Murmurando contra Deus

Murmurando contra Deus

by Stephen Davey Ref: Exodus 15:22–27; 16; 17:1–7

Murmurando contra Deus

Êxodo 15.22–17.7

Introdução

Hoje, nos deparamos com o primeiro relato de fracasso dos israelitas na jornada pelo deserto. É interessante que Deus escolheu registrar este e outros fracassos e suas consequências para que eu e você, ao observar os erros dos israelitas, aprendamos e tenhamos sucesso na nossa jornada espiritual. Aprendemos com o estilo de vida que eles viveram, com as coisas que eles fizeram e não agradaram a Deus. Aprendemos com a história de Israel para saber como agradar a Deus.

Uma Fonte de Águas Amargas... e Uma Árvore

A primeira parada dos israelitas em sua jornada ocorre em Êxodo 15.22:

Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto e não acharam água.

Os israelitas acabaram de atravessar o Mar Vermelho e entoar louvores ao Senhor. Agora, Moisés os conduz pelo deserto de Sur, que compreende, provavelmente, o sul da Palestina e a fronteira oriental do Egito. Até hoje, essa região é desértica e tem pouquíssima vegetação. É para essa região que Deus leva os israelitas para uma primeira parada—no deserto de Sur.

E o texto nos informa que eles não acharam água. O povo viajou, na verdade, três dias sem beber água. Por fim, após três dias de jornada, alguém avista água e todos se regozijam. Logo adiante, na região de Mara, existe água; pelo menos eles pensam. Deus finalmente proveu. Contudo, lemos no verso 23:

Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara. 

A palavra hebraica Mara significa “amarga.” Então, o povo chega a essa fonte de água, talvez um pequeno lago, e mergulha nele. Mas não demora muito até que se ouve alguns dizendo: “Não bebam desta água... é amarga! É horrível!”

Os israelitas pensaram que tinha chegado o fim de sua jornada cansativa e sedenta; eles pensaram que beberiam água e se refrescariam. Ao invés disso, a única coisa que podem fazer é olhar para toda aquela água que não podem ingerir nem mesmo um gole. E agora, o que acontece? Veja o verso 24: E o povo murmurou contra Moisés.

Essa frase aparece 5 vezes na passagem que estudaremos hoje. Murmuração é uma característica dos israelitas. Na verdade, conforme 1 Coríntios 10, um dos maiores defeitos desse povo era que murmurava contra Deus e contra Moisés. Então, o verso 24 diz: E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?

Moisés, é claro, vai a Deus em busca de solução no verso 25:

Então, Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali os provou

Fico apenas me imaginando nessa situação. Reclamamos com Moisés; Moisés pede para que Deus resolva o problema; e Deus manda Moisés jogar alguns galhos de árvore dentro da água. Essa é a solução mais ridícula do mundo! “A água é amarga. O que vamos beber?” Deus diz: “Jogue uns galhos de árvore dentro da água.”

Com essa solução, Deus ensina os israelitas que ele não usará soluções humanas convencionais que eles esperariam. Deus usará soluções divinas. O jeito de Deus é o jeito divino de resolver as coisas e ensinará os israelitas, no fim, a depender totalmente do Senhor. De fato, nessa solução, encontramos a solução para a nossa própria murmuração também—a saber, Deus está no controle da situação.

Veja o verso 27:

Então, chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas.

Como Deus é gracioso! Ele leva os israelitas a águas amargas onde testa sua fé e eles murmuram. Em seguida, o que ele faz? Será que os faz passar um mês sem água, com sede? Não, mas os leva a um oásis para que se refresquem e descansem. E é isso o que fazem por algum tempo.

 

Maná do Céu... e Alguns Codornizes

Depois dessa parada para água, vem a segunda parada em Êxodo 16.1–2:

Partiram de Elim, e toda a congregação dos filhos de Israel veio para o deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do segundo mês, depois que saíram da terra do Egito. Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto

Por que toda a congregação murmurou contra Moisés e Arão? Simplesmente porque a comida estava acabando. As provisões que haviam trazido do Egito estavam chegando ao fim. Agora, o povo se perguntava o que comeria no deserto.

Deixe-me compartilhar alguns fatos para ajuda-lo a compreender a magnitude do milagre que Deus está para realizar. Um comentarista, que é matemático também, fez alguns cálculos interessantes. Ele disse que seriam necessárias 4 toneladas de comida por dia para alimentar 2,5 a 3 milhões de pessoas. Se encaixotássemos toda essa comida e a colocássemos em um trem, esse trem teria 3 km de comprimento. Para você ter uma ideia, esse número de pessoas equivale à população atual do município de Belo Horizonte.

Então, o povo pergunta: “Moisés, acabou a comida. O que vamos comer agora? O que Deus irá fazer?” Mais uma vez, o Senhor sai com uma solução interessante. Veja os versos 11–13:

E o Senhor disse a Moisés: Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes: Ao crepúsculo da tarde, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão, e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus. À tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; pela manhã, jazia o orvalho ao redor do arraial.

Pela manhã, Deus envia uma chuva de maná que aparece quando o orvalho evapora. Mas antes de fazer isso, Deus diz: “Já faz um tempo que vocês não comem carne,” e envia algumas aves. Outra passagem fala que o povo saía e pegava as codornizes.

Agora, antes de prosseguirmos, deixe-me mencionar o que os críticos e liberais dizem que aconteceu aqui, buscando dar uma explicação natural. Eles acreditam que o maná, essa substância branca, era excremento de insetos do deserto. É difícil imaginar que Moisés convenceria 3 milhões de pessoas a comer estrume, mas essa é a explicação dos liberais. Em relação às codornizes, eles afirmam que muitos pássaros estavam migrando da África, mas ficaram exaustos e não conseguiam voar a uma altura superior a 1 metro. Dessa forma, ficou fácil para os israelitas alcançarem os pássaros. Essas são tentativas tolas de se explicar um milagre sobrenatural.

Ao contrário disso, o que vemos aqui é um milagre. E Deus envia aves e maná por 40 anos para sustentar o povo no deserto em sua peregrinação. Veja o verso 35:

E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã.

Em outras palavras, Deus fornecerá toneladas de pão todos os dias. Essa foi a sua provisão. Veremos mais detalhes depois. Com esse milagre, Deus revela aos israelitas que é um Deus poderoso que não depende de soluções humanas para sustentar seu povo. Espero que você esteja aprendendo isso também

Água para o Povo... de Uma Rocha

Avance, agora, ao capítulo 17 de Êxodo. É aqui que vemos a terceira parada. Mais uma vez, o povo se vê sem água; as vasilhas secaram; veja o verso 2:

Contendeu, pois, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor?

Que povo ingrato! Continue nos versos 5–6:

Respondeu o Senhor a Moisés: Passa adiante do povo e toma contigo alguns dos anciãos de Israel, leva contigo em mão o bordão com que feriste o rio e vai. Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.

Acho essa segunda solução melhor do que a primeira. Moisés fere a rocha com o bordão e Deus fornece água para seu povo.

Meu querido, Deus está levando o povo a uma questão básica. E é uma questão que eu e você nos fazemos quando a vida se torna amarga, como se não parecesse haver provisão alguma, quando Deus parece não nos dar o que precisamos. A questão aparece em Êxodo 17.7. Observe o seguinte:

E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós ou não?

A questão é: “O Senhor está conosco ou não?” Tudo na vida se resume a isso. Será que Deus está envolvido em nossa vida? Essa é a questão fundamental que fará de você ou um murmurador no decorrer de toda a vida, ou uma pessoa que confia no poder soberano de Deus. Qualquer que seja sua luta neste momento, pergunte-se o seguinte: “Está Deus em minha vida, em meu lar?” Aí jaz a solução.

Características de Murmuradores

Agora, desejo voltar no texto e destacar algumas características de murmuradores com base na passagem de hoje. Espero que isso desfie sua vida como desafiou a minha.

  • A primeira característica dos murmuradores é vista em Êxodo 15.25 e é a seguinte: os murmuradores observam a provisão de Deus sem qualquer apreço ou aprendizado.

Em Êxodo 15.25, Deus mostra a árvore ao povo; eles a jogam dentro das águas e as águas ficam doces, mas não há reação alguma por parte dos israelitas. Antes, no Mar Vermelho, houve louvor; mas agora, na parada seguinte, é como se eles já esperassem um milagre de Deus. Eles constantemente contam com um milagre e Deus continuamente provê, mas não há sinal algum de gratidão ou que aprendem que Deus está no controle de tudo.

Um murmurador é uma pessoa teimosa. Quando murmuramos, fechamos os olhos para o fato de Deus prover o que precisamos e não somos gratos.

  • A segunda característica dos murmuradores aparece em Êxodo 16.3 e é: os murmuradores exageram o problema e depois reclamam.

Veja Êxodo 16.3:

disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.

O povo diz: “Como queríamos voltar ao Egito e morrer lá com a barriga cheia de carne! Comíamos até ficar estufados!” Como o povo se esqueceu de como as coisas realmente tinham sido no Egito. Eles trabalhavam do amanhecer ao pôr-do-sol debaixo de feitores violentos que lhes surravam constantemente, e sobreviviam à base de migalhas e esmolas como escravos.

Eu e você, contudo, fazemos o mesmo quando murmuramos: temos a tendência de exagerar o que falamos. Depois, buscamos outra pessoa em quem colocar a culpa. Eles encontraram Moisés e reclamaram contra ele.

  • A terceira característica dos murmuradores também é vista em Êxodo 16.3 e é: os murmuradores comparam o presente ao passado, geralmente agindo de forma favorável ao passado.

Um murmurador crônico sempre olha para trás e tudo o que ficou para trás, tudo o que virou história, é melhor do que o presente. As coisas sempre foram melhores no passado.

Não gosto muito de conversar com pessoas que só falam do passado e de como os velhos dias eram bons. Tudo era melhor! O interessante é que, se observar as crianças, você verá que elas vivem para o amanhã. Elas dizem: “Mal consigo esperar para poder ser um adulto e fazer isso. Ah, se eu tivesse já 18 anos... quero logo ir para a faculdade.”

As crianças vivem no futuro. Mas, depois que crescem, batem numa parede e começam a dizer: “Ah, se eu pudesse voltar no tempo, para os dias quando tinha 7 anos, quando a vida era simples.”

Um murmurador crônico está constantemente comparando o presente ao passado, e com um diagnóstico mais favorável ao passado. Os israelitas disseram: “Ah, sentávamos ao lado de panelas cheias de carne!” Mentira! Eles eram murmuradores crônicos.

  • A quarta característica dos murmuradores é a seguinte: eles recusam se submeter totalmente à autoridade de Deus.

Existe algo no murmurador que o impede de se deleitar nas provisões de Deus. Seus olhos se fecham para o que Deus realiza e, por isso, não é grato. Ele sempre pensa no passado e exagera o presente, de forma que não consegue desfrutar daquilo que Deus provê.

Um exemplo disso é visto em Êxodo 16.16:

Eis o que o Senhor vos ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode comer, um gômer por cabeça, segundo o número de vossas pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. 

Um gômer é quase 0,5 litro. Continue nos versos 17–18:

Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram, uns, mais, outros, menos. Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco, pois colheram cada um quanto podia comer. 

O que vemos é um milagre: o maná aumenta para suprir as necessidades da família, ou diminui para que não haja sobras. Continue nos versos 19–20:

Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles.

Em outras palavras, “Certo, Senhor, tu proverás o maná. Mas já que não me submeto à tua autoridade e não estou grato pela tua provisão, também não ouvirei tua ordem. Vou guardar um pouquinho de maná, sim, para o outro dia.” E é claro, Deus faz com que esse maná armazenado para o dia seguinte estrague.

Pule para o verso 26:

Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá.

Deus manda o povo não colher maná no sábado. Daí, lemos no verso 27:

Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam.

Esse povo me surpreende cada vez mais! Mas eles também me fazem lembrar de mim mesmo, pois Deus diz: “Não faça isso, pois cuidarei de você.” E o que eu faço? Busco resolver as coisas do meu jeito. Afinal, não sabemos se Deus, realmente, proverá. Então, guardamos um pouco para o dia seguinte.

  • A quinta característica dos murmuradores é: eles distorcem a realidade e acusam falsamente.

Veja Êxodo 17.3:

Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?

Que ideia inteligente é essa, hein?! Quase 3 milhões de pessoas chegam à conclusão que Moisés os tirou do Egito para morrerem de sede no deserto. Isso faz muito sentido, já que nem eles nem Moisés têm água.

O que o povo está fazendo aqui? Eles distorcem a realidade, algo característico dos murmuradores. Murmuradores perdem a âncora da realidade; eles ficam tão convencidos de que Deus está contra eles, que tudo é terrível e que o ontem era muito melhor que acabam tomando decisões tolas. Eles distorcem a realidade do que realmente acontece.

Agora, coloque-se no lugar de Moisés por um instante. O que você faria se fosse ele, se fosse alvo dessa acusação falsa? E se estivesse liderando os israelitas e eles concluíssem isso a seu respeito? Moisés nos fornece um excelente exemplo do que fazer diante de falsas acusações. Ele faz aqui o que sempre fez: Moisés busca o Senhor. Ele não argumenta com o povo para provar que estão errados. Ele simplesmente busca o Senhor.

Aplicação: Cura para a Síndrome da Murmuração

Para finalizar, gostaria de perguntar: o que fazemos, então, para ficar curados dessa síndrome da murmuração? Ela vem e lentamente nos controla. Deixe-me destacar dois pontos quanto a isso.

  • Primeiro: vencemos a murmuração ao desenvolver uma constante dependência no Senhor.

A esse respeito, permita-me chamar sua atenção a algo fascinante. Abra sua Bíblia no Evangelho de João. Geralmente, falamos de tipos no Antigo Testamento sendo cumpridos pelo seu anti-tipo no Novo Testamento. Na passagem que estudamos hoje, encontramos um tipo cumprido por Jesus Cristo, seu anti-tipo, ou seja, Jesus cumpre algo que foi apenas retratado no passado. Lemos em João 6.32–33:

Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. 

Pule para o verso 35:

Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. 

Ou seja, Jesus diz: “Eu sou o maná!” Continue ainda nos versos 48–51:

Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.

Deus providenciou pão para o povo de Israel no deserto por 40 anos, mas mesmo assim eles morreram depois. Cristo diz: “Eu sou o pão da vida; se você depender de mim totalmente jamais morrerá novamente.”

E isso não é tudo; aqui ele fala de redenção. No nosso deserto, temos que depender constantemente de Deus no decorrer de toda nossa jornada antes de chegar à terra da promessa, onde finalmente venceremos o espírito da murmuração ao depender da palavra de Deus, do pão de Deus que está disponível. E ele se renova a cada manhã.

Deixe-me destacar algumas semelhanças:

  • O maná caiu e estava disponível; os israelitas não precisaram ir a uma longa distância para encontra-lo;
    • Semelhantemente, a palavra está disponível a nós.
  • O maná estava disponível aos que saíam e o colhiam;
    • Da mesma sorte, a palavra está disponível aos que a estudam.
  • Os israelitas não comeram maná à força; ou comiam, ou morriam de fome;
    • Você também não é forçado a ler a Bíblia; ou a lê e vive, já que ela representa o Verbo—Jesus Cristo—ou você morrerá de fome espiritual.

Creio que a anemia espiritual vem em nosso meio porque não ingerimos a verdade das Escrituras. Ela está disponível a nós; temos muitas cópias dela. Mas, porque não somos forçados a comer, a ignoramos.

Que figura tremenda o maná é não somente de Jesus Cristo, mas da palavra de Deus também. A fim de vencer a murmuração, precisamos desenvolver uma constante dependência no Senhor vivo.

  • Segundo: vencemos a murmuração ao cultivar uma atitude de gratidão.

E cultivamos uma atitude de gratidão de pelo menos duas maneiras. Essas duas maneiras se relacionam aos acontecimentos dos israelitas no deserto.

  • A primeira maneira de cultivar uma atitude de gratidão é colocando em prática uma palavra que ocorre associada aos israelitas mais do que a qualquer outra pessoa ou grupo; é a palavra “lembrar.”

Esse verbo ocorre centenas de vezes nas Escrituras. Se fizer uma busca, verá que, quando os israelitas estavam com problemas, Deus mandou que eles lembrassem das alianças, lembrassem das promessas.

O murmurador esquece que Deus está envolvido em sua vida. Murmuradores, na verdade, têm memória curta. Uma das melhores soluções é, simplesmente, se sentar e lembrar do que Deus tem feito. Precisamos desenvolver uma memória melhor.

  • A segunda maneira de cultivar uma atitude de gratidão é praticar.

Uma atitude de gratidão exige prática. Paulo escreveu em Colossenses 3.15:

Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.

Paulo diz: “Sejam gratos.” Não é uma questão de sentimento que surge porque nos dá vontade, mas algo que se coloca em prática propositadamente. E praticar algo envolve trabalho.

Praticar a gratidão não é algo a ser feito à beira do Mar Vermelho, mas no deserto quando as coisas dão errado, quando você está com sede e com fome.

Paulo nos manda ser gratos. Isso significa que devemos praticar a gratidão quando surgem situações nas quais não sentimos vontade alguma de ser gratos. É assim que desenvolvemos um espírito de gratidão.

Também em Colossenses, no capítulo, Paulo escreveu nos versos 10–12:

a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz.

Existe algo em sua vida pelo qual você precisa ser grato? O alicerce para uma atitude de gratidão começa quando nós, diante da redenção de Jesus Cristo, dizemos: “Sou grato a Deus por ter me considerado digno de fazer parte de sua família por causa de Jesus Cristo, seu Filho.” É aí que começamos. Pratique.

Murmuradores vivem no passado, e não na expectativa do que Deus fará agora ou no futuro. Murmuradores não desenvolvem a disciplina que tanto nos distingue do resto do mundo. Quando as luzes se apagam, para onde eles vão? Nós, os crentes, temos a solução. Dizemos: “Pela graça de Deus, o Soberano está em minha vida.”

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