
Vivendo na Expectativa
Vivendo na Expectativa
Atos 1.1–5
Revisão do Livro de Atos
O que o livro de Atos não é!
Hoje iremos começar revisando aquilo que o livro de Atos não é!
- Primeiro, o livro de Atos não é uma história completa da igreja primitiva.
O livro de Atos cobre os destaques dos primeiros trinta e três anos da igreja. Existe pouca informação sobre os onze apóstolos e foca mais em Pedro e Paulo. Uma pessoa disse que o livro poderia ser intitulado: “O Livro de Alguns Atos de Alguns dos Apóstolos.”
Cento e dez personagens são apresentados nessa longa narrativa de Atos, mas existe pouca informação sobre eles. Nada nos é dado para preenchermos as lacunas a respeito das igrejas da Galácia e outras.
Agora, Jesus disse aos discípulos em João 13, verso 35:
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns para com os outros.
Em outras palavras, o mundo saberia que ele eram discípulos de Jesus por causa do amor que teriam uns pelos outros.
Na introdução que Atos faz da igreja para o mundo, o amor sobressai como a marca distintiva da igreja. Entretanto, uma palavra que não aparece no livro é a palavra “amor.” Não ocorre nem uma vez no livro. Todavia, é um fato bem óbvio que o amor era presente.
Lembre-se que, apesar de Atos não nos informar de muitas coisas que gostaríamos de saber sobre a igreja primitiva, Deus revelou tudo o que precisávamos saber.
- Segundo, o livro de Atos não é uma teologia exaustiva da igreja primitiva.
O autor, Lucas, é um historiador, não um teólogo. Ele toca em muitos assuntos teológicos, mas não faz nenhuma pausa demorada para explicá-los.
Um exemplo clássico é Atos 2. Luca registra, sem nenhum contexto ou comentário, as palavras de Pedro no verso 38, que diz:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados...
Depois, no capítulo 16, verso 31, Paulo diz ao carcereiro que tudo o que ele precisa fazer é: Creia no Senhor Jesus e serás salvo.
No capítulo 16, Lucas apenas registra que Paulo mandou Timóteo ser circuncidado por causa dos judeus, apesar de, no capítulo anterior, o concílio de Jerusalém ter decidido que a circuncisão não era uma prática obrigatória.
Muitas vezes na história lemos sobre pessoas que receberam o batismo do Espírito Santo algum tempo após ter crido em Cristo, mas Paulo deixa bem claro aos coríntios que o batismo e a conversão são simultâneos. Na verdade, é impossível ser salvo hoje sem ter experimentado o batismo imediato do Espírito Santo dentro do corpo de Cristo.
Muita da confusão existente hoje de terceira onda, segunda bênção e outros movimentos vêem o Espírito Santo como um poder que tem que revestir o crente. Irei ensinar que o Espírito Santo é uma pessoa que já habita dentro de cada crente.
O problema não é que precisamos mais do Espírito Santo, mas o Espírito Santo precisa mais de nós. Como crentes, já temos todo o Espírito Santo, Ele é que ainda não nos tem por completo.
Atos precisa ser cuidadosamente estudado e visto como um livro de história inspirado, autoritário, inerrante e infalível, fazendo a ligação entre o ministério de Cristo e a doutrina da igreja. É um livro de transição e não uma teologia exaustiva.
- Terceiro, o livro de Atos não serve como uma declaração conclusiva sobre o padrão de vida cristã.
Se você ler o livro de Atos e parar antes de ler as epístolas, que foram escritas pelos apóstolos da igreja primitiva, você ficará bastante confuso a respeito da natureza da busca da vida cristã. Sinceramente, isso é verdade sobre muitas passagens das Escrituras. Portanto, somos encorajados a comparar Escritura com Escritura. Sua interpretação do livro de Atos irá determinar muitas das coisas que você buscará experimentar em sua vida cristã.
Por exemplo, se a evidência do poder de Deus é manifestada por amarrar demônios, então eu quero poder fazer isso. Só gostaria de saber quanto tempo a amarração dura. Será que uma hora? Uma semana? Também queria saber se amarrar um demônio em minha vida vai amarrá-lo na vida de outra pessoa também. Na verdade, se Cristo é maior do que Satanás, será que eu não posso simplesmente amarrar Satanás e acabar com as tentações? Mas, entenda bem, se para mim essa é a evidência, eu também quero poder fazer isso .se falar em línguas dá evidência do poder do Espírito, quero falar também. Se o poder de curar qualquer doença evidencia fé e poder do Espírito, você não acha que eu vou quer poder fazer isso também?
Todas essas coisas aconteceram no livro de Atos. Se elas devem acontecer em nossas igrejas hoje, então isso significa que, pelo fato de eu estar ensinando o contrário, não somente minha igreja está deixando de desfrutar muitas bênçãos de Deus, como também eu ficarei envergonhado quando estiver diante de Cristo um dia prestando contas de meu ministério.
Em nosso último estudo, falei rapidamente sobre o problema que enfrentamos com muitos movimentos populares em nossos dias ao empregarem o que chamei de interpretação literal seletiva do livro de Atos. Em outras palavras, quando vejo líderes de igrejas carismáticas transportarem as experiências de Atos para os nossos dias, noto que eles são inconsistentes, pois nenhum desses líderes ou movimentos aplica todas as passagens literalmente. Se eles aplicassem, hoje nós iríamos:
- Nos reunir e orar no templo seguindo o calendário judaico de oração, assim como Pedro e Paulo fizeram em Atos;
- Selecionar líderes espirituais usando sortes, como fizeram em Atos;
- Apontar missionários em nosso meio após jejum e oração, como fizeram em Atos;
- Esperar que todos os membros que mentem e enganam o corpo em relação às finanças caíssem mortos no chão, como ocorreu em Atos;
- Esperar que anjos libertassem prisioneiros das suas celas, como ocorreu em Atos;
- Esperar que, seu eu pregar por muito tempo e alguém cair morto no chão, eu ressuscite esse irmão.
Como vemos, o livro de Atos precisa ser cuidadosamente estudado.
O que nós veremos no livro de Atos
O que veremos em nosso estudo cuidadoso no livro de Atos? Veremos:
- Uma era de milagres, quando a igreja estava sendo criada;
- Sinais sobrenaturais, quando o Espírito Santo estava ainda descendo;
- Testemunhos poderosos, quando os crentes brilhavam por Cristo;
- As lutas da igreja primitiva com finanças, mudanças e preconceito;
- Um exemplo de paixão, zelo e fé.
Seremos confrontados com o compromisso da igreja que, sem desfrutar das conveniências e tecnologia de nossos dias, levou o evangelho a toda a Ásia (capítulo 19). Seus inimigos, com lágrimas de ódio, disseram: “...esses transtornaram o mundo...” (capítulo 17). E, mais cedo na história da igreja, o sumo sacerdote disse a Pedro e aos demais: “...enchestes Jerusalém de vossa doutrina...” (capítulo 5, verso 28).
Imagine ser acusado disso! “Vocês encheram a cidade com o evangelho!”
A pergunta não é: “Qual é o tamanho da sua igreja?” A pergunta é: “Qual é o tamanho da sua cidade e você já encheu sua cidade com o evangelho?”
Quero que nosso estudo no livro de Atos nos revolucione de tal forma que nos sentiremos culpados e encheremos nossa cidade com o evangelho.
Exposição do Livro de Atos
Vamos, agora, voltar nossa atenção para a exposição do livro de Atos ou o livro das “ações.” Abra no capítulo 1, versos 1 e 2a.
Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que...
É importante lembrarmos que Atos é a continuação do evangelho. Lucas se refere ao evangelho como o “primeiro livro.” Teófilo, um oficial romano de grande poder, recebe o segundo volume das mãos desse amigo médico e missionário, Lucas.
A admoestação dura de Jesus
Note, agora, uma certa admoestação dura de Jesus. Continue até o verso 2b.
...depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas.
Qual foi a ordem de Jesus aos discípulos? Veja o verso 4a.
E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem...
Não é interessante que a primeira ordem dada ao corpo de Cristo foi que esperasse?
Tente entender a necessidade dessa ordem. Jerusalém era a cidade que tinha crucificado o líder dos discípulos. Eles não eram bem-vindos e eram odiados. Os anciãos da cidade odiavam tudo o que eles diziam. Lembre-se, também, que suas casas eram longe dali, na Galileia. Suas famílias, suas esposas e filhos, seus negócios estavam em outra região.
A única forma de explicar a presença dos apóstolos em Jerusalém no tempo do Pentecostes é que eles estavam obedecendo a ordem de Jesus de esperar.
A firme declaração de Jesus
Isso nos conduz a mais uma pergunta: “Pelo que eles estão esperando?”
Aqui está a declaração de Jesus Cristo. Veja os versos 4b e 5 do capítulo 1.
...a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Para sermos exatos, os apóstolos esperaram por dez dias.
Jesus havia prometido em João 16 que, após a Sua ascensão, o Espírito Santo iria descer. Daí, em Atos capítulo 2, vemos o evento histórico chamado de Pentecostes.
Dois princípios sobre o Pentecostes
Permita-me fornecer dois princípios sobre o Pentecostes.
- Primeiro, o Pentecostes é um evento não-repetitivo. Foi o cumprimento de uma promessa profética.
Assim como a encarnação, crucificação, ressurreição e ascensão de Jesus são eventos que não se repetem, a descida do Espírito Santo também é algo singular. Além disso, na descida do Espírito Santo, a igreja veio à existência.
Orar para que o Pentecostes aconteça de novo é orar para que o Brasil se torne independente de Portugal. Já aconteceu. Ninguém hoje hora por esse tipo de revolução pela independência. Isso já aconteceu e hoje desfrutamos dos benefícios de liberdade em nossa nação por causa de um evento histórico.
Semelhantemente, não oramos para que o Espírito Santo desça sobre nós e venha com poder, etc. Ele está bem aqui do nosso lado, dizendo: “Com licença, já faz dois mil anos que eu estou aqui. Aonde você estava?”
No capítulo 1 de Atos, os apóstolos estão esperando o Espírito Santo vir; no capítulo 2, Ele veio.
- Segundo, a promessa do batismo com o Espírito Santo não é um privilégio especial de alguns crentes.
O Espírito Santo não é um mimo, um presente dado à elite espiritual.
Eu digo aos meus filhos: “Olha, se vocês se comportarem bem e fizerem seus trabalhos de casa e tratarem o outro com carinho, quando eu voltar para casa, levo todo mundo para tomar sorvete.”
Agora, os especialistas em educação de filhos dizem que você não deve subornar seus filhos. Mas isso não é suborno; eu estou apenas dizendo: “Se vocês se comportarem, vamos tomar sorvete; se não, vão direto para a cama dormir.”
Esses especialistas precisam aprender o poder do sorvete!
Felizmente, Deus não faz isso com o Espírito Santo. Ele não diz: “Ouça, se você orar duro e por muito tempo; se você se demorar, chorar, se você for muito bom, então vou dar a você um gostinho do Espírito Santo.”
O batismo do Espírito Santo é uma experiência que ocorre de uma vez por todas na vida de todo o crente. Na verdade, Paulo escreve em Tito 3, versos 5 e 6:
Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Todo aquele que recebe a Cristo, também recebe o Espírito Santo que passa a habitar dentro dele.
As últimas aparições de Jesus
Agora todas as promessas de Jesus sobre o Espírito dependem da Sua ressurreição. Se Ele não tivesse ressuscitado, Ele não seria assunto ao céu; SE ele não fosse assunto ao céu, o Espírito não desceria. Na verdade, sem a ressurreição de Jesus, o Cristianismo seria uma religião de promessas não cumpridas.
Sem a ressurreição de Cristo:
- O mundo estaria sem igreja;
- A igreja estaria sem testemunhas.
Historiadores dizem que no ano em que o Senhor foi crucificado, outros trinta mil homens foram crucificados por Roma.
A morte por crucificação foi criada pelos persas. Foi uma forma que eles encontraram de matar alguém sem que sua morte entrasse em contato com a deusa deles, a terra. Para conseguir isso, eles levantaram a pessoa da terra. Mais tarde, os romanos aperfeiçoaram a técnica, tornando-se a maneira mais cruel e agonizante de executar alguém.
Em João 20, os discípulos estão trancados no cenáculo. Eles estão aterrorizados com a possibilidade de também sentirem o peso de uma cruz em seus ombros. E eles estão derrotados com a ideia de que seu líder está morto e sepultado.
Warren Wiersbe escreve: “Se Jesus Cristo estivesse morto, a igreja estaria sem palavras.”
Em Atos 5, os apóstolos são lançados no cárcere e ordenados que não falem o nome de Cristo de novo. Mesmo assim, lemos o que eles dizem no verso 29b: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.
O que os levou da covardia para a coragem? Eles estavam obedecendo a ordem dada a eles pessoalmente, não por um homem indo em direção à execução, mas pelo Senhor vivo, vindo de Sua ressurreição.
Sem a ressurreição de Jesus Cristo:
- O pecado estaria sem perdão;
- A igreja estaria sem ordenanças;
- O cristão estaria sem esperança;
- A eternidade seria distante do céu.
E a lista continua!
Então, logo no princípio do livro, o Dr. Lucas escreve sobre a ressurreição de Jesus Cristo.
A confirmação pessoal de Jesus sobre a ressurreição
Agora, em Atos 1, verso 3, Lucas diz a Teófilo que Jesus Cristo pessoalmente confirmou a Sua ressurreição de duas formas.
- Primeiro, Ele confirmou visualmente.
Veja o verso 3a.
A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias...
A palavra “provas” foi usada por escritores de relatórios médicos na Grécia antiga. Lucas entra no seu lado médico profissional ao utilizar esse termo. Poderia ser traduzido como uma “evidência demonstrativa” Lucas escreve dizendo que essa é uma prova irrefutável – você podia vê-lo; você podia tocá-lo.
Se colocarmos as peças dos evangelhos juntas, descobrimos que as aparições de Jesus ocorreram em diferentes lugares e horas e para pessoas diferentes. Às vezes, Ele apareceu à noite, outras vezes ao amanhecer e outra vez ao meio-dia. Umas vezes apareceu a uma pessoa, outras vezes a várias pessoas e ainda outras vezes a centenas de pessoas. Ele apareceu próximo ao mar, na cidade, na montanha, numa sala e, uma vez, numa estrada.
Paulo escreve em 1 Coríntios 15 que Jesus apareceu:
- ...a Cefas... (verso 5);
- ...aos doze... (verso 5);
- Depois disso...a mais de quinhentos irmãos de uma só vez... (verso 6);
- Depois... a Tiago... (verso 7);
- ...depois a todos os apóstolos (verso 8);
- E... a mim [Paulo] (verso 8).
É como se Paulo escrevesse: “Você quer prova de que Cristo está vivo? Simplesmente pergunte e peça o depoimento e testemunho da pessoa mais importante num tribunal – a testemunha ocular!”
Lucas diz: “Teófilo, a ressurreição de Cristo tem sido inegavelmente demonstrada – tem sido visualmente comprovada.”
- Segundo, Cristo confirmou Sua ressurreição verbalmente.
Note a última frase do verso 3 no capítulo 1 de Atos: e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
Caso alguém pensasse que Jesus era uma sombra ou alguma aparição estranha, Ele falou; Ele ensinou.
Nenhuma oportunidade era perdida. O Mestre continua a prover informação aos futuros mestres da igreja do Novo Testamento.
Não sei quantas vezes você já viajou de avião, mas é algo bem interessante. Você entra no avião, senta e o comissário de bordo começa a discursar, dizendo: “As saídas de emergência traseira estão sobre as asas. Em caso de emergência, um negocinho vai cair do teto – são máscaras de oxigênio. Coloque em seu rosto e, depois, se você tem alguma criança, dê também a ela.” Ele fala tudo aquilo. E você sabe o que todo mundo no avião está fazendo? Sabe o que eu estou fazendo? Ninguém está escutando – ficam olhando pela janelinha.
Sempre podemos perceber quem está viajando pela primeira vez. Eles ouvem atentamente cada palavra que está sendo dita pelo comissário. Quando ele diz: “Máscaras de oxigênio...”, o novato fica tentando ver a máscara e fica decepcionado que a máscara não caiu do teto na demonstração. Daí, ele levante e procura as saídas de emergência, só para garantir. Quando o comissário diz: “Um colete salva-vidas...”, que é o assento sobre o qual você está sentado que será o seu salva-vidas, o novato que colocar no peito e ver se cabe nele.
Lembro-me de estar viajando com minha esposa; era a primeira vez que ela viajava de avião.eu estava sentado do lado da janela, o que mostra como eu sou egoísta. A comissária está dando o velho discurso e eu estou olhando pela janelinha. Digo: “Amor, olha aquele negócio lá,” e sinto uma pontada na minha costela. Ela diz: “Shhh, ouça a comissária falando.” Ela me fez ouvir o negócio inteiro.
Entretanto, eu garanto que se eu estivesse olhando pela janela e visse fogo saindo das turbinas, todo mundo no avião ficaria atento ao discurso da comissária. Por quê? Agora temos que saber; agora é diferente.eu quero saber exatamente onde ficam as saídas de emergência. Quero colocar o meu colete salva-vidas. Por quê? Porque agora existe uma emergência e eu preciso saber.
Os discípulos tinham passado três anos com Jesus. Eles tinham ouvido Ele falar sobre Sua morte e sobre a nação que rejeitaria o Messias e o reino. Eles já tinham ouvido. Então, por que Jesus teve que voltar e ensinar as coisas concernentes ao reino por mais quarenta dias? Por quê? Porque agora, eles estavam prontos; estavam todos prestando atenção porque precisavam saber. Eu sinceramente acredito que eles aprenderam mais durante esses quarenta dias do que durante os três anos que Jesus havia passado com eles antes.
Não se engane. Pedro não está esperando uma oportunidade para interromper Jesus. Tiago e João não estão sonhando sobre quem será o maior. Eles estão cheios de expectativa e bebendo tudo o que Jesus está dizendo!
Em um futuro estudo, veremos mais detalhadamente o cerne das palavras finais de Jesus.
Duas Verdades
para Os Crentes de Hoje
Eu estava tentando imaginar e sentir a emoção que os discípulos sentiram naqueles quarenta dias com Jesus. Daí, dois pensamentos me ocorreram. Deixe-me dar a você dois princípios que podem ser aplicados ao crente de hoje.
- Primeiro, esteja disposto a esperar!
Como disse antes, acho muito interessante que uma das palavras finais de Jesus aos discípulos foi para eles esperarem. Eles esperaram pelo Espírito, algo que não precisamos mais fazer, dando um exemplo de obediência.
E se eles não tivessem esperado?
E se eu e você esperássemos pelas promessas de Deus e entregássemos nossas vidas Àquele cujo tempo é perfeito?
- Segundo, anseie pelo retorno de Jesus.
Você consegue imaginar a expectativa dos discípulos nesses quarenta dias? De repente, do nada, Jesus aparecia sem nem dizer nada!
Dois homens caminhando na estrada e, de repente, lá está Jesus. Um grupo de crentes está comendo juntos e, de repente, Jesus está sentado à mesa. Alguns homens estão pescando e, de repente, Ele está na praia. Eles passaram a viver na expectativa de que, a qualquer momento, eles O veriam novamente.
Meu desejo é que vivamos na expectativa de que, a qualquer momento, o Senhor Jesus Cristo irá retornar para a Sua igreja. O Seu retorno colocará um fim àquilo que o livro de Atos deu um início – a era da igreja do Novo Testamento.
Anseie pelo retorno de Jesus!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/09/1996
© Copyright 1996 Stephen Davey
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