
Criados para Adorar... Tendenciosos a Se Desviar
Criados para Adorar...
Tendenciosos a Se Desviar
Sem Dúvidas—Conclusão
1 João 5.21
Introdução
Era meados de 1945. Com o término da Segunda Guerra Mundial, muitos soldados retornavam aos seus países. Dentre eles, estava Joe DiMaggio, jogador de beisebol que havia servido nas Forças Armadas. Quando chegou de volta aos Estados Unidos, Di Maggio foi ao estádio com seu filho, Joe Jr.; seu desejo era apenas ver um jogo como um cidadão qualquer.
Contudo, um torcedor o percebeu sentado na arquibancada; depois outro. Logo, o estádio inteiro gritava seu nome: “Joe, Joe, Joe DiMaggio!” Joe ficou emocionado com o tributo e olhou para seu filho para ver se ele tinha percebido aquilo. Seu filho, Joe Jr., olhou para seu pai e disse: “Olha pai, todo mundo me conhece.” O pequeno Joe Jr. cometeu o erro inocente de pensar que toda a glória no estádio naquela tarde pertencia a ele, não a seu pai.
E não é exatamente esse o maior erro da raça humana? Não cometemos o erro não muito inocente quando vivemos nossas vidas para nossa própria glória ao invés de para a glória de nosso Pai celestial?
Sinceramente, sair do altar de sacrifício vivo e exigir o trono de nosso Senhor soberano não passa de idolatria. O problema é que, se você perguntar ao crente em geral se ele tem problemas com a idolatria, ele pensará que você bateu a cabeça e ficou maluco. Esse é o motivo porque as últimas palavras do apóstolo João são ou ignoradas, ou consideradas como pertencendo a um contexto da idade da pedra.
Abra sua Bíblia em 1 João 5. Leia os versos 20–21:
Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
João conclui sua carta com o mesmo tom amoroso com que a começou. Em 1 João 2.1, ele nos chamou de filhinhos, um termo afetuoso que revela que João escreve do ponto de vista amoroso de um pai preocupado.
Apesar de ele falar no decorrer de sua carta com sinceridade e objetividade—às vezes com ousadia e sem se desculpar—contudo, por trás de suas palavras existe essa realidade de cuidado pastoral e amor paternal.
De fato, as palavras empregadas em referência a nós são títulos preciosos:
- Ele usa seis vezes a palavra amados—um termo de amor afetuoso (2.7; 3.2, 21; 4.1, 7, 11).
- Três vezes, o apóstolo nos lembra de nosso relacionamento familiar ao nos chamar de irmãos (3.13, 14, 16)—pertencemos à mesma família.
- Mas nove vezes, João se refere aos seus leitores como filhinhos (2.1, 12, 13, 18, 28; 3.7, 18; 4.4; 5.21).
Ele praticamente começou se dirigindo aos filhinhos e conclui da mesma maneira. Por que? Porque esse é o termo perfeito para transmitir não somente seu amor paternal, mas sua grande preocupação conosco à luz dos perigos que enfrentamos. Ele fala conosco como um pai preocupado com nossa segurança. E, assim como qualquer pai preocupado, suas últimas palavras são uma advertência final: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
O verbo traduzido como guardai-vos é um imperativo. João termina sua carta com um ponto de exclamação, uma ordem! E o verbo transmite a ideia de alguém de pé como um soldado armado, pronto para qualquer ataque. Essa é a única ocorrência do verbo nesta epístola.
Está evidente que, na mente de João, esses ataques virão. Portanto, ele nos adverte a ficar preparados e com um senso de urgência: “Cuidado. O mundo lá fora é selvagem. Vocês provavelmente darão de frente com um leão.”
De fato, o apóstolo Pedro disse aos crentes: Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (1 Pedro 5.8).
“Filhinhos, amo muito vocês e por isso dou esse alerta: cuidado com os ídolos. Eles muito provavelmente passarão pelo seu caminho em plena luz do dia.”
Agora, ao que João se refere exatamente quando fala de ídolos?
Um estudioso tratou do assunto em sua dissertação e listou 9 possibilidades diferentes. Os ídolos:
- Podiam ser imagens ou estátuas de divindades pagãs;
- Podiam ser uma referência a alimentos sacrificados a ídolos;
- Podiam representar comprometimento com estilo de vida pagão;
- Podiam ser religiões de mistérios e suas práticas;
- Podiam ser ideologias gnósticas;
- Podiam representar um retorno à adoração no Templo de Jerusalém;
- Podiam ser algum tipo de pecado;
- Podiam servir como expressão figurada para qualquer coisa que toma o lugar de Deus; e
- Podiam representar uma rejeição do Evangelho.
É possível que João tenha em mente várias, ou até mesmo todas, essas coisas.
Sem dúvidas, para os crentes de Corinto, existia a tentação de se voltar à adoração ostentosa e sensual no Templo de Afrodite, entrar novamente naquele mundo de pecado. Corinto era uma cidade saturada de pecados sexuais a ponto de o nome da cidade passar a ser um apelido para imoralidade. Uma mulher devassa era chamada de “coríntia.”
Além disso, os crentes do Novo Testamento eram ridicularizados porque sua religião era um memorial a um Carpinteiro simples e bruto, o qual chamavam de Senhor e Messias. Imagine apenas o contraste entre o Cristianismo na cidade de Éfeso e o grande templo da deusa Diana.
As colunas na entrada do templo tinham cerca de 20 metros de altura e eram adornadas com esculturas do panteão na parte superior. Ao redor de todo o templo, havia belíssimos jardins e, dentro, havia uma imagem gigantesca de Diana, feita de mármore preto e onde estivera já há 200 anos. A religião de Diana prescrevia orgias sexuais, bebedice e rituais de adoração induzidos por meio do uso de drogas. O Templo de Diana era a adoração do aqui e do agora. Seus sacerdotes ficavam próximos ao templo com o corpo coberto de tatuagens, vendendo réplicas do templo e de sua deusa. E já fazia séculos que os adoradores faziam essas coisas.
Agora, pescadores sem educação e ex-zelotes judeus anunciam que seu Evangelho baseia-se na encarnação do Filho do único Deus vivo e verdadeiro. Sim, os romanos O crucificaram e O sepultaram, mas Ele está vivo e subiu ao Seu Pai. Não podemos vê-lO agora, mas Seu reino é sem igual; não se pode descrever os jardins de Sua cidade celestial; até as ruas de Sua capital são pavimentadas com ouro. Mas você precisa esperar.
Será que a idolatria intimidaria e atrairia tanto assim os crentes a ponto de eles considerarem a possibilidade de voltar à religião impressionante, poderosa, sensual, comum e que focava naquilo que se podia ver aqui e agora?
É interessante que o termo ídolos pode ser traduzido como “sombras” ou “reflexos,” assim como o reflexo na água ou num espelho.
Platão usou esse termo para se referir “aos prazeres da vida com ídolos ilusórios do verdadeiro prazer.... implantado no peito de tolos está essa cegueira por ídolos, pelo fantasma do prazer.” Em outras palavras, ídolos não passam de reflexos. Mas, na realidade, são mais parecidos com uma miragem do que com algo real.
E existe certa verdade bíblica nisso, não é? As pessoas adoram o prazer, o dinheiro, o poder, a moda e a fama, mas, quando finalmente põem as mãos em alguma coisa, pessoa, realização, título, dinheiro ou brinquedo, descobrem que não passava de uma miragem; essa coisa não lhes trouxe prazer afinal e as pessoas continuam insatisfeitas. A miragem foi incapaz de saciar sua sede.
A verdade é, conforme disse um autor: “O perigo da idolatria está ligado ao fato de que fomos criados para adorar; precisamos adorar e iremos adorar. Assim como a natureza, a alma humana odeia o vácuo; ela encontrará um objeto de adoração, quer seja em si mesma, num altar ou no espelho.”
Será que a idolatria é algo do passado, algo erradicado? Muito longe disso. Martinho Lutero, o monge convertido do século 16, escreveu: “Um ídolo é aquilo em que a pessoa confia; um deus é aquilo no que buscamos o que é bom e onde encontramos refúgio. Aquilo ao qual seu coração se agarra e confia, eu digo, é, realmente, seu deus.”
J. I. Packer escreveu: “Seu deus é aquilo que você busca, serve, ama e permite controla-lo.” Esse é o verdadeiro deus no trono de seu coração.
O apóstolo Paulo chamou a cobiça de idolatria e desafiou o crente a resisti-la. A cobiça, que é idolatria, é o ato de desejar algo ardentemente; e esse algo que você deseja ardentemente é aquilo que ocupa o primeiro lugar em sua vida.
Paulo escreveu em 1 Coríntios 10.14: meus amados, fugi da idolatria, e em Colossenses 3.5: Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria.
Existem muitos ídolos—e eles estão vivos e fortes. Eles podem até não ter um templo todo ornamentado com colunas enormes e sacerdotes tatuados, mas bilhões de pessoas buscam esses deuses em todo o mundo; e ele está sempre pronto a se sentar no trono de nosso coração.
J. I. Packer os chamou de os deuses do prazer, bens e poder. De forma sarcástica, ele revelou ainda mais nossa culpa quando se referiu aos deuses do futebol, da família, da empresa, do estômago, do dinheiro e do sexo. Ele disse: “A lista de deuses é infinita, pois qualquer coisa que o indivíduo permite controlar sua vida se torna seu deus.”
Você já parou para pensar como, rapidamente, as coisas podem se tornar confortos, depois entrar na categoria de necessidade e, por fim, passar a ser direitos outorgados por Deus; e, se Ele me ama, eu os terei?
Em meus estudos, me deparei com as quatro classes de ídolos do Sir Francis Bacon, os quais, conforme ele disse, sitiam a mente humana. Ele escreveu: “Chamei a primeira classe de ‘ídolos da tribo;’ a segunda classe de ‘ídolos da caverna;’ a terceira classe de ‘ídolos do mercado;’ e a quarta classe de ‘ídolos do teatro’.”
Francis Bacon explicou que os ídolos da tribo são objetivos nacionalistas; os ídolos da caverna são superstições e especulações espirituais; ídolos do mercado são prioridades no negócio, promoção, dinheiro e poder; e os ídolos do teatro se referem ao entretenimento, o qual havia se tornado a busca primária de muitas pessoas.
O teólogo Michael Horton, que citou Francis Bacon, continuou escrevendo e acusou a igreja evangélica em geral de se prender a alguns ou todos esses ídolos: o nacionalismo parece ser o assunto mais urgente; crenças supersticiosas estão acima da exposição bíblica; propagandas segundo modelos dos negócios buscam induzir pessoas a frequentar a igreja; e, por fim, o entretenimento substituiu a adoração ao Deus vivo e verdadeiro para que os descrentes que passam a frequentar se sintam mais confortáveis e em casa.
A propósito, é possível que João tenha incluído outra forma de ídolo aqui em sua advertência final. Já que ele desejou estabelecer claramente a divindade de Cristo e a igualdade entre o Pai e o Filho—os atributos da divindade autêntica—qualquer um que nega os atributos de Deus cria para si outro deus—um ídolo.
Infelizmente, é exatamente isso o que as grandes denominações evangélicas têm feito hoje: elas têm criado um falso deus, um ídolo, ao escolher adorar o deus que elas criam com os atributos que gostam. Ele é um deus de amor, mas não de justiça; um deus de graça, mas não de ira; o criador do céu, mas não do inferno.
Esse tipo de idolatria pode ser visto facilmente na pessoa que diz: “Olha, entendo o que você está dizendo sobre Deus na Bíblia, mas, quando penso em Deus, penso em alguém...”—você completa a lacuna. Essas pessoas simplesmente cumprem a palavra de Rousseau, que disse: “Deus criou o homem conforme Sua imagem, e o homem retornou o favor.” Vamos criar uma religião e um deus que deseja conviver conosco independente do que somos e do que fazemos.
Numa conferência recente de igrejas evangélicas, houve um debate ferrenho entre os delegados sobre a Soteriologia—a doutrina da salvação. Muitos atacaram essa doutrina porque ela estimula a violência: o Pai (Deus) matando Seu Filho (Jesus) foi uma espécie de violência contra menores. Um delegado afirmou: “Não precisamos de uma teoria de expiação coisa nenhuma. Não acho que precisamos de gente sendo crucificada e derramando sangue. Precisamos apenas ouvir o deus interior.”
Imagine isso—denominações evangélicas negando a revelação da Palavra de Deus e promovendo nada mais que idolatria, dentro de suas igrejas. Essas pessoas pensam adorar a Deus, mas adoram um deus que elas mesmas inventaram, um deus cujos atributos e doutrinas foram modificados e polidos para que ele seja mais aprazível ao paladar e aceitável à filosofia do politicamente correto.
Dessa forma, Deus é aquela fagulha interna, a terra, a força universal, ele ou ela, a mãe, o pai, o filho, está evoluindo e aprendendo, e Deus, acima de tudo, não determinou julgamento futuro algum. É diante de um deus como esse que nos prostraremos!
Uma pesquisa recente apontou que aproximadamente metade dos alunos em faculdades e seminários evangélicos diz que falar sobre um julgamento divino é, na verdade, falta de educação e de instrução, é algo de mau gosto.
Será que Jesus Cristo revelou falta de educação e instrução? Ele disse em Mateus 11.24:
Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo.
Será que Paulo também revelou mau gosto e falta de sensibilidade? Quando pregou às autoridades de Atenas sobre Cristo e sobre o Deus desconhecido, ele terminou sua mensagem dizendo:
porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos (Atos 17.31).
Ou seja, vocês estão em sérios problemas com o Deus criador vivo e verdadeiro.
Veja bem: não é falta de sensibilidade mandar alguém parar o carro no acostamento porque o motor está pegando fogo; não é falta de sensibilidade mandar o vizinho sair de sua casa que está em chamas. E também não é falta de sensibilidade falar a verdade sobre Deus. Creio que isso faz parte do alerta de João: não tropece em ídolos criados por falsos mestres que criam deuses inferiores. Remover atributos de Deus é subtrair da essência de Deus, e o deus com que termina no final de sua subtração não é o Deus da Bíblia.
E aqui está outro perigo a se evitar: eu e você—e todas as pessoas do mundo—estamos no processo de ser conformados à imagem do Deus que adoramos. O Salmo 115.8 ensina o princípio profundo de que nos tornamos como os deuses que criamos: Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.
Em outras palavras, você se torna tão superficial quanto o ídolo que fervorosamente busca:
- Você busca experiências sexuais fora das normas estipuladas por Deus, e você acaba sexualmente insatisfeito e vazio.
- Você busca dinheiro e findará amargurado com aqueles que têm mais do que você.
- Você corre atrás de fama e reconhecimento, e findará consumido egoisticamente pelas suas conquistas e pelo desespero de não ter conquistado mais e recebido pouca fama.
- Você busca os ídolos temporários e vazios da beleza e força; daí, quando envelhece, morre mil vezes mais em frustração e medo antes de ser finalmente enterrado.
Warren Wiersbe colocou isso da seguinte forma: “Um ídolo representa aquilo que é falso e vazio; e a pessoa que vive para os ídolos se tornará falsa e vazia.”
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
De forma simples, para o crente—e João escreve aqui para crentes—tudo aquilo que se coloca entre ele e Jesus Cristo—quer seja ambição, desejo, prazer, relacionamentos, hábitos, planos—se esse algo nega os atributos e a soberania de Cristo sobre sua vida; se o leva a desobedecer à Palavra de Deus e você o busca, precisa dele e o agarra, então, você acabou de se tornar um idólatra.
Veja bem: já que João alerta crentes, então, a idolatria é uma possibilidade para o crente. É possível que o crente busque uma miragem, cobice, busque e viva para algo que viola a Palavra viva—Jesus Cristo—e a Palavra escrita—a Bíblia.
Robert Robinson teve um início conturbado. Seu pai morreu quando ele era ainda jovem; sua mãe, incapaz de controla-lo, o enviou para Londres para aprender o ofício de barbeiro. Ao invés disso, ele aprendeu a vida da bebida e das gangues. Quando tinha 17 anos, ele e alguns colegas foram ver uma vidente e zombaram dela enquanto tentava prever o futuro dos rapazes. Mas algo naquele encontro incomodou Robert e, naquela mesma noite, decidiu ir ouvir um pregador chamado George Whitefield. Pouco depois dessa pregação, Robert entregou sua vida a Jesus. Alguns anos mais tarde, ele entrou no ministério, cheio de desejo e fervor pelo Evangelho. Robert até escreveu um hino para sua congregação aprender a cantar aos domingos. O hino diz:
Eu perdido procurou-me,
longe do meu Deus, sem luz;
Maculado e vil lavou-me,
com Seu sangue o bom Jesus!
Devedor à Tua Graça, cada dia e hora sou.
Teu desvelo sempre faça
com que eu ame a Ti Senhor!
Eis minha alma vacilante,
toma-a prende-a com amor;
Para que ela a todo instante,
glorifique a Ti Senhor!
Anos depois, quando Robert andava numa carruagem, viu uma mulher ocupada com seu hinário e sussurrando um dos hinos. De repente, ela se virou para Robert e lhe perguntou o que ele achava do hino, ao que ele respondeu: “Madame, eu sou o pobre homem que escreveu esse hino anos atrás; e eu daria mil mundos para desfrutar desse sentimento uma vez mais.”
Meu querido, nossos corações facilmente e continuamente manufaturam ídolos, prioridades que nos conduzem para distante dos pés de Cristo e da glória de nosso Senhor grandioso e eterno.
Sam Gordon escreveu:
- Qualquer coisa que esprema e retire Deus da posição número 1 de nossas vidas é um ídolo.
- Qualquer coisa que O relega a um degrau inferior na escada é um ídolo;
- Qualquer coisa que O empurra para as beiradas de sua vida é um ídolo.
Filhinhos, cuidado, fiquem atentos, vigiem; todos os dias, vocês estão no rumo a uma colisão com ídolos.
Jesus Cristo é o único Deus digno de adoração e de ser imitado. Todas as demais coisas são substitutos superficiais e temporários. Jesus é o Deus vivo e verdadeiro. E é exatamente aqui, aos pés de Jesus, que o apóstolo João nos deixa.
Numa noite, o maestro Arturo Toscanini dirigiu a Nona Sinfonia de Beethoven; a sinfonia foi absolutamente brilhante e de tirar o fôlego. No final da apresentação, no último crescendo, a plateia foi à loucura e aplaudiu de pé.
As pessoas aplaudiram, assobiaram e gritaram, num êxtase incrível diante da grandeza daquela sinfonia. Enquanto esteve de pé lá na frente, o maestro Toscanini se curvou, curvou e curvou. Ele também reconheceu os musicistas da orquestra, os quais se levantaram e se curvaram também em gratidão pelos aplausos.
Quando a ovação finalmente terminou, Toscanini virou-se para os musicistas da orquestra e disse de forma firma: “Senhoras e senhores, eu não sou nada!” E adicionou: “E vocês também não são nada. Mas Beethoven”—disse ele com tremenda paixão—“Beethoven é tudo, tudo, tudo!”
João chega ao final de sua primeira carta e conclui com a seguinte lição:
- Nosso mundo não é nada; é uma mera sombra daquilo que realmente importa.
- Nós não somos nada à parte da graça daquele que nos salvou;
- Mas Jesus Cristo... Jesus Cristo é tudo, tudo, tudo!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 24/11/2013
© Copyright 2013 Stephen Davey
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