
Nas Garras do Evangelho
Nas Garras do Evangelho
Vivendo com a Eternidade em Mente – Parte 2
Romanos 1.16
Introdução
Você alguma vez já leu um livro tão bom que você disse a algum amigo seu: “Rapaz, aquele livro me chamou a atenção de um jeito...!”
Ou você já assistiu a um filme ou peça teatral tão bons a ponto de se ver completamente preso à história se desenrolando? Ou você já ouviu uma orquestra sinfônica tocando uma música tão bela a ponto de perder o fôlego? Você ficou totalmente rendido pela beleza da música.
Existem certas coisas na vida que nos agarram de maneira peculiar. Na verdade, temos a tendência de definir a vida segundo as coisas que nos controlam e algumas dessas coisas não são tão positivas. Talvez essa garra seja a de suas responsabilidades no trabalho ou escola, universidade. Talvez você esteja construindo uma casa ou começando um novo trabalho ou negócio. Essas coisas parecem dominar tudo na vida e qualquer conversa com você envolverá, em algum ponto, uma discussão sobre aquele capítulo de sua vida.
Alguns estão na fase de criar filhos pequenos e um dia se transforma em outro; é uma fralda após a outra. Eu me recordo muito bem da época em que nossos filhos gêmeos não tinham nem um ano de idade quando descobrimos que minha esposa estava grávida. Foi uma época e tanto. Eu saía para o escritório, deixando para trás uma mãe e três filhos com menos de dois anos de idade. Quando eu saía de casa, tentava não deixar tão evidente a minha alegria! Tínhamos um ritual que eu fazia antes de sair para o trabalho. Eu dava um beijo na minha esposa e perguntava: “Quais são seus planos para hoje?”
Ela respondia: “Sobreviver.”
E ela fez muito bem, eu adiciono. Certas épocas da vida, como aquela, tendem dominar nossos pensamentos e energia.
Para alguns, talvez, a paixão que domina sua vida seja alguma ideia ou filosofia revolucionária. Recentemente, eu li um livro escrito por Ravi Zacharias sobre a energia dominadora e a paixão mal orientada na vida de Joseph Stalin. Ravi estava na casa de Malcolm Muggeridge, um jornalista brilhante do século vinte e um que contou um evento para Ravi.
Malcolm disse que, em certa ocasião, ele estava visitando Svetlana Stalin pouco após a morte de seu pai, Joseph Stalin. Em três momentos diferentes durante a longa visita, Svetlana falou sobre a morte de seu pai. Stalin era um homem baixinho com cerca de 1,60 m que não causava grandes impressões. Contudo, ele era um homem de ferro no que diz respeito a suas ambições perversas pessoais. Sua filha quis saber de Muggeridge podia explicar por que o pai dela havia feito algo singular no leito de more.
Svetlana disse que, pouco antes de Stalin morrer, ele se sentou em sua cama, cerrou seus punhos em direção ao céu, se atirou de volta sobre o travesseiro e morreu. Muggeridge explicou a ela o ódio que o pai dela sentia para com Deus e Sua Palavra. Stalin havia seguido outros líderes que sacudiram seus punhos contra a face de Deus. O próprio Stalin eliminou quinze milhões de pessoas que se recusaram a se unir ao seu partido comunista. Em seu leito de morte, o homem que se autodenominava “ferro,” ou “Stalin,” que não era seu nome de fato, sacudiu seus punhos contra a face de Deus e continuou a rejeitar a verdade dos céus.
Que grande diferença existe entre ser dominado por uma filosofia autocentrada ao invés da verdade libertadora do evangelho. Meu amigo, se você deseja viver com a eternidade em mente; na verdade, se você deseja compreender a vida em geral, os próximos versos de Romanos 1 fornecem uma fórmula radical e transformadora. Paulo escreve nos versos 16 e 17:
Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.
Paulo estava consumido pelo evangelho. Essa era a sua vida; esse era o seu fôlego de vida. Ele diz enfaticamente: “Pois não me envergonho.”
Por que ele diria isso? Porque os romanos tinham a tendência de se desviar e o próprio Paulo ficaria intimidado como já havia acontecido em Corinto. Agora, ele diz aos irmãos que ele não se envergonha. Isso é a mesma coisa que dizer: “Estou dizendo a verdade.”
Por que você diria isso? Porque as pessoas com as quais você está falando podem pensar que você está mentindo, correto? Ou porque talvez você se encontre em uma situação onde dizer a verdade não será algo fácil.
Paulo estava indo para uma cidade controlada por...
Roma era o principal lugar no mundo para se ficar intimidade, temeroso e inseguro para defender a fé em Cristo:
Por causa do politeísmo, o evangelho enfrentaria seu maior teste religioso em Roma. Por causa do imperialismo e a adoração a César, o evangelho enfrentaria seu maior teste político em Roma. Por causa do paganismo, o evangelho enfrentaria seu maior teste moral em Roma.
Os romanos criam que Zeus era o criador e doador da vida. Eles acreditavam que Zeus milagrosamente causou o nascimento de Dionísio. Quando Dionísio foi morto pelos Titãs, Zeus o ressuscitou dos mortos. Daí, ele incinerou os Titãs e, a partir das cinzas deles, criou a humanidade.
Dionísio, o filho de Zeus, tornou-se o deus da celebração ou o deus do vinho. Na verdade, todo um sistema religioso saturava os mundos grego e romano com a crença em Dionísio que era, na realidade, o deus da bebedice e folia. Todo o tipo de perversão se encaixava no culto a esse deus falso.
Os adoradores de Dionísio, conforme um comentarista escreveu:
[cometiam atrocidades com órgãos humanos; envolviam-se em orgias de perversão sexual ao acompanhamento de música e dança e festa. Eles erigiram os grandes templos a Dionísio onde realizavam suas orgias. Exatamente no centro do templo em Damasco, cujas ruínas podem ser vistas ainda hoje, existe uma área decorada meio de uma sala grande que possui um poço fundo – o buraco foi feito e ornamentado com bastante beleza, mas era nada mais que um lugar aonde adoradores bêbados vinham de suas festanças e folias e literalmente vomitavam como que um sacrifício ao deus do vinho, e depois retornavam para se entregarem aos seus prazeres do início novamente.]
O que você tem a oferecer a um mundo desses? É um mundo repleto de impiedade e depravação; um mundo onde adoração envolve e promove perversão sexual; um mundo onde a embriaguez era encorajada; um mundo onde auto-centralidade era um atributo a ser admirado; um mundo onde os deuses eram tão pecadores e perversos quanto as pessoas; um mundo obcecado com suas lascívias e desejos malignos.
Os cinco “C’s” do evangelho
O que trazer para um mundo desses? Você traz o mesmo que traz para o mundo de hoje, i.e., o evangelho. Deixe-me compartilhar com você os cinco “C’s” do evangelho.
O Criador do Evangelho
- Primeiro, você declara que o Criador do evangelho é Deus. O evangelho é espiritual.
Paulo já discutiu esse assunto antes em Romanos 1 ao escrever nos versos 1 e 2:
...o evangelho de Deus o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras,
E nos versos 3 e 4, esse era o evangelho do:
…seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi… e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor,
Nenhum deus romano trazia uma boa notícia verdadeira à humanidade. Na verdade, os deuses parecem tão perdidos e perversos e incertos como a humanidade.
Esse Deus, todavia, o Deus vivo e verdadeiro, trouxe um “evangelho,” ou no grego, “euaggelion,” cujo significado é “boas-novas.”
O evangelho pode até ser intimidador; pode até ser ofensivo; ele pode ser considerado uma loucura; mas, para aquele que está cansado do pecado; para aquele que carrega o peso da culpa; para aquele que sente que existe mais na vida do que ele mesmo, o evangelho é uma boa-nova de pecados lavados, culpa removida, manchas vermelhas do coração e da alma transformadas em alvas como a lã.
O Criador do evangelho é Deus.
O caráter do evangelho
- Segundo, a caráter do evangelho é poder. Ou seja, o evangelho é ativo!
Paulo escreve no verso 16: Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus.
Paulo diz nesse verso que o evangelho é o poder de Deus, que é o termo “dynamis” no grego. Isso significa que o evangelho é a “dinamite” de Deus ou a “dinâmica” de Deus. Ele não disse que o evangelho contém poder, nem que o evangelho precisa ser acompanhado de poder.
O que o mundo considera absurdo; o que o mundo considera loucura é, na verdade, o poder de Deus que transforma homens e mulheres e os conduz do império das trevas para o império da luz.
Paulo escreveu em 1 Coríntios 1.18:
Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.
Pedro escreveu em 1 Pedro 2.9:
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
Não é surpresa alguma que os irmãos tessalonicenses, após ouvirem o evangelho, conforme 1 Tessalonicenses 1.9-10:
...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho...
O confronto do evangelho
- Terceiro, o confronto o evangelho é que ele convoca a humanidade do pecado para a salvação. O evangelho é não somente espiritual e ativo, mas transformador!
O evangelho não é um processo de autoajuda. Ele não é um processo de “três passos para melhorar a auto-imagem,” ou “nove maneiras para se sentir bem com o mundo.” O evangelho confronta o descrente com seu pecado e o chama à salvação.
Termos como “salvação” e “ser salvo” são estranhos; eles são lúdicos à mente natural porque vão contrário ao orgulho do coração humano. Você pode ouvir: “O que você quer dizer com pecador? O que você quer dizer ao falar que eu preciso ser resgatado do inferno? Estou começando uma nova etapa em minha vida, tentando ser mais bondoso para com as pessoas na rua, mas essa ideia de depravação e pecado e julgamento e redenção, isso aí não é para mim não.”
A sociedade do primeiro século zombava do Cristianismo pelos mesmos motivos. A ideia de uma humanidade pecadora sendo redimida por um Deus que sacrificou a si mesmo pelo mundo era loucura na mente dos pagãos. Um deus que foi morto por humanos jamais poderia ser um deus verdadeiro.
Arqueólogos, ao escavarem ruínas em Roma, descobriram uma parede com zombaria contra os cristãos exatamente por causa dessa ideia de redenção. Na parede havia a pintura de um escravo comum se prostrando diante de uma cruz com um burro pendurado. Uma frase dizia: “Alexamenos adora o seu deus.”
Cristianismo era considerado a crença dos tolos. Um escritor chamado Celso escreveu uma carta, na qual disse: “Não permita que nenhuma pessoa aculturada, nenhum sábio, nenhum com bom senso se aproximar; mas se alguém é falto de bom senso ou cultura, que ele se aproxime do Cristianismo.”
Ele comparou os cristãos com um bando de morcegos, a formigas subindo em seus ninhos, a sapos realizando uma reunião no pântano e a vermes rastejando na lama.
Qual é o coração desse escárnio e menosprezo? É o confronto do evangelho que convoca a humanidade pecadora e necessitada de salvação.
O termo que Paulo ura em Romanos 1.16 para “salvação” é “soteria.” Ele utiliza esse substantivo dezenove vezes em sua carta aos Romanos. A palavra se refere a resgatar um necessitado; libertá-lo da penalidade do pecado, que é a morte e a separação eternas de Deus num local de tormento chamado inferno.
“Salvação” não é um termo que inventamos, mas é um vocábulo bíblico, inspirado no coração de Paulo pelo Espírito Santo. Salvação é a mão de Deus alcançando a humanidade perdida para resgatar os que crêem.
A salvação de Deus foi pregada pela primeira vez na dispensação da graça em Atos 2, onde Pedro, conforme lemos no verso 40: deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
Qualquer pregador genuíno do evangelho diz basicamente a mesma coisa, mesmo dois mil anos depois.
Em Mateus 18.11, lemos que Jesus Cristo: veio salvar e buscar o que estava perdido.
Na verdade, o anjo anunciou uma mensagem a José à noite que Mateus registrou no capítulo 1, verso 21. O anjo disse a José que Maria teria um filho e que Seu nome seria Jesus, ou libertador. Por que? Porque:
...ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Paulo repetiu isso em 1 Timóteo 1.15:
Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio salvar os pecadores...
É por isso que o mundo não gosta do termo “salvação,” ou “salvo,” porque são ofensivos; são confrontadores; esses termos não falam de uma dose de autoajuda, mas de depravação total, pecaminosidade e perdição. O coração humano não gosta dessa mensagem!
Quando você está dirigindo seu carro numa estrada, talvez veja uma placa com um sinal que informa: “Devagar, curva perigosa,” com a imagem de uma curva bem acentuada. Você pode fazer uma de três coisas:
- Você pode aceitar a mensagem daquela placa e imediatamente reduzir a velocidade. Nesse caso, você creu na mensagem e aceitou a sua verdade.
- Você pode rejeitar a mensagem e pensar: “Por que eles ficam colocando essas placas na estrada? Essas pessoas não têm nada melhor para fazer?” e continuar na velocidade que já vinha.
- Ou você pode se rebelar contra a placa e aumentar a velocidade, pensando: “Vou fazer exatamente o contrário que essa placa manda.”
Meu amigo, a verdade permanece independente de como você reage àquela placa; a curva na estrada está logo à frente. Você pode acreditar nela, ignorá-la, rejeitá-la e o se rebelar contra ela.
Meu amigo, você já foi salvo? Você já recebeu o plano de salvação, admitindo que você é um pecador perdido? Você já reconheceu que precisa ser redimido colocando sua confiança e fé na obra de Cristo somente, o qual morreu na cruz para pagar pelos seus pecados? Você, pecador culpado, já foi até Cristo pedindo que Ele o liberte, o salve pelo poder maravilhoso que Ele possui?
Se não, estou aqui para confrontar você com a verdade do evangelho. Creia no evangelho e você será salvo.
Deixe-me fazer o papel de uma placa de advertência. O julgamento está vindo. Rejeite o evangelho e você não estará perdido; você continuará perdido. Recuse o evangelho e você andará em escuridão espiritual até que, um dia, você receba o que escolheu: escuridão eterna.
Agora, alguém em Roma pode ter perguntado: “Essa salvação é para mim também? Ah, você não faz ideia das coisas que eu já fiz. Essa mensagem do evangelho se aplica a mim também?”
O chamado do evangelho
- Paulo continua e mostra para eles e para nós o chamado do evangelho. O evangelho é universal!
Paulo escreveu duas palavras importantes no verso 16:
...o evangelho...é o poder de Deus para salvação de todo aquele...
Agora, ele irá esclarecer essas palavras na frase seguinte ao fornecer a condição do evangelho. Mas, por agora, o evangelho é anunciado a todas as pessoas.
Note o fervor de Paulo no verso 14:
Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes;
Paulo diz, com efeito: “Não sei se alguém irá crer, mas quero que todos ouçam!”
O chamado do evangelho é para todos. Conforme João 3.16 nos diz:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Atos 2.21 diz: .todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. E Apocalipse 22.17 também nos diz: Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.
O convite do evangelho é universal e não conhece limites.
Paulo afirma na última parte do verso 16 que o convite do evangelho é igualmente para judeus e gentios. Muitos têm interpretado essa frase de forma errada: “primeiro para o judeu,” significando que a prioridade na pregação do evangelho deve ser dada para alcançar os judeus. Eles não entendem que Paulo está falando cronologicamente. Eles não entendem o desenrolar progressivo do plano de salvação de Deus.
O evangelho realmente veio para os judeus primeiro. Na verdade, quando Jesus comissionou Seus discípulos pela primeira vez, Ele disse em Mateus 10.5-7:
A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel; e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus.
O povo judeu foi o povo escolhido na antiga dispensação e eles receberam a mensagem, por meio dos profetas, que o Messias estava vindo. Quando a nova dispensação foi iniciada pela mensagem que o Messias havia chegado, os judeus foram os primeiros a ouvir. O evangelho, de fato, foi primeiro para os judeus, mas a questão que Paulo enfatiza é que agora o evangelho pode ir para ambos judeus e gentios.
Paulo irá explicar essa verdade maravilhosa em Romanos 10.12-13:
Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Não importa qual seja sua raça; não importa sua herança; não importa sua situação na vida: o evangelho...é o poder de Deus para salvação de todo aquele.
Todavia, apesar de o convite do evangelho ser universal, o efeito da obra do evangelho é limitado.
A condição do evangelho
- Note as próximas palavras no verso 16; elas nos fornecem a condição do evangelho. O evangelho é pessoal!
Paulo escreve: o evangelho...é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.
“Crê,” ou “pisteuo” no grego, significa “exercer fé;” “colocar completa confiança em; depender completamente de.”
Quando você foi à igreja domingo passado, você colocou sua confiança na cadeira na qual sentou. A única coisa que impediu você de cair no chão foi a cadeira. Agora, antes de você se sentar, você acreditou que aquilo era uma cadeira; você poderia descrever a cadeira; você até acreditou que ela poderia sustentar seu peso, mas foi somente no momento em que você se sentou na cadeira que você exerceu “pisteuo,” ou fé. Quando você se sentou, i.e., quando você confiou completamente na cadeira, você dependeu totalmente dela.
A salvação é um convite para todos, mas é concedida somente àqueles que dependem e confiam em Cristo somente para a salvação, àqueles que, como em nosso exemplo, se sentaram e descansaram na obra finalizada de Cristo na cruz.
Paulo foi uma pessoa que nunca superou o momento de sua salvação. Ele estava sempre consumido e preso nas garras do evangelho.
Aplicação
Quando você está preso às garras do evangelho, pelo menos três coisas ocorrem. Deixe-me compartilhá-las com você.
O fracasso e o pecado da vida no passada recebem o título de “perdoados”
- O fracasso e o pecado da vida no passada recebem o título de “perdoados.”
De forma pura e simples, você não é mais culpado, mas perdoado; você não é perfeito, mas perdoado. E quando você vai até Jesus, o Cordeiro toma o registro de sua vida e escreve em resumo, debaixo de cada obra, cada ação, cada pensamento, cada palavra: “perdoado.”
As coisas terrenas da vida no presente são redirecionadas a um propósito
- Quando você está preso às garras do evangelho, as coisas terrenas da vida no presente são redirecionadas a um propósito.
No momento, pode ser pilhas de fraldas, mas quando você vive com a eternidade em mente, até mesmo as coisas triviais da vida recebem um propósito novo ao você se lembrar que uma alma eterna habita aquele corpinho. E quando aquele capítulo termina e outro começa, quem sabe o que Deus tem reservado para você?
É por isso que o terceiro pensamento me veio à mente.
A incerteza da vida no futuro é redefinida com confiança
- Quando você é preso pelas garras do evangelho, a incerteza da vida no futuro é redefinida com confiança.
Quando você está preso ao evangelho:
- O passado recebe um novo título de perdoado;
- O presente é redirecionado com um novo propósito;
- E o futuro é redefinido com confiança.
Por que? Porque você é agarrado pela verdade que, se Deus é poderoso o suficiente para salvar você no passado e poderoso o suficiente para satisfazer seu presente, então Ele também deve ser poderoso o suficiente para guiar você no futuro. E qual é o futuro para Ele? É um local aonde Ele já foi e retornou para conduzir você até lá.
Alguns anos atrás, eu recebi uma carta de um homem que frequentava nossa igreja. Ele se mudou de nossa região por causa de seu emprego de motorista de caminhão. Antes de ele se mudar, ele conversou comigo sobre como Deus poderia usá-lo para testemunhar nas estradas para outros motoristas. Conversamos um pouco e surgiu a ideia de ele inventar uma frase sutil que revelaria sua identidade de cristão e que poderia também abrir algumas portas. Bom, ele escreveu para mim e disse: “Eu estava dirigindo e senti vontade de escrever para você. A frase no meu caminhão é: ‘Capelão das Estradas.’”
Eu pensei: “Bastante sutil.”
Ele continuou na carta: “Eu envio uma mensagem, doze vezes ao dia, explicando rapidamente o evangelho e convidando qualquer um que estiver interessado para sintonizar seu rádio na estação 24 para conversar sobre o Senhor. Todos os dias eu recebo muitas chamadas... Até o momento, já tive o privilégio de conduzir seis homens em oração para receber a Cristo como Salvador.”
Esse é um homem que foi preso pelas garras do evangelho, um mensageiro a esta geração. Não é de se surpreender que pessoas como ele, que são cativadas e presas pelo evangelho, vivem com a eternidade em mente.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/01/2001
© Copyright 2001 Stephen Davey
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