebia um copo de leite para beber, simbolizando que ele era “um bebê recém-nascido.”

Um homem chamado Apuleio, um grego, passou por todos os rituais de iniciação de uma religião de mistério e, depois, escreveu num manuscrito, o qual ainda temos porções. Ele escreve que se submeteu voluntariamente à morte e, portanto, obteve o nascimento espiritual e era nascido de novo.

Uma das cerimônias mais fascinantes da religião de mistério é a do taurobolium. Nessa cerimônia, o candidato era levado a um poço fundo e o poço era coberto com treliça. Um touro era sacrificado e colocado sobre a treliça e o sangue do touro escorria dentro do poço. O iniciado, literalmente, banhava-se no sangue do touro. Dalli ele emergia sendo considerado como tendo “nascido de novo para toda a eternidade.”

Agora, quem você pensa que está por detrás de todo esse engano?

Igreja Ortodoxa Oriental

No tempo presente, religião não tem criado nada mais que confusão, apenas adicionando, adicionando e adicionando coisas às simples palavras de Cristo. Alguém me entregou um jornal na semana passada publicado pela Igreja Ortodoxa Grega, que é a versão oriental do Catolicismo Romano. O Catolicismo Romano segue o papa como seu líder. O oriente crê que Roma deveria ter sido transferida para Constantinopla como a nova cidade de Deus. Eles possuem seu próprio sistema religioso e seus próprios patriarcas, o qual é chamado de o Patriarca da Vossa Santidade Ecumênica, que cumpre o mesmo papel do papa no ocidente. É basicamente o mesmo sistema religioso.

Nesse jornal que recebi, havia um artigo completo respondendo a pergunta: “Diga-me, Padre, qual é o caminho correto para a salvação?” Eu li tudo. Deixe-me dizer qual a resposta deles. É a extração benéfica do homem do pecado e suas consequências, o qual é a remoção eterna da comunhão com Deus. Isso é conseguido por meio da crença verdadeira em Jesus, o Salvador. Até aqui, tudo bem. E por meio de seu complemento, as boas obras. Uh-oh, a religião acabou de entrar no caminho.

A pergunta sendo feita é: “Como podemos ser salvos? Segue uma forma abreviada da resposta.

Primeiro, precisamos crer profundamente. Depois, pelo mistério do santo batismo, entramos no tempo e espaço do reino dos céus. Daí o Sacramento do Crisma dota o novo iluminado com os dons do Espírito Santo. Daí a santa confissão purifica, alivia e assiste o pecador. E a santa comunhão, o grande dom de Deus ao homem, nos une com Ele e nos dá a provisão da vida eterna. E o mistério da santa unção nos concede a salvação do corpo e da alma.

O que é isso? Deixe-me continuar.

A fé correta, as obras, e a graça dos sacramentos da igreja nos fazem avançar espiritualmente e aperfeiçoam o homem e o guiam para a salvação.

Em outras palavras, é um processo. E você precisa segurar tudo isso até o seu último suspiro, porque você pode não estar dentro, caso atrapalhe alguma coisa no meio do caminho.

Como os santos padres dizem, “Os que amam a Deus aqui e demonstram isso e provam seu amor por seu trato, palavra e obra continuará a amá-lO e desfrutar de uma presença próxima a Ele.

Então, se você for bom o suficiente, você consegue ficar perto Dele. Continue me acompanhando.

Portanto, nosso estilo de vida na terra realiza um papel importante em nossa salvação. Não devemos depender exclusivamente da misericórdia de Deus.

Eu dependo – totalmente. Porque se não fosse a misericórdia e a graça de Deus, a cada segundo de minha vida eu teria violado a santidade de Deus e seria condenado ao inferno. Algo tem que acontecer. Jesus chama isso de novo nascimento.

Jihad Ecumênico

Se você deseja realmente jogar lama na água, eu acabei de ler um livro intitulado Jihad Ecumênico. Sei que não soa como um livro de cabeceira, mas tem muita coisa interessante no livro. O autor, Peter Kreeft, é um homem que está ganhando proeminência e, infelizmente, sendo apoiado por alguns líderes que ainda são considerados líderes da igreja evangélica. Ele é um teólogo apologista. Ele escreve, basicamente, dizendo que todos nós deveríamos nos unir para resgatar a moralidade da civilização ocidental. Contudo, esse livro dá um passo adiante.

Esse livro é uma publicação ainda recente de Kreeft e ele relata uma experiência que teve fora do corpo. Apesar de ser um excelente professor de uma universidade americana, ele sucumbe à experiência subjetiva. Ele fala sobre sua experiência fora do corpo, na qual ele supostamente foi ao céu. Quando ele lá chega, a primeira pessoa que ele encontra é o Buda. Eles conversam e o Buda diz: “Bom, eu estava em busca da verdade. Eu não estava próximo ao ensino bíblico e ainda não tinha chegado à conclusão da obra expiatória de Cristo, mas eu estava em busca da verdade e Deus entendeu e aqui estou.” Ele vai ainda mais além e encontra Confúcio. Ainda vai mais além e encontra Maomé. Basicamente, ele encontra todos lá. A mensagem é que somos todos irmãos se, de fato, buscamos a verdade.

Eu ouvi John MacArthur falando sobre esse livro numa conferência que participei. Ele disse o que eu estou prestes a dizer, mas eu não acreditei e acabei comprando o livro. Na capa de trás do livro existem as seguintes palavras de J. I. Packer: “E se ele estiver certo?”

Se ele, Peter Kreeft, estiver certo, se as religiões de mistério estiverem corretas, se o Budismo está certo, se a igreja Ortodoxa está certa e as obras salvam, então Jesus Cristo é um mentiroso. Porque Jesus declarou exclusividade, dizendo que não existem muitas estradas que levam a Deus, há apenas uma. Na verdade, Ele disse: “Eu sou o caminho.” O Deus encarnado disse em João 14, verso 6: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

Esse é o caráter ofensivo do Cristianismo, amigos. Se Jesus Cristo está certo, então todos os demais estão errados. Se Ele é o caminho, então todos os demais não são o caminho. Se esse é o evangelho, então nada mais é o evangelho. Se isso nos diz como chegar no céu, então todos os demais nos dizem como chegar no inferno. Certo?

Sinceramente, nunca trataríamos outra verdade ou ciência como tratamos verdades espirituais. Como disse em nosso estudo anterior, eu nunca cheguei para o meu professor de matemática e disse para ele: “Escuta, você pode me passar de ano porque eu cheguei perto da média?”

Deixe-me fazer mais uma declaração.

Salvação não é um processo ou uma combinação de boas obras com fé, mas uma transação que ocorre uma única vez entre você e o Salvador

Salvação não é um processo ou uma combinação de boas obras com fé, mas uma transação que ocorre uma única vez entre você e o Salvador. Como fazemos essa transação? Poderíamos passar muito tempo falando disso, mas tentarei ser o mais claro e rápido ao mesmo tempo.

Veja o versos 14 e 15 de João 3. Jesus nos dá uma ilustração maravilhosa.

E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.

Algo aconteceu no Antigo Testamento que os israelitas foram resgatados de uma morte certa. Jesus diz: “Aquela foi uma ilustração Minha.”

Ilustração de Números 21.5-9

Agora, vamos voltar a Números 21. Veja os versos 5 a 9.

E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil. Então, o SENHOR mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo. Disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.

Por que não desenvolver algum remédio? Por que não dar a eles alguma fórmula ou antídoto? Por que não dizer aos israelitas para trabalharem um pouco? Eles mereciam por causa da maneira como eles incomodaram. Por que não dar a eles algo para fazer que satisfaria o instinto natural do homem e da mulher de trabalhar em prol de sua própria cura?

Existe algo de natural em querer ajudar Deus a providenciar a solução. Entretanto, vemos que, na verdade, eles não receberam ordens de fazer um antídoto para a mordida da serpente. Isso é apenas um indicativo do fato maior de que não existe remédio humano para o pecado; não existe um remédio que possamos criar, tal como as boas obras. E a religião e natureza humanas têm dificuldades em admitir isso, não é?

Donald Grey Barnhouse escreveu algo interessante sobre essa passagem. Ele disse:

Nesse tipo de religião de nossos dias hoje, creio que as pessoas se apressariam para fazer parte da “Sociedade de Exterminação das Serpentes Abrasadoras”, conhecida como SESA. Haveria crachás, cartões de propaganda, cartões de votação contra as serpentes, secretários para as diferentes unidades da sociedade e passeatas a favor do movimento. Também existiria um escritório para a publicação de um periódico semanal com relatório de progresso  do serviço. Certamente haveria também fotos das milhares de serpentes mortas pelos membros e trabalhadores fiéis do grupo. Todos eles trabalhando fervorosamente, tentando, por meio de seus esforços humanos, vencer a picada do pecado dada pela serpente!

Vamos ver como funcionaria na prática esse movimento. Um homem entra desesperado na tenda do movimento buscando ajuda; ele acabou de ser picado pela serpente e o veneno já se espalha em seu corpo. Ele deita em agonia com febre altíssima e já vislumbra a morte iminente. Um zeloso membro da Sociedade de Exterminação das Serpentes Abrasadoras fala para ele todos os esforços já feitos na tentativa de erradicar essas serpentes e o convence a se unir ao movimento. A vítima, quase morta, sem forças, tenta alcançar o dinheiro em seu bolso. Com seus dedos trêmulos, segura a caneta com a ajuda do trabalhador do movimento; ajeita-se para assinar o cartão de membresia da sociedade e, quando termina de assinar, dá o último suspiro e morre!

Essa é uma ilustração clássica de religião, amigos. Meu amigo, você pode se unir a uma sociedade, tornar-se membro de uma igreja, fazer estudos bíblicos e catecismo, pode dar dinheiro, ser batizado ainda jovem, meia-idade, velho e, mesmo assim, morrer sem Deus.

Eu e você fomos mordidos pelo pecado e essa é uma ferida mortal. Existe esperança? Sim.

Levante seus olhos e veja naquele poste de madeira, morto, pagando a penalidade do seu pecado, Jesus Cristo. Derrame qualquer autossuficiência ou ambição ou boas coisas sobre si mesmo e olhe para Ele somente. E, nesse olhar, quando você descobre, talvez hoje, que você não pode se tornar aceitável diante Dele, você não pode ser bom o suficiente, mas vê que você foi ferido por esse negócio chamado pecado e precisa se entregar a Jesus Cristo. Ele oferece vida eterna a você livremente. Nesse momento, amigo, uma única vez, você experimenta, pessoalmente, a graça maravilhosa de Deus. Você nasceu de novo.

 

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 02/11/1997

© Copyright 1997 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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