O Melhor de Deus... Quando As Coisas Não Poderiam Ser Piores!

O Melhor de Deus... Quando As Coisas Não Poderiam Ser Piores!

by Stephen Davey Ref: Exodus 4:27–31; 5; 6; 7:1–7

O Melhor de Deus... Quando As Coisas Não Poderiam Ser Piores!

Êxodo 4.27–7.7

Introdução

Uma das coisas boas ao estudarmos a vida de Moisés é que podemos facilmente nos identificar com ele. Isso será verdade especialmente no estudo de hoje, quando aparentemente as coisas apenas se complicarão para ele.

Quando concluímos nossa última meditação em Êxodo 4, vimos que Deus desejou que Moisés deixasse de confiar em sua própria capacidade e dependesse de Deus somente. Em certo sentido, Deus enfatizará a mesma lição nos próximos versos.

As Coisas Não Poderiam Ser Melhores!

Damos continuidade a Êxodo 4, começando no verso 27:

Disse também o SENHOR a Arão: Vai ao deserto para te encontrares com Moisés. Ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou.

Esse é um belo reencontro. Entenda que já faz 40 anos que Moisés e Arão não se veem. Arão era 3 anos mais velho do que Moisés; e eles tinham uma irmã chamada Miriã, cerca de 7 anos mais velha do que Moisés. Eles em breve se reencontrarão também.

Continue no verso 28:

Relatou Moisés a Arão todas as palavras do SENHOR, com as quais o enviara, e todos os sinais que lhe mandara.

Depois que Moisés mostrou a Arão os sinais que Deus lhe mandara, talvez lhe contando sobre a água do Nilo que vira sangue, em seguida, no verso 29, houve uma grande recepção:

Então, se foram Moisés e Arão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel. Arão falou todas as palavras que o SENHOR tinha dito a Moisés, e este fez os sinais à vista do povo.

E o povo reage no verso 31: E o povo creu.

Você lembra que havia 5 motivos por que Moisés não queria servir a Deus? No cerne da maioria deles estava o pensamento: “Pode ser que as pessoas não acreditarão em mim, nem me seguirão. Sou muito insignificante, desqualificado, ignorante e muito mais. O Senhor realmente quer que eu faça isso?” Deus responde: “Sim.”

No verso 31, lemos:

E o povo creu; e, tendo ouvido que o SENHOR havia visitado os filhos de Israel e lhes vira a aflição...

Agora, não houve uma reunião enorme com todos os israelitas. Provavelmente, eles foram, de alguma maneira, de uma cabana de escravo a outra e a notícia se espalhou, até que o povo inteiro ouviu o que Deus estava para fazer para Israel. E o resultado é que eles inclinaram-se e o adoraram.

Creio que houve um reavivamento aqui. Por quase 400 anos, os israelitas permaneceram cercados pelos deuses egípcios; eles viram as coisas incríveis que, supostamente, os deuses egípcios haviam feito. Talvez a fé do povo estava fraca. Agora, Moisés chega, realiza sinais e diz: “Deus, Yahweh, se preocupa com vocês.” O povo reage adorando e sua fé cresce.

As Coisas Não Poderiam Ser Piores!

Creio que, com essa conferência e reavivamento seguinte, Moisés, agora, está confiante que Deus realizará coisas grandiosas através dele. Vemos em Êxodo 5.1:

Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.

Essa é uma declaração, não um pedido. Moisés, confiando que Deus está do seu lado, espera resultados. Isso se equipara a nós, quando vamos falar com o vizinho, amigo ou parente, sabendo que é a vontade de Deus; ou quando nos propomos a fazer algo para honrar a Deus. Vamos com toda confiança, esperando resultados. Pensamos: “Se eu obedecer, Deus fará com que tudo dê certo.”

Veja o verso 2:

Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel.

Moisés fica surpreso com a resposta do Faraó. Ele pensa um pouco e decide falar novamente com um tom de pedido no verso 3:

Eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos ir, pois, caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR, nosso Deus, e não venha ele sobre nós com pestilência ou com espada.

Faraó responde no verso 4, onde o pedido de Moisés e Arão é negado:

Então, lhes disse o rei do Egito: Por que, Moisés e Arão, por que interrompeis o povo no seu trabalho? Ide às vossas tarefas.

Agora, precisamos voltar no tempo e lembrar que o Faraó era considerado como um deus em forma corpórea. Talvez Moisés tenha esquecido que era algo ofensivo ir ao Faraó e dizer: “Deus, o nosso Deus, está dizendo para você, divindade em carne, o que deve fazer.”

Automaticamente, o Faraó ficará enfurecido com essa afronta. “Você está dizendo para mim, o deus dessa grande terra, o conquistador de nações, que o seu Deus, o qual não conheço, com o qual não me importo e que não deve se preocupar com vocês, já que são escravos, esse Deus está me dizendo o que devo fazer?! Eu não sei quem é esse seu Deus!”

Moisés se aproxima e confronta o Faraó com demandas de Yahweh, um Deus com o qual o Faraó não se importava. Moisés se choca com a reação do rei e, creio eu, reformula sua frase.

As coisas, contudo, pioram porque o Faraó aumentará o rigor da escravidão dos hebreus. Veja o que acontece nos versos 6–7 no mesmo dia em que Moisés e Arão se apresentam ao Faraó:

Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha.

O costume na época era misturar água com barro, colocar a mistura numa forma de madeira e deixa-la secar ao sol. Eles também utilizavam palha ou capim na mistura para fazer com que o tijolo ficasse mais firme e resistente. Sem a palha, o tijolo se desfaria e, sem a palha, o povo teria que fabricar tijolos com muito mais cautela para que o tijolo não se desfizesse. Faraó diz: “Mesmo sem palha, a quota continua sendo a mesma. E se quiserem palha, vocês mesmos vão ajuntar.”

Continue no verso 8:

E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso Deus.

Em outras palavras, “Se eles têm tempo para adorar esse Deus insignificante que não conheço, então, precisam de mais trabalho. Vamos acabar com suas intenções de adorar esse Deus!”

Nos versos 10–13, o povo fica aterrorizado diante disso:

Então, saíram os superintendentes do povo e seus capatazes e falaram ao povo: Assim diz Faraó: Não vos darei palha. Ide vós mesmos e ajuntai palha onde a puderdes achar; porque nada se diminuirá do vosso trabalho. Então, o povo se espalhou por toda a terra do Egito a ajuntar restolho em lugar de palha. Os superintendentes os apertavam, dizendo: Acabai vossa obra, a tarefa do dia, como quando havia palha.

Esse é o resultado do que Moisés pensava que levaria à libertação dos hebreus.

E você, já teve suas esperanças demolidas alguma vez? Talvez seja algum investimento que sabia que daria certo, mas acabou perdendo tudo. Ou talvez algo mais simples do que isso, mas que, na situação, era algo sério. Talvez você se encontre nessa situação agora mesmo; é difícil manter as esperanças. A verdade é que todos nós, num dado momento ou outro, vemos nossas esperanças e expectativas frustradas.

Fico imaginando Moisés, entrando no palácio de Faraó com o peito inchado, cheio de confiança. Ele olha para o Faraó e diz: “Deus diz: deixa o meu povo ir.” O Faraó responde: “Quem é o seu Deus?!” e piora ainda mais o castigo dos hebreus.

Vemos a reação do Faraó nos versos 15–18:

Então, foram os capatazes dos filhos de Israel e clamaram a Faraó, dizendo: Por que tratas assim a teus servos? Palha não se dá a teus servos, e nos dizem: Fazei tijolos. Eis que teus servos são açoitados; porém o teu próprio povo é que tem a culpa. Mas ele respondeu: Estais ociosos, estais ociosos; por isso, dizeis: Vamos, sacrifiquemos ao SENHOR. Ide, pois, agora, e trabalhai; palha, porém, não se vos dará; contudo, dareis a mesma quantidade de tijolos.

Faraó se ofende com o fato de os hebreus adorarem outro Deus que não ele. Esse é o real problema.

No verso 20, vemos a reação do povo ao líder Moisés:

Quando saíram da presença de Faraó, encontraram Moisés e Arão, que estavam à espera deles;

Fico apenas imaginando isso. O texto indica que Moisés e Arão estão de pé em algum lugar, talvez no corredor do palácio aguardando a resposta do Faraó. De repente, o povo sai em alvoroço nesse corredor, se depara com Moisés e Arão e profere palavras duras a eles. Veja o verso 21:

e lhes disseram: Olhe o SENHOR para vós outros e vos julgue, porquanto nos fizestes odiosos aos olhos de Faraó e diante dos seus servos, dando-lhes a espada na mão para nos matar.

Em outras palavras, “Moisés e Arão, vocês agravaram ainda mais a dureza da nossa escravidão. Que Deus os julgue.”

Moisés Procura o Senhor e o Senhor Responde a Moisés

Coloque-se na posição de Moisés. Aqui está ele fazendo o que Deus o mandou fazer. Semelhantemente, você vive como Deus o mandou viver. E o que recebe em troca? Expectativas frustradas; a dor da rejeição; tristeza. Provavelmente, você diria a Deus a mesma coisa que Moisés dirá agora. Na verdade, ele faz duas perguntas e cada uma delas é basicamente uma palavra apenas.

  • A primeira pergunta é: “Por quê?” Veja o verso 22:

Então, Moisés, tornando-se ao SENHOR, disse: Ó Senhor, por que afligiste este povo? Por que me enviaste?

Moisés volta ao encontro na sarça ardente e diz, com efeito: “Deus, por que escolheste me enviar? Eu te disse, lá na moita ardente, que não era o homem certo para essa missão. Por que tu me obrigaste? Por que me convenceste? Por que me enviaste? Por quê?”

Creio que a pergunta mais frequente colocada diante do trono do Altíssimo é “por que.”

Deus responde à pergunta de Moisés e sua resposta é a mesma para mim e para você hoje. Se você se vê perguntando a Deus “por quê?,” saiba que a resposta de Deus é profunda. Veja Êxodo 6.1:

Disse o SENHOR a Moisés: Agora, verás o que hei de fazer a Faraó...

Você percebeu isso? Deus diz: “Moisés, eu o coloquei nessa situação em que não há outra saída para que não confie mais em si mesmo e em seu ministério, mas confie no que eu farei.”

A questão não será resolvida com um truque de bordão; derramar um balde de água do Nilo e transformá-la em sangue não realizará o necessário. Yahweh diz: “Eu realizarei a minha obra.”

Precisamos, contudo, reconhecer a atitude correta de Moisés que aparece em Êxodo 5.22. O verso diz que Moisés, tornando-se ao SENHOR. Gosto disso porque Moisés busca explicação em Deus.

Meu querido, sem dúvida alguma, o Cristianismo é cheio das ruínas de pessoas amargas que enfrentaram coisas difíceis e se prenderam a elas. Elas nunca voltam ao Senhor e perguntam: “Por quê?” A única coisa que fazem é dizer: “É, Deus, se é isso que acontecerá quando eu te entregar as rédeas de minha vida e quando fizer o que tu desejas que eu faça, então, vou embora.”

Moisés, porém, voltou a Deus. E a resposta de Deus vem na forma de 6 “Eu sou.” Deus diz 6 vezes “Eu sou,” uma expressão que vale a pena destacar em seu texto. Em outras palavras, “Você quer que eu responda o seu ‘por que’? A resposta está em ‘quem.’ Saiba apenas que eu sou o Senhor soberano, Yahweh.”

Deus responde em Êxodo:

  • 6.2: Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR.
  • 6.6: Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o SENHOR.
  • 6.7: e sabereis que eu sou o SENHOR.
  • 6.8: eu sou o SENHOR.
  • 6.29: eu sou o SENHOR.
  • 7.5: eu sou o SENHOR.

Creio que essa resposta é fundamental à nossa teologia; ao nosso estilo de vida, é o entendimento de quem Deus é.

Se você fosse para a rua hoje e perguntasse às pessoas: “Você acredita em Deus?” 8 de 10 diriam que sim. Mas se perguntasse às mesmas pessoas: “Quem é Deus?” provavelmente receberia 10 respostas diferentes.

O que racha o alicerce da igreja, que estremece a igreja e a leva à ruína, o que mais gera confusão e ineficácia é, de forma básica, a falta de entendimento de quem Deus é.

A. W. Tozer escreveu que o primeiro passo decadente na vida de qualquer igreja aparece quando ela abre mão de uma perspectiva elevada de Deus. Deus é um Deus de justiça? Então, ele exige vidas honestas e íntegras. Deus é um Deus de graça? Se sim, então ele exige vidas de amor motivadas pela graça. Deus é um Deus de santidade? Então, ele exige que seus filhos sejam santos e puros.

É por isso que volto ao pensamento de que o problema em nossas vidas é que abdicamos de nossa perspectiva elevada sobre quem Deus é. Agora, ele é um Deus que compromete, que não nos ouve ou vê direito e se enquadra em nosso estilo de vida. Não. Ele é Yahweh. Pelo fato de termos abandonado nosso conceito de um Deus sublime no contexto cristão, nós como indivíduos lutamos com as provações diárias e, como igreja, perdemos nossa influência.

Em seu livro A Crise da Integridade, Warren Wiersbe escreveu:

Por 19 séculos a igreja tem mandado o mundo reconhecer e confessar seus pecados. Hoje... o mundo manda a igreja encarar seus pecados e começar a viver aquilo que prega.

Por 19 séculos, a mensagem foi questionada; agora, o suspeito é o mensageiro. Por quê? Tudo volta à nossa perspectiva de quem Deus é. Temos um conceito baixo de Deus e, como, resultado, quando ouvimos dele e de sua palavra, somos convencidos, mas não transformados; desafiados, mas não convertidos de fato.

Quando temos um conceito baixo de Deus, acabamos com um conceito pobre da Palavra de Deus também. Então, em nossa sociedade hoje a Bíblia é questionada, debatida, dissecada e desobedecida. Por quê? Porque, no fundo, não sabemos mais quem Deus é.

Pensamos que Deus forneceria a Moisés outro plano, algo mais eficaz, mas ele não faz isso. A igreja foi longe demais, ficando impressionada com crescimento numérico ao invés de com a verdade, com programações ao invés de pureza. Por quê? Porque estamos colhendo o fruto de uma geração que sabe pouco sobre Deus. Nossa preocupação maior deve ser a de nos tornar baluartes da verdade. Como igreja, temos que apresentar aos nossos jovens e à geração seguinte uma verdade pura, uma teologia pura de quem Deus realmente é em seu caráter.

Em sua resposta a Moisés, Deus dá uma aula de Teologia Própria. Ele diz: “Eu sou Yahweh.”

  • Moisés faz uma segunda pergunta a Deus, a qual também é uma pergunta que frequentemente fazemos. Primeiro, ele perguntou “por que,” agora ele pergunta, “como?”

Veja Êxodo 6.10–11:

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Vai ter com Faraó, rei do Egito, e fala-lhe que deixe sair de sua terra os filhos de Israel.

Moisés deve estar pensando: “Senhor, você esteve lá da primeira vez quando falei com Faraó no palácio? Já se esqueceu do que ele disse? O Senhor realmente quer que eu volte e fale a mesma coisa?” Continue no verso 12:

Moisés, porém, respondeu ao SENHOR, dizendo: Eis que os filhos de Israel não me têm ouvido; como, pois, me ouvirá Faraó? E não sei falar bem.

A segunda pergunta de Moisés é: “Como?” E a resposta de Deus a isso aparece pelo menos 10 vezes. Deus irá: “Eu farei, não você, Moisés. O ‘como’ não está ligado à sua força, mas à minha força.”

Deus responde em Êxodo:

  • 6.6: vos tirarei de debaixo das cargas do Egito.
  • 6.6: e vos livrarei da sua servidão.
  • 6.6: e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento.

O verbo hebraico traduzido aqui como resgatarei é o mesmo usado na bela história de Boaz e Rute, na qual Boaz resgata Rute para ser sua noiva.

  • 6.7: Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus.
  • 6.8: E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o SENHOR.
  • 7.3: Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas.
  • 7.4: Faraó não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e farei sair as minhas hostes, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito, com grandes manifestações de julgamento.
  • 7.5: Saberão os egípcios que eu sou o SENHOR, quando estender eu a mão sobre o Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel.

Não existe resposta melhor às perguntas “por que” e “como”! Deus diz: “Eu sou o que sou e, por causa disso, posso fazer o que é melhor para você.”

Meu querido, não ignore isso; se não entender outra coisa neste estudo, entenda o seguinte, o que eu creio ser o problema verdadeiro quando questionamos Deus: o que está em jogo é a reputação de Deus. Se ele disse que fará, então, ele fará. Se ele não fizer o que prometeu fazer, ele tem mais a perder do que você, pois terá violado sua palavra.

Deus diz a Moisés: “Eu os tirarei do Egito. Podem contar com isso e confiar em mim. Minha palavra é verdadeira e eu tenho o poder e a força para cumpri-la. Eu farei isso.”

Que posição maravilhosa para ocupar como um ministro de Cristo, como alguém que busca impactar sua sociedade e palácio para Deus. Você pode contar com o fato de que Deus fará o que ele deseja. Ele tem o poder necessário para cumprir tudo o que prometeu. “Moisés, eu sou o Senhor e, porque sou Yahweh—porque sou o que sou—consigo fazer o que prometi fazer.”

Aplicação

Permita-me concluir com um ponto de aplicação; e ele é bem simples. A aflição produz sabedoria e a sabedoria, por sua vez, nos ajuda a compreender o valor da aflição.

A sabedoria enxerga a mão invisível de um Deus Todo-Poderoso e, na condição aflita, fazemos como Moisés: voltamos a Deus e ele nos dá uma aula sobre seu caráter. Nessa aula jaz a mais sublime sabedoria.

Salomão escreveu em Provérbios 9.10: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. A confiança reverente e entendimento de quem Deus é nos permitirá encarar as provações da vida sem amontoar amargura no coração. Deus nos diz: “Por causa do que sou, farei o que é melhor para você.”

Um homem chamado William Cowper ficou profundamente desesperado num período de grande desencorajamento. Deixe-me contar o que lhe aconteceu. Ele tentou cometer suicídio bebendo veneno. Deus, contudo, conduziu alguém para encontra-lo e socorrê-lo; sua vida foi poupada, mas seu estômago, evidentemente, sofreu.

Logo que se recuperou e voltou para casa, ele solicitou uma carruagem e pediu que o motorista o levasse ao rio Thames, onde ele planejava se jogar. Mas o motorista o impediu de cometer a tragédia.

Muito frustrado, naquela mesma noite ele voltou para casa e se jogou sobre a lâmina de uma faca, mas a lâmina quebrou. William simplesmente não conseguia morrer. Então, ele amarrou uma corda no porão de sua casa, fez um laço em torno do pescoço e se jogou. Mas um amigo logo chegou antes que morresse estrangulado e o salvou.

Finalmente, William pegou sua Bíblia e a abriu em Romanos 8. Nas profundezas de sua agonia, Deus o encontrou ali e ele se colocou de joelhos. Posteriormente, já como um homem piedoso e temente a Deus, ele escreveu o seguinte hino:

Deus age de forma misteriosa,
a fim de cumprir seus propósitos.
Ele finca seus pés no oceano,
e cavalga sobre a tempestade.

Nas profundezas insondáveis
de capacidade perfeita,
ele entesoura seus desígnios maravilhosos,
e realiza sua soberana vontade.

Na tempestade, no caos, em meio à sua aflição quando seu coração se vê perturbado, ele continua sendo Yahweh, ele continua sendo o Deus Todo-Poderoso. E, pelo fato de ser o Todo-Poderoso, ele se compromete e é capaz de realizar sua obra, já que ele mesmo disse que tudo quanto realiza em sua vida objetiva o seu bem espiritual.

Então, quando você pergunta “por que,” Deus o apresenta a si mesmo. Quando você pergunta “como,” Deus o apresenta ao seu poder.

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