Indústria da Morte

Indústria da Morte

by Stephen Davey Ref: Exodus 20:13

Indústria da Morte

Êxodo 20.13

Introdução

Embarcamos, hoje, no estudo do sexto mandamento encontrado em Êxodo 20.13. Deus diz: Não matarás. À luz da atual situação em nossa sociedade e no mundo inteiro, creio que esse mandamento se aplica de forma ainda mais clara à questão do aborto, que é a forma mais comum e frequente de assassinato.

Gostaria de, primeiramente, destacar o que tem acontecido no mundo em relação ao aborto. Em seguida, veremos o que a Bíblia ensina sobre a vida: quando ela começa, quem é seu Criador e Arquiteto e o processo de concepção. A Bíblia é bastante clara a respeito disso. Terminaremos com alguns desafios para a igreja diante desse cenário perverso em nosso mundo.

Entenda bem que o aborto não é algo recente; encontramos evidência para essa prática já por volta de 400 anos antes de Jesus Cristo. Em nossos dias, é comum ver médicos recitando o “Juramento de Hipócrates,” especialmente na ocasião de sua formatura, prometendo praticar medicina de forma honesta e não causar danos aos pacientes. Manuscritos antigos indicam que o Juramento também proibia o médico de buscar meios para efetuar o aborto.

 

Apresentando A Crescente Indústria da Morte

Agora, deixe-me apresenta-lo à crescente indústria da morte. Primeiro, quero mencionar alguns dos procedimentos usados para realizar o aborto. Não desejo ser desagradável ou grosseiro com o que falarei; quero apenas informa-lo a respeito da natureza hedionda dessa forma de assassinato que ocorre todos os dias em nosso país e no mundo inteiro. Existem vários tipos de aborto e três categorias diferentes: abortos feitos no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre de gestação.

  • Durante o primeiro trimestre, existe o que é conhecido como “dilatação” ou “curetagem.”

O colo do útero é dilatado por meio de instrumentos que permitem a inserção de uma cureta, um objeto cortante que serve para fazer raspagem. Uma vez inserida, a cureta fragmenta o embrião e remove seus resíduos da parede do útero. Nesse processo, geralmente ocorre sangramento agudo. Em seguida, a enfermeira precisa catar os pedaços do embrião para se certificar de que o bebê inteiro foi removido e que o útero está vazio. Caso contrário, haverá infecção.

Também existe a “aspiração manual intrauterina” ou “aborto por sucção.”  O colo do útero é dilatado e um tubo de sucção é inserido. Essa aspiração a vácuo é tão forte que o bebê é totalmente despedaçado e sugado pelo tubo para dentro de um depósito.

  • No segundo trimestre, que é o trimestre mais comum para abortos, existe o que é conhecido como aborto por “injeção de solução salina.”

Esse método é utilizado após as 16 semanas, isto é, quando o bebê já tem em torno dos 4 meses de vida. Quando fluido suficiente já se acumulou em torno do bebê no saco amniótico, uma agulha comprida é inserida no abdômen da mãe e penetra o saco amniótico. Parte do fluido é removido e solução salina é injetada. Com isso, o bebê engole aquele veneno e sofre severamente; ele se agita ao ser basicamente corroído vivo pela solução. Finalmente, depois de cerca de uma hora, o bebê morre; sua pele é completamente queimada. Dentro de 24 horas, o parto ocorre e a mãe dá à luz um bebê morto.

  • Durante o terceiro trimestre, existe a “histerotomia” ou cesariana.

Esse processo é realizado quando o bebê já tem entre 8 e 9 meses. Talvez você nem sabia que um bebê podia ser abortado a essa altura na gestação. Esse processo de histerotomia é feito nos últimos três meses de gravidez. De forma simples, por meio de uma cirurgia cesariana, o bebê é retirado do útero e abandonado para morrer ou morto com um golpe na cabeça ou punctura no coração.

  • Existe ainda outro método de aborto que você provavelmente conhece. É o da pílula RU486.

Esse medicamento é conhecido como “a pílula do dia seguinte,” a qual inibe e impede a fecundação do óvulo, ou funciona como um abortivo que interrompe a gravidez nas primeiras 7 semanas. Os feministas de algumas décadas atrás exigiriam que o medicamento fosse disponibilizado à população. O que não é mencionado é o número de mulheres que morrem por causa de seu uso e, obviamente, quantos bebês são abortados.

Lembre-se, meu querido, que o aborto já estava presente nos dias de Jesus Cristo. É interessante como pecados que pensamos ser recentes são, na verdade, antigos. Eles voltam muitos séculos simplesmente porque o pecado existe desde o Éden, e Satanás tem estado presente desde então, buscando prejudicar a criação de Deus. Ele não se preocupa com nada além de afrontar a autoridade de Deus, o qual é a força e o poder por trás de cada concepção e nascimento.

Séculos antes de Cristo, Platão e Aristóteles defenderam o aborto para famílias grandes. Conforme vemos em manuscritos datados da época de Cristo, o mundo greco-romano defendia que o aborto era válido em três situações: a) para esconder relações sexuais ilícitas; b) no caso de mulheres ricas que engravidavam indevidamente de homens da classe baixa; a fim de não passarem a vergonha de trazer ao mundo crianças de classe baixa, elas podiam abortar; e c) para que as mulheres mantivessem sua aparência física.

Os rabinos, por outro lado, conforme lemos no Talmude, diziam: “O aborto é um crime.” A igreja daquela época e a igreja de hoje acredita que o lugar mais seguro para um bebê é dentro do ventre de sua mãe. Os rabinos tratavam um bebê como um ser humano, não como uma mera adição ao corpo da mulher, algum tumor, motivo de vergonha ou tecido a ser descartado. Eles diziam: “Ele é uma vida.” Hoje, dizemos a mesma coisa. Na verdade, o Didache, que é uma compilação de ensinos da igreja primitiva, diz: “Não matarás por meio do aborto.” Portanto, o aborto não é algo novo.

Infelizmente, a despeito de a igreja historicamente se opor ao aborto, o mundo se pergunta qual será a convicção da igreja hoje quanto ao assunto. Isso é, talvez, o aspecto mais trágico em tudo isso. O mundo olha para a igreja e diz: “Qual é a posição da igreja? O que a Bíblia ensina?” Muitas organizações eclesiásticas e igrejas já assinaram um acordo afirmando que um bebê dentro do ventre não é vida. Se quiserem, podem abortá-lo. Se a igreja não sabe o que Deus pensa sobre o assunto e o que as Escrituras ensinam, então, não temos o que conversar. Se abandonamos o ensino bíblico, o mundo fica sem respostas.

Por esse motivo, veremos várias passagens bíblicas hoje que tratam da questão da vida. Se representamos Deus, representamos o ensino de sua Palavra. Aqueles que dizem representa-lo, independente da denominação a que pertencem, se não seguem o ensino bíblico, não representam o Senhor da Bíblia.

Antes de entrar no ensino bíblico, quero rapidamente expor alguns mitos em torno do aborto. Creio que precisamos estar cientes desses mitos, já que surgem com bastante frequência.

  • O primeiro mito é que o aborto resolverá o problema de crianças indesejadas.

Defensores do aborto dizem, como disse uma mulher americana: “Se as mulheres forem forçadas a dar continuidade a gestações indesejadas, o resultado será crianças indesejadas. Todos sabem que esses filhos estão entre os casos mais trágicos da sociedade; eles geralmente não abandonados, violentados, não recebem cuidado ou carinho.”

A questão é que não existe criança indesejada. Quando minha esposa estava com 9 meses grávida de nossos gêmeos, fomos ao hospital para um exame. O médico disse: “O que você está fazendo, andando de um lado para outro? Você está quase entrando em trabalho de parto.” Então, ele conduziu minha esposa para um quarto e eu fui à recepção preencher alguns formulários. Enquanto fazia isso, a secretária me entregou outro formulário e disse: “Ah... e se vocês não quiserem seus bebês, preencha este formulário também.” Depois de todo o trabalho que tivemos naqueles 9 meses, pode apostar que eu e minha esposa queríamos aqueles dois meninos!

Mas o que me chamou a atenção foi aquele segundo formulário. Fiquei pensando: “Nossa, que coisa! É só preencher o formulário e esses bebês não são mais nossos.” Obviamente, essa era uma alternativa além do aborto. Perguntei à recepcionista: “Quantas pessoas estão na fila para adotar crianças somente neste hospital?” Ela respondeu: “Existem mais de mil casais somente neste hospital esperando que você preencha este formulário e eles levarão seus filhos para casa.”

Muitos são os casais que não podem ter filhos, que sofrem de infertilidade. Existem milhões de casais na fila para adotar uma criança. Portanto, criança indesejada é um mito.

  • O segundo mito é que o aborto é necessário em caso de estupro.

De fato, o estupro é um caso triste, mas ele representa uma pequena porcentagem nesse cenário do aborto. Mas deixe-me dizer o seguinte: nunca é certo fazer o errado, mesmo que isso pareça conceder a oportunidade de fazer algo da forma correta. Simplesmente, nunca é certo fazer o errado. Se você não acredita nisso, então, defende uma ética situacionista, ou seja, seus princípios não são absolutos, mas variam dependendo da situação. Nunca agrave a dor de uma mulher que foi estuprada com o conselho de que deve se tornar uma assassina. Que tipo de ajuda é essa?

Nunca é certo se tornar uma assassina, mesmo se a mulher foi estuprada. Não se torne uma criminosa por causa de outro crime.

  • Um terceiro mito é que a legalização do aborto reduz o risco de morte em mulheres que buscam aborto de “fundo de quintal.”

Já ouvi isso várias vezes. Defensores do aborto dizem: “Ah, nós queremos que as mulheres não tenham que recorrer a abortos realizados por pessoas desqualificadas.” Mas deixe-me dizer o seguinte: desde que o aborto foi legalizado, o número de mortes de mulheres durante o procedimento de aborto aumentou cerca de 7 vezes. Portanto, esse é mais um mito.

Agora, quais são as forças por trás do aborto? Permita-me destacar algumas para você.

  • Uma motivação é a nova ética do sexo.

O ser humano acredita que deve ter a liberdade para viver o estilo de vida que bem desejar. Entretanto, temos um problema: existe consequência. Então, nos livramos da possível consequência e, então, teremos essa liberdade.

A situação se agravou ainda mais, é claro, com o crescimento do feminismo. Essa nova ética do sexo foi defendida por lésbicas que apregoavam total liberdade sexual e exigiam liberdade para o aborto. Em suas palavras: “As mulheres só serão iguais aos homens quando nos livrarmos das responsabilidades ligadas ao parto.” Esse é o cerne de sua mensagem.

  • Outra motivação para o aborto é a superpopulação, o que não passa de mais um mito.

As pessoas dizem: “Nossa! Com tanta gente neste mundo, onde viveremos no futuro?” Mas sabemos que não falta espaço neste mundo. Além disso, existe um problema teológico nisso: Deus criou a terra e, em seu plano, ele sabe perfeitamente quantas pessoas podem habitar o planeta de uma só vez. Se achamos que o planeta está ficando superlotado, então, temos mais um motivo para aguardar o retorno de Cristo, já que Deus sabe qual deve ser o tamanho da terra para abrigar toda a população.

No fundo, contudo, sabemos que toda espécie de planejamento familiar que recorre ao aborto como solução é uma afronta a Deus. Uma figura proeminente nos Estados Unidos que defende o direito ao aborto é Margaret Sanger, uma mulher imoral e comunista. Ela afirmou o seguinte: “Controle de natalidade, como o aborto, é projetado para minar a autoridade da igreja cristã... Espero ansiosamente pelo dia em que a humanidade ficará livre da tirania do Cristianismo.” Além disso, ela elaborou um plano de paz no qual sugeriu que devemos esterilizar as pessoas de mente fechada, as quais incluem: judeus, negros, católicos e pessoas desse tipo.

Com toda essa propaganda em prol do aborto, o resultado é o surgimento de empresas em torno desse negócio que é lucrativo. Em 1981, a revista americana Fortune afirmou que o aborto é uma indústria de 1 bilhão de dólares. De fato, existem três tipos de lucros envolvidos no aborto. Primeiro, existe o lucro decorrente do procedimento cirúrgico em si.

Segundo, existe o lucro decorrente da venda dos bebês abortados. Os profissionais se referem a eles como fetos. Eles vendem os bebês mortos e seus corpos são desmembrados. A indústria dos cosméticos usa o colágeno encontrado no tecido e na medula óssea. Se seu produto diz na embalagem: “Enriquecido com colágeno,” pode ser que o colágeno seja animal. Contudo, sugiro que você se certifique de que não é de bebês.

E terceiro, existe o lucro decorrente de experimentos realizados em bebês, tanto vivos como mortos. O aborto é usado para justificar experimentos em fetos. Em 1973, por exemplo, rins foram removidos de bebês abortados para estudos numa universidade do Canadá. No mesmo ano, o Dr. Reyes abriu os crânios de bebês abortados e ainda vivos para estuda-los. Depois do estudo, matou os bebês com uma punctura no coração. Diante disso, não ficamos surpresos com o que disse Phillip Stanley, porta-voz da uma clínica que vende fetos: “Um feto é... lixo.”

Mas qual é a verdadeira motivação por trás do aborto? Existem três.

  • A primeira motivação é abandonar Deus.

O que desejo fazer hoje é reafirmar a soberania de Deus, ou seja, que ele é o Criador da vida, o dono da vida por direito; é ele quem decide a vida, quem determina a duração dos dias de uma pessoa. Esse não é um direito da mulher, mas do Deus soberano.

  • A segunda motivação é liberdade sexual sem consequência.

Você sabia que 80% dos abortos são feitos em mulheres solteiras? Isso arranca a máscara do sistema e mostra que, assim como nos dias de Jesus Cristo, existe essa consequência vergonhosa. Ao invés de dar à luz a criança e cria-la, as mulheres dizem: “Não quero esse filho; é uma vergonha para mim, uma inconveniência.” Assim, o aborto se tornou no mundo inteiro a forma mais comum de controle de natalidade.

  • A terceira motivação é materialismo sem controle.

A indústria bilionária do aborto é algo incrível; aqueles que acumulam dinheiro e mais dinheiro com o negócio jamais conseguiriam parar, mesmo se quisessem. Simplesmente, a fome descontrolada por materialismo ajuda o ser humano a racionalizar o homicídio de milhões de bebês. O triste é que fazemos com bebês aquilo que jamais faríamos com animais.

Apresentando A Descrição Bíblica da Vida

Diante desse cenário tenebroso, permita-me apresentar a descrição bíblica da vida. Chamo sua atenção a alguns princípios.

  • Primeiro: a concepção é um ato de Deus.

Meu amigo, a concepção é muito mais do que a união acidental de 64 cromossomos; ela é um ato poderoso do Deus Criador. Damos a nós mesmos crédito demais pela concepção. É Deus quem ordena a vida. Por exemplo, lemos negativamente em Gênesis 16.2: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; em Gênesis 20.18: o SENHOR havia tornado estéreis todas as mulheres da casa de Abimeleque; 1 Samuel 1.5:  ainda mesmo que o SENHOR a houvesse deixado estéril. É Deus quem permite a concepção. Positivamente, veja Gênesis 17.19: Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho; Gênesis 21.2: Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara.

Nas Escrituras, a concepção é tratada como ato criativo de Deus ao desenvolver um bebê e fazê-lo nascer. E entenda bem isto: tudo começa na concepção (Gênesis 25.21; Rute 4.13). Veja, por exemplo, o que Deus fala a respeito de Sansão em Juízes 13.7:

Eis que tu conceberás e darás à luz um filho... o menino será nazireu consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte.

A maior evidência de que a vida começa na concepção é a encarnação do próprio Jesus Cristo. Ele deixou o céu para se tornar um ser humano; ele passou pelo processo da vida. E quando tudo isso começou, em Belém? Não, mas na concepção. Houve um tempo em que Jesus Cristo era um embrião. Ele passou por esse processo para que entendesse perfeitamente a humanidade e sua encarnação se aplica até mesmo à questão do aborto.

  • O segundo princípio é: a vida física no útero é projeto de Deus.

Esse estágio é mais avançado do que o de um embrião, pois o corpo do bebê começa a se formar. Lemos em Jó 10.8–12:

As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram, porém, agora, queres devorar-me. Lembra-te de que me formaste como em barro; e queres, agora, reduzir-me a pó? Porventura, não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo?

Ainda lemos em Jó 31.13–15:

Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo, então, que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo ele a causa, que lhe responderia eu? Aquele que me formou no ventre materno não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?

A concepção é fruto do poder criativo de Deus em secreto no ventre materno. Veja Eclesiastes 11.5:

Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.

E é claro, o Salmo 139 é uma passagem clássica a esse respeito. Veja os versos 13–16:

Pois tu formaste o meu interior [ou, “rins,” uma expressão hebraica que se referia às partes interiores do corpo criado no ventre], tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe [embrião?], e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.

Essa passagem deixa bastante claro que, desde a concepção no ventre materno até o último segundo de vida de uma pessoa, Deus está por trás de tudo; ele é o soberano envolvido em todo o processo.

Aplicação: Os Verdadeiros Resultados do Aborto

Creio que a aplicação é simples: desde a concepção e o nascimento até o final da vida, Deus é o Criador soberano. Isso, a propósito, resolve a questão sobre crianças com deformidades físicas e outras deficiências. Hoje, quando uma mulher grávida começa seu acompanhamento com os médicos, ela tem a oportunidade de descobrir por meio de exames e testes se seu bebê tem Síndrome de Down ou outra coisa. Se o resultado é positivo, os médicos lhe dão a escolha de interromper a gravidez e abortar o filho por causa de alguma síndrome ou deficiência. Mas, conforme você talvez se lembra, Deus disse a Moisés em Êxodo 4.11: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? Quem somos nós, então, para determinar se vale a pena ou não deixar um bebê deficiente com vida? Deus o criou assim! Quando rejeitamos uma criança deficiente, não agimos com base no que dizem as Escrituras, isto é, que ela é criação de Deus, entretecida por ele no ventre materno. Esse filho é uma alma viva, uma vida humana.

Mas quais são alguns resultados do aborto?

  • Primeiro: a autoridade de Deus é negada.

Conforme lemos em Romanos 1, o pecador rejeita Deus e, no fim, se torna homicida. Quando rejeitamos a autoridade de Deus, assumimos o direito de determinar quem vive e quem morre.

  • Segundo: a vida de uma criança é tomada.

Em 1984, 60 médicos assinaram uma declaração intitulada “O Maior Respeito pela Vida Humana.” Ela diz: “Nós instamos todos aqueles envolvidos no debate sobre o aborto a reconhecer que a questão central no discurso deve incluir o fato de que aborto induzido causa a morte de um ser humano.” O aborto não é a remoção de um tecido ou tumor, mas o término de uma vida humana com alma eterna.

  • Terceiro: a honra e a consciência da mulher são violadas.

Desde 1955, milhões de bebês têm sido abortados no Japão; a sociedade os chama de “bebês de água.” O nível de depressão, tristeza e suicídio cresceu a tal ponto por causa dos abortos que os líderes da nação decidiram edificar templos budistas dedicados a esses bebês abortados. Assim, a mãe vai ao templo, compra uma estatueta de Buda dedicada ao seu bebê e um sacerdote faz preces por ele. Não se engane, as mães que abortam sofrem. Nos Estados Unidos, suicídio entre mulheres que abortam cresce de 400 para 800%. Elas também são vítimas e acreditam numa mentira.

  • Quarto: o futuro da sociedade é condenado à morte.

O aborto existe porque nossa sociedade é depravada; ele é um sintoma de nosso declínio moral, de nossa inclinação ao materialismo, imoralidade sexual sem consequência e muito mais.

O que o futuro reserva para uma sociedade que segue esse caminho? Um dia, seremos como a Roma do passado: colheremos as consequências por afrontarmos a autoridade de Deus; pagaremos o preço. Após a legalização do aborto, virá a legalização do infanticídio, algo comum também na Roma antiga e que tem sido propagado por médicos e professores de universidades. O infanticídio abrirá a porta para a eutanásia, que significa auxiliar ou causar a morte de um idoso ou paciente em estado de coma. O governador do estado americano do Colorado, por exemplo, afirmou que os idosos têm a obrigação de morrer e parar de atrapalhar as vidas das demais pessoas. Alguns até sugerem que precisamos determinar qual deve ser o tempo de vida de um indivíduo; quando ele atingir o limite, deve ser abandonado à morte. Além dessas coisas, temos testemunhado o declínio da sociedade com a legalização de uniões homossexuais, uso de drogas, etc. Estamos numa espiral decadente e trágica.

O Desafio para A Igreja

Em meio a esse cenário tenebroso, qual é o desafio para a igreja? Ele vem na forma de uma afirmação: direitos humanos existem somente quando se reconhece os direitos divinos. Simplesmente, quando abandonamos os direitos divinos, o fato que Deus é o soberano a quem temos que prestar contas, jogamos fora o alicerce dos direitos humanos.

A melhor coisa que nós, como crentes, podemos fazer é reconhecer que estamos num barco furado e precisamos resgatar o maior número de pessoas possível. Existe uma geração a quem devemos declarar que Deus é soberano e que é somente quando o reconhecemos como Senhor que temos a esperança de melhorar a cultura e a sociedade. Conduzimos indivíduos a Jesus Cristo. Essa é a nossa missão dada pessoalmente por Jesus Cristo aos discípulos em Mateus 28, pouco antes de sua ascensão. Quem você discipula e evangeliza hoje? Você tem se esforçado para cumprir a Grande Comissão? Vivemos numa época encorajadora para proclamarmos o nome de Cristo Jesus.

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