O Registro Fala por Si Só

O Registro Fala por Si Só

by Stephen Davey

O Registro Fala por Si Só

Sem Dúvidas—Parte 4

1 João 5.9–11

Introdução

Vários anos atrás, a secretaria de educação municipal introduziu um novo livro-texto de História nas escolas públicas. Não demorou muito para alguns pais ficarem alarmados com as informações que seus filhos estavam aprendendo. Então, eles mesmos avaliaram o livro.

Após essa avaliação, os pais encontraram mais de 200 erros de história, incluindo erros aberrantes como dizer que Napoleão não perdeu, mas venceu a Batalha de Waterloo. Outro erro óbvio foi dizer que a bomba atômica que praticamente acabou com a Segunda Guerra Mundial foi lançada sobre a Coréia, não sobre o Japão.

Quando os pais exigiram que a escola tomasse as devidas providências, a secretaria de educação avaliou o livro-texto e encontrou ainda mais erros; e depois os pais encontraram vários outros. Enfim, depois de computados, os erros somaram o número de 5 mil!

A editora que havia publicado o livro recusou corrigir os erros e o porta-voz disse: “Com exceção dos erros, esse é o melhor livro-texto de história que já publicamos.”

A verdade é que a maioria de nós aceita como fato aquilo que lemos em livros. Quando eu estava no ensino fundamental, se o meu professor dissesse que Napoleão havia vencido a Batalha de Waterloo e que a bomba atômica foi jogada na Coréia, eu acreditaria e memorizaria essas informações para fazer uma boa prova, crendo que eram corretas.

E é exatamente aí que entram os pais. Pais que protegem as mentes e corações de seus filhos têm a tendência de avaliar os assuntos, as modas, os professores e até os livros-texto da época.

Enquanto preparava esta mensagem, fiquei pensando que o apóstolo João se enxerga como um pai. Em sua terceira carta, ele escreve que não existe maior alegria do que ouvir que seus filhos—os crentes—estão andando na verdade.

Assim como um pai preocupado, o apóstolo deseja se certificar de que seus filhos estavam aprendendo a verdade; e essa era a sua maior alegria porque isso, realmente, importará. Se Napoleão venceu ou perdeu a Batalha de Waterloo não determinará o nosso futuro eterno; a verdade que João coloca à nossa frente determinará.

E João quer que tenhamos confiança na verdade que ele apresenta; ele não quer nos ver com dúvidas de que diz a verdade proveniente de Deus. É por isso que ele se esforça grandemente para substanciar as alegações de sua carta com notas de rodapé divinas.

Nos próximos dois versos de 1 João 5, o apóstolo empregará a mesma palavra 7 vezes. Começando no verso 9, que foi onde paramos, até o verso 11, ele usará o verbo grego martureo 7 vezes. Ele pode ser traduzido como “testemunhar, registrar.” É como se João dissesse: “Deixe o registro falar por si só.”

Agora, em sua maior parte, João escreve a judeus, um grupo treinado para analisar o testemunho de alguém. Eles eram como pais que avaliavam livros-texto que entravam em casa; e se eles tinham uma exigência, era que informações fossem substanciadas, bem fundamentadas.

Uma evidência disso era que, num tribunal, a lei judaica demandava a presença de pelo menos 3 testemunhas. Lemos a lei que Deus deu a Moisés em Deuteronômio 19.15: pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato.

E, a propósito, os tribunais judaicos não aceitavam qualquer testemunha. Sabemos pela história que não permitiam que um ladrão com antecedente criminal testificasse num julgamento; o perjúrio, ou dar testemunho falso, era punido com morte; pessoas suspeitas de desonestidade financeira não podiam testemunhar num tribunal, o que incluía coletores de impostos e agentes de imigração. Adicionado a isso, um princípio do Talmude—um livro de costumes e leis judaicos datado do século primeiro—evitava que pessoas comuns da terra testemunhassem num tribunal.

Então, você precisaria ter bons contatos, alguém de confiança para fornecer um testemunho ou registro escrito da verdade quanto ao que havia ocorrido. E é exatamente isso o que João faz aqui.

  • Primeiro: o Testemunho Imortal.

Veja o verso 9: Se admitimos o testemunho dos homens—e João sugere que nós aceitamos—o testemunho de Deus é maior; ora, este é o testemunho de Deus, que ele dá acerca do seu Filho.

João sai de um argumento mais fraco para um mais forte. Se acreditamos no testemunho de testemunhas confiáveis; se acolhemos e cremos no relato que alguém dá num tribunal, quanto mais devemos nós acreditar no testemunho maior dado pelo próprio Deus! Como conseguir uma testemunha mais confiável do que essa? Onde conseguiremos uma testemunha como essa que é incapaz de mentir?

E João escreve que Deus [um testemunho] acerca de seu Filho. O verbo está no tempo perfeito, indicando que Deus o Pai colocou Seu nome de forma permanente no relato, testemunhando da autenticidade de Jesus Cristo como o Seu Filho divino.

Se você acompanhou nosso estudo anterior, então lembra que observamos as três testemunhas quanto à validade de Jesus Cristo como o Messias genuíno. A evidência da água, do sangue e do Espírito (v. 8).

Agora, no verso 9, João nos informa que essas três testemunhas—a água, o sangue e o Espírito—são, na verdade, parte do testemunho de Deus quanto a Jesus. Em outras palavras, o próprio Deus apresentou essas três testemunhas a fim de substanciar Sua declaração de que Jesus é o Cristo. Dessa maneira, Deus cumpre Sua própria lei: um fato deve ser estabelecido pelo depoimento de três testemunhas.

João diz: “Ouça bem: nós acreditaríamos no testemunho de homens; por que resistiremos o testemunho imortal do Deus eterno?”

  • Segundo: o Testemunho Interno do Espírito Santo.

João escreve em seguida no verso 10: Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Ao que ele se refere aqui? Ele fala não somente do relato imortal do testemunho de Deus, mas do relato interno do testemunho de Deus através do Espírito Santo. Portanto, o testemunho de Deus está dentro do crente também.

Paulo escreveu que não conseguimos crer nesse relato, ao menos que o Espírito Santo abra os nossos olhos:

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (1 Coríntios 2.14).

Uma das evidências da salvação genuína—que deve remover todas as dúvidas—é o testemunho interior do Espírito Santo. A mensagem do Evangelho, que para o mundo é um testemunho externo, é, para o crente, uma verdade externa e também uma verdade experimentável.

Nós internalizamos essa verdade—é uma questão de nosso espírito, coração, vontade, amor e fervor, os quais vêm por meio da iluminação e habitação do Espírito de Deus.

Você diz: “Mas como posso saber que o Espírito Santo realmente habita dentro de mim? E seu eu tiver dúvidas? E se me sentir fraco na fé algumas vezes e forte outras vezes?”

Bom, para começar, João não nos manda avaliar como nos sentimos. Ele quer que você avalie sua resposta ao testemunho de Deus sobre Jesus Cristo—o relato das Escrituras, o relato que você ouve aos domingos de um púlpito. João pergunta de forma simples e objetiva: “Você crê no relato de Deus?”

E sua pergunta é de múltipla escolha; existem suas respostas possíveis. Veja a última parte do verso 10: Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho.

Então, qual é você? Você está dentre os que acreditam no relato de Deus sobre Jesus ou nega o relato do Eterno? Você ouve a Palavra e diz em seu coração que o testemunho de Deus sobre Jesus não é verdadeiro, que Ele não é o único caminho para o céu—o caminho, a verdade e a vida? “Não acredito que Jesus é Deus—o Deus Filho.”

Bom, só para você saber, conforme João, você está chamando Deus de mentiroso. Você caminha ao assento da testemunha, aponta seu dedo contra o rosto de Deus o Pai e diz: “Você está mentindo.” João remove qualquer faixada e diz, de forma bastante prática: “Você está simplesmente chamando Deus de mentiroso.”

Você acredita no relato de Deus sobre Jesus? E você crê no relato de Deus sobre você—de onde você veio e para onde está indo?

Você sabia que, por volta do ano de 1808, haviam catalogadas 80 teorias sobre as origens? Caso não saiba, teorias quanto às origens têm existido desde a queda da humanidade no pecado.

Em 1808, as 80 teorias incluíam as que afirmavam que o homem tinha vindo de algas marinhas, nascido de deuses e deusas, descendido dos animais e, mais recentemente, vemos a crença popular de que o ser humano começou com alienígenas que depositaram formas de vida na Terra, as quais foram, depois, evoluindo. Ou seja, você evoluiu de alguma matéria pré-histórica, que foi um resíduo de viajantes espaciais vindos de outra galáxia.

Mas por que você acredita no que acredita? Qual é a fonte final de sua crença fundamental sobre quem é, de onde veio e para onde vai? É isso que João deseja ardentemente que saibamos sem dúvidas.

Por que muitos alunos universitários abandonam a fé de seus pais nos seus primeiros anos de faculdade? A resposta é simples: essa era a fé de seus pais.

Qual é a sua fé hoje? É a fé de seus pais, a fé de seu passado, ou é uma fé pessoal? Paulo escreveu em Romanos 14.5: Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Ou seja, pondere cuidadosamente e fique atento porque está entrando num mundo que criticará o relato do testemunho de Deus mais do você avaliará criticamente o seu próprio testemunho.

Chegou a hora de avaliar os livros-texto que passam pelas nossas escrivaninhas, as conclusões que aparecem nos jornais, os valores éticos em nosso trabalho ou as modas em nossa vizinhança. Fique atento—como nunca antes!

Preciso dizer para você algo que descobri à medida em que fui envelhecendo. Acontece comigo... e talvez com você também. Sabe quando você está dirigindo e, 5 km depois, não lembra que esteve dirigindo aquele tempo todo? Contudo, lá estava você... dirigindo perfeitamente na sua faixa. Sua mente ficou dirigindo enquanto você esteve no mundo da lua. Evidentemente, a capacidade de dirigir dessa maneira vai acabando e precisamos ficar atentos para permanecer na estrada.

Um tempo atrás, li a história de duas senhoras idosas que saíram de carro e se aproximaram de um cruzamento com sinal. O sinal estava vermelho, mas a motorista continuou dirigindo. Um tanto alarmada, a amiga no banco do carona pensou: “Bom, ou eu estou ficando doida, ou minha amiga acabou de avançar o sinal!” Alguns segundos depois, elas se aproximaram de outro cruzamento. Mais uma vez, o sinal estava vermelho, mas sua amiga, de novo, passou direto sem nem diminuir a velocidade. A essa altura, a outra estava ficando nervosa, mas pensou que não estava vendo as coisas direito e não falou nada. Mesmo assim, continuou com medo. Por fim, no 3º cruzamento, como esperado, a mesma coisa aconteceu: elas avançaram mais um sinal vermelho. A amiga no banco do carona não conseguiu mais se segurar e disse para sua amiga: “Maria, você sabia que acabou de avançar três sinais vermelhos consecutivos? Desse jeito você irá nos matar!” Ao que a motorista respondeu: “Nossa! Eu estou dirigindo?!”

A moral da história é: “Você está dirigindo, você está atrás do volante e a vida exige que você fique atento!”

Avalie o relato de seu mundo enquanto afirma o relato do testemunho do próprio Deus. E qual é esse testemunho de Deus?

  • Terceiro: o Testemunho Inspirado.

Veja o verso 11:

E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho.

Esta é, com efeito, a promessa de Deus: Ele nos deu vida eterna através de Jesus Cristo, Seu Filho. Que promessa!

Na semana passada, tive a oportunidade de oficiar o casamento de uma moça que cresceu em nossa igreja. Eu tive o privilégio de vê-la crescendo física e espiritualmente e de agora vê-la se casando com um homem piedoso. Uma das coisas que fizeram foi escrever seus próprios votos com compromisso e fidelidade para a vida toda. Que promessas preciosas!

Foi impossível não pensar como as coisas mudaram. Hoje, votos não incluem compromisso algum para a vida. Um casal sobre o qual li reescreveu seus votos para que, ao invés de “prometo amá-la até que a morte nos separe,” dissesse “prometo amá-la até que o amor acabe.” Esse é o motivo porque hoje podemos até alugar alianças de casamento por um ano ou mais.

Quando removemos de nossa vida o testemunho da promessa de Deus, até mesmo as promessas mais queridas terão pouco peso e serão facilmente dissolvidas. E o que dizer dessa promessa de Deus—a promessa da vida eterna? Veja bem: a promessa da vida eterna no Seu Filho é válida somente se o relato de Deus sobre Seu Filho for válido.

É por isso que João escreve: “Deus o Pai fornece um testemunho por escrito, um relato que aponta consistentemente para Seu Filho como o Redentor e Salvador de todo aquele que crê.”

No contexto de João e dos crentes primitivos, é como se ele dissesse: “Deixe o registro do Antigo Testamento falar por si só!”

Então, eu fui para cada livro do registro do testemunho de Deus para descobrir como Cristo é retratado, ilustrado e prometido. Ouça o registro do testemunho de Deus no Antigo Testemunho—o registro fala por si só!

Em Gênesis, Jesus Cristo é a voz do Deus triúno na criação, conforme nos conta Paulo em Colossenses 1. Foi Jesus, o Deus Filho, quem falou e os mundos vieram à existência. Além disso, em Gênesis, Jesus Cristo é a semente profetizada que um dia esmagaria a cabeça da serpente.

Em Êxodo, Jesus Cristo é o cordeiro Pascal cujo sangue protegeu os israelitas da ira de Deus, e Ele é o maná que desceu do céu, e a água que esguichou da rocha.

Em Levítico, Cristo é o tabernáculo de Deus entre os homens:

  • Ele é o altar de bronze: significando que Sua morte é a entrada;
  • Ele é a pia de bronze: prometendo nos purificar de cada pecado;
  • Ele é o pão da proposição: significando que é a comida que satisfaz;
  • Ele é o candelabro de ouro: a luz do mundo que nunca será apagada;
  • Ele é o altar de incenso: que sobe e intercede perpetuamente a nosso favor;
  • Ele é o véu: através dEle, temos acesso à presença santa de Deus;
  • E Ele é o Santo dos santos: nEle, o Deus Pai tem comunhão com Seu povo e Seu povo tem comunhão com Ele no céu.

No livro de Números, Cristo é o grande Sumo Sacerdote que jamais fracassará. Em Deuteronômio, Ele é a cidade-refúgio para onde criminosos podem correr em busca de proteção.

Em Josué, Cristo é o vencedor sobre cada obstáculo, a força sobre cada inimigo que atrapalha o caminho de Seu povo. Em Juízes, Jesus Cristo é o Anjo do Senhor, fortalecendo o fraco e saindo em busca dos desviados. Ele é a perfeita paciência com um povo teimoso. Em Rute, Ele é o rico Resgatador que compra Sua noiva de pobreza miserável, introduzindo-a na linhagem da família real e lhe dando o direito a tudo o que Lhe pertence. Em 1 e 2 Samuel, Cristo é o Nome do Senhor, em cuja força o povo de fé ousa conquistar os inimigos e derrotar gigantes. Em Reis e Crônicas, Ele é o Rei soberano por trás e acima de todos os reinos, tanto pagãos como piedosos.

Em Esdras, Ele é o cumpridor das promessas divinas a Israel e a mão que liberta o Seu povo da escravidão. Em Neemias, Cristo é o reedificador de vidas, corações e sonhos despedaçados; Ele é o restaurador da comunhão quebrada entre Deus e o homem. Em Ester, Cristo está por trás dos bastidores, agindo com mais sagacidade que o Maligno, protegendo fielmente Seu povo infiel, cochichando no ouvido da jovem rainha que, para em tempos como esses, ela foi coroada.

Em , Ele é o majestoso que cavalga sobre o vento, dá ordens ao trovão e à tempestade; o Senhor de mistérios que não explica a vida, mas revela ser soberano sobre toda a vida. No livro dos Salmos, Ele é a Rocha da salvação, o Pastor das ovelhas, a Torre de refúgio, o Favo de mel da revelação divina.  Em Provérbios, Ele é a eterna sabedoria, o conselho divino para os que aceitam Seu convite para Lhe dar ouvidos. Em Eclesiastes, Ele é a eterna satisfação sobre todos os desejos terrenos, Aquele a ser lembrado nos dias de nossa mocidade. Em Cantares de Salomão, Ele é o noivo que busca Sua noiva, parando diante de nada até que a tem em segurança em Seus braços.

Em Isaías, Ele é o Salvador sofredor que será moído pelas nossas iniquidades; Ele é o futuro Príncipe da Paz cujos ombros fortes um dia governarão o mundo. Em Jeremias, Ele é o ramo da justiça que efetua justiça e equidade; Ele é o prometido que escreverá a nova aliança nos corações de Seu povo. Em Lamentações, Ele é o pai que disciplina aquele que ama. Em Ezequiel, Ele é o poder da ressurreição que sopra vida em ossos secos, gerando vida da morte. Em Daniel, Jesus Cristo é a pedra angular cortada sem mãos, rejeitada pelos reinos, mas que derrota a falsa imagem e enche a terra com Sua glória.

Em Oséias, Ele é o marido fiel e perseverante de uma esposa infiel e rebelde. Em Joel, Ele é a esperança de Seu povo. Em Amós, Ele é a ira de Deus contra os opressores, a promessa de vinhas e pomares onde Seus filhos um dia descansarão. Em Obadias, Ele sobe ao Monte Sião como o libertador que julga os reinos deste mundo e inaugura Seu reino eterno. Em Jonas, Ele é o cumprimento do sinal de que, após 3 dias e 3 noites, o Filho do Homem surgiria vindicando a justiça de Deus e o poder de ressurreição em Seu reino. Em Miqueias, Ele é Aquele que não guarda Sua ira para sempre, mas que se deleita em amor eterno; Ele é Aquele que pisa sobre nossas iniquidades e lança os nossos pecados nas profundezas do mar. Em Naum, Ele é tardio em se irar e grande em poder, diante do qual as montanhas tremem e os morros se desfazem, mas que é o refúgio para todos os que nEle se refugiam. Em Habacuque, Cristo é a luz radiante, cuja força faz nossos pés velozes como os da corça, fazendo—nos andar em lugares altos. Em Sofonias, Ele é Aquele que reunirá os que choram, os mancos e os rejeitados; Ele é Aquele que transformará sua vergonha em gritos eternos de alegria. Em Ageu, Cristo é o Senhor dos exércitos vitorioso que balançará os céus e a terra quando derrotar as nações deste mundo; Ele é Aquele que usará Seu povo como anéis de pedras preciosas em Seus dedos onipotentes. Em Zacarias, o Senhor se coloca com Seus redimidos sobre o Monte das Oliveiras no reino vindouro, onde será escrita na campainha dos cavalos a inscrição: “Santo ao Senhor.” E em Malaquias, Jesus Cristo é o Refinador divino sentado sobre a panela de ferro de Seu universo, purificando Seu povo escolhido como prata e ouro, Aquele que não muda, que um dia subirá com a cura em Suas asas!

Deixe o registro do Antigo Testamento falar por si só! Mas isso não é tudo ainda. Hoje, temos o registro do Novo Testamento, que também fala por si só!

No Evangelho de Mateus, Ele é o Rei dos judeus. No Evangelho de Marcos, Jesus Cristo é o servo submisso ao Deus Pai. No Evangelho de Lucas, Ele é o Filho do Homem anunciado por Gabriel como o Salvador do mundo. No Evangelho de João, Ele é o grande Eu Sou, a Luz do mundo e o eterno Filho de Deus. Em Atos, Ele é o Senhor que comissiona a igreja.

Em Romanos, Ele é Aquele que nos escolhe, justifica, santifica e glorifica. Em 1 Coríntios, Ele é o autenticador genuíno de nossa fé. Em 2 Coríntios, Jesus Cristo é a nossa liberdade, transformando-nos de glória em glória. Em Gálatas, Ele é o nosso libertador que nos livra da escravidão e nos transforma em filhos, de forma que podemos dizer: “Abba, Pai!” Em Efésios, Ele é a cabeça e o noivo da igreja. Em Filipenses, Jesus é o Deus encarnado, obediente à morte de cruz, agora exaltado e diante de quem um dia todo joelho se dobrará. Em Colossenses, Ele é o Cristo incomparável—o criador de tudo no céu e na terra. Em 1 Tessalonicenses, Ele é Aquele que virá nas nuvens com um brado, arrebatando a igreja para o Seu lado. Em 2 Tessalonicenses, Ele é o Senhor que volta e se vinga, que retorna à terra com anjos e fogo flamejante para derrotar os Seus inimigos. Em 1 Timóteo, Jesus é o pagamento de resgate para redimir Sua igreja, o único mediador e ponte entre a terra e o céu. Em 2 Timóteo, Ele é a palavra pregada pelos presbíteros fieis, o Senhor e Rei vindouro sobre vivos e mortos. Em Tito, Ele é a bendita esperança que aguardamos. Em Filemom, Ele é o emancipador de escravos, que transforma escravos e livres em irmãos comprados por sangue.

Em Hebreus, Ele é o sacrifício final e o Grande Sacerdote, plenamente homem e plenamente Deus. Em Tiago, Ele é a sabedoria do céu e Aquele que desenvolve nossa fé por meio de provações divinamente planejadas. Em 1 Pedro, Ele é a pedra angular da casa que Ele mesmo edifica; Ele é o Supremo Pastor de Seu rebanho. Em 2 Pedro, Ele é o Salvador rejeitado, zombado e ridicularizado pelo mundo que caminha em direção ao julgamento de fogo final. Em 1 João, Jesus Cristo é a corrente de sangue purificador e a fonte de nossa vitória eterna. Em 2 João, Ele é o grande divisor entre os que seguem o grande enganador e os que seguem o grande Libertador. Em 3 João, Ele é o nome que faz a alma prosperar e o caminho da verdade. Em Judas, Ele é Aquele que nos protege de nos desviar, Aquele que um dia nos apresentará como Sua noiva perdoada e alegre. E em Apocalipse, Ele é o Cordeiro ressurreto e o Leão de Judá, a inspiração por trás das músicas entoadas por centenas de milhões de anjos e de redimidos de todas as épocas que O glorificam como Rei dos reis e Senhor dos senhores; Ele é o único digno de toda bênção, e honra, e glória, e poder para todo sempre, amém!

Portanto, que seja assim—deixe o registro falar por si só! Verdadeiro no decorrer das eras, inspecionado por cada geração, suas promessas foram cumpridas no momento designado e outras se cumprirão no futuro no tempo determinado.

E João escreve: “Aquele que crê nesse registro que aponta para Jesus recebe a vida—a vida eterna!” E essa vida está em Jesus, é sustentada, contida e entregue por Ele, o nosso eterno Criador e vivo Senhor.

Creia nesse registro e você viverá eternamente.

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Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 13/10/2013

© Copyright 2013 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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