Elimas: Vencendo Os Rasputins

Elimas: Vencendo Os Rasputins

by Stephen Davey

Elimas: Vencendo Os Rasputins

Atos 11.1–18

Introdução

Se eu fosse perguntar para fosse quem foi o responsável pela queda da monarquia milenar da Rússia, os assassinatos do Czar Nicolas II, seu esposa e filhos, a ascensão de Lenin e a Revolução Bolshevik; se eu fosse perguntar qual foi a causa fundamental que deu início a tudo, você provavelmente nunca iria imaginar que a resposta seria – o trabalho de um homem. Foi, de fato, o trabalho de um homem capacitado pelos demônios chamado Grigory Efimovich.

Quando ainda adolescente, Grigory ganhou a reputação de ser capaz de prever o futuro, bem como de viver um estilo de vida imoral. Os aldeãos lhe deram o apelido de Rasputin, que significa “devasso”. Quando estava com vinte e dois anos de idade, ele fez uma peregrinação espiritual ao Monte Athos, na Grécia. Nesse monte, ele sofreu influência de uma seita religiosa herética conhecida como Flagelantes. Eles criam que o pecado era necessário para a salvação – quanto mais você pecasse, mais segura sua salvação ficaria. Dois anos depois, Rasputin reapareceu em sua vila na Rússia como um homem santo misterioso – com uma inclinação para a imortalidade e uma habilidade descomunal de curar doentes.

Um tempo depois, ele vagueou pela grande cidade de São Petersburgo onde a sociedade estava mergulhando em misticismo e ocultismo. Ele calorosamente receberam esse homem santo e plebeu desarrumado com olhos estranhos e talentos de cura diferentes. Eventualmente, Rasputin ganhou a atenção da família imperial – Czar Nicolas e sua esposa Alexandra – que estavam batalhando com a saúde frágil de seu filho. O menino sofria de hemofilia. Quando Rasputin demonstrou ter a habilidade de aliviar o sofrimento do garoto, ele foi bem recebido na família de forma tão próxima como um amigo de confiança. Alexandra o reverenciava como um homem santo enviado por Deus para salvar seu filho e o trono de seu marido.

Todavia, após ter se tornado conselheiro no reino, homens capazes foram exilados e outros corruptos postos em seus lugares. Alexandra, mesmo depois de presenciar os escândalos de Rasputin dentro e fora do tribunal, ainda se recusava a acreditar na verdade – para ela, ele era um homem santo com poder para ajudar seu filho.

Finalmente, como resultado do controle de Rasputin sobre o palácio, vieram os fracassos nas guerras. Em casa, o povo já estava começando a planejar uma revolução contra o Czar.

Um grupo formado por membros do gabinete e da realeza conspiraram para assassinar Rasputin. Na noite de 30 de dezembro, em torno de cem anos atrás, Rasputin foi convidado para o que ele pensava ser uma festa da realeza – ao invés disso, ele recebeu vinho envenenado para beber. Quando ele não morreu, um convidado descontrolado atirou nele. Rasputin conseguiu correr para o jardim, onde recebeu outro tiro e foi lançado no rio – onde finalmente morreu afogado.

O estrago na sociedade russa já havia sido feito. Três meses depois, o Czar Nicolas abdicou no trono. Insatisfeitos com isso, membros da revolução brutalmente assassinaram o Czar Nicolas, sua esposa Alexandra e seus filhos.

E o que estava por trás de tudo isso? Um homem santo com ambições malignas.

Um historiador escreveu:

Se não tivesse existido nenhum Rasputin, nunca teria havido Lenin – nenhum Lenin e nunca teria havido a propagação de um comunismo ateu em todo o império da União Soviética.

Essa não é a primeira vez que um homem santo exerce poder sobre impérios políticos. E Rasputin também não foi o primeiro a usar pseudo-espiritualidade para influenciar outros. Na verdade, na primeira viagem missionária do apóstolo Paulo, um homem santo com grande influência tentou atrapalhar a pregação do evangelho. Numa demonstração rara do julgamento imediato, Deus muda o jogo e rende homem santo em desgraça e o líder político recebe a Cristo pela fé. Na verdade, a história registra que, por duas gerações, a família desse famoso político irá produzir uma herança piedosa.

O Ministério do Espírito Santo

Abra sua Bíblia no livro de Atos e estude comigo o drama desse encontro incrível. Começaremos no capítulo 13, verso 1.

Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo.

Uma igreja com ambições globais

Agora, pare nesse ponto. Antes de vermos o desafio missionário, gostaria de dar uma olhada rápida nessa igreja missionária.

Dois ofícios importantes

Dois ofícios estão em funcionamento nesse modelo eficaz de “ekklesia,” ou igreja.

  • Profeta

Existe o ofício do profeta, o qual permanecerá até o tempo em que a igreja sair de seu estágio inicial de formação e servirá como um funil da revelação de Deus à igreja.

  • Mestre

Existe, também o ofício do mestre, o qual expõe e explica a vontade de Deus revelada por meio da revelação das próprias palavras e obras de Jesus.

Cinco homens na liderança

Existem cinco homens diferentes alistados dentre os que lideravam essa nova igreja.

  • Barnabé

Em outros estudos, já analisamos esse personagem de perto e vimos que era um homem cheio de graça e humildade.

  • Saulo

Saulo, quem nós também já estudamos, finaliza a lista. Ele será, pela primeira vez, chamado de Paulo nessa passagem. Paulo era o seu sobrenome romano; Saulo era o seu nome judeu. Quando Saulo entra no ministério, cada vez mais para os povos gentios, ele ficará conhecido como “Paulos” ou Paulo.

  • Simeão

Havia também Simeão, chamado Niger. A construção da lista sugere que Simeão também era de Cirene – uma cidade ao longo da costa norte da África. Ele era chamado pelo nome de “Niger,” que é a palavra latina que simplesmente significa “de pele negra.” Simeão era um crente negro do norte da África.

Além disso, muitos acreditam que esse é o mesmo Simeão que carregou a cruz de Cristo para o Gólgota. Marcos 15, verso 21, nos diz que Simeão, que carregou a cruz de Cristo, era o pai de Alexandre e Rufo. Mais tarde, em Romanos 16, verso 13, Paulo diz que a mãe de Rufo também foi sua mãe – uma expressão idiomática significando que ela cuidou de Paulo enquanto ele esteve em Antioquia. Ou seja, Paulo provavelmente ficou na casa de Simeão – um homem convertido por meio de seu próprio testemunho ao presenciar a crucificação de Jesus. Foi uma conversão que o levou ao ponto de liderar a igreja de Antioquia.

  • Lúcio de Cirene

O próximo nome a ser mencionado é o de Lúcio de Cirene. Ele pode ter sido um amigo antigo de Simão ou, talvez, veio à fé pelo testemunho do próprio Simão.

  • Manaém

Finalmente, aparece o nome de Manaém. Sobre ele lemos a interessante frase: “colaço de Herodes, o tetrarca.”

Esse não é Herodes Agripa I que vimos em nosso estudo de Atos 12. Esse era o Herodes Antipas – aquele que decapitou João Batista e perante o qual Jesus compareceu para julgamento.

Manaém era colaço desse Herodes. Seu relacionamento com Herodes é descrito pela palavra “suntrophos.” Essa palavra se refere a alguém que é amamentado pela mesma mãe. Poderia ser traduzido “irmão de peito.” Esse era um termo usado para se referir a garotos da mesma idade dos príncipes e que haviam sido criados com os príncipes na corte. Eles eram colegas de escola. Quando meninos, Herodes Antipas e Manaém foram para a escola juntos, brincaram juntos, estudaram juntos, riram juntos, ouviram as mesmas lições e recitaram as mesmas poesias.

Quando cresceram, Manaém se tornou um crente; Herodes zombou de Cristo antes de devolvê-lO a Pilatos. Pela graça de Deus , o irmão de criação de Herodes se tornou um ministro do evangelho; Herodes se tornou assassino de um mensageiro do evangelho.

Veja a liderança da igreja! Um judeu de Chipre; um negro da África; um gentio; um aristocrata e um rabino convertido – uau!

A igreja de Antioquia se tornou um exemplo de unidade na diversidade. A igreja de Antioquia prova que o preconceito não é fundamentalmente relacionado à cor, mas é fundamentalmente um problema de caráter. Se convertermos o caráter, eliminamos o ódio.

Essa igreja se tornou o microcosmo daquilo que Deus faria com o evangelho – iria a toda língua, tribo e nação.

Uma palavra-chave

E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.

Servindo

A palavra “servindo” é geralmente traduzida no Novo Testamento como “adorando.” É a palavra grega “leiturgeo,” da qual derivamos nossa palavra “liturgia.” Foi com bastante frequência utilizada na versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, para se referir ao trabalho dos sacerdotes que ministravam no templo, cumprindo suas responsabilidades. No Novo Testamento, essa palavra é usada para se referir aos crentes em oração.

Nossa tendência é pensar em oração antes de irmos servir ao Senhor. Mas você já parou para pensar que oração é serviço cristão, oração é ministério?

Além do mais, vemos em Filipenses 3, verso 3, a palavra traduzida como “adoramos.” Paulo relembra os crentes que eles adoram: no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus.

Ou seja, toda a atividade do crente deve ser vista no contexto de trazer glórias a Deus.

O que você fizer, faça para a glória de Deus! Você não adora somente uma hora, você adora a semana inteira. Você não experimenta apenas uma ou duas horas de liturgia, mas uma vida inteira de liturgia.

Você percebe como isso eleva e santifica a vida? Quando você prega um martelo, você glorifica a Deus ao fazer com a melhor das habilidades que Deus concedeu a você. Quando você troca uma fralda, conserta um carro, digita um e-mail, estuda para uma prova ou examina um paciente, tudo isso pode ser liturgia – adoração a Deus.

A vida controlada pelo Espírito de Deus é uma vida de adoração.

Uma resposta incrível

Agora, note a resposta incrível da adoração coletiva deles. Observe o verso 3: Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.

Espere aí! Mandá-los embora?!

Imagine só, perder a melhor liderança deles – Barnabé e Saulo! De uma só vez e eles se livram de metade da equipe pastoral!

Vemos, pela primeira vez nesse verso, uma igreja local levada a ver a necessidade de testemunhar além de si mesmos para um mundo mais vasto. E, então, eles têm a disposição de enviar pessoas de seu próprio corpo para cumprir com a tarefa. Qualquer igreja que deseja se colocar ao lado da de Antioquia deve se preparar para investir e abrir mão de seus melhores membros.

Peguei no site de nossa igreja uns relatórios de nossos próprios adolescentes que serviram na ilha de Santa Lúcia. A primeira equipe já chegou e a segunda está a caminho. Deixe-me ler alguns relatórios da primeira semana.

Hoje à noite, as meninas tiveram uma reunião na igreja e os meninos foram até a capital para distribuir folhetos nas ruas. Três homens oraram recebendo a Cristo hoje à noite! Está tendo esta no céu agora!

Hoje, a nossa equipe de EBF teve duzentas e vinte e sete crianças numa igreja pequena. Que experiência maravilhosa para os nossos adolescentes! Tinha tanta criança que tivemos que lavra copos descartáveis para podermos reutilizá-los!

Hoje à noite, tivemos uma reunião ao ar livre. Os adolescente, de novo, realizaram um ótimo trabalho um contexto bem singular. Houve várias profissões de fé.

Ao final da primeira semana de viagem, um dos líderes escreveu:

A viagem à Santa Lúcia foi tão marcante que é difícil de imaginar o que o Senhor tem reservado para a próxima equipe que está chegando [tivemos tantos adolescentes querendo ir que tivemos que formar duas equipes]. As crianças têm sido bem ousadas em compartilhar sua fé com pessoas no aeroporto, avião, parques e em qualquer oportunidade. Enquanto escrevo essa carta aqui no aeroporto, os adolescentes estão compartilhando o evangelho com pelo menos quatro grupos diferentes.

Um homem recebeu a Cristo em nosso último vôo. Todas as crianças que estavam sentadas por perto estavam orando enquanto o evangelho era compartilhado. O Espírito está trabalhando de diversas maneiras.

Tivemos vários indivíduos se chegando a nós perguntando sobre nossas camisas e muitos vieram até nós atraídos pela alegria e animação de nosso grupo.

Recebemos um bilhete de uma comissária de bordo que dizia: “Gostaria de dizer ao seu grupo que é uma bênção ver jovens tão animados em servir ao Senhor e Salvador. Que nessa semana vocês recebem uma grande bênção do Senhor enquanto O servem e que vocês contemplem almas sendo salvas. Minhas orações estarão com vocês. Sua irmã em Cristo. Filipenses 4.13.”

Você está preparado para investir em adolescentes? Você está pronto para investir em si mesmo? Eles estavam prontos nessa igreja de Antioquia. Eles enviaram o melhor que tinham.

O Ministério de Satanás

Veja, agora, os versos 4 a 7a:

Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas judaicas; tinham também João como auxiliar. Havendo atravessado toda a ilha até Pafos, encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus, o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, que era homem inteligente...

Esse político romano não era nenhuma criança intelectual, mas estava apenas animado com o espírito de seus dias. Famílias ricas geralmente contratavam seus próprios sábios privados que diziam poder ler o futuro e auxiliar seus mestres.

Um charlatão com intensões malignas

Os romanos apostavam muito no poder da adivinhação. Charlatães como Barjesus eram sorrateiros e cheios de conhecimento. Eles praticavam uma combinação de falsa-espiritualidade e falsa ciência/misticismo.

Registros históricos nos contam que a família de Sérgio Paulo era uma família importante. De sua família saíram vários políticos influentes por todo o império por um longo período de tempo.

De acordo com esses versos, próximo a Sérgio está um Rasputin. O texto indica que ele era um mágico, um adivinhador. Esse judeu apóstata havia evidentemente rejeitado as Escrituras do Antigo Testamento, uma vez que elas proibiam esse tipo de prática. Barjesus era, obviamente, poderoso, pois se tornara conselheiro de Sérgio.

Veja os versos 7b e 8:

...Este, tendo chamado Barnabé e Saulo, diligenciava para ouvir a palavra de Deus. Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico (porque assim se interpreta o seu nome), procurando afastar da fé o procônsul.

O tempo verbal indica que ele estava constantemente tentando desviar a atenção e a mente de Sérgio para distante do evangelho. Ele sabia que sua vida dependia do fracasso de Paulo e Barnabé na apresentação do evangelho a Sérgio; então Elimas tirava todo o truque que podia de sua mala de mágico para divergir a atenção de Sérgio.

Continue até os versos 9 e 10.

Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor?

Que tal essa lição de Paulo sobre tato e tolerância?

É semelhante ao que Cristo fez ao despir os homens santos de Seus dias – os fariseus. Ele disse a eles, conforme registrado em Mateus 23, que eles eram raça de víboras e sepulcros caiados; isto é, eles pareciam limpos e bonitos, mas, na realidade, estavam cheios de ossos de mortos.

A igreja de hoje precisa levar uma injeção de coragem doutrinária. Paulo não dialogou com Elimas, mas o chamou de fraude. Ele não buscou algo em comum no compromisso para trabalharem juntos para limpar a imoralidade de Pafos, mas o chamou de filho de Satanás.

Vivemos num período da igreja (não estou falando do mundo, mas do evangelicalismo) no qual comprometimento doutrinário se tornou uma virtude a verdade ofensiva. Em nossa própria comunidade evangélica, diálogo e falsa comunhão com falsos sistemas doutrinários substituíram a ousada exposição de erros doutrinários e engano religioso. O pensamento é: “Não fale sobre assuntos que dividem; não levante questões controversas; não ofenda ninguém.”

Vou guardar mais desse assunto para nosso estudo em Atos 16. Daí, meu plano será ofender o maior número de pessoas possível com a verdade.

Paulo, com essa declaração no verso 10, revela três coisas sobre Elimas: o motivo, o homem e o ministério.

O motivo revelado

Paulo revela o motivo de Elimas no verso 10: cheio de engano e de toda malícia...

“Engano” pode ser traduzido como “isca.” Essa palavra vem do contexto de um pescador colocando a isca em seu anzol. O pescador busca levar o peixe a pensar que o jantar já está preparado, mas, ao invés disso, o peixe será capturado. Elias estava jogando iscas boas para Sérgio, mas, no final, iria levá-lo à ruína espiritual.

“Malícia” pode ser traduzido como “falsas pretensões.” Ou seja, Elimas tinha uma aparência externa de religioso, mas tinha ambições malignas.

O homem exposto

Daí, Paulo expõe o homem, Elimas. Ele diz no verso 10: Ó filho do diabo.

Paulo provavelmente diz isso cercado de dignitários e outros mágicos.

Agora, se você voltar ao verso 6, você descobrirá que Paulo faz um trocadilho ou jogo de palavras com o nome de Elimas. Veja o verso 6b: falso profeta, de nome Barjesus.

“Bar” significa “filho de,” e “Jesus,” ou “Yeshua,” significa “salvador.” Em outras palavras, “Elimas, você diz ser o iluminado filho do salvador. Na realidade, você é filho do diabo.”

Paulo continue e diz a Elimas no verso 10: inimigo de toda a justiça.

Ou seja, Paulo diz que Elimas era, na verdade,  inimigo de Deus.

Imagino que todo o auditório suspirou com a acusação de Paulo. Posso até ver Elimas com olhos expelindo ódio contra Paulo.

O ministério revelado

Paulo ainda não terminou. Ele ainda expõe o verdadeiro ministério de Elimas no verso 10: não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor?

“Perverter” significa pegar a verdade e torcê-la; pegar os ensinos claros das Escrituras e misturá-los – manipulá-los de forma a dizer algo que não diz.

Continue até o verso 11:

Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor, e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo. No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão.

A insinuação no texto é que ninguém estava o guiando pela mão; então, ele cambaleou em busca de alguém que o ajudasse. Ninguém quis ajudá-lo - ele foi exposto como um homem mau e ambicioso que havia enganado a casa inteira de Sérgio.

Nunca mais ouvimos falar de Elimas.

O Ministério da Palavra

Uma conversa com implicações reais

Veja o verso 12.

Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.

Sérgio Paulo ficou impressionado com o milagre e maravilhado com o ensino

Não ignore isso – Sérgio Paulo ficou impressionado com o milagre, mas maravilhado com o ensino.

Sérgio Paulo creu, teve fé

E Sérgio creu. Essa palavra significa ter fé; ser persuadido; confiar.

Como resultado, uma família real inteira se tornou seguidora de Jesus Cristo.

Aplicação: O Que é Necessário para Vencer os Rasputins?

O que precisamos para vencer os Rasputins? Será que teremos a coragem de ser como a igreja de Antioquia? Precisamos de três coisas.

  • Primeiro, precisamos de olhos abertos olhando em direção à colheita dos campos no mundo.

Eu fui, certa vez, pregar na grande cidade da Índia, Deli. Por que eu fui? Porque eu preciso abrir meus olhos e ver como Deus está trabalhando ao redor do mundo. Precisamos de uma chama global queimando meu coração, permeando meus ensinos e pregações. Precisamos lembrar que o nosso Deus foi a primeira agência missionária. Ele, o Pai, enviou Seu Filho ao mundo para buscar e salvar o que estava perdido.

Precisamos ter olhos para o mundo. Antioquia enviou os primeiros missionários – nos tornamos iguais a eles quando enviamos os nossos missionários de nossas próprias igrejas!

  • Segundo, precisamos de mãos fortes segurando com firmeza a verdade bíblica.

Precisamos conhecer a Palavra!

Deixe-me ler esse incidente engraçado para você.

Um professor de uma escola estava dando uma aula chamada “A Bíblia como Literatura.” Apenas os melhores alunos podiam se matricular para essa aula. Um teste inicial foi dado para avaliar o conhecimento bíblico dos alunos. Muitas respostas estranhas apareceram. Um dos alunos definiu epístolas como “as esposas dos apóstolos.” Charles Swindoll achou isso tão engraçado e resolveu compartilhar enquanto pregava na sua igreja. Para a sua vergonha, um dos membros da igreja chegou até ele após o culto e perguntou: “Mas, pastor, se as epístolas não eram esposas dos apóstolos, de quem elas eram esposas?”

Veja novamente o verso 12b: [Sérgio Paulo ficou] maravilhado com a doutrina do Senhor.

A palavra “doutrina” vem do termo grego “didake” que significa ensinar “uma doutrina estabelecida e formulada.” É o corpo de verdades que Deus revelou por meio do Senhor Jesus Cristo e, depois, através dos apóstolos e, finalmente, por meio do cânon completo das Escrituras.

Como Paulo disse a Timóteo, é nossa responsabilidade ser a coluna e o suporte da verdade; comunicar o corpo de verdades a homens fiéis que ensinarão a outros.

No decorrer dos anos, muitas pessoas têm vindo até mim e dito: “Esta é a primeira igreja para qual venho com a expectativa de aprender algo novo na Bíblia.”

Nós nos esquecemos que nosso propósito não é somente fazer discípulos, mas ensinar a eles as verdades bíblicas.

Como 2 Timóteo 2, verso 15, diz:

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

  • Finalmente, precisamos de corações corajosos expondo o pai das mentiras e adorando o Pai da verdade.

Semana passada, cento e setenta e três igrejas evangélicas fecharam suas portas. Dentre os motivos, estão divisão, imoralidade, falta de dinheiro, perda de visão e propósito, colapso dos distintivos doutrinários, bancos vazios e líderes desiludidos.

Será que a colheita está acabando? Não, a verdade é que não estamos trabalhando como deveríamos.

Meus amigos, estamos envolvidos numa batalha pela verdade. Uma das estratégias do inimigo é diluir a mensagem de forma a perder suas características e distinção, seu poder, nenhuma reforma do indivíduo ou perspectiva elevada sobre Deus.

Entretanto, para aqueles que, como Paulo e Barnabé, estão dispostos a falar a verdade, as igrejas não irão fechar, mas florescer. Que pela fiel graça de Deus e submissão dos crentes, vejamos cada vez mais igrejas nascendo e novas oportunidades de adorar ao Senhor.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 20/07/1997

© Copyright 1997 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

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