Lídia e A Escrava: Um Conto de Duas Mulheres

Atos 16.11-21

Introdução

Há cerca de cem anos, a “cidade flutuante” partiu em sua primeira viagem da Inglaterra rumo a Nova Iorque. Era o navio mais luxuoso já construído pelo homem. Por causa de seu casco duplo e dezesseis compartimentos à prova d’água, ele era considerado impossível de afundar.

Era domingo, 14 de abril, quando o Titanic se aproximou das geleiras no Atlântico Norte. Às 11h da noite, a tripulação visualizou o iceberg do tamanho de uma montanha pequena à frente do navio. Ordens desesperadas foram dadas para que o navio fosse manobrado de forma a evitar a colisão. E eles conseguiram.

Ao contrário da crença popular, o Titanic não bateu de frente no iceberg. Mas, infelizmente, o gelo debaixo da superfície da água rasgou o caso duplo do navio como manteiga morna cortada por uma faca. O gelo fez uma abertura de menos de um centímetro de largura, mas com mais de cem metros de comprimento.

Eva Hart tinha apenas sete anos na época. Ela foi entrevistada num programa de TV um tempo atrás e falou do horror daquela noite. Ela e sua mãe estavam dentre os sortudos que conseguiram um espaço nos poucos vinte botes salva-vidas. Por que ter botes salva-vidas se o navio era impossível de afundar?! O pai dela foi deixado para trás.

Eva falou como o caráter das pessoas se tornou evidente. Alguns eram corajosos. A maioria dos homens e dos rapazes adolescentes ajudaram as mulheres e crianças embarcarem nos botes salva-vidas quando a ordem foi dada que somente mulheres e crianças deveriam embarcar. Alguns homens, contudo, voltaram para os quartos e vestiram roupas de mulheres para tentarem embarcar nos botes. O Titanic afundou, levando consigo as vidas de 1500 pessoas.

A trágica, porém frequentemente não mencionada história, na verdade envolveu um outro navio que estava a apenas trinta quilômetros do Titanic. O navio era o Californian e ele poderia ter resgatado muitas se não todas as pessoas que em breve se afogariam nas águas congeladas – se alguém tivesse apenas ouvido os sinais de socorro emitidos pelo Titanic. Mas ninguém estava ouvindo no Californian, porque o operador de rádio cochilou durante o serviço. Como resultado, ajuda chegaria tarde demais, sendo capaz de salvar apenas algumas pessoas. Aquele que poderia ter resgatado as vítimas nunca ouviu seus gritos de socorro.

Em Atos 16, um grito de socorro veio da Europa e atravessou o Mar Egeu. A Europa era um continente de trevas, dominado pela selvageria e governado pelos bárbaros que vagavam pelas florestas da Alemanha, afogando-se em idolatria. Daquele continente veio um clamor por ajuda que chegou às praias da Ásia Menor. Esse grito, contudo, foi ouvido. O homem da Macedônia aparece a Paulo em uma visão no veros 9. Ele está de pé implorando a Paulo: Passa à Macedônia e ajuda-nos.

“Venha e nos ajude” é o SOS espiritual, como um tiro de sinalizador numa noite escura de céu limpo Paulo recebe essa visão de Deus e imediatamente entende que Deus deseja que ele forme uma equipe de resgate e vá para a Europa.

Veja os versos 10 a 13 de Atos 16:

Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. Tendo, pois, navegado de Trôade, seguimos em direitura a Samotrácia, no dia seguinte, a Neápolis e dali, a Filipos, cidade da Macedônia, primeira do distrito e colônia. Nesta cidade, permanecemos alguns dias. No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.

Esses versos, a propósito, nos informam bastante a respeito da condição espiritual de Filipos. A lei judaica exigia que uma sinagoga fosse estabelecida em qualquer cidade ou vila onde houvesse pelo menos dez homens judeus. O fato de que o local de oração era à beira do rio, ao ar livre, revela que havia menos de dez homens fiéis ao Deus de Israel na cidade inteira de Filipos. Além disso, assim que chegaram ao local de oração, não havia nenhum homem presente; apenas mulheres estavam reunidas. Isso envia uma grande mensagem sobre Paulo, antigo fariseu, sobre sua atitude em relação ao sexo feminino. É significante que as primeiras pessoas para as quais Paulo pregou na Europa eram mulheres.

Parece, como J. Vernon McGee brincou: “O homem da Macedônia era na verdade uma mulher.”

Precisamos entender que, nessa cultura, as mulheres não recebiam instrução nas Escrituras como os homens. Na verdade, os rabinos da época de Paulo escrevera: “É melhor que as palavras da Lei sejam queimadas que confiadas a uma mulher.”

Os fariseus se levantavam todas as manhãs fazendo a oração, como o próprio Paulo deve ter feito quando era um fariseu: “Senhor, muito obrigado porque eu não nasci gentio, escravo e nem mulher.”

O que mudou a atitude de Paulo em relação às mulheres? O evangelho de Jesus Cristo.

Mais tarde, Paulo irá escrever sobre sua apreciação para com as mulheres que fielmente serviam ao Senhor.

Nosso país, que é saturado com o evangelho, tem dado a mulher dignidade e respeito. Simplesmente, nos compare com outros países sem o evangelho, onde as mulheres são escravas e burros de carga.

Quando Paulo chega à Europa e se aproxima da beira do rio, ele não arruma suas malas e vai embora quando descobre que apenas mulheres estão reunidas, como um fariseu ou rabino faria. Ao contrário, ele prega o evangelho. O evangelho mudou a perspectiva de Paulo sobre as mulheres. Agora, elas recebem as mesmas oportunidades que os homens de ouvir as maravilhosas verdades da nova revelação de Deus.

Não é interessante que mulheres, e não homens, se tornam os primeiros recipientes e audiência do apóstolo Paulo quando ele chega na Europa para compartilhar o evangelho?

Guiado pelo Espírito

Veja o verso 14a de Atos 16:

Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava...

Agora, recebemos alguns detalhes sobre uma das mulheres reunidas em oração. Primeiro, nos é dito sobre sua carreira profissional. Seu trabalho era tão lucrativo quanto um negócio próspero em nosso país. Ter a habilidade de vender linho puro que havia sido tingido de roxo era como ser dono de patentes de microchips para computador.

A cor roxa para tingir o linho era obtida a partir de uma secreção da concha marinha. Para se produzir um grama de corante, eram necessárias aproximadamente oito mil conchas. Então, roupa era a “Ferrari” das roupas.

Vestiduras roxas eram utilizadas pelos imperadores. Cada senador romano vestia um traje branco detalhado com tecido roxo. Cidadãos que não eram oficiais romanos usavam roxo apenas para demonstrar a sua riqueza.

Lídia era a pessoa do meio, a agente intermediária, nessa operação que começava na costa e adentrava o continente europeu. Ela era muito rica, como veremos pela sua capacidade de convidar quatro homens para ficar em sua propriedade com servos, comida e acomodações que supriam suas necessidades.

O texto ainda nos informa que ela era “temente a Deus.” Ou seja, ela, uma gentia, havia abandonado a idolatria de seus compatriotas. Ela escolheu seguir o Antigo Testamento e sua apresentação a Yahweh, o única Deus verdadeiro.

Um conto de conversa e compromisso

Agora, veja a última parte do verso 14: o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.

O tempo verbal indica que isso aconteceu com o decorrer do tempo. Ela não ouviu Paulo apenas uma vez, mas várias ocasiões. Deus abria o seu coração a cada nova discussão, até que ela finalmente respondeu com fé.

Esse é um verso maravilhoso sobre a graça soberana de Deus. Ele está pegando uma pessoa morta em seus delitos e pecados e realizando um milagre de despertar a sua consciência.

A habilidade de crer no evangelho não foi gerada por você. Você estava morto e uma pessoa morta não pode gerar nada. Tudo é gerado por Deus. E a prova da regeneração sobrenatural é que o seu coração respondeu com fé. Esse verso nos diz que, antes de Lídia crer, Deus estava por trás abrindo seu coração para que ela cresse.

Meu amigo, se o seu coração não responde à Palavra; se não existe nenhum impulso dentro de você que encontra interesse nas palavras ditas por Paulo, as Sagradas Escrituras; se você consegue ir para Deus hoje e largá-lo amanhã; se você consegue ir para a igreja hoje e parar de ir amanhã; se não existe nenhum senso de obrigação de servi-lO e honrá-lO, você pode muito bem estar ainda morto espiritualmente. Você deveria ficar aterrorizado a ponto de dobrar seus joelhos e implorar que Deus realize o milagre da regeneração, porque você ainda não tem sinal algum de vida.

Agora, note a primeira frase do verso 15: Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa.

Vamos parar aqui. Existem aqueles que enxergam crianças nessa frase. Se você vê um bebê sendo batizado nessa passagem, então você consegue ler as entrelinhas melhor do que qualquer pregador que conheço.

O termo “casa” pode se referir aos seus servos. Na verdade, se você quiser usar o argumento do silêncio, você pode afirmar que ela nem era casada. Não há nenhuma menção de um marido, muito menos de crianças.

Já que batismo, ou “baptizo,” “imergir,” é a demonstração pública de obediência e identificação com Cristo e Sua igreja, e, já que o próprio Jesus Cristo mandou fazer isso com os discípulos (Mateus 28), o que fica evidente é que sua casa inteira creu no evangelho que Paulo pregou. Esse argumento, também do silêncio, pelo menos é consistente com as demais Escrituras.

O conto de uma recepção calorosa

Continue no verso 15:

Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso.

Em outras palavras, “Se você conseguiram determinar que eu estou comprometida com Jesus Cristo, por favor, permita eu minha casa seja a base de seu ministério. Permita que os recursos de meus negócios sejam usados para a expansão do evangelho de Cristo.”

Acho interessante que essa mulher estava interessada em conectar sua prosperidade nos negócios com a propagação do evangelho. Sua casa, agora o quartel general de sua empresa, se tornou parte do ministério de Paulo.

Onde se encontra, hoje, o presidente de uma companhia, o dono de negócios, o chefe executivo de uma empresa com a proposta que parte de seus lucros sejam canalizados para a igreja e ministério com a ideia de que sua companhia poderia financeiramente avançar o evangelho com seus lucros?

Lídia viu a conexão e seu negócio se tornou a base de operações para alcançar Filipos com o evangelho. Que sua tribo aumente em nosso meio à medida que Deus nos abençoa.

Guiado pela Serpente

Agora o texto nos apresenta uma outra mulher envolvida num negócio lucrativo. Dessa vez, entretanto, seu negócio envolve as trevas; literalmente, o mundo dos demônios e adivinhação.

Um conto de escravidão espiritual

Veja o verso 16:

Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.

Muitos comentaristas acreditam que seus senhores eram na verdade sacerdotes de um templo de Apolo que havia próximo a Filipos. Eu vou com eles nessa. E o motivo para essa conclusão é a palavra “adivinhador.” Sua origem é a palavra grega “puthona,” que, transliterada, nos dá a palavra “piton.” “O espírito de adivinhação” também pode ser referido como “o espírito da piton.”

Essa religião em particular era parte da mitologia grega. As histórias variam. Alguns dizem que Apolo matou a píton que antes guardava um famoso santuário em Delfi. Outros contam a história de forma que a serpente permanece viva e Apolo, o deus da profecia, falou por meio da serpente revelando o futuro. Sabemos, conclusivamente, que as sacerdotisas de Apolo, cujo simbolismo envolvia uma serpente, eram capazes de predizer o futuro.

É incrível pensarmos que a primeira criatura supostamente capaz de predizer o futuro foi a serpente no jardim. A serpente foi a boca de Lúcifer, que predisse a Eva que se ela comesse do fruto que Deus havia proibido, ela não morreria, mas se tornaria como Deus.

Como o coração tem sede de conhecimento sobre o futuro. Qualquer pessoa nos tempos de Paulo que era considerada capaz de predizer o futuro era descrita como guiada pela piton, guiada pela serpente.

Um conto de corrupção insensível

Agora, note o que ela está fazendo no verso 17.

Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação.

O que há de errado com isso? Parece ser propaganda de graça. Por que isso incomodaria Paulo?

Bom, coloque um tom de zombaria em sua voz e um olhar sarcástico em seu rosto e diga: “Esses homens são servos do Deus Altíssimo... tá bom.”

Tire a zombaria e diga a última frase: “Ouça a eles, pois eles pregam caminho de salvação.”

Nada poderia estar mais longe da verdade. Esse não era mais um caminho a ser adicionado aos milhares de caminhos da idolatria grega. Jesus Cristo era o único caminho, a verdade e a vida. Ninguém poderia ser salvo sem que viesse a Ele.

Ela está correndo pelas ruas gritando: “Ei, eles possuem outro caminho. Vocês precisam adicionar o caminho deles aos seus.”

Finalmente, Paulo se encheu daquilo. Continue nos versos 18 e 19.

Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu. Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a esperança do lucro, agarrando em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença das autoridades

Lucas usa seu senso de humor seco no verso 18 ao dizer que o demônio literalmente saiu. Ele usa a mesma palavra no verso 19 ao dizer que os senhores perceberam que o lucro havia parado, ou, saiu também.

Tudo estava bem, até que Paulo e Silas mexeram com aquilo que importava. Os homens ficaram transtornados apenas quando o lucro saiu.

Aplicação: Um Estudo por Contraste

Vamos olhar cuidadosamente essa história e fazer aplicações contrastando aqueles que foram guiados pelo Espírito e os que foram guiados pela serpente. O quadro abaixo mostrará o contraste e, depois, falaremos de cada um individualmente.

• Primeiro, os guiados pela serpente são cegos para o significado espiritual.

Imagine o significado dessa demonstração. Paulo está exercendo poder sobre Apolo e uma forma de religião e esse homens nem param para perguntar: “Ei, quem são vocês? E quem é esse Jesus Cristo que vocês estão pregando? Obviamente, Ele tem mais poder que o nosso Apolo. Queremos saber mais sobre Ele.”

Ao invés disso, eles me lembram da vez em que Jesus expulsou os demônios do gadareno e os mandou para dentro dos porcos. Os donos dos porcos ficaram chateados porque os poros se lançaram dentro do mar. Eles nunca perguntaram: “Ei, como você fez isso?”

Por que eles não perguntaram? Por que eles não percebem o significado espiritual do que está ocorrendo ao seu redor? Porque 1 Coríntios 3, verso 14, nos diz:

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

• Como contraste, os guiados pelo Espírito demonstram aceitação à verdade.

Como observado em Lídia, ela perseverou diante das olhadas de seus compatriotas ao entrar na água e, com seu manto de púrpura e tudo, se identificou com a morte e ressurreição de seu Salvador.

• Segundo, os guiados pela serpente agarram com avareza sem se importar com os resultados sobre as outras pessoas.

Quem se importa com essa menina? Quem se importa com esses estrangeiros? Bata neles; jogue-os na cadeia. Por que? Porque eles mexeram com nossos valores, nosso lucro da empresa. Vamos nos livrar deles.

• Em contraste, os guiados pelo Espírito tornam-se exemplos do compartilhar em prol das outras pessoas.

Lídia disse: “Aqui está a minha casa, minha comida.” Posso apenas pensar que Paulo, pela primeira vez em sua vida, viveu em esplendor, cercado por púrpura, sendo mimado com a hospitalidade dessa querida mulher.

• Terceiro, os guiados pela serpente cobrem com engano seus verdadeiros motivos.

Veja os versos 20 e 21:

e, levando-os aos pretores, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade, propagando costumes que não podemos receber, nem praticar, porque somos romanos.

Assim como a serpente, os seguidores da serpente disfarçam seus verdadeiros motivos debaixo do manto do orgulho patriota e preocupação com os costumes romanos, quando a verdade era que não passava de avareza estúpida. Seu coração estava dentro da sua carteira e Paulo tinha, na verdade, esvaziado a carteira deles.

O Cristianismo é tolerado até que interfere nos lucros; portanto, cuidado!

• Em contraste, os guiados pelo Espírito possuem uma confissão honesta diante das outras pessoas.

Infelizmente, contudo, a desonestidade tem atingido níveis tão alarmantes que as igrejas de qualquer denominação são consideradas alto risco para os bancos. Recentemente conversei com a gerente que administra minhas contas – alguém que prometi décadas de apoio financeiro. Eu disse a ela: “Veja, ouvi dizer que pastores e o clero estão numa escala de alto nível por defraudar os bancos em empréstimos. Você confirma isso?”

Ela deu um sorriso e disse: “Infelizmente, é verdade. Os ministros estão em segundo lugar na lista de alto risco, precedidos pelos vendedores de automóveis.”

A verdade é que os crentes, em geral, não vivem um padrão de honestidade como a Bíblia demanda. Uma pesquisa foi feita um tempo atrás com pessoas que frequentam igrejas. Foi uma pesquisa anônima e confidencial. Quarenta por cento dos participantes admitiram que praticam algum tipo de desonestidade – seja colar numa prova, ligar para o trabalho dizendo estar doente quando está saudável ou falsificar relatórios de despesas.

Os filhos de Deus deveriam ser conhecidos por sua integridade. Os guiados pelo Espírito deveriam viver como Jesus Cristo disse, que seu “sim” signifique “sim” e seu “não” signifique “não.”

Jesus Cristo é a verdade e os Seus seguidores deveriam refletir Seu caráter verdadeiro. Você prometeu que iria devolver aquela ferramenta ou aquele livro; você disse ao se patrão que escreveria aquele relatório ou cumprir com sua parte ou com suas responsabilidades; você prometeu retornar uma ligação; você prometeu que iria orar ou ajudar ou aparecer às 7h30min; você disse que pagaria aquele dinheiro que você deve – então, cumpra!

Honestidade não é necessariamente algo empolgante, mas revela quem você está seguindo.

• Finalmente, os guiados pela serpente têm sua cidadania e lealdade na terra.

Filipos era um colônia romana; promovia o estilo de vida romano, dava a Roma uma base fiel em terras estranhas e capacitava Roma a controlar outras regiões. Seus colonos eram embaixadores orgulhosos de Roma!

Os cidadãos deveriam obedecer as leis de Roma e honrar o imperador! Eles eram aliados de Roma. Sua maior esperança era avançar o império romano.

• Em contraste, os guiados pelo Espírito têm a sua cidadania e lealdade no céu.

Como Paulo escreveu em Filipenses 3, verso 20a: Pois a nossa pátria está nos céus.

Moffat traduz esse verso: “Somos uma colônia do céu.”

Os guiados pelo Espírito devem ser leais à honra do nosso Imperador. Devemos propagar a mensagem do céu como embaixadores leais de Cristo. Nossas vidas devem ser a epítome da honestidade e pureza. Nossa maior honra será servir a Ele e Seu reino. Tem tudo a ver com a Pessoa que estamos seguindo.

Conclusão

No último capítulo de sua carta à igreja dos filipenses, capítulo 4, Paulo escreve os versos 8 e 9:

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.

Ele escreve isso para os crentes!

Decida-se, crente! Você vai agir como um cidadão da terra ou cidadão do céu? Você vai ser guiado pelo sistema enganador da serpente? Ou você será guiado pela verdade do Espírito?

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 12/10/1997

© Copyright 1997 Stephen Davey

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