
Jurando de Pé Junto!
Jurando de Pé Junto!
Ciclos de Pecado... Histórias da Graça—Parte 5
Juízes 11.29–40
Introdução
Você já parou para pensar que o que você crê determina como se comporta? Salomão escreveu o seguinte em Provérbios 23.7: como imagina em sua alma, assim ele é. O que cremos a respeito de Deus afeta tudo em nossas vidas. As decisões que tomamos e nossa atitude na vida estão relacionadas à nossa perspectiva pessoal de Deus.
Deixe-me ilustrar isso com o exemplo de uma pessoa que se preocupa com tudo. O indivíduo que vive preocupado com tudo na vida possui um Deus pequeno. O apóstolo Paulo conectou essas duas coisas quando escreveu em Filipenses 4.6:
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
Em outras palavras, “Pare de se preocupar. Coloque todas as suas preocupações nas mãos de Deus.” Você diz: “Mas Deus tem que ser grandioso o suficiente para lidar com minhas preocupações. Tenho muitas!” Exatamente!
Deixe-me levar isso um pouco mais adiante e dizer o seguinte: A verdade, no fim, determina a experiência.
Por exemplo, um homem caindo do décimo andar de um prédio pode passar por uma das janelas gritando: “Estou bem! Não se preocupe.” Ele pode até estar falando com sinceridade, mas, no final, a verdade mudará ou formará sua experiência.
Os males em nossa sociedade—aquelas coisas que vemos nos jornais diariamente—acontecem porque nosso mundo abandonou a verdade. Você, assim como eu, provavelmente assiste abismado e chocado aos noticiários sobre violência, motins, e crueldade ao redor do país. As pessoas matam, roubam e destroem.
Um jornal trouxe a imagem de três mulheres de trinta e poucos anos de idade correndo numa calçada. Elas tinham roubado tantos produtos durante um motim que as três precisaram carregar juntas o que tinham roubado. O mais chocante foi ver que as três estavam rindo.
Li sobre outra mulher que foi entrevistada dentro de seu carro enquanto sua família toda roubava produtos de uma loja no mesmo motim. O repórter lhe perguntou o que ela fazia e ela contou que sua família estava dentro da loja pegando o que queria. O repórter em seguida perguntou se eles podiam fazer aquilo, ao que ela respondeu: “Isso não é roubo. Não tem ninguém dentro da loja, então, é de graça.”
Poderíamos dar a essa mulher um livro inteiro que trata de sua experiência, condenando roubo, mostrando por que roubar é errado e listando a pena pelo crime. O problema, contudo, não é a perspectiva dela quanto ao roubo. O problema no fundo é que ela não sabe que Deus está dentro daquela loja. Se ela soubesse disso, essa verdade impactaria sua experiência.
Vamos, agora, trazer isso para mais próximo de nossa realidade. O mesmo problema existe na igreja hoje. Nossa geração ficou tão obcecada com experiência que acabou abandonando a doutrina, isto é, a verdade sobre quem Deus é.
A comunidade cristã está abarrotada de livros e cursos relacionados à experiência do crente—como ter isso, ser aquilo e vencer aquilo outro—como experimentar o Cristianismo na prática. No processo, abandonamos a verdade, abandonamos o que devemos crer sobre Deus. E: O que cremos sobre Deus determinará como nos comportaremos diante de Deus.
Nós nos esquecemos de quem Deus é. Por isso, precisamos de um desejo renovado para descobrir a pessoa e o caráter do Senhor.
Muitos dos problemas em nossa vida cristã acontecem porque não compreendemos Deus. Somos pessoas correndo de um lado para outro em busca do melhor lenço para limpar o nariz escorrendo. Esquecemos que a gripe é curada internamente.
Precisamos passar menos tempo explorando nossa experiência e mais tempo explorando Deus!
A Bíblia não nos foi dada para que sejamos pessoas mais inteligentes, mas para nos apresentar a Deus—como ele age, pensa, reage, o que ele faz, como ele é e o que espera. Quando conhecemos Deus, esse conhecimento molda nossa maneira de viver. Quando descobrimos a verdade sobre Deus, conseguimos viver a vida em sua plenitude.
Com muita frequência, Deus nos ensina por meio de histórias pessoais de algum personagem bíblico. Deus nos ensina como fazer o certo ao nos mostrar alguém que fez o errado.
Chamo sua atenção para o trágico relato de um homem que não conhecia Deus o suficiente; um homem que tinha muito zelo por Deus, mas pouco entendimento dele. Como resultado, ele tomou decisões erradas que afetaram sua vida, a vida de sua família e até mesmo a nação inteira de Israel. Acompanhe a leitura de Juízes 11.29–40:
Então, o Espírito do SENHOR veio sobre Jefté; e, atravessando este por Gileade e Manassés, passou até Mispa de Gileade e de Mispa de Gileade passou contra os filhos de Amom. Fez Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto. Assim, Jefté foi de encontro aos filhos de Amom, a combater contra eles; e o SENHOR os entregou nas mãos de Jefté. Este os derrotou desde Aroer até às proximidades de Minite (vinte cidades ao todo) e até Abel-Queramim; e foi mui grande a derrota. Assim, foram subjugados os filhos de Amom diante dos filhos de Israel. Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha. Quando a viu, rasgou as suas vestes e disse: Ah! Filha minha, tu me prostras por completo; tu passaste a ser a causa da minha calamidade, porquanto fiz voto ao SENHOR e não tornarei atrás. E ela lhe disse: Pai meu, fizeste voto ao SENHOR; faze, pois, de mim segundo o teu voto; pois o SENHOR te vingou dos teus inimigos, os filhos de Amom. Disse mais a seu pai: Concede-me isto: deixa-me por dois meses, para que eu vá, e desça pelos montes, e chore a minha virgindade, eu e as minhas companheiras. Consentiu ele: Vai. E deixou-a ir por dois meses; então, se foi ela com as suas companheiras e chorou a sua virgindade pelos montes. Ao fim dos dois meses, tornou ela para seu pai, o qual lhe fez segundo o voto por ele proferido; assim, ela jamais foi possuída por varão. Daqui veio o costume em Israel de as filhas de Israel saírem por quatro dias, de ano em ano, a cantar em memória da filha de Jefté, o gileadita.
O Voto de Jefté:
O Que Ele Desejou com Isso?
Antes de mergulharmos no voto de Jefté e o que ele revela, responderei a pergunta: “Será que Jefté sacrificou sua filha a Deus sobre um altar?”
Li todos os comentários em Juízes que possuo, além das notas de rodapé citando outros escritores. Deixe-me dizer logo de início que não acredito que Jefté sacrificou sua filha. Sei que alguns discordam e todos têm direito a ter uma opinião, mas vou fornecer as razões por que creio que ele não sacrificou sua filha.
- Primeiro: se tivesse sacrificado, Deus teria julgado Jefté por violar a Lei.
Veja que não disse que Deus não teria abençoado Jefté, já que ele ainda nos abençoa mesmo quando pecamos. Ele abençoará Sansão, como veremos, o qual foi um juiz que viveu uma vida imoral.
Eu disse que Deus teria julgado Jefté por violar a Lei. A Lei condenava claramente sacrifícios humanos. Essa era uma prática cananeia.
Você pode dizer: “Bom, talvez Jefté não conhecesse a Lei.” De fato, Jefté cresceu num tipo de lar que não ensinava a Lei. Além disso, foi expulso depois e se tornou o líder de uma gangue criminosa na região de Tobe. Entretanto, durante a espera de dois meses enquanto esperava pelo retorno de sua filha, podemos ter certeza de que os sacerdotes lhe informaram.
- Segundo: a tragédia nessa passagem parece ser que Jefté perde a possibilidade de ter descendentes, não que ele perde sua filha.
Observe Juízes 11.34 novamente:
Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha.
A questão aqui é que ela era sua única esperança de netos e bisnetos. Em outras palavras, quando Jefté morresse, a influência de seu nome morreria juntamente com ele. Naqueles dias, o clã era um elemento importante para aquela cultura.
Essa parece ser a ênfase no verso 37 também:
Disse mais a seu pai: Concede-me isto: deixa-me por dois meses, para que eu vá, e desça pelos montes, e chore a minha virgindade...
- Terceiro: a expressão comumente usada para descrever sacrifício humano é evitada nessa passagem quando o sacrifício é descrito.
O verso 39 resume exatamente o que Jefté fez. O verso não diz: “Ao final dos dois meses, ela voltou ao seu pai, que lhe fez segundo o voto que fizera; e foi ela queimada como sacrifício sobre um altar.” Não! Veja o que diz o verso 39:
Ao fim dos dois meses, tornou ela para seu pai, o qual lhe fez segundo o voto por ele proferido; assim, ela jamais foi possuída por varão.
Um comentarista escreve:
Jefté poderia ter feito o voto de que, caso vencesse, dedicaria um membro de sua família a Deus para serviço no Tabernáculo. O fato de acontecer de ter sido sua filha ao invés de um servo foi trágico. Ela, de fato, era filha única; ele jamais teria netos e ele raramente, ou talvez jamais, a veria novamente.
Outro autor adiciona:
Nada indica que Jefté tenha sacrificado sua filha literalmente sobre um altar. A origem da palavra hebraica olah ou “holocausto” significava “subir.” A palavra se referia à fumaça que subiu do altar. Com o passar do tempo, tornou-se a palavra para “holocausto.” Não há nada na narrativa que nos impeça de entender que a filha de Jefté atravessou o vale do Jordão e foi para Silo do outro lado, onde passou o resto de sua vida servindo a Yahweh no templo.
- Quarto: as filhas de Israel passaram a visitar a filha de Jefté anualmente.
Um verso que é frequentemente ignorado é Juízes 11.40, que fala sobre o costume de as filhas de Israel saírem por quatro dias, de ano em ano, a cantar em memória da filha de Jefté. A expressão cantar em memória pode ser traduzida como “conversar, louvar.”
O verso adiciona que elas faziam isso de ano em ano. Para onde elas iam? A única explicação lógica era que iam para Silo e passavam tempo com a filha de Jefté. As moças provavelmente conversavam com ela e a louvavam por sua dedicação a uma vida de serviço ao Senhor, tudo para cumprir o voto tolo de seu pai.
O Voto de Jefté:
O Que Ele Não Entendia?
Por que Jefté fez esse voto tão tolo que afetaria tantas pessoas? Acredito que ele fez isso porque tinha pouco entendimento do Deus de Israel.
Deixe-me destacar suas pressuposições equivocadas que levaram Jefté a fazer esse voto. Irei aplica-las a nós porque frequentemente revelamos não conhecer a Deus como devemos também.
- A primeira pressuposição errada era a de que não se pode confiar em Deus sob pressão.
Veja Juízes 11.30:
Fez Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos...
Esse tipo de pressuposição produz rebelião. Na realidade, se não confiamos em Deus, nós o abandonaremos sob pressão.
Vou fazer uma pausa por um instante para dizer que nossa perspectiva de Deus é formada em grande medida por aqueles que ocuparam posição de autoridade sobre nós. A figura paterna tem papel crítico nisso. A forma como um pai vive, anda, conversa e reage a situações influenciará a perspectiva do filho sobre a maneira como o próprio Deus vive, anda e reage.
Também adiciono que nenhum de nós tem desculpa para não viver com uma perspectiva bíblica sobre Deus. Todos nós devemos ir à Palavra de Deus e conhece-lo, independente de histórico familiar. Pais, todavia, podem jogar obstáculos no caminho, dos quais filhos precisam se desviar em sua busca por Deus.
Usarei meu pai como ilustração. Sei que ele não foi o pai perfeito, mas algumas coisas criaram uma impressão valiosa sobre Deus na minha mente de criança. A forma como meu pai reagia sob pressões foi uma dessas coisas. Eu podia confiar em seu caráter consistentemente.
Lembro de algo que aconteceu quando eu ainda era um adolescente. Eu estava com meu pai na rua da cidade, distribuindo folhetos para alguns militares. Meu parou para conversar sobre Deus com um homem que, pelas aparências, era ou um traficante de drogas ou um cafetão. De repente, esse homem deu uma tapa no rosto do meu pai com toda violência. Pensei: “É dois contra um aqui!” Meu pai permaneceu ali de pé, olhou para o homem e disse: “E agora, se sente melhor?”
Quando a pressão aumentava, meu pai reagia com seu caráter e eu podia confiar nele. Eu não cresci com o pensamento de que Deus reage em ira.
Mas o que dizer do pai de Jefté? Você lembra desse homem justo em sua comunidade com base em nosso estudo anterior? Seu nome era Gileade. Ele fracassou moralmente e teve um filho fora do casamento com uma prostituta. Ele teve caráter suficiente para levar Jefté para sua casa e cria-lo, mas nunca o defendeu. Por isso, seus irmãos o insultavam e dificultaram ao máximo sua vida. Daí, num dia, os anciãos, a outra autoridade espiritual, visitou a família e disse: “Gileade, esse menino é uma vergonha. Mande-o embora.”
Gileade reagiu sob essa pressão e fez o que era mau. O pai de Jefté não era de confiança, sua mãe o abandonou e os anciãos o odiavam. Jefté foi embora.
Agora, Jefté revela ter dificuldades para acreditar que Deus não o abandonará sob pressão. Será que Deus permanecerá fiel sob pressão? Ele trabalhou com a falsa pressuposição de que não. Por isso, ele clama: “Ah, Senhor, não me abandone!” e faz seu voto tolo.
- A segunda pressuposição errada é que Deus pode ser subornado ou coagido para que cumpra sua palavra.
O capítulo 10 de Juízes deixa bem claro que Deus entregaria os amonitas nas mãos dos israelitas arrependidos. Além disso, lemos em Juízes 11.29 que o Espírito do SENHOR veio sobre Jefté. Isso confirmou a liderança e o poder de Deus; ficou claro que esse era plano de Deus.
Contudo, porque Jefté não sabia se podia confiar no Senhor, ele tenta suborna-lo. Veja Juízes 11.30–31:
Fez Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto.
O voto de Jefté foi uma tentativa superficial de forçar Deus a cumprir sua palavra. Ou seja, “Senhor, eu sei que você gosta de holocaustos. Então, se você cumprir sua palavra, oferecerei um holocausto especial.”
Esse tipo de falsa pressuposição produz manipulação. Dessa maneira, Deus se torna alguém que pode ser manipulado pelo indivíduo que lhe dá o melhor presente. Se isso é verdade, então Deus se vende! Sua palavra pode ser comprada por quem der a maior oferta.
A Bíblia, porém, ensina que Deus é soberano. Isso significa que ele não está à venda. E isso também significa que podemos confiar nele sem sombra de dúvida—o Senhor cumprirá sua palavra. Não podemos encorajá-lo ou força-lo a fazer o que é reto porque fazer o que é reto faz parte de seu caráter e de sua natureza. Semelhantemente, Deus não pode ser forçado a fazer o que é errado.
Você provavelmente já viu ou ouviu crianças conversando e brincando. Daí, uma delas promete fazer alguma coisa, mas a outra não está tão convencida assim de que a promessa será cumprida:
“Você jura?” “Juro!” “Jura de pé junto?” Quando uma criança diz isso, sabemos que o assunto é sério! Uma criança não confia na outra, então ela tenta arrancar algum tipo de promessa.
Quantos de nós não tentam fazer com que Deus “jure de pé junto”? Quantos de nós simplesmente confiam em sua palavra porque o conhecemos bem o suficiente para saber que ele é digno de nossa confiança? Como lidamos com Deus na forma como damos dinheiro, fazemos devocionais ou o representamos ao mundo? Será que fazemos essas coisas como tentativas de receber dele algo que queremos? Precisamos redescobrir a pessoa de Deus!
Precisamos ser apresentados novamente ao caráter de Deus. A igreja de hoje foca tanto na experiência que acaba abandonando a verdade e a verdade é o que nos liberta.
Como seria bom se tivéssemos a mesma curiosidade que as crianças têm! Quando são pequenas, elas saem com perguntas sobre Deus como: “Quem é Deus? Como ele é? Onde ele mora? Como é o céu?”
Será que sabemos as respostas para essas perguntas? Não. Contudo, paramos de fazer perguntas. Por que? Porque, no fundo, não reconhecemos que o que acontece lá em cima afeta a maneira como vivemos aqui.
Um tempo atrás, um dos meus filhos de 6 anos e eu estávamos sozinhos. Ele era muito próximo do avô que agora está no céu. Ele me perguntou: “Pai, será que no céu vai ter papel?”
Eu sabia que essa pergunta vinha carregada de implicações e respondi: “Bom, eu imagino que deve ter papel no céu sim. Por que você está perguntando isso?” Ele respondeu: “Porque o vovô era um excelente desenhista e, quando eu chegar no céu, quero que ele desenhe algumas imagens pra mim.”
Será que poderemos desenhar no céu? Será que isso faz alguma diferença? Pode ter certeza que sim—porque a verdade afeta nossa experiência. O que você crê determina como você se comporta.
Outro dia, um de meus filhos me perguntou enquanto jantávamos: “Pai, Deus é casado?” Eu respondi com toda convicção teológica: “Não, filho, Deus não é casado.” “Por que não, pai?” “Coma logo sua comida antes que esfrie!” Não, eu não disse isso. Eu tentei, inutilmente, explicar por que Deus não é casado.
Será que isso faz alguma diferença? Com certeza! O que eu sei e como eu sei formam minha atitude hoje. Se Deus é grandioso e majestoso o suficiente, então ele será grandioso o suficiente para lidar com qualquer coisa que surgir em meu caminho e eu posso confiar nele.
Quero concluir com as palavras de um menino de 8 anos de idade que escreve teologia profunda. Ele entendeu algo sobre quem Deus é e o que Deus realiza. Esse garotinho escreve coisas que adultos também deveriam redescobrir:
Uma das maiores responsabilidades de Deus é fazer pessoas. Ele cria novas para substituir as que morreram para que haja pessoas suficientes para cuidar das coisas aqui na terra. Deus não cria adultos; só bebês. Acho que é porque os bebês são menores e mais fáceis de fazer. Dessa forma, ele também não precisa gastar seu tempo valioso ensinando-os a andar e a falar; ele simplesmente delega essa responsabilidade às mães e aos pais. Você não deveria pensar apenas naquilo que Deus pode fazer por você. Eu imagino que, já que foi Deus quem me colocou aqui, ele pode me levar quando quiser. Acho que esse sistema funciona bem.
Deus vê todas coisas, ouve todas as coisas e está em todos os lugares. Isso o deixa bastante ocupado. Se você não acredita em Deus, será uma pessoa solitária porque seus pais não podem ir para todo lugar onde você vai—como o acampamento—mas Deus pode. É bom saber que ele está por perto quando você está com medo do escuro, ou quando não sabe nadar direito e é jogado em água funda pelas crianças maiores... isso é o que eu creio sobre Deus.
Como é o seu Deus? Ele é o Deus da Bíblia—soberano, digno de confiança, poderoso, amoroso e sábio? Você já entendeu que sua compreensão de Deus afeta a maneira como vive para ele?
Será que você anda lutando com o desencorajamento? Será que tenta evitar a penalidade de alguma tentação? Será que tem passado pelas águas profundas da provação? Ao invés de atacar a tentação ou a provação—ou seja, ao invés de focar na experiência—vá para a Bíblia e comece a ler as passagens que o reapresentarão ao Senhor. Leia textos que lidam com sua soberania, seu caráter, seu poder, sua sabedoria e seu amor.
Quanto maior é o seu Deus, menor será sua provação; quanto mais majestoso é o seu Deus, maior a sua segurança e mais profunda sua alegria. Precisamos nos refamiliarizar como nunca antes com a pessoa que Deus é, com a verdade sobre Deus! Essa verdade nos libertará em relação à nossa experiência. A verdade, como Cristo afirmou, nos libertará!
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