
E Deus Disse...
Introdução
É contra os primeiros capítulos de Gênesis que Satanás tem lançado seus ataques mais ferrenhos. E por bom motivo. Conforme mencionei no estudo anterior, quem crê nos primeiros capítulos de Gênesis conseguirá crer no restante das Escrituras. Se você crê que Deus criou os céus e a terra em Gênesis, não terá dificuldades em crer que ele criará um novo céu e uma nova terra em Apocalipse.
Deixe-me lembra-lo também do seguinte: se Gênesis 1 está errado, então, Jesus, que confirmou esse relato, bem como os profetas que proclamaram o registro, e o apóstolos, que o ensinaram, foram mentirosos. Semelhantemente, nossa fé é mera ilusão.
A verdade é, meu amigo, que tudo o que cremos no Cristianismo depende da veracidade de Gênesis 1–3. E Satanás sabe disso muito bem; é por isso que continua a atacar esses capítulos com teorias que negam o começo de tudo conforme relatado nas Escrituras.
Agora, essas teorias não são novas; elas têm existido desde o princípio da história humana após a queda. Em 1808, havia pelo menos 80 teorias sobre as origens catalogadas. Dentre elas, havia teorias de que viemos de algas marinhas, dos macacos e que evoluímos a partir de lixo deixado por vida inteligente da pré-história.
Após cerca de 200 anos, os cientistas estão, finalmente, admitindo sua frustração. Um botânico sueco chamado Dr. Herbert Nilsson, um evolucionista descrente, escreveu:
Minhas tentativas de reproduzir a evolução por experimentos realizados no decorrer dos últimos quarenta anos fracassaram. Podemos afirmar com convicção ser impossível encontrar ou construir novas classes (espécies). As deficiências são reais. A ideia de uma evolução depende de crença pura.
Infelizmente, somos levados a acreditar que a Teoria da Evolução se baseia em fatos, enquanto o Cristianismo em fé. Na verdade, ambos dependem da fé.
Um artigo que li numa revista sobre a origem da vida explica que, num determinado momento—ninguém sabe se foram 2 ou 1,5 bilhão de anos atrás—algo assumiu uma forma que a ciência não consegue identificar. A única coisa que sabemos é que, através do agir de alguma coisa, determinadas moléculas adquiriram a habilidade de se duplicar.
Isso é tolice. É o mesmo que colocar um galo dentro de um galinheiro sozinho e dizer: “Bom, agora é esperar alguns milhões de anos e teremos alguns ovos. Precisamos apenas ser pacientes.” Ninguém acreditaria nisso.
Deixe-me ler as palavras de um artigo publicado pela UCLA Berkeley, uma universidade da Califórnia, Estados Unidos. Um cientista afirmou: “Os dados que temos hoje se encaixam melhor no modelo de criação do que no de evolução.” O artigo dizia:
Bioquímicos concluíram a partir de seus estudos no DNA mitocondrial que, se árvores genealógicas fossem construídas até o princípio de tudo, todas elas convergiriam a um pequeno grupo de pessoas da antiguidade que foram os ancestrais de todos nós.
Em outras palavras, se voltássemos o máximo possível, chegaríamos a uma família apenas.
O artigo continuou dizendo que os cientistas acreditam que uma mulher somente é a ancestral de todos os habitantes da terra. E adivinha o apelido que deram a essa mulher? Eva.
Os homens buscam suas origens; o mundo quer saber como foi o começo e o busca. No fim, concluem, simplesmente, o que lemos em Gênesis 1.
Três Motivos para o Relato da Criação
Agora, permita-me responder três perguntas quanto a por que Deus nos forneceu o relato da criação. Deixe-me mencionar três motivos para o relato da criação.
- Primeiro, o relato da criação de Gênesis serve para encorajar a fé de Israel.
Esse Deus, o Deus que alega ser o criador, é o mesmo Deus que conduziu os israelitas para a terra prometida; era seguindo esse Deus que eles conseguiriam conquistar a terra. Esse Deus tinha que ser poderoso o suficiente. Por isso, Moisés revela a onipotência sem igual de Deus. Deus é infinitamente poderoso e isso fortaleceu a fé dos israelitas.
- Segundo, o relato da criação refuta os mitos sobre as origens.
Como já disse, muitas são as teorias. Ainda hoje, existem vestígios da teoria babilônia da criação. Lemos que, na época dos israelitas, já havia teorias evolucionárias. Havia teorias afirmando que os homens tinham vindo dos deuses—que esses deuses, de alguma forma, procriaram e formaram a humanidade. Portanto, a fim de refutar todos esses mitos sobre as origens, Deus fornece o relato verdadeiro da criação.
- Terceiro, o relato da criação pinta um retrato do caráter de Deus.
Gênesis 1 revela a soberania de Deus, seu poder e seu relacionamento com os homens e com o mundo. De fato, somente em Gênesis 1, Deus é mencionado cerca de 32 vezes.
A Duração dos Dias no Relato da Criação
O nosso estudo em Gênesis 1 será dividido em duas partes:
- A duração dos dias no relato da criação;
- E a atividade em cada dia no relato da criação.
Começamos com a duração dos dias no relato da criação. Será que em Gênesis 1 a duração do dia foi, literalmente, de 24 horas, como o nosso dia hoje?
Alguns sugerem que não se trata aqui de dias literais, mas que a palavra “dia” representa eras. Assim, um dia pode significar milhões de anos ou, talvez, um bilhão de anos, não um ciclo de 24 horas.
Infelizmente, muitos na igreja pensam que podem colocar um pé no Cristianismo e outro no Evolucionismo. Essa teoria se chama “Evolucionismo Teísta,” e apregoa que Deus deu início a tudo e, em seguida, tudo evoluiu num processo de milhões de anos.
É importante, então, definir se a palavra “dia” no relato da criação significa um ciclo de 24 horas ou milhões de anos.
Permita-me fornecer três razões por que creio que “dia” em Gênesis 1 se refere a um período de 24 horas. Adiciono ainda que esses são dias sem qualquer intervalo entre si.
- Primeiro, cada dia possui tarde e manhã.
Lemos isso no verso 5, por exemplo: Houve tarde e manhã, o primeiro dia; e também no verso 8: Houve tarde e manhã, o segundo dia. É importante notar que a expressão hebraica aqui utilizada é comumente empregada para falar de um ciclo solar de 24 horas. Já é tolice termos que sequer discutir isso para declarar uma verdade óbvia.
- Segundo, cada dia é acompanhado de um número.
Note que a sentença Houve tarde e manhã vem geralmente acompanhada de um número ordinal: o primeiro dia ou o segundo dia. Toda vez em que lemos a palavra hebraica para dia, yom, acompanhada de um numeral, ela se refere a um dia literal de 24 horas, não há um período figurado.
- Terceiro, o próprio Deus resume todos os atos da criação.
Observe duas passagens adicionais a esse respeito em Gênesis 2.1–2:
Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra...
Veja como Deus resume sua criação. Alguns afirmam que há um intervalo entre os capítulos 1 e 2. Isso não faz sentido, já que Gênesis 2.1 começa dizendo que os céus e a terra foram completados junto com todo o seu exército; e essa acontece de ser a atividade registrada no capítulo 1. Daí, no sétimo dia, Deus descansa.
Outra passagem importante para a discussão é Êxodo 20, onde vemos os Dez Mandamentos, os quais acontecem de ser prova para a criação de 6 dias também. Veja Êxodo 20.9–11:
Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.
Isso é conclusivo—Deus fez tudo em seis dias literais e, sem seguida, descansou no sétimo. As Escrituras deixam bastante claro.
A Atividade de Cada Dia no Relato da Criação
Vamos observar, agora, a atividade de cada dia no relato da criação.
- O primeiro dia aparece em Gênesis 1.1–5:
No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.
Três coisas aconteceram no primeiro dia:
- Deus criou a luz. Não se trata dos corpos celestiais que são fontes de luz, mas a luz em si.
- Deus dividiu a luz das trevas. Ele estabeleceu as delimitações entre os dois.
- Deus chamou a luz de dia e as trevas de noite.
Depois que li esses versos, fiquei pensando que Deus não criou somente objetos, coisas, criaturas e a humanidade, mas ele criou também o vocabulário. O primeiro capítulo de Gênesis relata a origem de palavras que as pessoas usam o tempo todo, quer creiam nas Escrituras ou não. Somente nesse capítulo, vemos palavras como “luz, trevas, dia, noite, manhã, água, céus, terra seca, mar, terra, vegetação, sementes, árvores, plantas, frutos, animais.” Todos no planeta tomam emprestado o vocabulário de Gênesis 1.
- O segundo dia aparece nos versos 6–8:
E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.
Agora, Deus cria o firmamento e faz isso ao dividir as águas. A essa altura, a única coisa que temos é a terra coberta de água. Não se trata aqui do aparecimento da terra seca; isso acontecerá mais adiante; e haverá também a criação dos céus depois. Esse aqui é o primeiro céu onde voam os pássaros e navegam as nuvens; essa é a nossa atmosfera. Existe, então, água debaixo da superfície terrestre, o firmamento e Deus cria um corpo aquático sobre o firmamento.
Isso possibilitou duas coisas—e duas coisas secretas também.
- Deus criou as condições perfeitas para um paraíso.
Deus criou tudo perfeito para um paraíso. Essa cobertura de água no firmamento serviu para proteger a terra dos raios solares prejudiciais; existe, portanto, um calor apenas confortável. Por causa desse efeito estufa, o mundo é, em seu todo, uma região tropical agradável com temperatura constante. Não havia necessidade nem de roupas, como vemos no caso de Adão e Eva. A vestimenta aparece somente depois porque perderam a inocência, não porque tenha ficado frio. O que temos aqui é uma região mundial fértil na qual vegetações cresceriam e árvores frutíferas floresceriam. É um paraíso. Um dia, esse paraíso voltará; nada mais de calor escaldante ou de frio insuportável.
- Deus criou não somente as condições perfeitas para um paraíso, mas também criou o potencial para um julgamento.
Quando a rebelião humana atingiu um nível terrível e alarmante, Deus mandou Noé construir uma arca porque estava prestes a inundar a terra. Obviamente, isso veio depois de a porção seca ter aparecido e de a humanidade ter crescido.
Agora, onde Deus encontraria água suficiente para o dilúvio? Na semana passada, li que se todas as nuvens do mundo derramassem toda a água que carregam, e se essa água fosse espalhada uniformemente no globo terrestre, a profundidade seria de apenas 4 cm. Então, onde Deus encontrará água suficiente para cobrir a face da terra, na verdade, até ultrapassando os montes cerca de 7 metros?
Em Gênesis 7, lemos que Deus derrama as comportas de águas do céu e inunda o planeta. Esse mesmo elemento que Deus cria agora para possibilitar condições paradisíacas será utilizado depois ao julgar a terra. Então, Deus criou o planeta com a capacidade de produzir e fornecer deleite, mas também de destruir e matar.
Existe outro julgamento a caminho. Em 2 Pedro 3, vemos um padrão estabelecido por Deus. 2 Pedro 3.6 diz que o primeiro julgamento foi por meio da água; o verso 7 adiciona que o próximo julgamento será com fogo. Veja 2 Pedro 3.3–7:
tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.
Como Deus destruirá a presente terra e céu? Muito provavelmente, utilizando aquilo que ele já criou. Algumas informações nos ajudam a entender como Deus destruirá a terra com fogo.
74% do planeta é coberto com água; como você deve saber, água é a forma líquida de H2O: dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Sabemos por Colossenses 1.17 que Cristo sustenta todas as coisas, o que inclui átomos e moléculas. E se ele removesse sua mão de tudo? E se cada molécula de água que cobre a terra fosse dividida, de forma que o hidrogênio fosse separado do oxigênio? Simplesmente, toda a água—os 74% que cobrem a face do planeta—se transformaria em gás inflamável. Daí, seria necessária apenas uma faísca no planeta terra e uma bola de fogo o destruiria.
Creio que existe um padrão: Deus criou a terra com a capacidade de sustentar vida, mas também preservar julgamento por causa do pecado.
- O terceiro dia é descrito nos versos 9–13:
Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom. E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o terceiro dia.
Perceba que não há menção de oceanos. Muito provavelmente, os oceanos que temos hoje contêm as águas do dilúvio.
Gostaria de destacar duas frases nesses versos.
- A primeira é que deem fruto.
O texto parece indicar que as árvores foram criadas em seu estado adulto, maduro. Quando Deus criou as coisas no planeta, ele já as criou adultas; quando criou o homem e a mulher, eles os criou adultos—não houve nenhum bebê Adão ou bebezinha Eva; eles foram criados adultos. Quando Deus falou e as árvores foram criadas, elas apareceram com a capacidade de produzir frutos.
- A segunda frase é conforme a sua espécie.
A palavra espécie é o termo phylum, que se refere a uma descendência direta dentro de um dado grupo. Por que isso é importante? Porque nos diz que uma mangueira sempre produzirá mangas; macacos sempre produzirão macacos. Deus criou o universo para se reproduzir conforme a sua espécie.
- O quarto dia vem nos versos 14–19:
Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia.
Então, Deus cria o sol, a lua e as estrelas; eles também aparecem adultos. Quando Deus criou as estrelas, sua luz já alcançava a terra.
O evolucionista diz que a terra tem bilhões de anos; ele diz: “Está vendo aquela estrelinha lá? Pois é. Sabemos que ela está a três milhões de anos-luz de distância da terra. Portanto, levaria três milhões de anos-luz para que chegasse a nós.”
Entretanto, se Deus criou todas as coisas em seu estado adulto, então, quando criou a estrela, ele também criou sua luz imediatamente chegando a terra. Assim, ainda é possível se ter uma terra jovem.
Creio que houve outros motivos para Deus criar a luz além de simplesmente fornecer luz. Deixe-me mencionar dois motivos.
- O primeiro motivo é que luz serve de constante ilustração a nós.
Na Bíblia, Jesus Cristo é chamado de “luz do mundo;” os crentes também são a luz do mundo. Lemos em Filipenses 2.14–15:
Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo
Nós somos luzeiros.
- O segundo motivo por que Deus criou a luz foi para refletirmos a luz de seu Filho.
Creio que as estrelas e a lua no céu nos lembram que refletimos a luz de Jesus Cristo. Também creio que esses luzeiros servem de constante lembrete do paraíso vindouro. Apocalipse 21.22 nos conta que, um dia, não precisaremos do sol, nem da lua, nem das estrelas para iluminar, porque a luz da glória e da presença de Deus encherá o novo céu e a nova terra. Toda vez em que olhamos para o céu, lembramos que, um dia, não precisaremos mais deles porque a luz de Deus iluminará o mundo.
- O quinto dia é descrito nos versos 20–23:
Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Houve tarde e manhã, o quinto dia.
Esses versos fornecem profundas ilustrações ao crente também. Quando olhamos para os passarinhos, como Jesus fez em Mateus 6, vemos o cuidado de Deus sobre nós também. Em Provérbios, Salomão nos leva ao reino animal para aprender sabedoria com o comportamento dos bichos.
Contudo, podemos aprender algo mais com o mundo animal. Veja Jó 12.7–10. O homem especula sobre suas origens e busca entender os começos, mas Jó diz:
Mas pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; e às aves dos céus, e elas to farão saber. Ou fala com a terra, e ela te instruirá; até os peixes do mar to contarão. Qual entre todos estes não sabe que a mão do SENHOR fez isto? Na sua mão está a alma de todo ser vivente e o espírito de todo o gênero humano.
Está bastante claro, não é? Se um peixe pudesse falar, ele diria que foi criado pela mão de Deus; se um pássaro falasse, ele falaria que você é uma criatura de Deus. Se até os animais sabem disso, por que o homem, que possui a faculdade do raciocínio lógico, declararia outra coisa? Até os animais sabem melhor do que nós. O próprio Darwin afirmou que o olho humano é tão complexo que nem ele mesmo sabia se deveria acreditar em sua teoria da evolução.
Ao falar sobre a demonstração do poder de Deus em criar o mundo, John Wesley escreveu: “Deus criou os céus e a terra sem esforço algum.”
Eu li que pessoas da antiguidade escreviam na parte de cima da porta de entrada de suas casas a frase latina: nisi Dominus frustra, que significa: “Se não for o Senhor, frustração.” Não é surpresa alguma que o homem hoje vive frustrado em suas buscas para descobrir as origens; jovens vivem frustrados tentando encontrar satisfação na vida. Eles simplesmente tentam fazer isso sem Deus.
Quando penso na teoria da evolução e como Gênesis 1 combate esse ensino, lamento a tragédia desse ensino nas vidas de crianças e adolescentes de nosso país. Que tipo de valor você tem se seu ancestral foi uma ameba que se desenvolveu numa poça de lama? Que valor você tem se, ao traçar sua genealogia o máximo possível, descobrirá que seu ancestral foi um macaco? Não é surpresa alguma que o ser humano vive frustrado.
Meu querido, você descobre seu valor somente quando descobre pela fé que foi criado por um Deus amoroso que o criou segundo a sua própria imagem e semelhança. Isso, sim, nos trás satisfação.
Concluo com o seguinte pensamento na forma de aplicação: se Deus, de fato, nos criou como lemos em Gênesis 1, então, ele possui todo direito e capacidade de ser também o nosso Salvador. Meu amigo, Deus é o seu Criador, mas ele deseja ser também o seu Salvador.
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