
Problema... De Novo!
Problema... De Novo!
Atos 6.1–7
Introdução
Convido você a colocar sua atenção no livro de Atos, no capítulo 6, onde daremos continuidade à nossa série de estudos biográficos da primeira igreja do mundo.
Já lemos no capítulo 2, verso 41, que três mil pessoas se converteram e formaram a primeira congregação. No verso 47, aprendemos que mais e mais pessoas foram sendo adicionadas diariamente. É claro, alguém estava mantendo registro das pessoas que se uniam à igreja. Pelo capítulo 4, verso 4, vemos que já existem cinco mil homens no rol de membros. Daí, no capítulo 5, verso 14, vemos que o número foi multiplicado. Agora, no capítulo 6, verso 7, vemos que o número havia se multiplicado grandemente.
Os crentes estão se reunindo regularmente no templo. Com sua estrutura de pedra, os corredores e pátios eram um lugar maravilhoso para os crentes que, sem dúvidas, transbordavam pelos pórticos e varandas.
Você consegue imaginar a irritação do Sinédrio ao perceberem que não importava o que eles fizessem para parar esse movimento, ele continua crescendo? E o templo já estava ficando congestionado. Os líderes religiosos não conseguem chegar aos seus escritórios sem interromper sessões de oração; não conseguem realizar os sacrifícios sem ouvir a pregação da cruz e ecoa nos corredores.
Por agora, pelo menos por grande parte do capítulo 6, o Sinédrio está de mãos atadas. Entretanto, veremos que a igreja tem o poder de se autodestruir.
Princípios Eternos
sobre Igrejas em Crescimento
Enquanto a igreja enfrentava corajosamente a perseguição e a corrupção com pureza, agora a igreja se vê cara-a-cara com o primeiro episódio de dissensão, desacordo e desunião. Veja o verso 1 de Atos 6.
Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração...
Pare aí. Essas palavras são não somente reveladoras, mas são também encorajadoras. E fornecem o primeiro dos vários princípios eternos para a igreja de Jesus Cristo.
- Igrejas vibrantes, eficazes e em crescimento não estão imunes a problemas.
Essa igreja não tem nem seis meses de vida e já existem problemas. Existe uma reclamação ou murmuração na igreja. As pessoas estão falando sobre o bendito assunto no estacionamento; é o assunto das conversas durante o almoço; irmãos telefonam para outros a fim de saber bem a história: “Você já ouviu falar do problema?... Bom, vou contar para você para você adicionar na sua lista de oração.”
Agora, não entenda errado, a reclamação que fizeram era algo sério e legítimo. Daqui a pouco irei descrever o que estava errado.
Se alguém diz: “Precisamos voltar aos tempos da igreja primitiva,” eles geralmente querem dizer: “Vamos voltar ao tempo em que a igreja era pequena e todo mundo se conhecia e todos sabiam quando o choro era sem fundamento.”
Deixe-me lembrar você que essa igreja de mais ou menos vinte mil pessoas estava amontoada no templo para celebrações e durante a semana se espalhada nos lares para comunhão e estudo, era grande demais para que todos conhecessem todo mundo. Além disso, seus líderes já haviam tido dois incidentes contra a lei e agora tinham seu histórico criminal manchado. E a igreja já tinha testemunhado a morte de dois hipócritas no meio do culto. Agora, grande parte do corpo está descontente e machucada.
Creio que a atitude mais apropriada é a de que essa igreja era animada, corajosa, vibrante e em crescimento e tinha sua própria fração de dores de crescimento, assim como qualquer outra igreja. Liderança forte e membresia comprometida não garantem a ausência de problemas.
Agora, vamos dar uma olhada na reclamação, na murmuração registrada no verso 1b.
...houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
Esse era um problema sério que precisava ser resolvido. Era algo sério por inúmeras razões. Talvez se pareça algo simples para nós hoje resolvermos, o problema era muito mais profundo do que parece. William Barclay nos ajuda a entender melhor. Ele escreveu:
Havia um costume rotineiro na sinagoga. Dois homens iam, toda sexta-feira pela manhã, ao mercado e às casas coletando para as pessoas necessitadas de dinheiro e bens. Ao final do dia, tudo era distribuído. Fica evidente que a igreja cristã herdou esse costume.
Agora deixe-me explicar o problema. Havia dois tipos de judeus na igreja primitiva. Na Bíblia aparece judeus helenistas e hebreus ou judeus da Palestina. Vou descrevê-los a fim de você entender a questão.
Os hebreus ou judeus da Palestina eram descendentes dos judeus fiéis que deixaram a Babilônia sob a liderança de Esdras e Neemias. Eles perseveraram pelas dificuldades para reconstruir Jerusalém para uma glória maior. Eram comprometidos com as Escrituras hebraicas e falavam hebraico e aramaico. Os judeus helenistas descendiam dos judeus que tinham por alguma razão escolhido viver fora da Palestina. Eles ainda eram judeus, mas falavam grego e absorveram um pouco da cultura grega ao seu estilo de vida. De acordo com escritos hebreus, “Os helenistas eram frequentemente categorizados como uma segunda classe de israelitas. Eles eram considerados manchados pelo mundo grego.”
Agora, durante a Páscoa, judeus helenistas tinham viajado a Jerusalém para celebrar a Páscoa e o Pentecostes. Eles estavam dentre os muitos judeus de outras nações, como você se recorda, que ouviram o evangelho na sua própria língua quando os apóstolos falaram em idiomas que eles não conheciam. Muitos deles vieram à fé em Cristo e faziam parte dos três mil que creram e foram batizados.
Agora, nos primeiros meses, esses judeus helenistas decidiram permanecer em Jerusalém. Eles queriam fazer parte e participar desse fenomenal trabalho novo que Deus estava realizando. Contudo, séculos de preconceito não foram automaticamente apagados simplesmente porque eram crentes.
Essa questão tinha o potencial de dividir a igreja e destruir o seu testemunho. David Jeremiah escreve:
O problema da igreja sempre viaja mais rápido que o sucesso. E a discórdia é uma desgraça para qualquer igreja. Ela é uma testemunha terrível de que a igreja de Jesus Cristo, que deve ter o poder de mudar o mundo, não consegue nem resolver seus próprios problemas e manter sua própria unidade.
- Pela graça de Deus e sabedoria dos apóstolos, a igreja contorna o problema de tal forma que nos fornece o segundo princípio eterno, a saber, que a unidade pode ser conseguida a despeito da adversidade.
A propósito, como você bem sabe, ainda temos esse desafio hoje! Deixe-me discutir alguns preconceitos.
Um dos primeiros preconceitos é o racial. Quando eu estava no Japão, os missionário me disseram que existe uma animosidade entre japoneses e chineses. Em nosso país, essa divisão é entre pessoas brancas e os afrodescendentes.
A igreja deve ser o modelo de amor entre brancos e negros, amarelos, vermelhos e marrons, mas ela geralmente reflete o comportamento do mundo nesse quesito. O que eu costumo dizer na minha igreja, é o seguinte: se você é branco e tem problemas com um negro ou oriental, ou qualquer que seja sua raça, que está sentado ao seu lado, quero que você saiba: “Eles podem ficar – você vai embora.” Na verdade, precisamos do seu lugar.
Deixe-me passar para outros preconceitos mais sutis.
O que dizer do comportamento esnobe de um rico para com um pobre? O que pensar do estacionamento, onde tem um dono de uma Mercedes Benz e o muito mais espiritual dono de um Chevette? Vocês donos dos Chevettes não precisam menosprezar os donos das Mercedes, coitados, eles não tem esclarecimento! E vocês que compram roupas de grife caríssimas? Talvez você conheça alguém que compra roupa na feira que não tem o nome do criador na gola. Muitos nem falam com os mais pobres, pois, afinal, por que se preocupar, qual a vantagem que terei em me relacionar com um pobre?
Tiago escreveu para as igrejas que tinham até desenvolvido uma estratégia com os recepcionistas que ficavam à porta da igreja. Se eles vissem alguém de roupas finas entrando na igreja, deveriam colocá-lo no primeiro banco, que eram considerados os bons lugares; mas, se um homem chegasse vestindo roupas gastas, eles deveriam colocá-lo no fundo da igreja e mandá-lo ficar quieto, e até sugerir que ele fosse embora antes da bênção final para que ninguém mais visse que ele tinha ido à igreja. E Tiago escreveu no capítulo 2, verso 9a: se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado.
Seria um testemunho incrível para o nosso Brasil, assim como foi em Jerusalém, se o preconceito não fosse presente na igreja. As pessoas que veem uma igreja com preconceito não são persuadidas por elas, mas atraídas a ela!
- O terceiro princípio eterno é que as prioridades devem ser mantidas a despeito da pressão.
Vamos continuar olhando o texto de Atos 6, agora o verso 2, que nos dá base para esse terceiro princípio.
Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
Continue até os versos 3 e 4.
Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
Por favor, entenda que o ensino desses versos não é que é menos espiritual servir as mesas. Isso não tem nada a ver com a preeminência do ministério, mas tudo a ver com a prioridade do ministério.
Nesse terceiro princípio, usei a palavra pressão com cuidado porque creio que havia a pressão sobre os apóstolos para fazerem algo a respeito do problema. Na verdade, creio que a reação natural deles foi eles mesmos distribuírem a comida.
Um comentarista pinta a cena da seguinte forma:
Pedro responde: “Bem, se todos acordarmos mais cedo e formos dormir mais tarde, conseguiremos resolver isso.”
João diz: “E se a gente não almoçar nem trabalhar no sábado...”
Tiago conclui: “Se fizermos tudo isso, creio que podemos adicionar o ministério das viúvas às nossas demais responsabilidades.”
Não é algo natural para a maioria das pessoas tentar resolver os problemas sozinhas? Mas, conforme a igreja foi crescendo, os líderes da igreja reconheceram sua falta de condição de tudo.
Vi a aplicação dessa verdade na vida da minha própria igreja. No passado, quando alguém de minha igreja ficasse doente, eu iria visitá-lo. Agora, esse ministério é dado aos cuidados de outras pessoas, incluindo os diáconos. Na verdade, as únicas visitas ao hospital que tento fazer agora é quando a situação é de vida ou morte. Por causa disso, na verdade, não sou mais bem-vindo no hospital! Eu visitei um homem de nossa igreja um tempo atrás que ia se submeter a uma cirurgia. Entrei em seu quarto e, quando ele me viu, disse: “Ah não, pastor, você não – devo estar mal mesmo!”
Na igreja de Jerusalém, assim como em qualquer outra igreja que está crescendo, as prioridades no ministério devem ser definidas e seguidas. Para os apóstolos, foi o ministério da palavra e oração.
- O quarto princípio eterno para a igreja é que posições ministeriais devem ser baseadas em caráter e não em experiência.
Veja o verso 5 de Atos 6.
O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
De acordo com o verso 3, eles deveriam selecionar sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria. A palavra “escolhei” significa “inspecionar e examinar.” Eles não estavam pedindo para os primeiro sete voluntários. Era necessário um caráter profundo e o controle dominante do Espírito Santo para servir o povo; para ser um office-boy de Deus; para dar a outros sem, talvez, receber nada em troca.
Você consegue imaginar o significado desse serviço às irmãs helenistas viúvas? Elas estavam simplesmente com fome, negligenciadas e solitárias. Isso foi muito mais que dinheiro e comida; foi cuidado e compaixão; foi ministério.
Tiago escreveu no capítulo 1, verso 17a:
A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas...
Então, a questão não é: “Que tipo de experiência você tem?” mas, “Quanto de você o Espírito Santo tem?”
Lembro-me de uma vez ter saído para almoçar com um irmão de nossa igreja que viajava pelo país dando palestras e fazendo conferências. Ele estava cada semana numa igreja diferente. Ele me contou a respeito de uma igreja que tinha a necessidade de alguém que trabalhasse com o solteiros da igreja. Um homem que trabalhava com encanamento começou simplesmente a convidar solteiros para almoçar em sua casa aos domingos. Ele e sua esposa não tinham muito, mas compartilhavam o que tinham. Ele também tinha o dom do ensino e logo começou uma sala de escola dominical para solteiros. Cresceu para centenas de solteiros e de tal maneira que a igreja decidiu contratar um pastor de solteiros. Decidiram que precisavam de uma pessoa que tinha feito seminário – daí, dispensaram o encanador e contrataram um formado em seminário.
Esse é um problema comum. Quantas igrejas não precisam de um tesoureiro – daí, buscam alguém formado em ciências contábeis só para descobrir que o que eles precisavam não era de alguém com experiência financeira, mas de alguém com fé e sabedoria? O ministério não é uma questão de credenciais; é uma questão de caráter.
- Um quinto princípio eterno para a igreja é que maturidade do corpo é revelada por ministérios que enviam ao invés de ministros que dominam.
Veja o verso 6 de Atos 6: Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
A imposição de mãos significava o envio e autoridade.
Quem fará o ministério? Sete homens piedosos com nomes gregos.
Às vezes, líderes eficientes como esses apóstolos são revelados não por aquilo que conquistam, mas por aquilo que renunciam. Na verdade, Efésios 4, versos 11 e 12 nos dizem que os que estão em posição pastoral devem equipar os santos para fazerem a obra.
Pense o significado disso na situação de Atos 6. Os apóstolos poderiam ser acusados de não estarem disponíveis; de não terem compaixão. O que eles iriam fazer o dia inteiros – ficar no escritório orando e estudando? “Espere aí!” Contudo, essa foi a resposta deles!
Como você se sentiria se fosse a sua irmã viúva? E se a viúva fosse sua mãe? “Como assim, os apóstolos não vão se envolver?!”
Não importa quão simples a resposta deles tenha sido; não importa qual criticismo possa vir sobre eles, eles disseram: “Nossas prioridades são oração e pregação. Contudo, uma vez que é responsabilidade da igreja cuidar dos necessitados, delegaremos essa responsabilidade a outros.”
Como sua igreja se responsabiliza pelos pobres? Qual o modelo de sua igreja e o seu modelo como crente e membro do corpo de Cristo?
No decorrer dos anos, muitas pessoas vieram até mim e disseram: “Nossa igreja está com uma necessidade real nesse ministério... precisamos disso nessa área...”.
Minha resposta, e a resposta de toda a equipe pastoral, é geralmente algo do tipo: “Não discordo com você que nossa igreja tem essa necessidade. Realmente precisamos disso. na verdade, já que Deus deu a você a percepção para ver o potencial desse ministério, talvez Ele tenha em mente você para organizá-lo!”
A resposta é geralmente: “Bom, um, eu ah...”
Que alegria, contudo, ouvir alguém respondendo: “Eu faço!”
- O sexto princípio eterno para a igreja é que ministério eficaz pode manter sua missão a despeito de desafios e mudanças.
Veja o verso 7 de Atos 6.
Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.
Não é maravilhoso?! O problema se tornou o prelúdio de um potencial.
Aplicação
Agora, vamos nos fazer uma pergunta. Descobrimos os ataques de Satanás contra a igreja primitiva. Mas, você já parou para pensar que esses mesmos ataques ele faz contra os crentes individualmente?
Formas de ataque de Satanás
- Quais são algumas formas de ataque de Satanás?
- Uma forma de ataque é a perseguição. Você permanece corajoso e comprometido?
- Um outra forma é a tentação à hipocrisia e corrupção – tendo segredos escondidos, enganando, tornando-se autocentralizado.
- Existe ainda uma manobra chamada dissensão ou, melhor ainda, distração.
Ouça o que um autor escreveu sobre a distração.
O terceiro ataque do diabo foi o mais inteligente. Tendo falhado derrotar a igreja pela perseguição ou corrupção, ele tentou depois a distração. Se ele pudesse preocupar os apóstolos com administração social, o que, em essência, não era o chamado deles, eles negligenciaram as responsabilidades que haviam recebido de Deus de orar e pregar, deixando a igreja sem defesa contra a falsa doutrina.
A questão é: “O que em sua vida o distrai do foco para que você perca a vista dos planos de Deus, de forma a você se tornar vulnerável à derrota?”
Uma distração pode ser algo que não é pecaminoso, mas algo que simplesmente vai ao seu lado em sua jornada. Pode ser um relacionamento que enfraquece seu caminhada com Deus ao invés de encorajá-la. Talvez uma atividade, como noites desperdiçadas em frente a uma televisão. Pode ser algo em sua vida que não seja necessariamente revoltante, mas não refresca nem revitaliza você. Pode ser algo bom que consome seu tempo, enquanto Deus tem algo melhor em mente.
Formas de defesa contra os ataques de Satanás
- Quais são algumas formas de defesa contra os ataques de Satanás? O que fazemos quando os ataques de Satanás se tornam pessoais?
Você deve fazer a mesma coisa que os apóstolos fizeram!
- Reafirmar suas prioridades e fique com elas. Talvez hoje você precise escrevê-las em um papel – com caneta!
- Recusar a amar algo ou alguém que diminui sua fome por Deus.
- Dependa do Espírito Santo para sabedoria à medida que cada dia traz nova oportunidade de ministério.
Deixe-me relembrá-lo de algo fácil de esquecer. Estêvão e Filipe eram ambos locutores excelentes. No capítulo seguinte de Atos, veremos o primeiro e último sermão de Estêvão. No outro capítulo, veremos Filipe pregando na Samaria e multidões vindo à fé.
Se o que Estêvão e Filipe realmente queriam fosse atenção, eles jamais teriam feito o que os apóstolos tinham pedido! “Estêvão e Filipe, sirvam os necessitados, famintos e viúvas negligenciadas – fiquem longe dos holofotes, longe do público.”
Apesar de Estêvão e Filipe obviamente terem o dom da pregação e ensino, eles disseram: “Faremos isso!”
Você está disposto a servir nos bastidores? Você está disposto a suprir as necessidades de alguém?
Deixe-me tornar isso mais concreto contando a história verídica de um aluno de ensino médio que cuidou de outro aluno de maneira bem simples, mas com um resultado comovente.
Marcos estavam caminhando de vota para casa depois da escola quando viu que o garoto que andava à sua frente tropeçou e derrubou todos os livros no chão, além de muitos outros materiais que carregava. Marcos se ajoelhou e o ajudou a pegar todas as coisas espalhadas pelo chão. Uma vez que estavam indo na mesma direção, Marcos se ofereceu para carregar algumas coisas. Enquanto andavam, Marcos descobriu que o nome do outro aluno era Bill, que ele gostava muito de vídeo games, esportes e história. Também descobriu que Bill estava com muitos problemas, não somente com a maioria de suas matérias na escola, mas também em casa. Eles chegaram primeiro à casa de Bill e Marcos foi convidado para tomar uma Coca-Cola. O tempo passou rápido enquanto conversavam, e Marcos se deu conta de que precisava ir para casa.
Agora, na escola, Marcos e Bill nunca passavam um pelo outro sem dizer um “beleza.” Almoçaram juntos algumas vezes e tiveram alguns contato rápidos na escola. Finalmente, o tão esperado terceiro ano chegou e, três semanas antes da formatura, Bill perguntou a Marcos se eles poderiam sair juntos. Quando se encontraram, Bill o lembrou do dia, anos antes, quando eles se conheceram. “Você por um acaso se perguntou por que eu estava carregando tanta coisa para casa aquele dia?” perguntou Bill.
Marcos respondeu: “Não... Por que?”
“Bom”, disse Bill, “Eu tinha tirado tudo meu da escola porque não queria deixar minha bagunça para trás. Sabe, eu já tinha guardado uma quantidade suficiente de remédio de dormir da minha mãe para eu cometer suicídio. Depois de termos passado aquele tempo conversando e rindo, percebi que se eu tivesse tirado minha vida, teria perdido aquele tempo e muitos outros que se seguiram – me deu esperança. Então, sabe Marcos, quando você me ajudou com minhas coisas aquele dia, você fez muito mais do que simplesmente me ajudar, você salvou minha vida.”
Em Jerusalém neste dia de Atos 6, alguns homens salvaram o testemunho da igreja – sem mencionar o potencial de uma deserção em massa. A melhor coisa a se esperar era haver duas igrejas em Jerusalém – uma para gregos nascidos judeus e outro para judeus da Palestina; Primeira Igreja dos Helenistas e Primeira Igreja dos Palestinos.
Contudo, para o espanto das hostes de Satanás, alguns homens estavam dispostos a reconhecer o real problema e outros a servir. E o exército do leão que ruge saiu mancando para o seu esconderijo para lamber suas feridas.
O ataque de Satanás não teve sucesso porque alguém estava disposto a mudar; porque a igreja encarou os desafios de um ministério crescente com sabedoria. O resultado foi que a Palavra de Deus se espalhou ainda mais e muitas outras vidas foram impactadas com a verdade e o amor contagiantes da igreja do primeiro século. Que façamos o mesmo hoje!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 15/12/1996
© Copyright 1996 Stephen Davey
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