A Promessa

A Promessa

by Stephen Davey

A Promessa

Atos 1.6–8

 

Introdução

O presidente executivo de uma empresa deixou sua cidade e deu um aviso prévio de dois dias. Na verdade, apenas poucas pessoas da empresa sabiam que ele tinha viajado. Ele se ausentaria por várias semanas e ele sabia que os vice-presidentes e os demais membros de sua equipe não poderiam tocar os negócios por muito tempo sem a sua direção. Daí, quando estava de viagem, escreveu uma longa carta com diretrizes e ordens bem específicas. Nessa carta, ele descreveu projetos que gostaria que fossem terminados, vários clientes importantes com os quais ele gostaria que sua equipe entrasse em contato e os outros negócios normais que ele queria que dessem continuidade. Quando chegou em seu destino, enviou a carta para a sua empresa.

O presidente ficou distante por muito tempo. Na verdade, não somente semanas, mas vários meses se passaram até que ele retornou. Quando estava entrando no estacionamento, ele imediatamente percebeu que algo estava errado. O espaço físico de sua empresa não havia sido cuidado; nem sequer haviam cortado a grama da entrada. Quando entrou no saguão, a recepcionista estava pintando as unhas e o telefone ao lado tocando. Ele se apressou e pegou o elevador para o andar executivo. Quando a porta do elevador abriu, ele ficou admirado com aquela cena diante de seus olhos. Os vice-presidentes haviam transformado o local de trabalho em uma academia enorme. Tinha de tudo, desde pesos até mesa de sinuca. A equipe estava vestindo roupas comuns, rindo e brincando. Quando o pessoal percebeu que o presidente estava ali em pé parado, todos calmamente se aproximaram dele. E ele simplesmente perguntou: “Vocês receberam a minha carta?”

E a resposta foi um choque: “Sua carta? Ah, sim, recebemos. E até fizemos várias cópias para que cada funcionário tivesse uma.”

Ele perguntou: “Bom, vocês leram carta?”

“Ler?” Dividimos a companhia inteira em grupos para estudarmos sua carta! Alguns até chegaram a memorizar parte dela e um memorizou tudo – ele recebeu o apelido de ‘Carta Ambulante.’ Outros funcionários fizeram músicas sobre a sua carta. O pessoal fez camisas e canecas com frases e citações. Aquela carta que você escreveu foi algo bastante desafiador, encorajador e ajudou a levantar a moral de todos no trabalho. Estamos até pensando na possibilidade de separarmos uma hora por semana para que todos os funcionários se reúnam em grupos e discutam o conteúdo dela.”

A essa altura, o presidente já estava desistindo. Mas, ele ainda perguntou mais uma coisa: “Alguém fez o que eu pedi?”

“Fazer?”

“É, tipo, os clientes para os quais eu queria que vocês tivessem ligado, os projetos que deveriam ter sido terminados – alguém pelo menos fez o que eu pedi na carta?”

“Uh, não senhor. Sabe, ainda estamos no processo de desenvolvimento de novos métodos criativos de como estudar a sua carta.”

Se existe uma fábula que descreve a igreja moderna de Jesus Cristo, é essa fábula.

A diferença entre a igreja do livro de Atos e a igreja no Brasil hoje é que a igreja no Brasil faz muito aceno, enquanto a igreja de Atos fazia bastante movimento. Uma igreja evangélica típica de hoje tem muita programação, mas pouco poder.

Para muitas pessoas, é um choque descobrir que o poder do Espírito Santo não é para ser um fim em si mesmo, mas sua intenção foi criar um despertamento espiritual em todo o mundo. Entretanto, o contrário é que é a verdade. Como um de meus professores no seminário costumava dizer: “A igreja é a maior força revolucionária no mundo, presa num cimento.”

Deus sabia que a armadilha sedutora, intelectualista e pietista para os discípulos seria a mentira de que receber a carta seria o suficiente; estudar e ler a carta seria o bastante. A fim de ajudar os Seus seguidores a não cair nessa armadilha, Jesus incluiu na sua carta uma porção chamada: ‘O livro das Ações”, ou “Atos.” Quando abrimos a carta de Deus nessa seção dos Atos, somos imediatamente confrontados com crentes que tinham a coragem de fazer coisas e se comportar de acordo com aquilo que criam.

Logo na primeira parte do livro de Atos, descobrimos uma ordem dada pelo nosso presidente executivo, o Pastor Chefe. É uma ordem que a igreja primitiva obedeceu! Veja o verso 8:

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,...

(essa foi a promessa, agora vem a ordem)

...e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

  De acordo com esse verso, a igreja é medida não pela quantidade de membros que possui, mas por sua completa obediência e realização de sua missão.

Além disso, a marca de maturidade de cada discípulo de Jesus não é quantidade de Bíblia que ele conhece, mas a quantidade de Bíblia que ele vive e pratica.

Vamos, agora, arrumar o palco para apresentarmos essa promessa e desafio eternos.

O Prefácio

Nos primeiros cinco versos de Atos 1, os discípulos estão espalhados em vários lugares e são ensinados pelo Senhor que, tudo indica, aparece aleatoriamente. No verso 4a, lemos:

E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai...

Agora, no primeiro livro que Lucas escreveu para Teófilo, vemos que essas palavras foram ditas aos discípulos quando estavam numa sala assentados e comendo. Abra sua Bíblia em Lucas 24, versos 42 e 43. Os discípulos estão comendo numa sala e Jesus aparece de repente.

Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel. E ele comeu na presença deles.

Pule até os versos 45 a 47.

Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.

Continue até os versos 48 e 49.

Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.

Isso soa familiar para você?!

No livro de Atos, Lucas continua a história no ponto que ele tinha deixado em seu evangelho. Na verdade, os primeiros cinco versos de Atos são apenas uma revisão ou um lembrete das suas últimas palavras no evangelho.

Uma pergunta interessante

Agora, dê continuidade à sequência do texto, Atos 1, verso 6.

Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?   

Nós imediatamente pensamos: “Que pergunta tola!”

É uma pergunta bem característica de Pedro: “Senhor, é agora?”

É uma pergunta boba, ao menos que você saiba aonde os apóstolos estavam reunidos. No verso 4, vemos que eles estavam reunidos num cenáculo, mas, no verso 6, eles estavam juntos no Monte das Oliveiras.

E como sabemos que eles estavam no Monte das Oliveiras? Veja os versos seguinte. Comece no verso 9.

Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.

Pule até os versos 12 e 13a.

Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado. Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam...

Isso dá um significado bastante diferente à pergunta dos apóstolos: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?”

Por que eles perguntaram isso? Porque eles associaram os ensinos de Jesus sobre o reino literal de Deus na terra (que um dia irá acontecer) com o conhecimento limitado que tinham das profecias do Antigo Testamento a respeito do reino vindouro. Por exemplo, Zacarias 14, verso 4, diz:

Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente...

Então, em Atos 1, verso 6, os pés do Cristo ressurreto, do Soberano Rei dos Reis, estão agora sobre o Monte das Oliveiras. E os apóstolos perguntam: “É agora, Senhor? É agora?”

Foi uma excelente pergunta. E Jesus não os repreende por terem perguntado. Eles estavam certos a respeito de um reino literal na terra; mas estavam simplesmente errados em relação ao tempo do reino.

Havia algo que os profetas não sabiam e não viram. Entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, haveria a criação e duração de algo completamente novo; i.e., a era da igreja. Nessa era ou dispensação da graça, a mensagem de redenção chegaria não só aos doze apóstolos e a todas as tribos de Israel, mas também a todas as nações gentias do mundo.

Uma cautela necessária

Agora, apesar de não estarmos lendo uma repreensão relacionado ao tema do Reino de Deus, Jesus repreendeu os apóstolos, e todos as demais pessoas desde então, por tentarem determinar um tempo exato para a vinda do reino. Sinceramente, creio que essa repreensão foi direcionado para a igreja da mesma forma que foi para os próprios discípulos.

Mas muitas pessoas parecem não dar atenção à repreensão de Jesus.

  • Poucas décadas depois desse acontecimento, cerca de 1900 anos atrás, muitos dos tessalonicenses estavam tão convencidos de que Cristo estava a ponto de retornar para a igreja que deixaram seus trabalhos, de forma que vieram a depender de outras pessoas para sustentá-los. Paulo teve que confrontá-los nesse assunto e tratou disso ao dizer em 2 Tessalonicenses 3, verso 10b: “...se alguém não quer trabalhar, também não coma.”
  • Nos anos de 1800, um grupo de pessoas nos Estados Unidos marcou uma data para o retorno de Cristo, mas ficaram desapontados.
  • Li uma vez numa revista sobre uma mulher que viajou para o oeste dos Estados Unidos e foi para uma montanha à noite vestida de mantos brancos para esperar pelo cumprimento da visão que supostamente havia tido sobre o dia e a hora exatos para o fim do mundo.
  • Lembrei também de um evangelista anunciando que Jesus iria voltar entre o anos de 2001 e de 2012. Pelo menos ele deu uma margem maior! E, é claro, assim como os demais, ele também estava errado!
  • Antes de 1988, muitos crentes coreanos caíram na conversa de um homem que escreveu um livreto dando muitas razões por que Jesus iria retornar em 1988. Eles venderam suas propriedades, sacrificaram seus animais e etc. A confusão no meio do povo foi algo traumático; a perda de credibilidade nos líderes da igreja foi enorme. Primeiro de janeiro de 1988 trouxe uma avalanche de ira, desilusão e desespero. Ainda me lembro daquele mês. Em nossa igreja, separamos um tempo para orarmos especificamente pelos irmãos coreanos que haviam, na verdade, ignorado o princípio eterno de Atos 1, verso 7.

A única coisa certa que podemos dizer sobre o arrebatamento da igreja é o seguinte: “Jesus Cristo não arrebatou a igreja ontem, mas Ele pode arrebatá-la hoje.”

Apesar de podermos estabelecer a verdade sobre os eventos proféticos, não podemos determinar o tempo. Compete ao Pai saber e determinar.

A notícia animadora é que Ele já sabe quando o arrebatamento acontecerá. Ele já sabe quem será o anticristo. Ele também sabe se a marca da besta vai ser uma tatuagem invisível, ou um número de cartão de crédito ou um selo como de vaca queimado na testa. Ele já sabe quando o reino literal de Cristo na terra começará. Ele já sabe quando irá destruir o planeta terra com fogo, como vemos no livro de Apocalipse, e criar um novo céu e uma nova terra que eu e você, crentes em Jesus, desfrutaremos para toda a eternidade!

O Poder

Algo encorajador também é que, de acordo com o verso 7, Deus tem poder sobre esses eventos incríveis e enormes que transformarão a história da humanidade. Meu irmão, será que existe a mínima possibilidade de Deus ter controle sobre as coisas que acontecem na sua vida? Será que seria muita ginástica para Deus?

Gosto muito da história de uma mulher que veio até um pregador da geração passada. Ela chegou até ele tremendo depois de uma reunião e disse: “Você acha que Deus está interessado em meus pequenos problemas?”

Ele respondeu: “Minha senhora, você acha que seus problemas são grandes para Deus?”

Para os discípulos, que em breve enfrentariam grande perseguição, serviu de grande segurança ouvir que o Pai já determinara as épocas da história do futuro e que somente Ele controla os ventos do tempo com autoridade e poder soberano.

Mas recebereis poder...

Agora, a parte realmente animadora se encontra no final do verso 7 e início do 8. Veja esses versos.

Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas...

A palavra “mas” é “alla,” que pode ser traduzida como “ao contrário.” Em outras palavras, vocês não precisam saber o tempo em que os eventos futuros serão cumpridos, mas há outra coisa que vocês precisam saber. “Ao contrário,” vocês devem encher suas mentes com outra coisa; Jesus diz: “Deixe-me falar a vocês sobre a promessa,” verso 8a: recebereis poder.

Essa promessa está no tempo futuro. E eu tenho certeza que nenhum dos discípulos, nem mesmo Pedro, disse: “Mas para que precisamos disso? Já estamos prontos para ir!”

Não, a verdade é que, à parte do poder do Espírito Santo operando em sua vida, você não pode cumprir a última parte do verso – você nunca impactará sua geração com o evangelho de Jesus Cristo. Se o Espírito não descer sobre os discípulos, eles estarão desprovidos de poder.

Como crentes, parte de nosso problema é que não estamos totalmente convencidos de que precisamos do Espírito.

O grande reformador Martinho Lutero disse certa vez: “Deus criou o mundo do nada – quando percebermos que não somos nada, Deus pode fazer muita coisa a partir de nós também.”

Creio que cada um dos discípulos naquele monte cria que não eram nada. Eles sabiam que eram totalmente dependentes e necessitavam de outra coisa além de força de vontade, intelecto e compromisso.

Recentemente quando faltou luz em nossa cidade, fomos lembrados da importância de um poder invisível – a eletricidade. Não entendo eletricidade; não vejo a eletricidade, mas certamente preciso dela.

Também descobrimos que, não importa quão bom e novo seja o seu eletrodoméstico, sem eletricidade ele vale somente um pouquinho mais que a caixa de papelão na qual veio.

Tony Evans escreveu um livro sobre o Espírito Santo; e ele fala algo interessante. Ele diz que somos como eletrodomésticos – recebemos todos os componentes necessários para uma vida e ministério efetivos, mas não possuímos nenhuma fonte intrínseca de poder. Não fomos arquitetados para funcionarmos sozinhos, precisa existir uma dinâmica operando em nossa vida que está além de nosso entendimento e visão.

A Pessoa

A propósito, o poder prometido no verso 8 é a palavra “dinâmica” que vem do grego “dynamis.” Dela derivamos as palavras “dinâmica” e até mesmo “dinamite.” Continue no verso 8.

Ao descer sobre vós o Espírito Santo

...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo...

Esta é a promessa do Senhor aos apóstolos: “Meus amigos, vocês estão prestes a receber uma dinamite; vocês estão prestes a receber uma dinâmica que revolucionará suas vidas; uma fonte de poder que vai fazer vocês funcionarem. Mas, não é uma força impessoal, é uma pessoa.

Agora, lembre-se, os apóstolos estavam esperando pela vinda ou descida do Espírito Santo. A descida do Espírito dependia da subida de Jesus Cristo, como Ele mesmo já havia ensinado. A ascensão de Jesus acontecerá no verso seguinte. A descida do Espírito é relatada no capítulo seguinte.

A habitação do Espírito Santo que os apóstolos esperavam ansiosamente é algo que agora passamos a experimentar no exato momento da conversão. Paulo escreveu em 1 Coríntios 12, verso 13a: Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo.

Isso não foi resultado de alta espiritualidade, especialmente na igreja de Corinto onde os membros estavam divididos e eram carnais. Na verdade, se você colocar esses crentes de Corinto num teste, você descobrirá que eles receberam o Espírito Santo apesar do histórico deles; apesar do entendimento deles; e apesar de suas falhas. O Deus da graça concederia àqueles homens de barro o Espírito Santo a fim de que obedecessem à ordem de Cristo.

Agora, ouça isso com bastante atenção. Esse poder é uma pessoa – a Pessoa do Espírito Santo que concede capacidade – a fonte de todo o poder. Isso significa, meu irmão e irmã, você não precisa orar pedindo poder, você só precisa se submeter ao controle do Espírito. Você não precisa clamar pedindo pela vinda do Espírito Santo; você não precisa implorar e chorar pela descida do Espírito; você somente precisa se entregar ao Espírito que já veio.

A Prioridade

Existe ainda um outro pensamento errado prevalecente em nossos dias. É a ideia de que o poder do Espírito é apenas um fim em si mesmo.

Talvez você já tenha ouvido alguém dizer: “Quero sentir o poder do Espírito!”

“Por quê?”

“Para eu poder experimentar certos dons,” ou “Para eu ser um vitorioso,” ou “Para eu ser curado...”

Na verdade, o verso 8 não tem um ponto final depois da palavra “Espírito Santo”, apesar de essa ser a grande ênfase de muitos movimentos. Veja novamente o verso: ao descer sobre vós o Espírito Santo.

Isso marca o término da busca do crente.

O Espírito Santo, na verdade, também não veio com o propósito de anunciar a Si mesmo. Jesus Cristo disse em João 16: “Eu vou subir para o Pai e o Espírito Santo descerá; e quando Ele descer, irá Me glorificar.”

Isso não significa que o Espírito Santo é menos importante que o Filho de Deus. Eles são igualmente Deus. Isso não tem nada a ver com a essência divina, mas com a função de cada Pessoa da Triunidade. E a função do Espírito Santo será, primariamente, glorificar a Jesus Cristo. Em outras palavras, o Espírito Santo se tornará a propaganda do ministério redentor de Jesus.

Algo interessante me chamou a atenção. O objetivo de uma agência de propaganda não é chamar a atenção para a propaganda em si, mas para o produto para o qual ela faz o anúncio. Se a propaganda for muito boa, o que fica preso em nossa cabeça é o nome do produto e não o nome da agência de propaganda.

Muitos movimentos de hoje centralizam seus ensinos no Espírito Santo, estão apaixonados pelo Espírito, dobrados pelas supostas experiências do Espírito, rogam pelo Espírito, dizem ter um relacionamento único e especial com o Espírito; na verdade, tais movimentos perderam o foco.

A prioridade está no meio do verso 8, que declara: e sereis minhas testemunhas.

O Espírito de Deus veio para que você seja fortalecido e capacitado para testemunhar a respeito do Filho de Deus, Jesus Cristo.

Veja o verso 8 completo.

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Em nosso próximo estudo iremos dar uma olhada na prioridade e no plano para essa propaganda mundial. O registro de Lucas nos levará a um tribunal e descobriremos por que Jesus não nos chama de advogados, júri ou juiz. No tribunal da história humana, somos chamados para prestar depoimentos como testemunhas.

Conclusão

Irei concluir nosso estudo lendo uma citação de um político grego antigo chamado Aristides. Ele não era crente, mas escreveu a respeito dos crentes em sua obra intitulada, A Defesa de Aristides. Ele escreveu:

Os cristãos persuadem as outras pessoas a se tornarem cristãos pelo amor que eles demonstram; e, quando os demais se tornam cristãos, eles chamam uns aos outros de irmãos sem nenhuma distinção. Eles não adoram deuses estranhos; e vivem em toda humildade e bondade. E, se há entre eles alguém pobre e necessitado, eles jejuam dois ou três dias para poderem suprir aquela necessidade. Eles observam cuidadosamente os mandamentos do Messias deles; eles vivem sóbria e honestamente, assim como o Senhor Deus deles os ordenou. Eles louvam e adoram o seu Deus e fazem orações de agradecimentos pela comida e bebida. E, se algum justo dentre eles deixa este mundo, eles se regozijam e agradecem a Deus e falam sobre o morto como se ele estivesse apenas saindo de um lugar e indo para outro. Essa é a lei dos crentes e a conduta dos crentes.

Então, desde o primeiro século, o desafio permanece, irmãos, que, tendo sido nascidos de novo dentro da família de Deus pela fé em Jesus Cristo; tendo recebido a Pessoa e poder do Espírito Santo no mesmo instante da conversão; tendo recebido de nosso Presidente, o líder de nossas vidas e fé, uma carta – a carta – a pergunta permanece: “Será que estamos apenas estudando essa carta, decorando-a e desfrutando dela, ou estamos vivendo-a e a praticando e obedecendo o que a carta de nosso Senhor nos manda fazer?”

 

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 22/09/1996

© Copyright 1996 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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