
Presente de Identidade
Presente de Identidade
De Coração para Coração—Parte 1
1 João 2.28–3.1
Introdução
Com certa frequência, eu ou assisto ou leio uma notícia do crescente problema do roubo de identidade. Conforme uma definição que li, um ladrão de identidade é uma pessoa que propositadamente obtém, possui ou usa a informação de identidade de outro, quer vivo ou morto, com o intuito de representar esse indivíduo de forma fraudulenta, fazendo transações financeiras ou de crédito no nome dele, conseguindo algo de valor, algum benefício ou vantagem. Em outras palavras, alguém utiliza seu nome—informações pessoais como CPF e cartão de crédito—para benefício próprio.
Roubo de identidade é um crime que apenas cresce—cerca de 50% nos últimos anos. Seis anos atrás, o governo americano estimou que 1 milhão de programas de computador foram desenvolvidos para roubo de informações pessoais. Agora, somente seis anos depois, a estimativa é de que existem cerca de 130 milhões de programas dessa natureza. E a expectativa é de que, num futuro próximo, roubo de identidade ultrapasse as demais formas “tradicionais” de roubo.
Li um exemplo disso num artigo recente. Uma mulher recebeu uma notícia surpreendente de seu contador: um ladrão de identidade havia roubado suas informações pessoais, preenchido seus formulários da Receita Federal e acabou recebendo do governo um ressarcimento devido à mulher.
Como escreveu Salomão, não há dúvidas de que pessoas perversas de fato deitam à noite em sua cama pensando em novas maneiras de cometer crimes. Na verdade, Salomão escreve que elas não conseguem dormir sem antes elaborar um novo plano maligno (Provérbios 4.16).
Milhões de pessoas têm sido vítimas de roubo de identidade de alguma forma ou outra. E esse problema é comum no mundo inteiro. Minha filha, que mora em Santiago, Chile, estava outro dia numa lanchonete tomando café. Enquanto estava lá dentro alguém roubou seu cartão de débito de dentro da sua bolsa—ela não conseguiu encontra-lo naquela tarde. Ela ligou para mim e disse que estava tranquila porque o ladrão teria que saber sua senha, mas pediu que eu falasse com o banco para cancelar seu cartão. Ao final do dia, o ladrão, de alguma forma, tinha conseguido usar centenas de dólares com seu cartão. Minha filha suspeitou de algum funcionário da lanchonete, mas não tinha provas.
A verdade é que nós ficamos assombrados, perturbados e preocupados com esse crime. Mas você já parou para pensar que o crente, por definição, é alguém que possui a identidade de outra pessoa? Somos chamados de “cristãos” por termos tomado para nós a identidade de Cristo. Não a roubamos, mas também não nascemos com ela. Algo diferente aconteceu, não foi? Nascemos de novo, pela fé em Cristo somente, e fomos introduzidos na família de Deus: Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome (João 1.12).
A boa notícia é que sua nova identidade não foi algum tipo de roubo de identidade; ela acontece de ser um presente de identidade. Deus nos deu esse presente de identidade quando nos fez membros de Sua família. E, evidentemente, Deus nos deu uma espécie de procuração com privilégios, já que podemos assinar por Ele, representa-lO, fazer negócios por Ele e falar por Ele. Ele até nos deu o nome de Seu Filho—somos chamados de “cristãos” por sermos parentes de Cristo e de no reino futuro sermos co-regentes com Cristo.
Em 1 João 2, o apóstolo está prestes a enfatizar que nossa nova identidade afeta nossa futura responsabilidade e nossa atividade no presente. Ou seja, João quer que façamos uso de nosso presente de identidade de Deus—ele influencia tudo.
Duas palavras me vieram à mente enquanto lia os últimos versos de 1 João 2—são duas características de nossa identidade.
- A primeira característica é: preocupação.
Lemos em 1 João 2.28–29:
Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda. Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.
O verso 28 começa com a expressão agora, pois. Concordo com aqueles que dizem que este seria um ponto excelente onde introduzir a quebra de capítulo.
Como você provavelmente sabe, capítulos e versículos não são inspirados, não fizeram parte das cartas originais escritas pelos apóstolos. E eles são ferramentas úteis no estudo bíblico.
O verso 28 começa com uma partícula enfática que introduz uma nova divisão de pensamento. Agora, pois, ou poderíamos traduzir o verso da seguinte forma: “E, já que isso é verdade, meus filhinhos, permaneçam nele.” De forma simples, tenham comunhão com Ele.
Em seguida, no verso 29, lemos a ideia de “praticar a justiça:” todo aquele que pratica a justiça. Essa atitude, todavia, não é para que você conquiste sua nova identidade em Cristo, mas para que a revele.
Não praticamos a justiça na esperança de produzir o novo nascimento; praticamos a justiça como prova de nosso novo nascimento.
Pense nisso da seguinte forma: sua nova identidade é um presente de Deus para você; viver conforme sua nova identidade diante do mundo é seu presente para Deus.
Agora, o apóstolo João já escreveu sobre o assunto de permanecer em Cristo, bem como sobre viver uma vida de justiça.
Entretanto, nessa nova divisão de pensamento, ele tem uma preocupação em mente, uma preocupação que deve ocupar a mente e o coração de cada crente. E essa preocupação é a manifestação de Jesus Cristo. Veja o verso 28 novamente:
Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.
Sua vinda é o termo grego parousia, que se refere à presença de Cristo; literalmente, “estar ao lado de.”
A parousia—a vinda de Cristo—ocorre em duas etapas: ela inclui o aparecimento de Cristo nas nuvens para os Seus redimidos na ocasião do arrebatamento (1 Tessalonicenses 4.17), e, após a Tribulação, o aparecimento de Cristo das nuvens para a Terra com os redimidos para estabelecer Seu reino (Apocalipse 19).
Já que João fala de o crente ficar envergonhado na presença de Cristo, a referência é ao Bema de Cristo. O julgamento do Bema, também conhecido como o Tribunal de Cristo, descreve o local no qual Cristo se assentará para julgar. Esse é o banco do juiz do século primeiro onde atletas eram premiados durante os Jogos Olímpicos; era ali também que os juízes ouviam os casos trazidos diante deles para que analisassem e pronunciassem um veredito.
Nesse tribunal, o Cristo Senhor avaliará a obra de cada crente. Não será uma ocasião para manifestar pecado, uma vez que o pecado já foi julgado. Todavia, tudo na vida do crente que for digno de recompensa será graciosamente recompensado. Ao avaliar nossas obras frutíferas, nossas obras infrutíferas e pecaminosas também se tornarão manifestas (1 Coríntios 3 e 2 Coríntios 5).
Obviamente, quando Cristo avaliar nossas vidas individualmente, todos nós teremos um sentimento de arrependimento e certo nível de vergonha. Quem, no decorrer de toda a história da igreja, não gostaria de ter sido mais fervoroso para Cristo, mais diligente para Cristo e mais preocupado com Cristo? Até mesmo o apóstolo Paulo lamentou nos seus anos finais que era o principal dos pecadores (1 Timóteo 1.15), que se recusava se gloriar em outra coisa senão na cruz de Jesus Cristo (Gálatas 6.14).
Se essa era a atitude de Paulo, quem, então, ficaria confiante e seguro quando comparecer diante do olhar santo do Supremo Pastor? Esse verso sempre me incomodou porque quem dentre nós não sentirá alguma vergonha e arrependimento por não ter sido mais fiel?
Então, o que João quer dizer aqui quando escreve que o crente poderá ficar confiante na futura avaliação de sua vida? A resposta se encontra no significado das palavras-chave que João emprega. A palavra traduzida como confiança é o grego parresia, que falava na antiguidade de um discurso bondoso.
Ela veio da arena política onde o candidato falava bondosamente ou com um “discurso aberto.” Na época do século primeiro, ela passou a se referir de forma mais genérica a “transparência.” Portanto, trata-se de franqueza, sinceridade, nenhum plano oculto, quer no âmbito ético ou moral. Então, “para que, quando ele se manifestar, tenhamos transparência e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.”
O que em nossas vidas nos faz fugir da transparência diante de Deus agora? O que nos impede de ter uma comunhão sincera com Cristo? Pecado não confessado.
Você se lembra de alguém na Bíblia que pecou contra Deus e, quando Deus apareceu, o indivíduo se escondeu? É, Adão... e Eva. Por que? Eles escondiam pecado; eles evitaram o Criador por causa de pecado não confessado.
Sinceramente, acho que o crente jamais chegará ao ponto no qual comparecerá diante do Senhor com confiança, dizendo: “Senhor, chegou a minha vez e estou muito confiante de que serei coroado.”
Creio que a ideia de João aqui—e o encorajamento a todo crente—é viver em constante confissão de pecado diante do Senhor que, quando Ele se manifestar a nós, poderemos receber Sua presença com transparência.
Nós, os principais dos pecadores também, temos que viver para o momento de Sua vinda, confessando abertamente—com um discurso aberto; ao invés de esconder, confessar abertamente nosso pecado a Ele.
Agora, alguns dizem que João não se refere a crentes aqui, que os crentes terão confiança na manifestação de Cristo e os que não são, realmente, crentes se envergonharão. Existem vários problemas com essa perspectiva:
- Primeiro, João fala aos filhinhos na fé (v. 28);
- Segundo, João fala aos filhinhos que o propósito de permanecer em Cristo inclui não se envergonhar na Sua manifestação;
- Terceiro, João usa o verbo se afastar na voz média, indicando que é uma atitude e sentimento do próprio crente;
- Quarto, João usa a primeira pessoa do plural; ou seja, João não diz: “Eles se afastarão,” mas para que “nós não nos afastemos dEle envergonhados.”
A imagem que João pinta aqui não é a de um indivíduo não salvo, mas de um crente regenerado que permitiu que o pecado permanecesse em sua vida ao invés de ele permanecer na comunhão de Cristo. E esse indivíduo, agora diante de Cristo no Tribunal do Bema, ficará tão envergonhado como Adão e Eva ficaram quando Deus veio para andar com eles. Eles não correram para encontra-lO, mas se esconderam dEle em vergonha.
Acho interessante que João é o único apóstolo a falar de alguém perder um galardão ou recompensa por causa de pecado não confessado—perda de recompensa, não da salvação (2 João 8). Essa é uma referência óbvia ao tribunal do Bema onde o crente é avaliado e Cristo o recompensa por uma vida de fidelidade.
Creio que essa é a ideia também aqui em 1 João 2—permanecer totalmente transparente diante do Senhor, confessando nosso pecado a Ele diariamente para que desfrutemos de uma comunhão abundante com Ele agora. Daí, se Ele vier a qualquer momento, haverá transparência diante dEle ao invés de vergonha.
E, a propósito, a questão aqui não é prejudicar a nossa recompensa, como que pensando: “Rapaz, poderia ter conseguido mais uma pedra de safira para a minha coroa!” A questão é mais profunda do que isso; é não querer ferir ou machucar o Senhor, entristecer Seu Espírito, roubar Sua adoração devida ao Seu nome.
Wiersbe escreve sobre um grupo de adolescentes que brincavam numa festa e alguém sugeriu que fossem todos a um restaurante. Uma das moças, Jan, disse ao seu namorado: “Prefiro ir para casa; meus pais não gostam que eu vá para aquele lugar.” Outra moça ouviu aquilo e disse de forma sarcástica: “O que foi, está com medo de seu pai machucá-la?” “Não,” respondeu Jan, “não tenho medo de meu pai me machucar; eu é que tenho medo de machucá-lo.”
João diz aqui: “Preocupem-se em viver para Ele à luz de Sua futura manifestação. Assim, haverá plena alegria quando Ele aparecer, e dos dois lados: em sua transparência com Ele e na aprovação dEle em relação a você.”
Esse dia futuro deve estar sempre presente em nossas mentes—a preocupação daqueles que são cativados por sua nova identidade. Preocupação!
- A segunda característica de nossa nova identidade é: animação.
Lemos em 1 João 3.1:
Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.
As primeiras palavras de João no verso 1 são: “Olhem só, vejam isso!” Vejam que tipo de amor, esse amor que o Pai nos concedeu.
As palavras que grande amor traduzem um termo grego que aparece poucas vezes no Novo Testamento. Uma tradução ao pé da letra seria: “que tipo de amor é!” A expressão transmite uma reação de surpresa e admiração.
Os discípulos empregaram essa expressão depois de Jesus ter se levantado e repreendido o vento e as ondas, e tudo haver se acalmado perfeitamente. Os homens disseram uns aos outros: Quem é este...? ou “Que tipo de homem é este?!” (Mateus 8.27).
João escreve: “Vejam o amor de Deus—que tipo de amor é esse?!” como que dizendo: “Não conhecíamos esse tipo de amor antes, é algo estranho para nós! Você acredita nisso?”
E veja que esse amor nos tem concedido o Pai. Isso significa que não o conquistamos, não o compramos e não o merecemos—ele é um presente dado a nós.
O verbo tem concedido está no tempo perfeito, indicando que é algo permanente e que jamais será removido ou revogado. Nada poderá nos separar do amor que Deus nos concedeu; Paulo escreveu:
Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 8.38–39).
Em outras palavras:
Seu amor é tão alto que jamais conseguiremos ultrapassa-lo;
Seu amor é tão profundo que jamais conseguiremos atingir suas profundezas.
Seu amor é tão largo que jamais conseguiremos cerca-lo;
Seu amor é tão comprido que jamais conseguiremos chegar ao seu fim!
O compositor do hino expressou isso da seguinte forma:
Se os mares todos fossem tinta
E o céu sem fim fosse papel
Se as aves todas fossem penas
E os homens todos escrivães
Nem mesmo assim o amor seria
Descrito em seu fulgor
Oh maravilha deslumbrante
Esse eternal amor!
João diz: “O amor de Deus por nós! Veja uma coisa dessas!”
Existe essa alegria evidente por causa dessa nova identidade. Veja exatamente o que João tem em mente aqui a respeito desse presente do amor: a ponto de sermos chamados filhos de Deus.
O mundo não valoriza o crente—e também não valorizou Jesus. É por isso que João escreve a última frase: Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Não importa o que o mundo pensa de nós; veja o que Deus pensa de nós!
Nós somos chamados filhos de Deus. A voz passiva do verbo significa que é Deus quem nos chama de filhos. De fato, Deus nos apresenta como Seus filhos! O mundo pode chama-lo de muitas coisas, mas Deus o chama de Seu filho.
Algumas semanas atrás, uma mulher veio a mim após o culto à noite com seu filho pequeno adotivo e me disse: “Os documentos da adoção foram concluídos e oficializados—ele agora tem o sobrenome de nossa família. Apesar de você conhecer nossa família, quero apresenta-lo ao nosso novo filho.” Esse menino tem, agora, uma nova identidade, uma nova família e um novo nome.
John Phillips afirmou que existem três maneiras de se entrar numa família. Primeiro, que é a maneira mais comum, você pode nascer naquela família. Esse é o princípio da vida por meio do qual a vida dos pais é transmitida à sua descendência.
Em segundo lugar, você pode ser adotado por uma família—esse é o princípio da lei. Uma documentação é preparada e tecida legalmente, e o novo membro da família recebe todos os direitos e privilégios dos quais desfrutam os filhos naturais.
Esse é o conceito da adoção visto no Novo Testamento. Na lei romana, a adoção era um contrato legal por meio do qual um cidadão escolhia alguém de fora da família para se tornar membro de sua família e herdeiro de seus bens. Com bastante frequência, o adotado já era adulto.
A terceira maneira de se entrar numa família é através do casamento—esse é o princípio do amor. Nesse caso, tanto marido como esposa passam a ser membros legais da família do cônjuge, mesmo estabelecendo sua própria.
Essa é uma realidade incrível que conduz a uma alegria incrível.
A alegria indizível de nossa própria inclusão na família de Deus é que passamos a ser membros por virtude dos três princípios!
Nascemos de novo para fazer parte da família de Deus como filhos regenerados pelo Espírito; esse é o princípio da vida. Também fomos adotados à família de Deus com todos os direitos e privilégios como herdeiros legais da realeza divina; por meio de Cristo, cumprimos as exigências da lei. E também fomos escolhidos para ser a noiva de Cristo, escolhidos pelo nosso parente-resgatador, nosso noivo; assim, somos membros da família do Pai segundo o princípio do amor.
Então, João pode escrever: a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.
Que direito você tem de ser chamado de filho de Deus? Por que você pode reivindicar tal identidade? Você tem esse direito pelo princípio da vida, pelo princípio da lei e pelo princípio do amor.
Em seu livro Por que Jesus?, Ravi Zacharias escreveu sobre um orfanato na Índia construído por crentes. Nesse orfanato, inúmeras crianças com deformidades de nascença recebem tratamento médico e amor. Um garotinho em particular era geralmente rejeitado em processos de adoção por causa de uma desordem mental; ele não consegue conectar os pensamentos corretamente. Em torno dos 9 anos de idade, ele começou a ficar desesperado ao ver seus coleguinhas do orfanato sendo selecionados por famílias e indo embora. Ele começou a perguntar: “Por que ninguém me escolhe?”
Após uma série de vários acontecimentos, um casal do Texas, Estados Unidos, que já havia adotado um garoto daquele orfanato, ligou para saber se ele ainda estava lá. Através do amor no coração desses possíveis pais e da generosidade do casal que havia começado o orfanato, o qual cobriu as despesas extras de adoção, marcaram um dia para o menino ser levado ao novo lar.
Um dos elementos especiais nessa adoção era que ele seria reunido ao outro garoto do mesmo orfanato que havia sido adotado por aquela família; agora, seriam irmãos. Seu nome era difícil de pronunciar, apesar de ser comum no seu contexto nativo. Seus pais adotivos enviaram ao orfanato o novo nome que tinham escolhido na adoção—Anson Josiah. As iniciais AJ seriam fáceis de serem lembradas.
Os funcionários do orfanato fizeram um crachá especial com seu novo nome e escreveram suas iniciais. O garoto, todo feliz e satisfeito, saiu correndo pelo orfanato feliz, dizendo às demais crianças: “Pode me chamar de AJ! Pode me chamar de AJ!” Apenas uma palavra descreve o sentimento desse menino: animação.
João conclui o verso 1 nos lembrando que o mundo não entenderá nossa animação e alegria: o mundo não nos conhece; na verdade, o mundo nos deprecia, nos despreza; somos um “ninguém.” João adiciona logo em seguida que eles também desprezaram Jesus.
Nós andamos por aí batendo no peito e dizendo: “Sou um cristão. Pode me chamar de AJ—Adotado por Jesus.”
Meu amado, temos uma nova identidade e, com ela, uma preocupação enquanto aguardamos Cristo e uma animação porque pertencemos a Cristo.
Acredite nisso você ou não, o Deus Triúno o introduziu na família celestial através de todos os meios possíveis:
- Deus o Pai o escolheu por Seu amor;
- Jesus Cristo pagou as taxas de adoção com Sua própria vida e sangue;
- E o Espírito Santo assinou, selou e protegeu você por meio da Sua presença ao habita-lo, garantindo que você será entregue no endereço celestial correto, onde você viverá para sempre!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 05/05/2013
© Copyright 2013 Stephen Davey
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