
Evitando Violinos Falsificados
Evitando Violinos Falsificados
Depois das Trevas, Luz—Parte 9
1 João 2.26–27
Introdução
O canal de televisão History Channel passou uma reportagem sobre um homem que pediu que seu violino fosse avaliado. Ele havia, há pouco tempo, comprado uma propriedade com uma casa e um galpão. Logo após a compra, enquanto inspecionava o galpão, ele achou esse violino guardado lá com segurança. Ao retirar a poeira que cobria esse instrumento quase em perfeito estado, ele achou o nome “Stradivarius” escrito de forma bem clara. Sua descoberta poderia, na verdade, valer milhões de dólares. Mas, os especialistas não concordaram. Após examinarem o violino, eles disseram ao homem que aquele não era um Stradivarius verdadeiro—o nome havia sido falsificado. O violino era uma imitação produzida no início dos anos de 1900, valendo apenas cerca de 1000 reais. O avaliador concluiu dizendo ao dono do violino abatido: “Lembre-se, simplesmente porque algo tem um nome, não significa que seja verdadeiro.”
O problema é que existem muitos instrumentos falsificados pelo mundo afora, muitos deles forjados com o nome “Antonio Stradivarius.”
De fato, alguns meses atrás, um traficante milionário foi preso num dos maiores esquemas de contrabando ligado a violinos e violoncelos Stradivarius. Esse homem era uma das maiores autoridades do mundo na questão dos valores de violinos e violoncelos, inclusive instrumentos da marca Stradivarius. Ele era um homem de confiança de indivíduos e instituições mundiais em Chicago, Nova Iorque, Tóquio, Zurique e Viena. Pensava-se que ele tinha a palavra final no assunto.
Mas, daí, uns 2 anos atrás, descobriram que ele tinha enganado seus clientes ao vender instrumentos falsificados junto com outros genuínos. Numa ocasião, 30 instrumentos que ele havia autenticado e vendido a uma grande orquestra filarmônica dos Estados Unidos foram constatados como sendo imitação barata, algo que quase levou a orquestra à falência.
Numa outra ocasião, ele vendeu um violoncelo por 300 mil dólares, mas que valia, na verdade, 2 mil.
Após décadas no negócio, ele finalmente foi pego com evidência irrefutável. Entretanto, a essa altura, ele já havia logrado mais de 100 milhões de dólares de clientes, morava num castelo reformado na Áustria e havia se tornado um poderoso da alta sociedade e a autoridade na indústria da música quanto à marca Stradivarius.
Francamente, não existe um esquema mais opulento, com maior potencial de enganar e defraudar clientes anualmente do que os esquemas de Satanás; e ele faz tudo isso no nome de Deus.
Ao redor do mundo hoje, investidores religiosos que buscam respostas espirituais compram imitações, produtos falsificados e pirataria juntamente com promessas vazias. Traficantes praticamente cobrem o mundo inteiro, convencendo possíveis clientes de que o nome na etiqueta não é falso: “O produto é genuíno; vou conectá-lo a Deus; ele o levará para o céu. Jesus assinou, veja, foi Jesus quem fez.” E a verdade é que o século 21 não é diferente do século primeiro nesse quesito.
A prova é que o apóstolo João alertará a igreja contra ministros falsificados, evangelhos de imitação, doutrinas piratas e crentes contrafeitos.
O crente em geral pode ficar se perguntando: “Como posso saber a diferença entre um mundo espiritual pirata e um verdadeiro? Não sou especialista em teologia; nunca paguei a matéria ‘Seitas e Religiões’ ou ‘Como Desmascarar um Falso Profeta’ num seminário. Que tipo de equipamento posso utilizar que me ajudará a distinguir o item genuíno de uma imitação falsificada? Como conseguirei evitar um violino falsificado no mundo espiritual?”
A resposta se encontra em 1 João 2. Uma das razões por que o apóstolo João foi guiado por Deus para escrever essa carta foi para nos informar sobre o equipamento forense interno projetado para detectar e discernir espiritualidade falsa. Veja 1 João 2.26:
Isto que vos acabo de escrever é acerca dos que vos procuram enganar.
Essa é uma das declarações de propósito de sua carta. O verbo traduzido como enganar pode ser entendido como “seduzir.” Falsos mestres tentarão seduzi-lo e desvia-lo do caminho, seduzi-lo e faze-lo segui-los.
Alguns deles têm uma personalidade cativante, outros são acadêmicos, já outros modernos e com bons contatos sociais, tendo seguidores em Tóquio, Viena e Chicago; esses falsos mestres são oradores com uma língua de ouro, possuindo um forte poder de persuasão.
João já os identificou na carta, chamando-os de “anticristos” (v. 18): muitos anticristos têm surgido. Esses são contra Cristo e desejam tomar o lugar de Cristo; num dado momento, eles deixam a igreja (v. 19).
Eles deixam a igreja, mas não deixam a igreja em paz. Por que? Porque é dentro da igreja que estão os possíveis clientes; eles querem o rebanho.
Jamais me esquecerei do que aconteceu anos atrás em nossa igreja. Eu disse a uma mulher que ela não poderia voltar e cultuar conosco sem antes se arrepender e pedir perdão aos irmãos que tinha difamado. Para onde ia, ela levava divisão.
Ela recusou se arrepender, pedir perdão e corrigir as coisas. Algumas semanas depois, ela apareceu na igreja e pediu a lista de membros para uma das recepcionistas. Felizmente, eu passava por perto e a ouvi conversando com a recepcionista. Fui até ela e lhe disse que não poderia sair dali com a lista de membros e que deveria se retirar da igreja imediatamente.
Ela exigiu a lista de membros; mais uma vez, eu disse “não.” Ela virou-se e saiu andando furiosa, mas não sem antes falar algumas palavras que eu nunca tinha ouvido dentro da igreja antes—estou quase certo de que não se encontravam na Bíblia.
Ela pediu a lista de membros para entrar em contato com alguns e influencia-los, algo que a disciplina eclesiástica justamente previne—ela protege o rebanho.
Os falsos mestres dos dias de João estavam interessados em causar ainda mais dano com a venda de um evangelho falsificado. Apesar de terem saído da assembleia, ainda queriam manter contato com algumas pessoas para continuar influenciando os crentes fieis e desviando-os do caminho. Então, João alerta contra a ameaça de engano espiritual.
Mas como o crente em geral lida com esse tipo de ameaça? Será que o crente tem alguma chance de detectar falsificações espirituais impressionantes e bem feitas, especialmente quando elas vêm com um certificado de autenticidade?
Um dos tesouros que tenho numa moldura e pendurado na parede de meu escritório é um pedaço de papel escrito com tinta preta. É um papel de um dos sermões escritos por Charles Spurgeon, pregado no final do século 19. O papel tem uma data escrita e veio acompanhado com um certificado de autenticidade, juntamente com a informação do dia em que ele pregou essa mensagem em particular e em qual passagem bíblica pregou.
O que faz desse papel algo ainda mais valioso para mim é que, segundo seu costume, nas segundas-feiras Spurgeon ia para seu escritório, pegava seu esboço e com uma caneta de tinta roxa—que era sua cor predileta porque o lembrava da realeza de Cristo—editava seu manuscrito. Somente após ele ter feito as modificações em tinta roxa, seu manuscrito era enviado aos jornais para publicação.
E ali naquele pedaço de papel, colocado numa moldura e pendurado na parede do meu escritório, está uma folha de um de seus manuscritos com várias frases grifadas e cheia de comentários com tinta roxa.
Agora, quem sabe... pode ser que não passe de uma falsificação; pode não ser autêntico. Mas é o seguinte: se esse papel não for autêntico e você descobrir isso depois de eu ter morrido, eu não estarei no inferno por causa disso. Mas, se crê num evangelho falso, você acaba com o Jesus errado, segue falsificações espirituais e sua eternidade está em jogo.
É por isso que o apóstolo João é tão fervoroso em fornecer ao crente um equipamento detector de pirataria espiritual; veja o verso 27:
Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.
Essa unção que permanece em nós não é educação ou algum poder místico, mas uma Pessoa. João já nos revelou isso no verso 20: E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento. Jesus prometeu que o Espírito Santo habitaria em cada crente e os guiaria à verdade (João 16), o que foi uma notícia incrível para a igreja primitiva.
No Antigo Testamento, o Espírito Santo era reservado a reis, profetas e, em certas ocasiões, a pessoas comuns quando o Senhor desejava realizar algo extraordinário. A habitação não era permanente, mas se tratava de um envolvimento temporário.
É por isso que lemos sobre o Espírito descendo sobre algum personagem do Antigo Testamento e depois o deixando, como foi o caso com o rei Saul e Sansão.
Conforme disse um autor: “O ensino de que cada crente seria ungido ou habitado permanentemente pelo Espírito de Deus era algo inimaginável, uma extravagância inacreditável da qual ninguém era digno. Os discípulos devem ter ficado tontos com essa notícia.”
Agora, se voltarmos no texto um pouco e montarmos as peças, descobrimos quem é essa Pessoa, membro da Triunidade, que é ou enfatizada em demasia, ou negligenciada: o Espírito Santo. Ele acontece de ser o equipamento divino, ou melhor, o Capacitador divino para fé e vida.
João diz aqui que todo crente foi ungido, não somente os espirituais que nunca perdem um culto ou que não têm problemas com temperamento. Não, todo crente.
Vamos tomar alguns segundos e nos regozijar com as várias atividades do Espírito Santo na vida do crente. Minha esperança é que, ao final deste estudo, você viva não somente comprometido e submisso a Deus o Pai e a Deus o Filho, mas também a Deus o Espírito.
Lembre-se que cada membro da Triunidade possui certas funções, todos trabalhando em perfeita harmonia juntos. Algumas funções coincidem com outras, enquanto outras são funções específicas de cada Pessoa.
A Bíblia menciona várias funções que o Espírito Santo possui para nos capacitar a servir o Deus Triúno e para nos proteger de enganadores que vendem instrumentos falsos.
- Primeiro: o Espírito Santo nos capacita para cada aspecto do serviço a Deus.
Sua obra em nós é compreensiva. Ele é chamado de:
- O Espírito da verdade (João 14.17);
- O Espírito da graça (Hebreus 10.29);
- O Espírito da vida (Romanos 8.2);
- O Espírito da glória (1 Pedro 4.14).
Cada área da vida e serviço do crente passa pela verdade, graça, santidade, vida e glória e, conforme as Escrituras, o Espírito de Deus será o nosso tutor e nos capacitará nessa reforma espiritual.
Estas são Suas assinaturas genuínas em nossos corações e vidas: verdade, graça, vida e glória.
- Segundo: o Espírito Santo nos conduz a uma vida santa.
Paulo lembrou os crentes coríntios de que eram, agora, templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6.19). Cada crente é habitado permanentemente pelo Espírito Santo.
Mas o que Paulo quis dizer com “ser cheio do Espírito” em Efésios 5.18? Como ser cheio de alguém que já habita dentro de nós? Será que isso é uma contradição?
Não, a palavra que Paulo usa em Efésios 5.18 para enchei-vos do Espírito Santo significa “ser controlado.” Podemos traduzir o verso da seguinte forma: “Sejam dominados, estejam sob a influência controladora do Espírito Santo.”
Ser cheio do Espírito Santo é ser guiado pelo Espírito. E, já que estamos falando do Espírito Santo, então, tenha certeza de que, se é Ele quem guia, Ele o guiará a uma vida santa.
Uma das marcas dos enganadores é a hipocrisia; eles vivem vidas rebeldes e, geralmente, imorais.
Em sua pequena carta, Judas descreve os falsos mestres da seguinte forma:
Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros (Judas 16).
A verdadeira obra do Espírito Santo conduz os redimidos a vidas santas; essa é a assinatura genuína do Espírito Santo na vida de alguém.
- Terceiro: o Espírito Santo não somente nos capacita para o serviço e nos conduz a uma vida santa, mas Ele também estimula em nós adoração genuína.
Agora, quando lemos no verso 27 que a unção.. permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas... sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, lembre-se que o contexto aqui é de falsos mestres, enganadores.
João não afirma aqui que o crente não precisa de um professor de Escola Dominical ou de um pastor para ensiná-lo, ou até mesmo de um apóstolo para escrever uma carta inspirada que passamos várias horas estudando. Obviamente, o próprio João está ensinando enquanto escreve essas coisas.
João se refere especificamente aqui ao fato de o Espírito Santo dentro de nós nos proteger de falsos ensinos que negam Jesus como o Messias ungido. Lembre-se do verso 22:
Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.
Em outras palavras, aqui está como identificar o produto falsificado: o enganador é detectado pela forma como busca distanciar nosso coração de Jesus como sendo o único Deus vivo e verdadeiro em carne. Você detectará o evangelho falso, a religião falsa, o pregador falso, o escritor ou mestre falso ao ver que eles falam sobre Deus, mas não sobre Jesus Cristo ser Deus e Senhor. Eles não o levarão a adorar Jesus.
Em seu comentário, D. Edmond Hiebert ilustrou essa verdade com um incidente envolvendo Ironside—pastor da Igreja Moody no início do século 20. Certa vez, Ironside estava em Los Angeles e se deparou com um homem pregando na rua. Enquanto ouvia, logo percebeu que o indivíduo pregava uma perspectiva herética sobre Cristo, defendida por uma seita conhecida da época. Em seguida, ele viu um homem do outro lado da multidão prestando atenção no que dizia o pregador, de vez em quando sorrindo sozinho. O Dr. Ironside sentiu pena desse homem que estava sendo enganado pelo falso mestre. Então, logo foi ao homem e, quando o pregador terminou, iniciou uma conversa com ele e descobriu que era crente também. Ele lhe perguntou: “Bom, então, o que você achou das coisas que esse pregador disse?”
O homem respondeu: “Olha, não sei se conseguiria refutar todos os seus argumentos, mas sei perfeitamente que, enquanto pregava, algo dentro de mim dizia: ‘É mentira, é mentira, é mentira’.”
Esse “algo” era o Espírito Santo.
Em sua narrativa do Evangelho, o apóstolo João nos conta que a assinatura da obra do Espírito Santo, no fim, glorificará Jesus Cristo e O exaltará como um Ser mais do que um mero homem, mas como o Filho de Deus—Deus-Homem. De fato, o próprio Jesus afirmou aos discípulos que, depois que subisse ao céu, o Espírito de Deus desceria e glorificaria o Filho (João 16.14). E isso inclui as Escrituras também—não somente a Palavra viva, mas a palavra escrita entregue por Cristo através dos Seus apóstolos.
Alguns anos atrás, um livro popular praticamente enganou muitas pessoas pseudo-espirituais. O livro era exatamente aquilo que queriam ler para fortalecer sua descrença na singularidade da Bíblia e do Senhor Jesus como o caminho, a verdade e a vida. O título do livro era Conversas com Deus e vendeu mais de 3 milhões de cópias. O autor disse que, num belo dia, simplesmente começou a registrar suas conversas com Deus (isso por si só já deveria levantar um alerta, não é?). O deus desse escritor falou em várias ocasiões e não era o mesmo Deus dos cristãos; ele também não se identificou como a divindade de alguma religião. Esse deus se encaixava, basicamente, em qualquer religião, o que não é nenhuma surpresa. Ouça uma das conversas que Walsch, o autor, teve com esse seu deus:
Deus: Não posso contar minha verdade até que você tenha terminado de me contar a sua.
Walsch: Mas a minha verdade sobre deus provém de você.
Deus: Quem disse isso?
Walsch: Outros.
Deus: Que outros?
Walsch: Líderes, ministros, rabinos, livros, até mesmo a Bíblia.
Deus: Mas essas fontes não têm autoridade nenhuma.
Walsch: Não?!
Deus: Não.
Walsch: Então, o que tem autoridade?
Deus: Ouça seus pensamentos mais sublimes; ouça a sua experiência; ouça seus sentimentos. Quando algum desses difere daquilo que você lê em livros ou ouve de seus professores, ignore-os... não siga suas palavras.
O Espírito Santo jamais o levará a dizer: “Ouça seus sentimentos; deixe o Salvador e a Bíblia para lá!”
Segundo a Bíblia, em João 16, o verdadeiro Espírito de Deus, que ensina o verdadeiro Evangelho e com quem você pode conversar por meio da oração, exaltará e glorificará Jesus Cristo, o Filho.
“Glorificar” significa “pensar de forma correta, vindicar, revelar de forma positiva.” Enquanto os falsos mestres desonram Cristo, o Espírito Santo defende Cristo. Os falsos mestres minimizam a divindade de Cristo; o Espírito Santo exalta a glória de Cristo. As falsas religiões roubam a adoração de Cristo; a verdadeira religião promove a adoração a Cristo.
- Existe mais um ministério do Espírito Santo. Em quarto lugar, o Espírito Santo serve como a promessa de Deus sobre o céu.
Paulo disse aos coríntios que o Espírito Santo é a maior entrada que Deus lhes deu: que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração (2 Coríntios 1.22). A palavra traduzida como penhor está ligada a um pagamento de entrada—assim como “dar entrada” numa casa, carro, etc.
Essa é uma promessa feita com uma prova tangível.
Gosto de pensar nisso como uma aliança de noivado por causa do preço que custou ao doador e da mensagem transmitida ao receptor.
Talvez você se lembra da vez em que pediu sua namorada em casamento. Se não se lembra, não se pronuncie; fique calado. Eu fiz as coisas à moda antiga; quis trazer comigo a aliança para que, quando ela dissesse “sim,” já a colocasse em seu dedo. Aquela aliança era a minha promessa de que uma cerimônia de casamento estava a caminho. A aliança também comunicou ao nosso mundo que, apesar de o casamento ainda não ter acontecido, aquela noiva já era minha. Tínhamos nos prometido um ao outro e o anel era uma mensagem aos demais cavalheiros que aquela dama estava fora dos limites. Posso dizer que a aliança provou que eu realmente estava falando sério: eu a amava e queria me casar com ela.
Veja bem: o Espírito Santo nos foi dado porque o Pai nos ama e o Filho nos revelará como Sua noiva amada. O Filho pediu a igreja em casamento; nós aceitamos e o Espírito Santo é a promessa tangível de um casamento vindouro.
Devemos proclamar ao mundo que pertencemos a um Noivo vindouro e lembramos diariamente que caminhamos em direção a uma recepção de casamento do Cordeiro—a glória eterna de comunhão face-a-face com Cristo como Sua noiva eterna.
O Espírito Santo é uma garantia, uma promessa, um pagamento de entrada, um anel de noivado nos dado pelo nosso Noivo que um dia virá e nos levará para a casa do Pai.
Enquanto isso, João escreve: “Esse Espírito nos ensina todas as coisas. Ele traduz para nós o que precisamos para confirmar a verdade de Jesus Cristo.”
E veja no verso 27 que a unção é verdadeira, não é falsa. Ou seja, aquilo que o Espírito Santo ensina é a verdade sobre Cristo.
O Espírito Santo traduz quem Jesus é; e Ele não dirá nenhuma mentira. Na verdade, Ele, mais do que podemos sequer imaginar, sabe que se trata de uma questão de vida ou morte. Por isso, João conclui o verso nos mandando permanecer no Espírito.
João não diz que devemos nos esforçar para permanecer conectados ao Espírito Santo ou permanecer salvos. Na verdade, o tempo e modo do verbo aqui traduzido como permanecer significa que nós permanecemos nEle. Portanto, permanecemos!
Em outras palavras, não O ignore, não se esqueça dEle; não viva um dia sequer sem conversar com Ele; dependa dEle; valorize-O; ouça Sua Palavra; dê ouvidos às Suas advertências e encorajamentos.
O Espírito Santo é o equipamento divino que o ajudará a detectar violinos de imitação, espiritualidade falsificada. Ele também o ajudará a glorificar Cristo como o Deus Filho, o Senhor vivo, o Noivo vindouro, o Salvador de todo aquele que crê, o futuro Rei vindo dos céus.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/04/2013
© Copyright 2013 Stephen Davey
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