Um Pit Stop Chamado Encorajamento

Um Pit Stop Chamado Encorajamento

by Stephen Davey

Um Pit Stop Chamado Encorajamento

Depois das Trevas, Luz—Parte 6

1 João 2.12–14

Introdução

No livro A Grande Recessão Evangélica, o autor conta uma história que ocorreu no dia 15 de fevereiro de 1953. Ele escreve:

Enquanto o sol se punha no litoral da Flórida, mais de 100 carros de corrida rugiam no autódromo de Daytona. O líder era a lenda da NASCAR, Fonty Flock, que estava 1 minuto à frente do segundo lugar. Já era a última volta e parecia que Flock venceria.

Mas foi aí que o motor de oito cilindros do carro de Flock começou a falhar. Na metade da última volta, seu carro finalmente parou completamente. Sua liderança de 1 minuto logo foi perdida e a torcida não conseguia acreditar no que via. Tinha acabado a gasolina do carro de Fonty Flock.

Essa história despertou meu interesse e fiz uma busca no Google por “NASCAR.” Descobri que histórias como essa são bastante comuns; com bastante frequência, a gasolina de carros de corrida acaba e o piloto é eliminado.

Li várias histórias interessantes de pilotos profissionais que perderam corridas importantíssimas porque sua gasolina terminou nas últimas voltas. Isso aconteceu poucos anos atrás. A gasolina do carro de outro piloto terminou na volta final, mas ele deu sorte e conseguiu atravessar a linha de chegada para a vitória.

O motivo por que a gasolina de seus carros acaba é simples: suas esposas não estão lá para lembra-los! Bom, na verdade, a equipe toma  a decisão arriscada de não fazer uma parada de abastecimento adicional—eles vão até a última gota. E isso apesar de as paradas de pit stop ou boxes durarem entre 10 e 12 segundos.

Antes de qualquer corrida começar, a equipe dos boxes traça uma estratégia: quantas paradas o piloto fará e quando, o quanto arriscarão nas paradas para troca de pneus e reabastecimento. Naqueles 10 segundos preciosos nos boxes, especialistas trocam pneus, ajustam o motor, alimentam o piloto e reabastecem a máquina. O piloto, simplesmente, não fará uma boa corrida se não houver uma boa estratégia de pit stop.

O interessante é que isso é verdade também na vida cristã. O apóstolo João não quer ver seus filhinhos correndo com tanque vazio. E não estamos falando de conhecimento apenas, mas de encorajamento também.

Como veremos, João, obviamente, não quer que o crente assuma o risco de dar mais uma volta sem se abastecer com encorajamento espiritual para sua corrida espiritual.

Se você já leu as cartas de João, Paulo, Pedro e Tiago, provavelmente percebeu um tema em comum:

  • Encorajamento para correr a corrida (1 Coríntios 9.24);
  • Encorajamento para combater o bom combate (1 Timóteo 1.18);
  • Encorajamento para permanecer firme (2 Timóteo 4.7).

O autor da carta aos Hebreus encorajou os crentes judeus cansados da batalha com a seguinte exortação:

Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma (Hebreus 12.3).

Eugene Peterson parafraseou Romanos 12.11–12 da seguinte forma: “Mantenham-se abastecidos e com a chama acesa; sejam servos alertas do Mestre; vivam com expectativa alegre; não desistam... orem ainda mais.”

O apóstolo João acena para que entremos nos boxes—ele quer que paremos para reabastecer. Especialmente à luz de seu tom duro e forte e dos alertas confrontadores que ele já fez, fica claro que João deseja inspirar em nós encorajamento e otimismo espiritual. Ele quer nos ver abastecidos e com as chamas acesas para Cristo.

Em 1 João 2.12–14, o apóstolo parece dar uma pausa nos desafios e ordens que promovem transformação, e começa a listar bênçãos e perspectivas positivas.

Esses versos contêm uma declaração de encorajamento após outra; seis ao todo, as quais chamo de “Seis Fatos Confortadores sobre O Encorajamento.”

Seis Fatos Confortadores sobre O Encorajamento

Ao começarmos a leitura desse parágrafo, você perceberá imediatamente que João encoraja todos na corrida: tanto os amadores como os profissionais—os crentes imaturos e os crentes maduros.

Isso fica evidente pelo vocabulário que ele usa. Você pode destacar, por exemplo, o termo filhinhos (v. 12), pais (v. 13) e jovens (v. 13); os três aparecem novamente no verso 14.

Quero dividir nossa mensagem neste parágrafo com base nessas seis declarações—são seis fatos sobre o encorajamento.

  • O primeiro fato é: sua ficha de pecado foi perdoada!

Leia o verso 12: Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados. O termo filhinhos inclui todos os membros da família de Deus e significa “nascidos.” A referência não é, necessariamente, a crentes recém-nascidos, mas a crentes de todas as idades.

Com bastante frequência, somos chamados de “filhos de Deus” nas Escrituras. Na verdade, o próprio apóstolo João emprega a mesma palavra em seu Evangelho ao escrever em João 1.12: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.

A primeira palavra de 1 João 2.12 se refere a todos os crentes. Ele falará novamente aos filhinhos no verso 14, mas empregará outro termo para falar de crentes jovens na fé. No verso 12, ele se dirige a todos os filhos de Deus, de todas as idades e em todos os estágios de maturidade espiritual.

E João quer que cada crente seja imediatamente lembrado de algo incrivelmente maravilhoso e encorajador: todos os nossos pecados foram perdoados pela obra de expiação de Cristo na cruz, no qual colocamos nossa confiança. Somos filhos de Deus não porque conquistamos merecidamente nossa participação na família—não por causa de mérito algum do pecador—mas por causa do mérito infinito do Salvador.

Não importa sua idade na fé, uma das coisas mais desencorajadoras que o inimigo de sua alma tentará fazer será tentar afogá-lo nas profundezas de sua depravação. E uma das coisas mais encorajadoras a se fazer, evidentemente, não é discutir com o seu inimigo, mas concordar com ele prontamente, e em seguida lembra-lo—e também recordar-se—da cruz de Cristo Jesus.

João não nos chama para os boxes para dizer: “Filhinhos, chamei vocês para os boxes para lembra-los de que são pessoas melhores do que pensam. Vamos lá, melhorem essa autoestima!”

Não, ele nos lembra de que somos todos pecadores, mas que nossos pecados foram pagos por Cristo e nossa ficha limpa para sempre.

Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Colossenses 1.13).

O Senhor ressurreto cega Saulo na estrada para Damasco, o redime e depois o comissiona a levar o Evangelho ao seu mundo, para, com esse Evangelho, lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim (Atos 26.18).

De 1991 a 2007, um seminário realizou uma pesquisa com aproximadamente mil muçulmanos convertidos ao Cristianismo. Esses convertidos representavam 50 grupos étnicos diferentes provenientes de 30 países. A pergunta que lhes foi feita foi a seguinte: “O que no Cristianismo o levou a arriscar sua vida e relacionamentos para colocar sua fé em Jesus Cristo?”

Uma das respostas mais comuns foi o simples fato de que não podiam ter certeza do perdão de seus pecados, enquanto os crentes tinham convicção absoluta de que haviam sido perdoados.

Quer um fato que reabastece nosso encorajamento na corrida da fé? Cada um de seus pecados já foi perdoado por Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo e ressurreto.

  • O segundo fato confortador é: sua segurança eterna é garantida pela assinatura de Deus.

Continue no verso 12: os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome.

Cristo assinou Seu nome em nosso perdão:

  • Seu nome é purificador—tudo o que fizermos, deve ser feito no nome do Senhor Jesus (Colossenses 3.17).
  • Seu nome deve ser reverenciado—diante dele todo joelho se dobrará, reconhecendo que Ele é Senhor (Filipenses 2.9–11);
  • Seu nome é resgatador—porque abaixo do céu não existe outro nome pelo qual os homens são salvos (Atos 4.12).

O nosso relacionamento eterno com Deus através de Cristo não é ratificado pela credibilidade de nossa própria assinatura; esse relacionamento é ratificado pela credibilidade de Cristo. Nosso perdão e segurança não são permanentes porque Deus conta com nossa fidelidade em cumprir nossa palavra; nosso perdão e fidelidade são permanentes porque Deus cumpre Sua palavra.

Tudo isso é verdade por causa do seu nome.

E, com isso, João conclui sua primeira declaração a cada filho de Deus.

  • Sua ficha de pecados está limpa, perdoada.
  • A segurança de cada crente é garantida pela assinatura de Deus.

É aqui que João começa a se dirigir a crentes com níveis de maturidade variados, mencionando jovens, filhinhos e pais.

  • O terceiro fato confortador é: nossa satisfação se encontra, agora, num relacionamento.

Até então, João nos tem dito o que fazer e o que não fazer. Por isso, ele sabe que podemos ficar com a impressão de que satisfação na vida cristã vem ao seguirmos determinadas regras.

Por isso, ele começa se dirigindo aos crentes mais vulneráveis em nosso meio, mostrando que a questão não é as regras que você segue, mas o relacionamento que tem.

Note que João se dirige no início do verso 14 aos filhinhos. Esse é o termo grego paidia, que se refere a uma criança mais nova que ainda está sob a autoridade e cuidado de seus pais ou guardiães.

Esse é o crente que ainda é leigo acerca da verdade bíblica do Evangelho, ou que é novo na fé e imaturo na graça. Independente de sua situação, ele é como um cordeirinho que carece de cuidado e direção na vida.

Ele se sentirá sozinho, fora de lugar, já que deixou tudo e todos para trás a fim de entrar na igreja. E João adiciona: “Vejam bem, estou escrevendo aos novos na fé porque vocês conhecem o Pai.”

Em outras palavras, existe alguém que os ama profundamente; vocês acontecem de ter um Pai celestial perfeito.

E a verdade é que essa pode ser a única coisa que um crente novo sabe, não é verdade? Ele não conhece o livro de Malaquias, nunca ouviu falar das ordenanças, não sabe o significado da ceia e não sabe se pode confiar muito nos diáconos.

A infância é um estágio bastante suscetível a vírus e diversas fraquezas, impulsos e enganos. Nossa tendência é pensar que João encorajaria o novo convertido com regras de conduta e caráter. Afinal, crianças precisam dessas coisas. E, de fato, precisam. Um autor escreveu:

Quando o assunto é criar filhos, toda sociedade se encontra a 20 anos do barbarismo—20 anos é o que temos para civilizar os bebês que nascem em nosso meio todo ano. Esses selvagens não sabem nada sobre nosso idioma, nossa cultura, nossas crenças religiosas, nossos valores e nossos relacionamentos. O bárbaro precisa ser domado, caso a civilização deseje sobreviver.

A igreja está cheia não somente de crianças físicas, mas também de crianças espirituais. A bagunça pode ser grande; às vezes, pode haver até violência. Crianças podem focar em muitas coisas e essas muitas coisas acabam levando apenas à distração.

João diz aqui: “Crianças, não é maravilhoso saber que vocês estão conhecendo seu Pai? Foquem nisso agora!”

Não importa sua idade na fé, você descobriu logo no princípio que satisfação jamais vem ao se seguir uma lista de regras, mas ao desenvolver um relacionamento amoroso com seu Pai celestial.

  • O quarto fato confortador nesse encorajamento de João é o seguinte: seu serviço é realizado à luz da vitória final.

Agora, João fala aos jovens no final do verso 13: Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno.

João não está dizendo aqui para os jovens que a batalha contra o diabo já terminou. O tempo perfeito do verbo tendes vencido simplesmente destaca que a vitória já está garantida.

É como se João dissesse: “Escrevo para os jovens para lembra-los de que a vitória sobre o diabo já é sua!”

E como isso é algo encorajador para jovens! Eles se envolvem no calor da batalha, eles estão na linha de frente!

George Muller tinha 27 nos de idade quando se mudou para Bristol, Inglaterra, convencido de que Deus queria que ele abrisse um orfanato unicamente pela fé na provisão do Senhor; e ele, de fato, abriu o primeiro orfanato sem possuir nem sequer um centavo.

John Bunyan tinha 32 anos quando foi preso por pregar o Evangelho e, dentro do calabouço, escreveu o clássico O Peregrino.

William Booth tinha 36 anos quando fundou o Exército da Salvação, saindo das favelas da zona leste de Londres para alcançar os mais pobres.

William Carey tinha pouco mais de 20 anos quando dedicou sua vida à obra missionária e 32 quando chegou à Índia.

Contudo, até mesmo os jovens que amadurecem na fé podem ficar desencorajados e perder as forças. Isaías escreveu:

Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam (Isaías 40.30–31).

Sua força não está em si mesmos, apesar de serem jovens, terem bastante combustível e de o fogo estar queimando; sua força vem de Deus.

No final do verso 14, João adiciona mais comentários sobre os jovens; ele diz:

Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.

O Maligno se refere ao diabo e retrata sua natureza feroz, má e destrutiva. O termo fala de alguém que não somente é terrivelmente maligno, mas que busca arrastar todos consigo em sua maldade.

Nesse contexto de hostilidade, como os crentes jovens, que estão amadurecendo e que são fortes na fé, encararão o Maligno?

  • O quinto fato confortador é: sua força se encontra na espada do Espírito.

Note que esses jovens são fortes, mas sua força está em permanecer, habitar, estar imerso e ser saturado pela palavra de Deus. Não é surpresa nenhuma, então, que a estratégia do Maligno seria atacar justamente a veracidade das Escrituras.

De fato, um dos maiores desafios da igreja de nossa geração é alcançar e discipular jovens que abandonam a verdade da Palavra de Deus como sua fonte de direção espiritual. A maioria das pessoas que deixam igrejas tem idade entre 18 e 29 anos. Até mesmo jornais seculares e universidades notaram esse êxodo da igreja.

Um autor destacou que 2,6 milhões dos jovens que atualmente afirmam crer em Jesus Cristo abandonarão a fé entre os 18 e 29 anos. 260 mil “evangélicos” deixam a igreja todo ano; 712 sairão da igreja hoje e outros 712 amanhã.

Um dos motivos para isso é que a Bíblia não fez parte de sua fé superficial.

Outro autor ainda escreveu que esses jovens entre 18 e 29 anos foram criados por pais materialistas que deixaram Deus de fora de suas vidas. Assim, seus filhos desenvolveram sua própria perspectiva de Deus, que é a de um terapeuta, ao invés de um Mestre e Senhor sobre suas vidas.

Em outras palavras, o Deus que seus pais mal conheceram é um Deus que os filhos facilmente abandonam. O Deus de seus pais era um Deus que falava apenas sobre amar uns aos outros, que queria que todos fizessem o que desejassem para serem felizes, mesmo se isso incluísse aborto, divórcio, ganância e adultério.

Para eles, a visão se perdeu; Deus não era mais o Deus da revelação bíblica histórica cujo maior objetivo é Sua própria glória santa desejada, vivida e manifestada através das vidas de crentes.

Os adultos com os quais cresceram, quer em casa, quer na igreja, não estavam interessados em correr a corrida, combater o bom combate, perseverar em suas responsabilidades e relacionamentos; sem dúvidas, não sacrificavam pela causa de Cristo e Sua igreja ou missão; então, por que nos importar?

Num estudo que realizou, Josh McDowell concluiu em 2006 que 69% dos evangélicos de 18 anos de idade deixarão a igreja após se formarem no ensino médio. Outra pesquisa apontou que 70% dos frequentadores de igrejas que nasceram após o ano 2000 deixarão a comunhão em torno dos 23 anos de idade. Na verdade, o êxodo de igrejas evangélicas por parte de pessoas com até 30 anos de idade se tornou algo tão notável que elas até conseguiram um apelido para si—os “desigrejados.”

Esses desigrejados são pessoas que não têm compromisso ou parceria alguma com uma assembleia local de crentes; eles não querem ter que prestar contas de suas vidas. É a respeito desses que João escreve no verso 19:

Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.

Agora, existem alguns dentro da igreja observando esse êxodo e concluindo que as coisas não são tão terríveis assim porque, apesar de essa geração deixar a igreja externamente, ela retém sua fé internamente.

Um autor contrariou esse pensamento de forma corajosa ao dizer: “Esse não é o caso. Eles estão abandonando a fé, não porque não estão felizes com ela, mas porque não creem mais nela.”

O problema é que a fé que uma vez tiveram era, na melhor das hipóteses, superficial e, na pior, corrompida. Para eles, e para seus pais, a igreja não passava de um clube; Deus era apenas um gênio que não estava mais realizando seus desejos.

É interessante que o próprio Jesus foi tentado em torno dos 30 anos e de três formas diferentes; em cada uma delas, o diabo disse: “Você precisa se preocupar consigo mesmo e fazer aquilo que quer. Se seu Pai Celestial fosse verdadeiro, você não estaria passando fome, nem deveria se ferir, mas deveria subir ao topo do mundo!” Em contrapartida, Jesus citou passagens bíblicas.

Sua tentação foi uma luta de espadas. No final da luta, Jesus lembrou o diabo de que ele perderia todos os reinos deste mundo. Nessas tentações, Jesus se tornou exemplo para todos os crentes seguirem na batalha contra o inimigo que age com engano, falsidade e idolatria.

João encoraja os jovens que estão na batalha: apesar de a corrida ser demorada, de a batalha ser ferrenha e de parecer estar sozinho na luta contra a tentação, lembre-se:

  • Primeiro: você não está sozinho—existem muitos outros jovens na família com você;
  • Segundo: apesar de o mal ser agudo e de sua força estar chegando aos limites, o diabo perderá no fim.

Ele pode até ganhar uma briga ou outra, mas perderá a guerra.

Conforme escreveu um autor: “Toda vez em que você entra numa batalha, encara um inimigo confuso e derrotado!”

Lembre-se disso e se reabasteça com essa verdade.

  • O último fato confortador é o seguinte: seu Salvador é o eterno soberano.

João escreve aos pais nos versos 13 e 14:

Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio... Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio.

Esses são os santos mais velhos que envelheceram e cresceram na fé, amadureceram na verdade sobre quem Deus é e sobre o que diz Sua Palavra. Conforme disse um autor: “Esses são aqueles que são ricos em fé e maduros na graça.”

O verbo traduzido como conheceis está no tempo perfeito, indicando um conhecimento pessoal sobre Deus no passado e um conhecimento permanente no presente.

Esse é o conhecimento adquirido por meio da experiência pessoal. Esses crentes mais velhos conhecem e valorizam a verdade de que Deus é o Deus das eras passadas e sua esperança para os anos vindouros.

Conclusão

Gostaria de concluir com dois pensamentos em aplicação.

  • Primeiro: não importa em qual estágio espiritual se encontra, você não tem a escolha de abandonar as batalhas pessoais e espirituais.

A verdade é que não importa quão novo ou velho seja na fé, toda batalha exigirá atenção e disciplina espiritual. Fé não é uma matéria optativa, mas obrigatória para o crente que deseja amadurecer.

  • Segundo: não importa em qual estágio espiritual se encontra, você jamais chegará ao ponto em que não precisará mais entrar nos boxes e fazer um pit stop para se reabastecer com verdades encorajadoras e confortadoras.

E o apóstolo João sugere que nos reabasteçamos com as seguintes verdades:

  • Sua ficha de pecado foi perdoada e está limpa.
  • Sua segurança está garantida pela assinatura de Deus.
  • Sua satisfação se encontra num relacionamento pessoal.
  • Seu serviço é realizado à luz da vitória final.
  • Sua força se encontra na espada do Espírito.
  • E seu Salvador é o eterno soberano.
  •  

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 17/03/2013

© Copyright 2013 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

Add a Comment


Our financial partners make it possible for us to produce these lessons. Your support makes a difference.
CLICK HERE to give today.

Never miss a lesson. You can receive this broadcast in your email inbox each weekday.
SIGN UP and select your options.