O Direito dos Pais

O Direito dos Pais

by Stephen Davey Ref: Exodus 20:12

O Direito dos Pais

Êxodo 20.12

Introdução

Hoje, lidaremos com várias passagens bíblicas e com um assunto um tanto difícil. Na verdade, todos os filhos que estiverem vivendo em casa neste momento não desejarão ouvir o quinto mandamento: o de honrar e obedecer aos pais.

Em nossos dias, ouvimos falar muito sobre os direitos das crianças, que pais não devem discipliná-las, que não devem interferir em suas vontades, etc. Contudo, descobrimos nas Escrituras algo que fornece equilíbrio em meio a esse cenário. Podemos chama-lo de “O Direito dos Pais.”

Existe um equilíbrio nisso; portanto, não entenda errado. Na verdade, eu li na semana passada a história de um garotinho que era disciplinado de forma muito severa pelos seus pais. Daí, numa bela noite, quando todos foram dormir, ele saiu de sua cama, entrou no quarto dos pais e pregou na porta um bilhete que dizia: “Queridos pais: sejam bondosos com seus filhos e eles serão bondosos com vocês. Com amor, Deus.”

Como pais, às vezes é difícil encontrar um equilíbrio. Creio que os Evangelhos fornecem algumas pistas quanto às necessidades mais interiores de uma criança. Quero começar com a criança antes de chegar aos pais.

O Quinto Mandamento: Versão Expandida

Em Lucas 2, encontramos o ensino implícito sobre 4 necessidades que toda criança tem. Todas elas se encontram no verso 52. Vamos começar com o verso 51. Essa é uma passagem bastante conhecida na qual Jesus, que é um garoto de uns 11 ou 12 anos de idade, não segue seus pais de volta depois de visitarem Jerusalém. Ele está no templo debatendo com os fariseus e escribas, maravilhando-os com seu profundo conhecimento. Finalmente, seus pais o encontram e ele vai com eles de volta para casa. Lemos no verso 52:

E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.

O verso deixa claro que Jesus continuava crescendo em 4 áreas. Isso nos fornece a implicação de que cada criança possui 4 necessidades que os pais são responsáveis por nutrir e desenvolver enquanto criam seus filhos.

  • A primeira necessidade da criança é de sabedoria.

Quando observamos a humanidade de Jesus, percebemos que lhe faltava sabedoria. Sabedoria é a capacidade de discernir entre o certo e o errado, entre o seguro e o perigoso, entre o puro e o imoral. Uma criança criada no lar encontrará sabedoria por meio do ensino e da instrução.

Meus filhos gêmeos de 4 anos de idade pensam que seria perfeitamente normal se eles dirigissem o carro para casa depois do culto; eles ainda não entendem por que não podem dirigir. Bom, acho que eles simplesmente querem voltar para casa! Mas eles não sabem discernir entre algo seguro e algo perigoso.

Semelhantemente, seu filho, que tem 11, 12, 15 ou 17 anos, pode ainda não possuir discernimento para distinguir entre amizades saudáveis e prejudiciais. Nós, pais, lhes damos instrução para que cresçam em sabedoria.

  • A segunda necessidade da criança é de estatura.

Você pode escrever na margem de sua Bíblia a palavra “maturidade.” A palavra não fala apenas da altura física de seu filho, mas de sua maturidade também.

Você alguma vez já se pegou dizendo: “Minha nossa! Como as crianças estão crescendo rápido hoje!” Claro que você já disse isso. Todo mundo que tem mais de 20 anos já disse isso alguma vez. Mas, acredite nisso ou não, é verdade. As crianças de hoje crescem mais rápido do que crianças do passado.

Li algumas estatísticas interessantes a esse respeito. Nos anos de 1600, a puberdade começava entre os 18 e os 20 anos. Na verdade, o coral de meninos de Bach cantava até os meninos completarem 18 anos; depois, suas vozes começavam a mudar. Imagine só! Em nossos dias, por causa da exposição demasiada à imoralidade, o período da puberdade começa 4 meses mais cedo a cada década, o que significa que, hoje, as crianças atingem a puberdade aos 11 anos. Daqui a vinte anos, será aos 10 anos e meio.

O lar é o local onde a criança pode ser criança; é ali onde desligamos todas as influências negativas que as impulsionam para amadurecer e se encaixar nos moldes pecaminosos deste mundo, no qual pensam que são adultos aos 13, 14 ou 16 anos. O lar é o lugar onde deixamos as crianças amadurecer com o decorrer do tempo.

Entenda que seu filho possui a necessidade de amadurecer lentamente. O lar não é o local onde as instigamos a crescer no ritmo que achamos que devem, quer física ou psicologicamente. O lar deve ser um refúgio. Infelizmente, nossa sociedade e nossos lares perderam um ingrediente importante que protege nossos filhos: a ingenuidade. As crianças não são mais ingênuas.

Quando eu estava na quinta série, pensava que, se segurasse a mão de uma menina, ganharia biscoitos. Quando meninas tocavam nos meninos, eles diziam: “Sai daqui se não vou pegar piolho!” Se você disser isso para uma criança de 11 anos hoje, ela pensará que você é de outro planeta. Piolho?! Agora eu sei como meus pais eram sábios. Havia certa ingenuidade dentro de nossa casa que não existe mais nos lares de hoje, mas que é necessária.

É no lar que as crianças amadurecem e eu creio que, se nossos lares forem piedosos, nossos filhos amadurecerão mais devagar. Mas esse não é motivo para ficar bravo; isso é proteção. Ingenuidade é algo que devemos instigar em nossas crianças.

  • As crianças ainda têm uma terceira necessidade: graça ou favor diante de Deus.

As primeiras perguntas serão: “Quem é Deus? Qual é o tamanho de Deus? Onde ele mora? Como eu oro? Como converso com ele? Será que ele me vê?” Todas essas perguntas relacionam-se ao favor ou graça diante de Deus e é no lar que instruímos as crianças sobre como se relacionar com Deus. Pode ser que nossos filhos nunca sigam nossa instrução; nossa oração é que aceitem e sigam. Ensinamos nossos filhos que relacionamento com Deus é primário.

  • A quarta necessidade das crianças é: favor ou graça diante dos homens.

Crianças são, naturalmente, egoístas; elas nascem para o “eu,” “meu” e “minha.” Elas jamais aprenderão a se relacionar com as pessoas, até que aprendam a não ser egoístas ou a controlar seu egoísmo. Então, quando descobrimos que nossos filhos não têm favor diante dos homens, ensinamos como devem reagir às demais pessoas, ou seja, sem egoísmo, de forma generosa e responsável.

Quando era criança, estava jogando basebol e quebrei uma janela; foi uma bela tacada, uma das melhores. Acertei a bola bem no centro do taco e ela foi com a maior velocidade direto para a janela da vizinha. Você sabe o que eu fiz em seguida? Sabe sim porque teria feito a mesma coisa: saí correndo dali! Finalmente, fui pego. Meus pais, é claro, me pegaram pela mão e me levaram até a casa da vizinha para que eu pedisse desculpas. Com isso, meus pais estavam me ensinando a como ter favor diante dos homens. Se fosse deixado sozinho, teria feito o quem bem quisesse e tentado escapar do que tinha feito. Mas o lar é o lugar onde somos ensinados a como nos relacionar com as pessoas.

Essas são quatro necessidades importantes das crianças.

Você já se perguntou por que o lar piedoso está sob constante ataque? Deixe-me dar algumas razões para isso.

  • O primeiro motivo é que o lar piedoso é o lugar onde crianças aprendem as quatro coisas que acabamos de mencionar.

É num lar piedoso que as crianças aprendem sabedoria, maturidade, como se relacionar com Deus e com os homens. Por isso, o lar piedoso está sob constante ataque.

Efésios 6.1, que é uma adição ao mandamento de Êxodo 20, fornece mais detalhes quanto a isso. Esse verso é, na verdade, o único mandamento dado diretamente a crianças ou filhos. O termo grego traduzido como “filhos” em Efésios 6.1 é teknon, que se refere a qualquer um debaixo da autoridade dos pais. Ou seja, enquanto você estiver sob a autoridades dos pais, enquanto estiver morando em casa, independente de sua idade, esse mandamento se aplica a você. Essa adição de Efésios 6.1 ensina algo temporário, mas o mandamento de Êxodo ensina um princípio permanente. Lemos em Efésios 6.1: Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor.

O verbo obedecei significa que os filhos que ainda estão debaixo da autoridade dos pais precisam ouvi-los e se submeter a eles. Já que os filhos não se submeterão naturalmente, Paulo adiciona: porque isto é justo. Mas onde entram psicólogos? E as estatísticas? Nada disso importa. A única coisa que Paulo diz é: “Filhos, obedeçam, submetam-se à autoridade dos pais porque isso é justo, correto.”

Sabe como é irritante quando seu pai o manda fazer alguma coisa, você pergunta: “Por que?” e responde: “Porque sim!” Bom, Paulo age como um pai aqui nesse verso. Ele diz: “Filhos, obedeçam seus pais.” Mas por que, Paulo? “Porque isso é correto.”

  • O princípio aqui é que a criança aprende dentro do lar a respeitar autoridades. Portanto, o lar piedoso está sob constante ataque porque é no lar que as crianças aprendem as quatro coisas mencionadas e, em segundo lugar, porque é no lar que elas aprendem a respeitar autoridade.

Aprender a respeitar autoridade é, obviamente, extremamente importante porque isso fornece o alicerce para uma criança saber como reagir à autoridade de Deus. Se você deixa seu filho desobedece-lo, acaba destruindo a possibilidade de ter um entendimento saudável do que significa reagir apropriadamente à autoridade de Deus. Então, é no lar que aprendemos a respeitar e a reagir a autoridades de forma devida.

O pecador, por natureza, tem dificuldades para se submeter a autoridade. Esse fato pode ser exemplificado por um palestrante e escritor famoso americano. Ele disse que espera ansiosamente pelo dia em que não haverá mais escolas, famílias e relacionamentos entre pais e filhos. Ele afirmou: “Não nos contentaremos até que tenhamos eliminado completamente a família.” Esse homem revela ter problemas com autoridade.

Filhos desobedientes aos pais não são novidade. O grande pregador G. Campbell Morgan escreveu: “O mal de crianças desobedientes aos pais nunca foi tão grande como é hoje. É um sinal do retorno de Cristo.” Ele escreveu isso em 1901. O problema não é novo; na verdade, ele volta até Caim e Abel.

Entretanto, creio que existe algo novo, e é alarmante; ele se encontra em Romanos 1. Nesse capítulo, Paulo lista vários pecados que indicarão a degradação da sociedade a tal ponto que Deus a entrega aos seus próprios pecados. Veja o verso 30:

caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais.

Essas coisas não são alarmantes em si; o que é alarmante aparece no verso 32:

Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Desobediência é algo aprovado pelas pessoas.

Alguns oficiais do governo disseram que “leis sobre direitos dos pais precisam ser reavaliadas quando interferem os direitos das crianças.” A sociedade aprova a desobediência das crianças. Ouça o que um senador americano escreveu aos seus eleitores:

Queridos amigos, vocês acham que crianças devem ter o direito de processar seus pais por serem forçadas a ir para a igreja? Elas se qualificam para receber salário mínimo quando mandadas fazer atividades domésticas? E você acha que as crianças deveriam ter o direito de escolher sua própria família? Por mais incrível que isso pareça, esses ideais são apenas alguns dos novos direitos das crianças que se tornarão realidade num programa da ONU. Se forças radicais contra a família conseguirem o que querem, esse programa patrocinado pela ONU será um ataque fatal contra a estrutura familiar tradicional.

O que está no centro disso? A degradação de uma sociedade que não somente permite que as crianças desobedeçam, mas aprova a desobediência; filhos não estarão mais debaixo da autoridade dos pais.

E aí, como refutamos isso? Simplesmente, não podemos lutar contra isso. Entretanto, em nossos lares, seguiremos o que Paulo escreveu em Efésios 6.1: Filhos, obedecei aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

O lar produz respeito pelas autoridades.

  • Em terceiro lugar, o lar piedoso está sob constante ataque porque esse lar piedoso sustenta os valores piedosos.

O primeiro valor ou absoluto reconhecido pelo lar é o da obediência.

Infelizmente, nossos lares têm fracassado, em grande medida, em fornecer valores e absolutos. Além disso, as famílias precisam lutar contra as influências poderosas, a fim de manter seus filhos protegidos e puros. Vivemos numa época em que as crianças são bombardeadas com informação e expostas a coisas que jamais falaríamos com elas.

Conforme apontam as estatísticas, 88% das relações sexuais mostradas na televisão são fora do casamento. À luz disso, não é surpresa que 1 milhão de garotas entre os 12 e 17 anos engravidam todos os anos. E mais da metade delas, a propósito, aborta seus filhos. Mais de 10 milhões de adolescentes têm doenças venéreas e 5 mil são infectados todos os dias. Uma de cada 5 crianças usa drogas duas vezes por semana.

Já ouvi pais dizendo: “Ah, não vou forçar meus filhos a adotar os mesmos valores e princípios que eu tenho.” Se você pensa assim, então, acorde! Por que? Porque seu filho já é forçado a adotar determinados valores e princípios. Existem três forças que o pressionam com valores: seus colegas, a sociedade ímpia e seus pais. A questão é: quem está no controle? Quem tem impacto mais forte em sua vida? O plano de Deus é que sejam os pais.

Agora, ainda em Efésios 6, perceba que Paulo apresenta um equilíbrio, caso o pai seja tentado a ser rigoroso demais: veja o verso 4:

E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.

Então, equilibre isso com instrução amorosa. A questão que esse verso apresenta a mim e a nossa sociedade como um todo é: onde estão os pais?

O termo pais não se refere a pai e mãe, mas à figura masculina, ao pai. Note que Paulo não diz: “Mães, ensinem seus filhos.” Ele coloca essa responsabilidade sobre o pai. Agora, pode ser que você seja uma mãe solteira que passa pela enorme dificuldade de ter que criar o filho sozinha. Saiba que Deus não a abandonou; sua graça ficará mais e mais evidente enquanto você segue a Deus fielmente. Mas se existe um pai e uma mãe dentro do seu lar, o pai é o responsável diante de Deus pela instrução dos filhos.

Você lembra da vez que um grupo de pessoas levou algumas crianças até Jesus e as colocou em seu colo? Os discípulos repreenderam as pessoas por terem trazido as crianças. O interessante é que, no original, o pronome pessoal é masculino—os homens. Você sabe quem estava levando os filhos a Jesus? Os pais.

Portanto, você precisa não somente avaliar seu próprio lar, mas ponderar no que tem acontecido em nossos dias: os pais estão ausentes, ocupados demais para investir nas vidas de seus filhos. O pai acabou se tornando apenas o provedor que trabalha para que os filhos tenham roupa no corpo, comida na mesa e um teto na cabeça. Ele pensa: “Fiz minha parte.” Mas Deus diz: “Você ainda nem começou; você é o provedor espiritual também.”

E você pensou que o estudo seria para as crianças hoje, não foi?

O Quinto Mandamento: Versão Expandida

Vamos, agora, para Êxodo 20, a fim de estudar o quinto mandamento e ver suas implicações para os filhos.

Conforme já mencionei, Paulo amplia e constrói seu argumento sobre o princípio desse mandamento e faz uma adição temporária, ou seja, “enquanto você estiver debaixo da autoridade dos pais, obedeça, pois isso é justo.”

Todavia, quando lemos Êxodo 20.12, notamos que um elemento está faltando; e isso chamou minha atenção enquanto estudava a passagem. Geralmente, pensamos nesse mandamento e pressupomos que esse elemento está presente. Mas se olharmos com cuidado, veremos que ele não está presente. Quem não é mencionado no mandamento? Os filhos. Veja novamente Êxodo 20.12:

Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.

Deus não fala com crianças pequenas aqui. Esse é, na verdade, um princípio geral. Você é filho ou filha de alguém? Claro que sim. Então, você, não seus filhos pequenos ou o adolescente sob a sua autoridade, mas você deve permanentemente honrar seu pai e sua mãe.

Deixe-me mencionar dois pensamentos sobre o ato de “honrar.” O verbo hebraico para “honrar,” kabed, tem duas implicações.

  • A primeira implicação é a de responsabilidade.

Em Marcos 7, vemos isso ilustrado pelo próprio Jesus Cristo. Ele condena os fariseus e a multidão de religiosos, os legalistas. Veja Marcos 7.9–11:

E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta para o Senhor,

Vamos parar um pouco e entender o que está acontecendo aqui nessa passagem. As pessoas são avarentas; esses legalistas sabem que Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe. Contudo, eles supuseram que o mandamento se referia a ajuda financeira aos pais quando chegava o momento em que eles não conseguiam mais cuidar de si mesmos. Então, a fim de continuarem em suas buscas materialistas, os filhos tiveram que dar um jeito no mandamento, nessa lei; e eles saíram com uma ideia e disseram: “Pegaremos nosso dinheiro que sobrar e o dedicaremos a Deus; o chamaremos de Corbã. Daí, diremos: ‘Papai e mamãe, vocês não vão querer esse dinheiro; eu o dediquei ao Senhor.”

Como resultado, conforme nos diz o texto de Marcos, os pais que precisavam tanto de ajuda financeira eram negligenciados.

Já conversei com vários irmãos da minha igreja que cuidam de seus pais que não conseguem mais se sustentar; talvez você esteja quase assumindo essa responsabilidade. Em alguns casos, a experiência pode ser ótima, enquanto em outros, pode ser algo muito difícil. Mas independente do que enfrentamos, a maneira como tratamos nossos pais não se baseia em como nos sentimos em relação a eles, mas no que Deus diz. Implícita nesse mandamento está a responsabilidade financeira. Não vou dizer para você como deve fazer isso; você terá que decidir isso diante do Senhor.

A questão é: estamos cuidando de nossos pais, agora que eles não conseguem mais cuidar de si mesmos? Essa é a nossa responsabilidade implícita nesse mandamento.

  • A segunda implicação do mandamento de honrar pai e mãe é respeito. Então, existe responsabilidade e respeito.

A palavra hebraica para “honra” está relacionada ao termo “peso, pesado.” A palavra desenvolveu e passou a significar algo “importante.” Assim, você considera uma pessoa importante se a honra; considera seu conselho valioso.

Isso significa que, enquanto seus pais viverem, você jamais chegará ao ponto em que poderá ignorar as opiniões e conselhos de seus pais; ainda respeitamos o que os pais dizem. Não estamos mais debaixo da admoestação temporária de obedecer a pai e mãe, mas seríamos tolos em não ouvir seus conselhos, especialmente depois de ter observado sua caminhada da vida.

Talvez você tenha pais piedosos, ou seus pais não amam o Senhor; mesmo assim, ainda os respeita, reconhece seus cabelos brancos, considera sua idade. Eles já viveram muitos anos e têm experiência de vida. Deus diz: “Nunca os ignore; sempre tenha os ouvidos abertos para o que têm a dizer.”

Eu escrevi algumas maneiras como podemos honrar nossos pais. Uma maneira é ouvi-los; outra é demonstrar apreço por eles. Sugiro que você desenvolva sua própria lista. Respeite a opinião deles, mostre seu amor e carinho.

Quando eu e meu irmão estávamos na faculdade, recebemos um bilhete nos informando que nossa mãe tinha contraído uma doença. Os médicos ainda não tinham conseguido identificar qual era doença; na verdade, eles tinham dito ao meu pai que ela morreria e que deveria se preparar para isso. Meus pais fizeram de tudo para não nos dizer o que estava acontecendo; eles não queriam atrapalhar nossos estudos. Finalmente, recebemos a notícia, mas tínhamos dinheiro apenas para meu irmão ir visita-los. Eu fiquei na faculdade, esperando para ver o que aconteceria.

Enquanto estava no meu dormitório na faculdade aos 18 anos de idade, um pensamento me incomodou: eu poderia perder minha mãe, mas não conseguia lembrar da última vez quando tinha dito que a amava. Então, enquanto meu irmão fazia as malas, me sentei à mesa e escrevi uma carta expressando meu amor pela minha mãe. Contei-lhe meus sentimentos. Meu irmão colocou a carta na mala e a entregou à minha mãe no hospital.

Minha mãe estava em coma e meu pai leu a carta. Nunca conversamos muito sobre aquela carta, mas ela mudou minha vida. Agora, sempre que converso com ela pelo telefone, digo que a amo. Meu pai e irmãos adotaram o mesmo costume.

Leo Buscaglia, professor numa universidade americana famosa, ensina uma matéria sobre valores. Todo semestre, ele começa a matéria mandando seus alunos irem para seus quartos e escreverem um trabalho. O assunto do trabalho é: o que fariam se tivessem apenas 5 dias de vida. Eles escrevem e depois entregam para o professor. Alguns dias depois, o professor devolve o trabalho sem nota, mas com a seguinte observação: “Pelo que você está esperando? Faça isso agora.”

Você honra seus pais? Você respeita seus pais? Você investe na vida de seus filhos e os instrui e prepara para a vida? Esse, meu amigo, é o quinto mandamento. E mesmo que ele tenha sido dado 4 mil anos atrás, ainda funciona hoje e é justo.

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