A Mensagem

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by Stephen Davey

A Mensagem

Atos 13.13–52

Introdução

A pregação parece estar caindo de moda em nossos dias. Mais e mais vozes clamam pelo término da pregação da doutrina da verdade; o desejo ´é substituir a verdade com coisas menos dogmáticas e menos convencionais.

Li um artigo na semana passada sobre um pastor que inaugurou seu culto de vinte minutos. Ele disse ao entrevistador: “Dessa forma, temos a oração normal, alguns hinos, a ceia, a bênção apostólica e você vai embora no seu caminho da alegria.”

Um pastor de uma mega igreja nos Estados Unidos disse o seguinte: “Ninguém mais quer ouvir um pastor se levantando e dizendo: ‘Abram suas Bíblias para a passagem tal’ e entediando o povo até a morte enquanto ele progride sua mensagem no texto.”

Então, substitua o “kerigma” ou pregação com outras coisas mais interessantes, como multimídia, painéis de discussão e outras coisas. Vamos tornar a igreja em algo mais “leve” e confortável; nada de acusação e desafio e, com certeza, nada de se levantar e falar como se você fosse o dono da verdade absoluta. Os secularistas identificaram o crescimento no número de igrejas desse tipo e se referem a elas como “MacIgrejas” – comida rápida para a alma – e você pode escolher do seu jeito.

Contudo, o padrão nas Escrituras é bem diferente. A palavra “pregar” e a atividade de pregação é ordenada nas Escrituras. Exemplos bíblicos incluem:

  • Em Mateus 4, Jesus começou a pregar e disse no veros 17: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.

 

  • Em Marcos 16, verso 15, Cristo disse aos discípulos: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

 

  • Em 1 Timóteo 2, verso 7, Paulo diz: Para isto fui designado pregador e apóstolo... mestre dos gentios na fé e na verdade.

 

  • Em 1 Coríntios 1, verso 23, lemos: mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;

 

  • Em Romanos 10, versos 13 a 15, é-nos dito:

 

Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!

Imagine – ao mesmo tempo em que muitas pessoas do círculo religioso dizem que a pregação do evangelho é algo antiquado, as Escrituras sustentam e honram o método e prática da pregação.

Qual a importância de apoiar e honrar a pregação e ensino da Palavra de Deus como um método eterno da igreja?

Abra sua Bíblia em 2 Timóteo 4, verso 2, onde somos avisados sobre o que acontece quando a pregação é substituída com algo menos declarativo e com menos autoridade. Paulo coloca a responsabilidade pesada nos ombros do jovem pastor Timóteo, dizendo: Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não.

Ele está literalmente dizendo: “Fique no seu posto.”

Mas, Timóteo, o que significa pregar? Continue até o verso 2 de 2 Timóteo 4. Significa: corrige.

De acordo com autoridades no grego, essa palavra significa provar com tanta evidência a verdade da Escrituras que o ouvinte é trazido, se não ao ponto de conversão, pelo menos ao ponto de convicção do pecado.

Pregação também significa: repreende.

Essa palavra carrega a ideia e uma censura clara e profunda. A mesma palavra foi usada quando Jesus repreendeu os demônios.

E pregação também significa: exorta com toda a longanimidade e doutrina.

A palavra exorta” ou “parakaleo” é a mesma palavra grega utilizada para explicar o ministério do Espírito Santo. Ele é o “Parakletos;” ou seja, Ele vem ao nosso lado nos encorajando e persuadindo a prosseguirmos. O trabalho do pregador serve para complementar o trabalho do Espírito de Deus – o mesmo ministério.

O que acontece a uma geração que não tem o ministério da pregação? Continue nos versos 3 e 4 de 2 Timóteo 4.

Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.

Se existe uma passagem que descreve nossa geração, é essa passagem que acabamos de ler. Por exemplo:

  • Vida em outros planetas? Mito;
  • Espaçonaves esperando para nos abduzir? Mito;
  • Temos as respostas dentro de nossa centelha divina? Mito.

A verdade é que cada um de nós anela pela verdade de Deus, mas o vazio permanecerá enquanto a busca for errada – incluindo a busca na mãe natureza.

A solução é ensinar e pregar a palavra de Deus. A verdade é que, quando isso é feito, dificilmente falta uma audiência repleta de corações e mentes famintos, pois, Hebreus 4, verso 12a, diz:

...a palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes...

Volte, agora, para Atos. Acho interessante que o auto de Atos, Lucas, nos transmite, por completo, várias pregações:

  • O sermão de Pedro – Atos 2;
  • O sermão de Estêvão – Atos 7;
  • O primeiro sermão de Paulo – Atos 13.

O capítulo 13 é o capítulo inaugural para várias de coisas. Vamos discuti-las rapidamente.

A Primeira Viagem Missionária

Atos 13 nos conta sobre a primeira viagem missionária. Vamos ver os versos 13 e 14.

E, navegando de Pafos, Paulo e seus companheiros dirigiram-se a Perge da Panfília. João, porém, apartando-se deles, voltou para Jerusalém. Mas eles, atravessando de Perge para a Antioquia da Pisídia, indo num sábado à sinagoga, assentaram-se.

Paulo, Barnabé e Marcos estão viajando por cidades romanas na província da Galácia. Será para essas novas igrejas que Paulo dia escreverá uma carta, chamada de a carta aos Gálatas.

A Primeira Desistência Missionária

Também vemos a primeira desistência missionária na pequena frase de Atos 13, verso 13b: João, porém, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.

Esse é o princípio de um conflito que entrará em erupção em Atos 15, causando divisão entre Paulo de Barnabé. Reservo os meus comentários a respeito da desistência de João Marcos para nosso estudo de Atos 15.

Menciono, contudo, que alguns acreditam que ele desistiu porque Paulo se tornou o líder e o seu tio Barnabé foi colocado no banco de trás. Todavia, note, na realidade, a sutil e interessante mudança na colocação dos nomes em Atos:

  • Capítulo 11, verso 30 – Barnabé e Saulo;
  • Capítulo 12, verso 25 – Barnabé e Saulo;
  • Capítulo 13, verso 2 – Barnabé e Saulo.

Depois desse ponto, contudo, e pelo restante do relacionamento deles, veremos:

  • Capítulo 13, verso 13 – Paulo e seus companheiros;
  • Capítulo 13, verso 42 – Paulo e Barnabé;
  • Capítulo 13, verso 50 – Paulo e Barnabé.

Talvez, João Marcos tenha ficado chateado com o fato de o seu tio não ser mais o líder, o porta-voz, então, ele saiu.

Apesar disso, Paulo e Barnabé continuam caminhando.

O Primeiro Sermão Missionário

Continue em Atos 13 e acompanhe o que se torna a contexto do primeiro sermão missionário. Comece no verso 14.

Mas eles, atravessando de Perge para a Antioquia da Pisídia, indo num sábado à sinagoga, assentaram-se.

Note que Paulo não entra violentamente na sinagoga com suas armas do evangelho e dizendo: “Ei, todos vocês, esta sinagoga é agora uma relíquia. É hora de converter esse negócio numa igreja...”.

Não! Paulo se colocou à disposição de Deus, deixando Deus abrir as portas do ministério. Veja o verso 15.

Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a.

Talvez alguém passou um bilhete ao líder da sinagoga que disse;: “Temos um rabino de Jerusalém conosco aqui hoje. Eu imagino que ele foi aluno do grande Gamaliel no seminário.”

Era algo bastante comum ver visitantes falando nas sinagogas. Mas, imagine o que passou no coração de Paulo e Barnabé quando eles ouviram: “Irmãos, se vocês têm uma palavra de exortação para o povo, diga-a.”

Eu não consigo não rir com a frase: “SE tendes alguma palavra...”.

Não se engane, Paulo não foi para a sinagoga na expectativa de alguém convidá-lo para jantar depois. Ele não foi na tentativa de começar uma discussão nos debates correntes entre as facções farisaicas do Hillel e Shammai. Ele foi para pregar Jesus Cristo.

Agora lembre-se, Paulo não tinha nem sequer um livro do Novo Testamento em suas mãos quando começou. Então, ele começou com as Escrituras do Antigo Testamento.

O sermão de Paulo – dois pontos

Eu dividi o sermão de Paulo em dois pontos.

  • Primeiro, Paulo destaca a história de Israel como nação.

Veja os versos 16 a 18.

Paulo, levantando-se e fazendo com a mão sinal de silêncio, disse: Varões israelitas e vós outros que também temeis a Deus, ouvi. O Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais e exaltou o povo durante sua peregrinação na terra do Egito, donde os tirou com braço poderoso; e suportou-lhes os maus costumes por cerca de quarenta anos no deserto;

Imagine – Deus os aturou ou suportou por quarenta anos. Os israelitas não faziam nada mais além de murmurar; nunca estavam satisfeitos. Por causa de Sua aliança e da fidelidade às Suas promessas, Deus não os abandonou. Contudo, esse verso nos fornece uma perspectiva celestial alarmante: “...e suportou-lhes os maus costumes por quarenta anos...”.

Será que Deus estaria dizendo o mesmo sobre mim e você hoje? Será que seria correto dizer que tudo o que você sabe fazer é murmurar, murmurar e murmurar? Você não está feliz com a maneira como Deus dirige o universo, então você responde a Ele com ingratidão e insatisfação?

Aquele diante de cujo trono existem querubins cantando neste momento: “Santo, Santo, Santo;” Aquele que está cercado por seres viventes cheios de asas declarando Sua majestade; Aquele que soberanamente mantém o universo e cumpre todas as coisas de acordo com a Sua vontade; Aquele que tem assentado ao Seu lado o nosso Redentor ressurreto; é contra esse que nós murmuramos; é Ele que temos a audácia de questionar.

Quando eu chegar ao céu, não quero que Ele me diga: “Este é um homem que eu tive que suportar,” mas, “Este homem foi meu companheiro por toda sua vida.”

O que Deus dirá de você – suportou você ou você foi o companheiro Dele?

Continue até os versos 19 a 22.

e, havendo destruído sete nações na terra de Canaã, deu-lhes essa terra por herança, vencidos cerca de quatrocentos e cinqüenta anos. Depois disto, lhes deu juízes, até o profeta Samuel. Então, eles pediram um rei, e Deus lhes deparou Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim, e isto pelo espaço de quarenta anos. E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.

Até agora, Paulo canta uma música que todos na sinagoga estão gostando de ouvir – a história do povo e de seu amado rei Davi.

  • Agora, contudo, Paulo muda o tom de sua pregação ao introduzir o Filho de Davi, o Redentor/Messias do povo.

Veja o verso 23.

Da descendência deste, conforme a promessa, trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus,

Após fazer a chocante declaração de que Jesus é o Messias, Paulo imediatamente apela para a testemunha, evidências, o ministério de um profeta do Antigo Testamento; a saber, João Batista. Continue nos versos 24 a 27.

havendo João, primeiro, pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele, batismo de arrependimento. Mas, ao completar João a sua carreira, dizia: Não sou quem supondes; mas após mim vem aquele de cujos pés não sou digno de desatar as sandálias. Irmãos, descendência de Abraão e vós outros os que temeis a Deus, a nós nos foi enviada a palavra desta salvação. Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias;

Você entendeu aí? Paulo está dizendo: “Vocês lêem a Bíblia todos os dias, mas ainda não O conhecem. Vocês têm os profetas declarando tudo a respeito Dele – que Ele seria um descendente de Davi; nascido em Belém; morto numa cruz; ressuscitado dentre os mortos; assentado no trono de Davi, etc. Todo o Sábado vocês ouviam a leitura das Escrituras, mas não estavam prestando atenção...”.

Grande parte de nosso problema é que temos a habilidade de ouvir a Palavra, mas não aplicá-la; ou seja, lemos a Palavra mas a aplicamos na vida de outra pessoa. Ouvimos a Palavra, estamos cercados pela verdade, mas não estamos de fato ouvindo a verdade; então, não somos transformados pela verdade. Podemos chamar isso de “audição seletiva.”

Quando se trata de instrução bíblica que pessoalmente nos acusa e desafia, nossa tendência natural é fechar nossos ouvidos em orgulho e autodefesa e deixar de aplicar a verdade em nossas próprias vidas.

Pense nisso – a geração de Paulo perdeu muito porque não quis ouvir a Palavra, ouvir o Messias.

A questão é: “O que você está perdendo hoje... porque não está ouvindo?”

Veja os versos 28 a 37.

e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; e foi visto muitos dias pelos que, com ele, subiram da Galiléia para Jerusalém, os quais são agora as suas testemunhas perante o povo.  Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção. Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção. Porém aquele a quem Deus ressuscitou não viu corrupção.

Paulo prega coisas que eles nunca tinham ouvido antes. Eles o ouviram aplicar as Escrituras do Antigo Testamento de forma tão clara que se sentam encantados e fascinados com a verdade.

Duas palavras-chave

Agora, Paulo aplica a sua mensagem aos ouvintes usando duas palavras-chave.

Veja o verso 38.

Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste;

Remissão

  • A primeira palavra-chave é “remissão”! Essa é uma nova proclamação.

Um tempo atrás, eu evangelizei um homem que era hinduísta. Num dado momento, eu disse: “Senhor, um dos principais elementos que separa a sua religião da minha é que você não tem perdão de pecados; não existe nada na sua fé que cuide de pelo menos um pecado. Na verdade, sua próxima vida na terra será pagando pelos pecados desta vida presente; no meu caso, todos os meus pecados já foram pagos por Jesus Cristo que me oferece perdão e remissão!”

Daí ele disse: “O que você está dizendo é verdade.”

Paulo declarou:

...vos anuncia remissão de pecados...

A próxima palavra-chave aparece no verso 39.

e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.

Justificado

  • A segunda palavra-chave é “justificado.”

O que significa ser justificado? Esse é um termo legal que significa, “ser declarado justo.”

Alguns anos atrás, eu estava dirigindo numa estrada com um carro emprestado. Num descuido meu, comecei a ir acima do limite de velocidade. Felizmente, um policial me parou, o que ajudou a preservar minha segurança. Acabei levando uma multa.

A fim de diminuir a penalidade, decidi comparecer no tribunal. Minha esperança era que o juiz me cobraria uma taxa e, ao pagar aquela taxa, meu crime não ficaria nos registros e o preço do meu seguro do carro não iria aumentar.

Quando chegou minha vez de falar com o juiz, me aproximei da sua mesa. Ele estava escrevendo alguma coisa e me disse: “Estou fazendo um grande favor a você!”

Eu disse: “Obrigado.”

Sem nenhuma explicação, ele disse: “Você pode ir agora – e, senhor, espero que você entenda que estou fazendo um enorme favor!”

Eu não sabia sobre o que ele estava falando, mas parecia ser algo bom para mim. Eu disse: “Muito obrigado.”

Daí caminhei para sair da sala e, quando já estava empurrando a porta, ele gritou alto: “Estou fazendo um grande favor para você!”

Nós não estaremos um dia diante de Deus ouvindo-O dizer: “Nossa, olhe só todos esses pecados! É o seguinte, vou fazer um enorme favor a você e deixá-lo entrar – mas, lembre-se, estou fazendo um grande favor.”

Fazer um favor para mim e me declarar justo ao me justificar são duas coisas completamente diferentes. Vou explicar da seguinte forma. Para aquele juiz me justificar, culpado por exceder o limite de velocidade, ele teria que me dizer: “Ouça, eu vou pegar esse registro policial e apagar o seu nome daqui e colocar o meu nome no lugar do seu. Dessa forma, seu crime será imputado a mim e a minha inocência imputada a você.”

Isso é justificação.

Abra sua Bíblia em Colossenses 2, versos 13 e 14.

E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;

Em outras palavras, Deus trocou os nomes do registro policial. O nome de Cristo foi escrito na parte de cima da lista de todos os seus pecados; é como se Cristo tivesse se tornado você e eu, os criminosos, e eu e você nos tornado o inocente.

Pedro escreveu em 1 Pedro 2, verso 24:

carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados...

Cristo tomou sobre si nossa iniquidade e nos deu a Sua virtude; Ele tomou sobre si nossa perversão e nos deu Sua pureza. Agora, nós, os que cremos Nele, somos, em Cristo, declarados justos ou justificados; “como se nunca tivéssemos pecado.” Isso sim é graça maravilhosa.

A Primeira Perseguição Missionária

Volte para Atos 13 e podemos ver a primeira perseguição missionária.

Veja os versos 40 a 47.

Notai, pois, que não vos sobrevenha o que está dito nos profetas: Vede, ó desprezadores, maravilhai-vos e desvanecei, porque eu realizo, em vossos dias, obra tal que não crereis se alguém vo-la contar. Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras. Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus. No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. Mas os judeus, vendo as multidões, tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava. Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra.

Esse é o final da mensagem de Paulo.

Os resultados da Palavra de Deus

Existem dois resultados dessa pregação da Palavra de Deus.

  • O primeiro resultado é aceitação e regeneração.

Veja os versos 48 e 49.

Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E divulgava-se a palavra do Senhor por toda aquela região.

  • O segundo resultado da mensagem é oposição e rejeição.

Veja o verso 50:

Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição e os principais da cidade e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território.

“Expulsando-os” implica dizer que apanharam de acordo com os costumes da época e, literalmente, arrastados para fora da cidade. Continue até o verso 51: E estes, sacudindo contra aqueles o pó dos pés, partiram para Icônio.

Os missionários estavam simbolicamente se declarando isentos de futuras responsabilidades a respeito da incredulidade daquela cidade. A cidade já tinha ouvido o evangelho. Continue até o verso 52: Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo.

Paulo e Barnabé podem ter sido forçados a deixar seus novos convertidos, mas o Espírito Santo. Ele os encheu. John Phillips escreveu: “Os judeus podem até expulsar os servos de Deus, mas eles nunca poderão expulsar o Espírito de Deus.”

Por que? Porque havia pessoas naquela cidade que tinham ouvido a mensagem – a pregação do evangelho – e tinham crido.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 07/07/1997

© Copyright 1997 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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