Envelhecendo e Amadurecendo

Envelhecendo e Amadurecendo

by Stephen Davey Ref: Genesis 33–36

Envelhecendo e Amadurecendo

Gênesis 33–49

Introdução

Em nosso último estudo, vimos Jacó lutando com Deus e Deus mudando o nome de Jacó para “Israel.” Agora, esse patriarca se encontra com o irmão Esaú; esse é um encontro que ele tem temido pelos últimos 20 anos enquanto esteve longe de casa. Hoje, continuaremos no capítulo 33 e concluiremos essa série de estudos biográficos na vida de Jacó.

A Reconciliação dos Dois Irmãos

Começaremos com a reconciliação dos dois irmãos e destacarei algumas coisas certas e erradas nessa reconciliação. Veremos que, apesar de Jacó haver se encontrado com Deus e de seu nome ter sido mudado para “Israel,” ele ainda age como um manipulador. Veja Gênesis 33.1–2:

Levantando Jacó os olhos, viu que Esaú se aproximava, e com ele quatrocentos homens. Então, passou os filhos a Lia, a Raquel e às duas servas. Pôs as servas e seus filhos à frente, Lia e seus filhos atrás deles e Raquel e José por últimos.

Evidentemente, depois de seu encontro com Deus, Jacó cria coragem. Agora, ele coloca mulheres e filhos atrás e vai para frente. Veja o verso 3:

E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão.

Ao se prostrar, Jacó age como um manipulador. Na cultura do oriente, o costume era o de se prostrar sete vezes quando se conhecia um rei. Sem dúvidas, Jacó sabe que Esaú é o rei de Edom, mas ele era, agora, o príncipe de Deus e este era seu próprio irmão. Então, ele se prostra diante de Esaú, honrando um homem que não merecia a honra de um homem de Deus.

Continue no verso 4:

Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.

Ao invés de colocar uma faca no pescoço de Jacó, Esaú o abraçou e beijou. Imagine a surpresa para Jacó! Já fazia 20 anos que não se viam desde a última briga. E ambos, abraçados, choraram. Sem dúvidas, Deus tinha realizado algo no coração de Esaú durante a ausência de Jacó e agora reconcilia os dois irmãos.

Talvez você esteja passando por uma situação parecida de divisão. Saiba que Deus é maior do que qualquer coisa que você venha a enfrentar. Ele é poderoso o suficiente para acertar essas coisas. Como disse Ray Stedman: “O ministério da reconciliação começa com Deus, não com o homem.” A reconciliação pertence a Deus, é creditada a ele, e realiza aquilo que de outra maneira é impossível.

Agora, é possível que Jacó ainda esteja agindo de maneira ardilosa aqui ao insistir que Esaú receba os presentes nos versos 8–9. Naquela cultura, não era próprio a um homem receber presentes de seu inimigo. Jacó, portanto, deseja garantia de que a briga realmente cessou. Por fim, Esaú aceita os presentes.

A Rebelião e Vingança dos Filhos de Jacó

Agora, nos versos 11–14, encontramos um problema. Com generosidade de coração e emocionado com o reencontro, Esaú propõe que os dois irmãos viagem juntos para a terra de Seir e se estabeleçam ali, reconstruindo o que perderam nas últimas duas décadas.

Jacó não acredita nas boas intenções de seu irmão. Então, faz uma promessa falsa no verso 14:

Passe meu senhor adiante de seu servo; eu seguirei guiando-as pouco a pouco, no passo do gado que me vai à frente e no passo dos meninos, até chegar a meu senhor, em Seir.

Ele diz: “Esaú, vai na frente porque meu ritmo aqui é lento. Encontro com você em Seir.” Mas, conforme o texto deixará claro no verso 17, Jacó vai na direção contrária a Seir: ao invés de viajar para o sudeste em direção a Seir, ele viaja noroeste para Sucote. Fico imaginando o que seu irmão Esaú ficou pensando em Seir: “Está tudo pronto. Estamos em Seir. Onde está meu irmão Jacó?” Enquanto isso, Jacó se fixa em Siquém. Ele mentiu ao seu irmão.

Enquanto isso, os filhos de Jacó apenas o observam o pai mentindo. A semente da desonestidade é geralmente semeada no lar. E Jacó pagará um preço amargo, pois o capítulo seguinte não passa de acontecimentos em torno das mentiras de seus filhos. Os desastres que vêm em seguida são consequência da desonestidade e manipulação de Jacó. Fica aqui uma lição poderosa aos pais e mães. Veja o que acontece a partir de Gênesis 34.1:

Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra.

Ou seja, Diná saiu para ver a cidade de Siquém, que era perversa. Isso nos lembra de Ló e da tragédia que foi armar sua tenda próximo a Sodoma e Gomorra. Continue nos versos 2–7:

Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou. Sua alma se apegou a Diná, filha de Jacó, e amou a jovem, e falou-lhe ao coração. Então, disse Siquém a Hamor, seu pai: Consegue-me esta jovem para esposa. Quando soube Jacó que Diná, sua filha, fora violada por Siquém, estavam os seus filhos no campo com o gado; calou-se, pois, até que voltassem. E saiu Hamor, pai de Siquém, para falar com Jacó. Vindo os filhos de Jacó do campo e ouvindo o que acontecera, indignaram-se e muito se iraram, pois Siquém praticara um desatino em Israel, violentando a filha de Jacó, o que se não devia fazer.

Nos versos 13–17, vemos que Jacó permanece calado; os filhos é que tomam as rédeas da situação. E eles respondem com astúcia—eles aprenderam a arte do engano muito bem com o pai:

Então, os filhos de Jacó, por causa de lhes haver Siquém violado a irmã, Diná, responderam com dolo a Siquém e a seu pai Hamor e lhes disseram: Não podemos fazer isso, dar nossa irmã a um homem incircunciso; porque isso nos seria ignomínia. Sob uma única condição permitiremos: que vos torneis como nós, circuncidando-se todo macho entre vós; então, vos daremos nossas filhas, tomaremos para nós as vossas, habitaremos convosco e seremos um só povo. Se, porém, não nos ouvirdes e não vos circuncidardes, tomaremos a nossa filha e nos retiraremos embora.

Siquém e o pai Hamor concordam. Veja o que os filhos de Jacó fazem nos versos 24–26:

E deram ouvidos a Hamor e a Siquém, seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e todo homem foi circuncidado, dos que saíam pela porta da sua cidade. Ao terceiro dia, quando os homens sentiam mais forte a dor, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos. Passaram também ao fio da espada a Hamor e a seu filho Siquém; tomaram a Diná da casa de Siquém e saíram.

Desejo mencionar duas coisas realmente trágicas nesse capítulo.

  • Primeiro: o silêncio de Jacó. Ele ouviu do acontecido e não fez nada.
  • Segundo: quando abre a boca, sua repreensão é vergonhosa.

Veja o que Jacó diz no verso 30:

Então, disse Jacó a Simeão e a Levi: Vós me afligistes e me fizestes odioso entre os moradores desta terra, entre os cananeus e os ferezeus; sendo nós pouca gente, reunir-se-ão contra mim, e serei destruído, eu e minha casa.

Em outras palavras, “O que realmente está me incomodando nisso tudo é que o que vocês fizeram poderá me causar problemas.” Ele não fala nada sobre os assassinatos e engano. Por que? Porque Jacó perdeu qualquer autoridade moral com seus filhos; ele não podia discipliná-los.

O Retorno de Jacó a Betel

A essa altura, Deus intervém. Veja Gênesis 35.1:

Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão.

Por que Betel é tão importante assim? Se olhar no mapa, você verá que Betel fica numa região árida, rochosa e montanhosa. Os pastos não são muito férteis. Mas por que Deus mandaria Jacó ir para Betel? Porque ali era o local de intimidade com Deus; foi em Betel que Deus visitou Jacó; foi ali que Abraão edificou seu altar. Deus estava, de fato, convidando Jacó de volta para si, convidando-o a voltar para casa.

Jacó obedece a Deus e sua jornada é marcada por duas coisas.

  • Primeiro, ela começa com arrependimento.

Veja Gênesis 35.2–4, onde também notamos que a família de Jacó tinha falsos deuses:

Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes; levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei. Então, deram a Jacó todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.

Tudo começou com arrependimento; os ídolos tiveram que ser abandonados e enterrados. Arrependimento começa com mudança. Deus jamais aceitaria esses ídolos em Betel. O caminho de volta à intimidade com Deus começou com arrependimento.

  • Segundo, a jornada envolveu grande tristeza.

Várias mortes acontecem em torno da viagem a Betel; é interessante que o plano de Deus incluiria esses desastres. Veja o verso 8:

Morreu Débora, a ama de Rebeca, e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho que se chama Alom-Bacute.

Talvez você se lembre que Jacó era muito apegado à sua mãe Rebeca; depois que saiu em busca de uma esposa na terra de Harã, nunca mais a veria. Mas, talvez por preocupação, sua mãe lhe deu uma serva de confiança chamada Débora. Ela cuidou de Jacó. Temos todo motivo para crer que ela serviu Jacó durante aqueles 20 anos. Aqui, uma pessoa que tinha em comum com sua mãe morre. Jacó a sepulta debaixo de um carvalho, o qual chama Alom-Bacute, que significa “carvalho de lágrimas.”

Mas tem mais tristeza pela frente. Veja os versos 16–19:

Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso. Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho. Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim. Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.

A história de Jacó e Raquel é um dos mais belos romances na Bíblia. Jacó trabalhou 14 anos por ela; ele a amou profundamente. Agora, ela morre enquanto dá à luz um menino, seu segundo filho, irmão de José, a quem chama Benjamim. Mais uma vez, existe um funeral. A tristeza só aumenta.

A tristeza não terminou. Depois de 20 anos sem ver o pai Isaque, veja o que acontece nos versos 27–29:

Veio Jacó a Isaque, seu pai, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque. Foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. Velho e farto de dias, expirou Isaque e morreu, sendo recolhido ao seu povo; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram.

Após todos esses anos, Jacó volta à sua terra para descobrir que sua mãe já morreu e que seu pai, em breve, morrerá também.

Jacó e Esaú se encontram no funeral. Eles se olham, mas, por outro lado, a tristeza sempre reúne as pessoas. Eles se encontram em torno do túmulo e, depois, se apartam. Eles nunca mais se verão novamente.

A tristeza de Jacó apenas aumenta. Estudaremos o capítulo 37 mais detalhadamente depois, mas quero apenas mencionar o acontecido em que os filhos de Jacó mentem para o pai, dizendo que José, o primeiro filho de Raquel, foi morto pelas feras. Jacó é tomado de tristeza.

Princípios Aprendidos na Escola da Tristeza

Podemos aprender alguns princípios na escola da tristeza. Gostaria de mencioná-los rapidamente.

  • Primeiro: obediência a Deus não nos isenta da tristeza.
  • Segundo: a tristeza nem sempre é enviada como um castigo de Deus.
  • Terceiro: a tristeza nunca vem sem a permissão de Deus.
  • Quarto: a tristeza é uma ferramenta especial que Deus usa para desenvolver maturidade.

Evidências de Maturidade num Patriarca Idoso

Será que Jacó amadureceu na fé? Eu creio que sim. Existem algumas evidências de maturidade na vida desse patriarca idoso.

  • A primeira evidência é sua convicção em relação ao Egito.

A essa altura, está havendo uma fome na terra e seu filho José, sem Jacó saber, serve no Egito. Jacó não sabe o que fazer diante da fome. O velho Jacó já teria descido para o Egito, que era o celeiro do mundo antigo. Contudo, numa demonstração de maturidade espiritual, Jacó não quer comprometer sua posição; ele quer ficar na terra da promessa, mesmo que isso envolva passar fome. Nesse acontecimento, não vemos o velho Jacó; quem vem à tona é o novo Israel. Deus intervém em Gênesis 46.1–4 e diz que Jacó não precisa temer ir para o Egito; isso faz parte do plano dele para o seu povo. Jacó só desce para o Egito porque Deus manda. Ele queria obedecer à palavra do Senhor.

  • A segunda evidência de maturidade espiritual é seu contentamento ao se reencontrar com José.

Lemos esse reencontro em Gênesis 49.29–30:

Então, José aprontou o seu carro e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. Apresentou-se, lançou-se-lhe ao pescoço e chorou assim longo tempo. Disse Israel a José: Já posso morrer, pois já vi o teu rosto, e ainda vives.

Após chorar, Jacó não reclama que Deus roubou anos de companhia com seu filho José. Não há ressentimento. Ao invés disso, há paz e contentamento, coisas que há muito tempo não existiam em sua vida. O contentamento é uma das maiores evidências da maturidade.

  • A terceira evidência é o caráter de Jacó ao abençoar Faraó.

Veja Gênesis 47.5–6:

Então, disse Faraó a José: Teu pai e teus irmãos vieram a ti. A terra do Egito está perante ti; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen. Se sabes haver entre eles homens capazes, põe-nos por chefes do gado que me pertence.

Ou seja, “Coloque os homens para trabalhar que eu pagarei!” Continue no verso 7:

Trouxe José a Jacó, seu pai, e o apresentou a Faraó; e Jacó abençoou a Faraó.

José leva seu pai idoso para o esplendoroso palácio do Faraó; Jacó não é um homem instruído, mas tem sido um peregrino, vivendo em tendas e provavelmente usa roupas simples. Fico imaginando esse cenário: Jacó, um homem simples, cercado por poder, sabedoria e esplendor, muito ouro e a majestade do Faraó e governantes do império. Mesmo assim, ele não se acovarda. Tudo indica que ele ergueu suas mãos trêmulas e abençoou Faraó.

Existe um esplendor moral no homem que anda com Deus; existe uma majestade inerente que não pode ser imitada.

Evidências de Fé na Vida do Patriarca à Beira da Morte

Um dos maiores deleites em analisar a vida desse homem tem sido estudar os dias finais de sua vida. Não somente sua maturidade espiritual se torna aparente, isto é, ele cresceu, mas sua fé fica clara também. Permita-me apontar algumas marcas de fé na vida de Jacó.

  • A primeira evidência de fé é vista no pedido de sepultamento de Jacó.

Veja Gênesis 47.29–31:

Aproximando-se, pois, o tempo da morte de Israel, chamou a José, seu filho, e lhe disse: Se agora achei mercê à tua presença, rogo-te que ponhas a mão debaixo da minha coxa e uses comigo de beneficência e de verdade; rogo-te que me não enterres no Egito, porém que eu jaza com meus pais; por isso, me levarás do Egito e me enterrarás no lugar da sepultura deles. Respondeu José: Farei segundo a tua palavra. Então, lhe disse Jacó: Jura-me. E ele jurou-lhe; e Israel se inclinou sobre a cabeceira da cama.

Aqui está um homem, incapaz de se levantar da cama, sabendo que está prestes a morrer, pedindo para ser sepultado não num mausoléu esplêndido no Egito, mas na simples caverna de Macpela. Por que? Porque ali é o lugar escolhido por Deus.

  • A segunda evidência de fé é vista na bênção de Jacó aos filhos de José.

O capítulo 48 relata que José traz seus dois filhos a Jacó. O patriarca está, a essa altura, cego, mas estende sua mão e abençoa os dois netos. O ponto mais interessante a se destacar nessa bênção é quando Jacó fala a um dos filhos de José em Gênesis 48.19:

...ele também será um povo, também ele será grande; contudo, o seu irmão menor será maior do que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.

Em outras palavras, “Eu sei que a promessa de Deus é verdadeira. Um dia, haverá uma nação, haverá uma semente. Apesar de eu estar aqui no Egito, sei que um dia, a terra será nossa e será habitada pelo nosso povo.” Grande fé!

  • A fé de Jacó também é vista no conteúdo de sua profecia quando convoca os 12 filhos ao seu lado na cama.

Nessa ocasião, Jacó está prestes a proferir suas últimas palavras. Então, um filho de cada vez—12 ao todo—vem à cama. Daí, com sua voz fraca, ele dá uma bênção final a cada um. Ele profetiza o que acontecerá.

Não estudaremos todas as bênçãos individualmente, mas desejo chamar sua atenção ao capítulo 49, verso 10, quando Jacó fala a Judá. É dessa tribo que virá o rei Davi, a linhagem messiânica. Veja o verso 10 e note especialmente a segunda parte:

O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.

O termo Siló significa “aquele que dá o descanso.” Ou seja, “A linhagem de Judá reinará até que venha aquele que dá o descanso.”

E quem é Siló? Sabemos que é Jesus Cristo, que um dia afirmou às multidões, conforme registrado em Mateus 11.28:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

Ou seja, “Eu sou aquele que dá o descanso.”

A questão é como Jacó aprendeu esse nome. De onde ele tirou o nome Siló? Concordo com o antigo pregador F. B. Meyer, o qual sugeriu que Jacó aprendeu esse nome ao lutar com o Anjo do Senhor, que era Cristo.

Talvez você se recorda que, antes de o anjo partir, Jacó perguntou: “Qual é o seu nome?” (Gênesis 32.27). O texto não diz; a única coisa que diz é que o Anjo do Senhor se virou e abençoou Jacó. Talvez tenha sido aí que ele disse a Jacó: “Meu nome é Siló, aquele que dá descanso.”

Quem sabe isso ficou latente na mente de Jacó até agora. Quando profetiza, ele sabe que “Aquele que dá descanso” um dia virá reinar.

  • Finalmente, a fé de Jacó é vista nas suas palavras finais aos seus filhos.

Veja Gênesis 49.28–33:

São estas as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a bênção que lhe cabia. Depois, lhes ordenou, dizendo: Eu me reúno ao meu povo; sepultai-me, com meus pais, na caverna que está no campo de Efrom, o heteu, na caverna que está no campo de Macpela, fronteiro a Manre, na terra de Canaã, a qual Abraão comprou de Efrom com aquele campo, em posse de sepultura. Ali sepultaram Abraão e Sara, sua mulher; ali sepultaram Isaque e Rebeca, sua mulher; e ali sepultei Lia; o campo e a caverna que nele está, comprados aos filhos de Hete. Tendo Jacó acabado de dar determinações a seus filhos, recolheu os pés na cama, e expirou, e foi reunido ao seu povo.

Ou seja, Jacó diz: “Sepultem-me na terra da promessa junto com meus pais, possuindo, em certo sentido, essa terra cercada pelas nações ao seu redor. É lá que eu quero jazer porque contemplo o dia em que Deus cumprirá suas promessas feitas ao meu pai Abraão, meu pai Isaque e a mim.”

E aí, o que Deus diz a respeito de Jacó? Jacó entra para a lista dos “Heróis da Fé” de Hebreus 11. No verso 21, Deus faz uma menção específica à fé desse homem:

Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou.

Foi aí que Jacó evidenciou fé.

E Deus também marcou as Escrituras com um título pessoal em relação a Jacó. Deus ser identifica com maios frequência como o Deus de Jacó do que como o Deus de Abraão ou Deus de Isaque. Deus queria que o conhecêssemos como o Deus daqueles que tropeçam e fracassam, porque a história de Jacó é, na realidade, a história da graça de Deus, o Deus de um pecador que finalmente se arrepende, descansa e confia no Senhor.

A questão é: você tem uma história pessoal do momento quando a graça de Deus invadiu sua vida? Sabemos que ele é o Deus de Jacó, mas ele é o seu Deus também?

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