
Honesto com Deus... E com Todas As Pessoas!
Honesto com Deus... E com Todas As Pessoas!
Série Perseverança! – Parte 3
Tiago 5.12
Introdução
Vários anos atrás, a mídia destacou repetidamente a oração de um senador do estado do Kansas, Estados Unidos. Durante uma sessão, ele orou:
Pai onisciente, ajude-nos a saber quem está dizendo a verdade. Um lado nos diz uma coisa e o outro nos diz exatamente o oposto. E, se nenhum lado está dizendo a verdade, também gostaríamos de saber isso. E, se cada lado está dizendo uma verdade pela metade, dá-nos sabedoria para colocar as duas metades juntas. Em nome de Jesus, amém!
De acordo com algumas pesquisas que eu li recentemente:
- 86% dos entrevistados mentem frequentemente para os pais;
- 75% mentem para seus amigos;
- 73% mentem aos seus irmãos;
- 69% mentem aos cônjuges;
- 43% mentem sobre seus empregos.
A irmã gêmea da desonestidade é a fraude, o que, de acordo com um relatório, é uma prática absolutamente crescente na força de trabalho, bem como nas universidades. Fraudes de alta tecnologia incluem o uso de informações da internet sem a atribuição devida, a compra de trabalhos online e a distribuição de respostas e pesquisas via e-mail.
A desonestidade ainda tem outro irmão gêmeo: o roubo. De acordo com uma pesquisa realizada por um departamento do governo americano, empresas perdem anualmente 10 bilhões em roubos por funcionários e subornos comerciais. Além disso, existe a perda de 4 bilhões em desvios. O departamento de comércio americano ainda estima que pelo menos um terço de todas as empresas que vão à falência tem como causa crimes praticados por funcionários. E grande parte do desafio comercial hoje é contratar pessoas que dizem a verdade em seus currículos.
De acordo com uma organização, 53% das pessoas entrevistadas para um emprego foram pegas dizendo pelo menos uma mentira em seu currículo. Mentiras incluíam o salário anterior, sua educação, experiência passada, etc.
Mas a desonestidade também se encontra no meio dos crentes. Recentemente, o deão de um seminário foi exposto numa mentira sobre seu histórico e foi removido de seu cargo.
Charles Swindoll inclui em um de seus livros a história de um pregador que ia pregar no tópico da honestidade no domingo seguinte. Ele disse à congregação que se preparasse para o assunto lendo Josué 25. No domingo seguinte, o pastor começou seu mensagem anunciando o tema da desonestidade e perguntou: “Quem leu Josué 25 essa semana?” Metade das pessoas na igreja levantou a mão. Ele disse: “Ótimo, é para vocês mesmo que eu quero pregar hoje. Josué tem apenas 24 capítulos.” Não é justo!
A verdade é que a sua fé não garante automaticamente a verdade. Se você é um seguidor de Jesus Cristo, já descobriu que a vida envolve uma constante rejeição da natureza pecaminosa caída que é aliada de Satanás, o pai da mentira, cuja língua materna é a mentira (João 8.44).
A vida é um constante reforço e confirmação da nova natureza redimida e aliada do Espírito Santo, a fonte da verdade que nos chama a ser honestos com Deus e com todas as pessoas.
Sem dúvidas, o apóstolo Tiago refletiu sobre o assunto em sua infância ao crescer com 3 outros meninos e pelo menos 2 irmãs que nasceram de Maria e José após Jesus ter nascido e cumprido a profecia e as exigências de um nascimento virginal. Todas essas crianças cresceram com seu meio-irmão Jesus e, imagino eu, Tiago veio somente depois perceber como seu irmão era sempre honesto.
Você já pensou nisso? Deve ter sido difícil para as outras crianças. Se qualquer coisa acontecesse enquanto José e Maria estivessem fora, a única coisa que os pais tinham que fazer era perguntar a Jesus se alguém havia desobedecido. Os irmãos não tinham como escapar!
Lembro-me de eu e meus três irmãos conspirarmos enquanto meus pais estavam fora. “Certo, essa é a história que vamos dizer a eles, entenderam?” E dois de nós estamos no ministério hoje.
Enfim, em seus comentários finais, o apóstolo Tiago fará um chamado radical à honestidade. Sua perseverança dependerá disso. A desonestidade colocará você de lado e descreditará seu testemunho sobre Cristo. A honestidade pode até tornar sua vida mais difícil, mas tornará sua vida mais profunda, sua consciência mais limpa, seu testemunho mais confiável e sua palavra mais digna de confiança ao honrar e agradar a Cristo.
No capítulo 5, verso 12, Tiago parece apresentar por um momento um cartaz para tratar especificamente de um ingrediente necessário à perseverança espiritual, a permanecer firme, que é ser honesto para com Deus e todas as pessoas. Ele escreve no verso 12:
Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo.
Nesse verso, encontramos algo que não devemos fazer e algo que devemos fazer seguidos de uma advertência.
- A Ordem Negativa.
Tiago escreve: meus irmãos, não jureis, ou seja, não façam juramento. Agora, os ouvintes de Tiago imediatamente entenderam o que ele tinha em mente aqui. Nós, por outro lado, temos que levar um tempo buscando entender o sistema de juramento do Antigo Testamento para captarmos a mensagem de Tiago.
Já de início, digo que a interpretação errada desse verso gerou uma prática interessante entre os anabatistas, irmãos morávios e quakers. Eles entendiam que esse verso ensinava que não podemos fazer nenhum tipo de juramento ou voto, o que inclui voto de casamento, juramento de compromisso numa cerimônia de ordenação ou juramento a dizer a verdade diante de um tribunal. Esse verso de Tiago 5, juntamente com as palavras do próprio Jesus no Sermão do Monte (um sermão que na verdade permeia a carta de Tiago de maneira maravilhosa), são usados por muitos para se proibir qualquer tipo de voto ou juramento.
Um voto é simplesmente uma promessa por meio da qual alguém apela a Deus como testemunha da verdade da promessa sendo feita.
Uma rápida olhada nas Escrituras revela que juramentos ou votos eram não somente aceitáveis por Deus, mas prescritos por Deus. E a Bíblia registra crentes fazendo votos:
- tanto Abraão como Isaque fizeram votos em transações comerciais com descrentes, jurando sua fidelidade para manter a promessa e chamando Deus como sua testemunha (Gênesis 21 e 26);
- Josué registra um voto feito a Raabe pelos dois espias israelitas ao jurarem protegê-la (Josué 2);
- Davi fez um juramento a Jônatas (1 Samuel 20);
- o apóstolo Paulo fez um juramento a Deus (Atos 18.18);
- Paulo também adotou a linguagem de um juramento de verdade ao escrever aos coríntios. Ele chama Deus como sua testemunha de que dizia a verdade à igreja de Corinto (2 Coríntios 11.31);
- houve ocasiões no Antigo Testamento quando Deus exigiu que o povo fizesse juramentos. Por exemplo, um homem deveria jurar diante de Deus que o animal debaixo de seus cuidados (que havia morrido) não havia sido morto e comido por ele (Êxodo 22);
- ou o voto de uma mulher casada suspeita de infidelidade. Ela era obrigada a fazer um juramento diante de Deus sobre sua fidelidade ao marido (Número 5);
- em Lucas 1.73, lemos que o próprio Deus fez um juramento a Abraão;
- Deus também jurou por si mesmo uma promessa a Davi, bem como ao povo de Israel.
A verdade é que Deus não somente endossa o voto, mas espera que os votos sejam mantidos quando feitos conforme sua vontade e propósito. Deus, porém, não nos quer fazendo e mantendo votos pecaminosos.
O exemplo clássico disso foi a vida de Jefté, que fez um voto dizendo que daria ao Senhor a primeira coisa que saísse de sua casa ao seu encontro quando retornasse vitorioso (Juízes 11). Mas quando ele voltou para casa, a primeira coisa que veio ao seu encontro não foi o cachorro, mas sua filha solteira. Daí, ele teve que mantê-la virgem pelo resto da vida. Referimo-nos a essa passagem como “o voto precipitado de Jefté.”
Digo tudo isso para mostrar que Tiago não está proibindo fazer uma promessa ou um juramento de votos no nome de Deus. Na verdade, você pode notar que existe uma vírgula e não um ponto final após o juramento. Note o verso 12: meus irmãos, não jureis nem pelo céu, [vírgula] nem pela terra, nem por qualquer outro voto. Essa é uma dica útil que nos mostra o que Tiago busca ensinar no texto.
O problema é que, no período do Novo Testamento, fazer um voto ou juramento tinha, na verdade, se desenvolvido para a fina arte do engano e desonestidade. Os rabinos ensinavam que um voto ou juramento não exigia seu cumprimento se o nome de Deus não estivesse envolvido. Ou seja, se você jurasse por sua própria vida ou pela vida de outra pessoa, então seu juramento não precisaria ser cumprido. Era como fazer uma promessa com dedos cruzados. Você não está realmente dizendo a verdade e, desde que esteja com seus dedos cruzados, não tem que cumprir o prometido.
Bom, os judeus tinham desenvolvido um sistema tolo também. Desde que você fizesse seu juramento em nome do céu ou da terra, ou da cidade de Jerusalém ou da paz de Jerusalém, ou em nome da sua barba, então violar a promessa não teria problema.
A Mishnah, um comentário judaico sobre costumes datado do século terceiro que trata das tradições, tem um seção inteira falando só sobre votos. Havia instruções bem elaboradas na questão dos juramentos, quando os votos deveriam ser cumpridos e quando eles não precisariam ser cumpridos. Basicamente, esse foi um sistema desenvolvido para indicar quando uma pessoa poderia mentir e quando não poderia. Um juramento falso havia se tornado uma arte. O mais importante era que você não havia mencionado o nome de Deus.
Como vemos, eles eram ensinados que se o nome de Deus não fosse pronunciado no voto, então Deus não tinha nada a ver com a transação ou negócio. Mas Tiago escreve: não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto. Em outras palavras, não caia nesse costume de que um voto feito pelo céu ou pela terra não precisa ser cumprido. Por que não? Por causa daquilo que o crente sabe ser verdade, independente de o nome de Deus estar incluso na sua promessa. Se você jura pelo céu, esse mesmo céu é o trono de Deus; se jura pela terra, essa terra é o estrado dos pés de Deus; se jura por Jerusalém, essa é o seu futuro reino; se você jura por qualquer outra coisa na terra, não interessa porque tudo pertence a Deus! Ou seja, é impossível deixar Deus de fora de qualquer transação ou promessa, mencione você o nome dele ou não.
E quanto mais velho eu fico, mais suspeita eu levanto quando pessoas adicionam um voto ou juramento a uma conversa. Como alguém que me disse: “Juro por Deus que estou dizendo a verdade.” Isso levanta suspeitas. Por que ele teve que jurar pelo nome de Deus? Ou então: “É verdade, juro pela minha mãe mortinha no túmulo.” Essa realmente me preocupa. Por que adicionar qualquer sentença desse tipo? Também fico questionando e suspeitando quando alguém me diz: “Agora vou ser totalmente honesto com você.” Então isso significa que antes você não foi? Foi meio honesto? Qual parte era verdade?
Honestidade não é uma fórmula. Ela não é uma adição inteligente ao voto ou juramento. Foi exatamente isso o que Pedro fez fora do tribunal quando Jesus estava sendo interrogado no meio da noite, conforme lemos em Mateus 26. Antes, ele tinha feito uma promessa ao Senhor de que não iria negá-lo; e ele repetiu essa promessa na frente de todos os discípulos no cenáculo: “Senhor, tipo... todos esses outros podem até abandonar você, mas não eu.”
Agora, Jesus foi preso no Jardim e levado ao sumo sacerdote para ser interrogado. Nessa ocasião, ocorre a cena clássica entre Pedro e os demais. A propósito, temos que dar algum crédito a Pedro. Ele foi o único que chegou até o pórtico da propriedade do sumo sacerdote. E ele é identificado por uma serva que diz: “Eu não vi você com Jesus?” Pedro negou e disse: “Eu não sei do que você está falando.”
Pedro até se aproximou do portão do pórtico—sem dúvidas numa luta interna entre sua promessa de permanecer com o Senhor ou correr para salvar sua própria vida.
Daí, outra serva chega e faz uma espécie de anúncio: Este também estava com Jesus, o Nazareno. Agora, ouça o que Mateus registra no capítulo 26, verso 72: Pedro negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem.
Pouco depois, alguns que estavam por perto confrontaram Pedro e começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! (Mateus 26.74). Daí, um galo, em algum lugar na vizinhança, decidiu acordar mais cedo aquele dia.
As palavras para juramento e jurar em Mateus 26 são as mesmas utilizadas por Tiago no capítulo 5, verso 12.
Pedro faz um juramento na tentativa de mascarar uma mentira: “Estou mentindo, mas eu juro que estou dizendo a verdade! Os céus são minha testemunha. Deixe-me adicionar todo o tipo de linguajar e jargão religioso para encobrir meus rastros enquanto corro da verdade.”
Se você é uma pessoa honesta, não precisa adicionar nada a fim de conceder peso às suas palavras. E é exatamente esta a postura que Tiago convoca o crente a adotar: a simplicidade da honestidade.
- Ordem Positiva.
Note a frase seguinte no verso 12; note a simplicidade da honestidade nessa ordem positiva: antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não.
É um discurso simples e objetivo. A construção original aqui é um presente imperativo; outro ponto de exclamação.
Um erudito no grego disse que a linguagem de Tiago aqui nessa frase indica que essa deve ser a marca do dever de cada crente. Ou seja, o mundo lá fora mente desenfreadamente. A mentira é a sua língua nativa, pois estão presos ao diabo que, por sua vez, fala fluentemente o idioma da mentira. Não seja como eles! Que o seu discurso reflita a simplicidade da honestidade. Não permita que seu “sim” seja “talvez, se o clima for favorável...” ou “se eu achar que devo.” Não. Que o “sim” signifique “sim” e o “não” signifique “não.”
- Advertência.
Em seguida, Tiago adiciona uma advertência na última frase do verso 12: para não cairdes em juízo. Essa é uma maneira bondosa de dizer: “Não arranje problemas com Deus.”
Tiago não está dizendo que juramentos e votos são pecaminosos e que você é condenado se fizer um. O que ele diz é que, se você adiciona um voto ao seu “sim” ou “não” a fim de encobrir uma mentira, então está com problema dobrado. Você adicionou piedade à sua hipocrisia; adicionou palavras de peso a uma vida desonesta.
Até mesmo na igreja dizemos palavras religiosas como “amém” e “vamos cantar mais alto.” Ao mesmo tempo, sabemos que a nossa adoração é uma tentativa de mascarar uma vida crescente de desonestidade. Seus impostos são um exemplo disso; seu último trabalho ou prova revelam isso; talvez seu currículo inclua coisas que não são verdadeiras; você se pergunta se aqueles votos de casamento ou contratos de negócios devem ser realmente cumpridos.
Ouça bem a advertência de Tiago: “Encobrir seus rastros é caminhar em direção à disciplina do Senhor, para uma vida desperdiçada e sem recompensas.”
É por isso que Tiago faz esse alerta final. E não é para o mundo, mas para os irmãos: não viva distante do prazer de Deus. Algumas traduções dizem: “para que não caiam em hipocrisia.” Tiago apresenta nada mais do que um chamado à honestidade. É um desafio para apoiarmos o que dizemos com o que somos e fazemos.
Alguns anos atrás, perguntei a um empresário de nossa igreja como ele estava. Ele me disse que os negócios estavam cambaleando. Ele tinha um concorrente forte no campo, uma empresa maior que produzia o mesmo produto e parecia que ele estava sempre em segundo lugar.
Contudo, uma empresa em particular queria que ele assinasse um contrato grande e o presidente da companhia até ligou para dizer que o queria para o trabalho. No decorrer da conversa, o presidente disse que eles realmente precisavam receber o carregamento numa data específica—será que ele prometeria cumprir o prazo?
Esse empresário crente sabia que, com seus poucos empregados, precisaria de mais duas semanas para cumprir o prazo determinado. Ele disse que a tentação lá foi de dizer que conseguiria e depois sair com uma ou duas desculpas para o atraso. Em outras palavras, ele poderia fazer a promessa, mas com os dedos cruzados. Ele disse ao presidente a verdade e o concorrente ficou com o contrato.
Você pode pensar: “Que coisa maravilhosa! Aposto que o negócio desse irmão decolou depois disso!” Na verdade não. Ele ainda lutou por alguns anos até que fechou as portas e decretou falência.
Mas deixe-me dizer que esse irmão em Cristo morreu de lá para cá e tenho certeza de que, nem sequer por um momento, ele se arrependeu daquela demonstração do caráter de Jesus Cristo em sua vida! Você consegue imaginar sua alegria diante da aprovação de Cristo por sua honestidade naquela ocasião específica? Por que dizer a verdade?
- Porque é o caráter de Deus, cujo Filho é o caminho, e a verdade, e a vida (João 14.6);
- Porque Deus não pode mentir (Hebreus 6.18).
Deus nunca cruza os dedos. Qual a importância disso? Pense no fato de a Bíblia não ser um livro de explicações, mas um livro de promessas. Quantas promessas esperamos que Deus cumpra? Todas!
John Philips, o grande expositor e escritor britânico, escreveu em seu comentário em Tiago:
Houve uma época na história da Inglaterra em que a honra era premiada como a virtude mais sublime. Um homem que quebrava sua palavra era a forma mais rebaixada de homem. Um provérbio comum nas terras onde a bandeira era plantada dizia: “É a palavra de um inglês.”
John Philips continua e descreve a vida de David Livingstone, missionário britânico pioneiro na África no final dos anos de 1800 e início dos anos de 1900. Ele era um evangelista corajoso que levou o Evangelho ao mais interior da África onde equipes missionárias nunca tinham chegado antes. David Livingstone escreveu em seu diário como, em cada grande crise, descansava numa promessa de Jesus Cristo, a qual era seu verso favorito nas Escrituras. A promessa é: E eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mateus 28.20). Ele escreveu em seu diário: “Esta é a palavra de um homem de mais sagrada honra e ponto final!” Ele guardará suas promessas!
Então, como filhos de Deus, também devemos guardar as nossas!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 29/05/2011
© Copyright 2011 Stephen Davey
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