Adorando Biblicamente

Adorando Biblicamente

by Stephen Davey Ref: Exodus 20

Adorando Biblicamente

Êxodo 20; Romanos 1

Introdução

Alguns anos atrás, um jornal relatou a história de uma mulher mexicana que estava fritando panquecas, quando percebeu que, numa das panquecas, a marca da fritura se assemelhava ao rosto de Jesus—qualquer que seja a aparência de seu rosto. Ela ficou impressionada com isso e mostrou a panqueca ao marido, amigos e vizinhos. Todos concordaram que aquilo realmente parecia com o rosto de um homem e que tinha que ser o de Jesus.

Então, a mulher levou a panqueca para o padre. Apesar de ele não ter a prática de benzer panquecas, ele benzeu aquela. Em seguida, a mulher colocou a panqueca numa caixa de vidro. Dentro de três meses, 8 mil pessoas já tinham ido adorar no santuário do Jesus da Panqueca.

Diante disso, nos perguntamos: como algo assim poderia acontecer? Não é difícil. Em nosso estudo hoje, veremos o que as Escrituras ensinam sobre adoração enquanto observamos o segundo mandamento em Êxodo 20.

O Segundo Mandamento

O segundo mandamento aparece em Êxodo 20.4 e é uma progressão lógica do primeiro mandamento no verso 3: Não terás outros deuses diante de mim. Ou seja, o Senhor é preeminente e proeminente. Por causa disso, lemos nos versos 4–6:

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

Antes de entrar na aplicação primária desse mandamento, quero destacar duas coisas.

  • A primeira coisa é a importância de um exemplo positivo na adoração.

No verso 5, encontramos uma frase que é frequentemente mal interpretada:

porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem

Já ouvi pregadores afirmando que, se um pai peca, as consequências desse pecado são passadas de uma geração a outra, e que, geralmente leva 4 gerações até que as consequências desse pecado específico desapareçam.

No contexto de Êxodo 20, contudo, Deus diz que a maneira como um pai adora é repassada à forma como o filho adora e depois ao neto. Geralmente, se um pai é idólatra—se recusa adorar o Deus verdadeiro—seu filho, neto e bisneto seguirão o mesmo caminho. Então, creio que Deus ensina aqui a importância de um exemplo positivo na adoração. No caso daqueles que são pais criando filhos em casa, cuidado, porque aquilo que o observam fazendo dentro de casa talvez determinará a maneira como adorarão a Deus.

  • Existe não somente a importância de um exemplo positivo na adoração, mas Deus destaca, em segundo lugar, a importância de uma adoração correta.

Observe os versos 23–25, que são ignorados facilmente:

Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem deuses de ouro fareis para vós outros. Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei. Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois, se sobre ele manejares a tua ferramenta, profaná-lo-ás. Nem subirás por degrau ao meu altar, para que a tua nudez não seja ali exposta.

É interessante que, quando Deus manda o povo construir um altar, eles devem usar pedras brutas, ou seja, do jeito que as arrancarem do chão; Deus não quer que trabalhadores lavrem as pedras porque ele não quer que a atenção esteja no altar em si, mas no que é feito no altar. Os israelitas chegariam e olhariam não para a beleza do altar, mas para o Deus que adoravam por meio daquele veículo. É como se Deus dissesse: “Não quero acessório algum na adoração.”

Os israelitas se tornariam culpados disso depois e creio que nós também somos culpados da mesma coisa: nos prendemos demais aos adereços, ficamos impressionados com as belas vidraças, focados nos veículos a ponto de nos esquecer que adoramos a Deus. Não devemos ser atraídos às coisas que construímos e excluir o caráter de Deus no processo.

Deus também diz que o sacerdote não deve subir escadas ou degraus no altar. Na cultura cananeia, a prática era edificar altares elevados com vários degraus. Ao subir essas escadas, o sacerdote poderia expor indecentemente algumas partes do corpo, chamando atenção para si mesmo. Deus não quer isso.

Semelhantemente, Deus não deseja que seus servos hoje, como pregadores e expositores da Palavra, chamem atenção para si. Esse não deve ser o foco da atenção; todos devem estar focados em adorar a Deus. Então, Deus diz: “Nada de escadas. Usem roupas decentes. Não chamem atenção para si. Adorem a mim.”

Três Maneiras de Adorar Incorretamente

A Bíblia tem muito a dizer sobre adoração. Neste momento, quero destacar três maneiras de se adorar incorretamente.

  • A primeira maneira de se adorar incorretamente é adorando falsos deuses.

Agora, você pode pensar que isso é irrelevante para a igreja de Cristo: “Nós não adoramos ídolos de pedra, madeira e gesso!” Antes de você dizer isso, permita-me ressaltar como uma pessoa se torna idólatra.

Em Romanos 1, Paulo apresenta três passos em direção à idolatria; e lembre-se que ele escreve aos crentes de Roma e pinta um retrato semelhante ao que vemos hoje em nossa sociedade.

  • O primeiro passo em direção à idolatria é não honrar ou glorificar a Deus.

Lemos em Romanos 1.21: Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus. Isto é, os pecadores não dão glórias a Deus, não reconhecem sua proeminência e preeminência. Quando não reconhecemos a supremacia de Deus, damos o primeiro passo que, no fim, conduzirá à idolatria.

  • O segundo passo em direção à idolatria é não agradecer a Deus.

Se você não honra a Deus, não irá agradecê-lo. Paulo continua no verso 21: nem lhe deram graças. A coisa interessante na vida de um ateu é a seguinte: quando ele sente desejo de ser grato por alguma coisa, ele não tem Deus a quem prestar sua gratidão. E, quando não é grato a Deus, será grato a outro. Isso, no fim, leva à idolatria.

  • O terceiro passo em direção à idolatria é não reconhecer Deus em sua vida.

Paulo continua no verso 21: antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios. É interessante que o verbo se tornaram nulos tem origem num termo hebraico que significa “cometer erro religioso.” Ou seja, esses pecadores se tornaram idólatras em suas especulações.

Se você não reconhece Deus e não é grato a ele, então, terá que colocar outra coisa ou pessoa em seu lugar; outro tem que preencher o vazio em sua vida. E, se não é Deus, é um ídolo. Por isso, os que não reconhecem Deus se tornam idólatras em seus raciocínios.

Esse são os três passos em direção à idolatria.

Romanos 1 ainda menciona 4 resultados decorrentes da idolatria. Preste bastante atenção.

  • O primeiro resultado da idolatria é perda de discernimento.

Essa é a característica de um indivíduo que não reconhece Deus. Essa é, também, a característica de nossa nação. O final do verso 21 diz: obscurecendo-se-lhes o coração insensato. “Obscurecer” significa “perder entendimento e percepção.”

As pessoas mais sábias que existem são aquelas que conhecem Jesus Cristo como Salvador. O alicerce da sabedoria é um relacionamento com Cristo. Se esse relacionamento vertical estiver certo, todos os demais horizontais se acertarão: julgamentos, decisões, etc.

Gostaríamos de ver no Supremo Tribunal Federal um ministro que conhece Cristo. Se esse relacionamento estiver solidificado, então, ele terá sabedoria em suas decisões. Também é um indivíduo assim que queremos ver liderando a nação, pois poderá impactar a sociedade positivamente. Quem reconhece Deus e conhece Cristo recebe o alicerce para a sabedoria.

Sem Deus, não precisamos ficar surpresos com as decisões aprovadas pelos políticos. Conforme diz Romanos 1.21, uma nação ou indivíduo que não reconhece Deus age tolamente, sem discernimento.

  • O segundo resultado da idolatria é egoísmo agravado.

Lemos no verso 22: Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos. Esse é o seguinte pensamento: “Se Deus não tem as respostas, então, eu devo tê-las.” Com isso, o indivíduo se torna o centro de sua vida e revela ser tolo; suas decisões manifestam sua loucura. Como o homem que me disse certa vez: “Adoro o que creio ser aceitável a mim.” Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos. A pessoa é tão centrada em si que adora aquilo que lhe é aceitável.

Meu amigo, se eu e você não adoramos Deus de acordo com sua revelação, então, não adoramos Deus. Se não adoramos o Deus da Bíblia, adoramos outro deus e demonstramos ser loucos.

  • O terceiro resultado da idolatria é a criação de uma religião sem um criador.

Veja o verso 23 e note que o Senhor Criador é substituído:

e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.

Se você dissesse a esse idólatra que, dentro de poucos meses, estaria adorando, no fim, algum objeto—seu jardim, seu carro, sua carreira profissional, seu cônjuge, seus filhos ou bens materiais—se dissesse que essas coisas ou pessoas teriam a prioridade em seu coração, ele diria: “De jeito nenhum! Jamais farei isso!” Mas ele acaba nessa idolatria. Por que? Porque ele começou no verso 21 não reconhecendo Deus em sua vida.

  • Finalmente, o quarto resultado da idolatria, e é praticamente um resumo de tudo, é que a idolatria leva a uma vida de pecado descontrolado.

Lemos em Romanos 1 uma expressão repetida três vezes: Deus os entregou.

A primeira delas aparece no verso 24, e podemos chama-la de “o excesso da função natural:”

Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 

Mas por que, porque são imorais? Sim. Mas qual é a raiz do problema? Veja o verso 25:

pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!

No fundo, o problema na vida de uma pessoa que vive sem os valores das Escrituras volta à decisão de trocar Deus como proeminente por outra coisa ou pessoa. E por que não viver uma vida dissoluta? Ela não deve prestar contas a ninguém; não há autoridade. Assim, experimenta os excessos de uma função natural.

Infelizmente, é exatamente isso o que temos testemunhado em nossa sociedade. Uma pesquisa realizada com universitários crentes e descrentes revelou resultados alarmantes. Dos entrevistados, 69% que não diziam ser crentes disseram que relação sexual fora do casamento é algo correto; 39% dos supostos crentes entrevistados concordaram que a prática é correta. Dos indivíduos que tinham 5 ou mais parceiros sexuais, os crentes formaram 10%. Já os que tinham entre 2 e 4 parceiros, 26% eram formados por descrentes e 23% por crentes; uma diferença de apenas 3% entre crentes e descrentes. Já o grupo de indivíduos com apenas 1 parceiro sexual era formado por 23% de descrentes e 26% de crentes. Em outras palavras, houve mais crentes do que descrentes se relacionando sexualmente com um parceiro fora do casamento!

Um dos problemas em toda revolução sexual que tem acontecido na sociedade é que não há mais distinção entre os que admitem abertamente sua idolatria e aqueles que afirmam conhecer Jesus Cristo como Salvador.

Quando trocamos Deus por nós mesmos, abrimos a porta para toda espécie de imoralidade; existe um excesso da função natural, um excesso infelizmente presente na igreja também.

A segunda ocorrência da expressão Deus entregou em Romanos 1 aparece nos versos 26–27, e é o que podemos chamar de “a indulgência de afeições não naturais:”

Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.

Essa é a indulgência de afeições não naturais. A evidência disso é o crescimento e até imposição do homossexualismo em nosso mundo. O que mais me preocupa é que esse é o segundo passo em direção à idolatria total.

Como você bem sabe, o conceito de família tem sido redefinido pela população, de forma que qualquer tipo de união debaixo do mesmo teto representa uma “família.” Muitos são os casais formados por duas mulheres ou dois homens que adotam crianças e as criam segundo seu estilo de vida pervertido. Um casal de homens foi entrevistado e eles disseram que tinham os mesmos valores que pais e mães em geral, mas que os expressam de maneira diferente. Quando lemos algo assim, nosso sangue ferve, ou somos tomados de compaixão e pena por indivíduos que colocaram outra coisa no lugar de Deus.

A terceira vez que a expressão Deus entregou aparece é em Romanos 1.28–31, e podemos denominar essa parte de “a aceitação de atrações e práticas pecaminosas:”

E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.

Isso tem acontecido em nosso país. Por que? Porque Deus diz: “As pessoas não reconhecem mais a Deus.” A tragédia nisso tudo é que essas coisas são não somente praticadas, mas são também aceitas e aplaudidas.

Homicídio, por exemplo, quer seja por um assassino sangue frio ou por um defensor do aborto é algo aceito. Vivemos em um mundo comandado pelo estado: aquilo que o estado legaliza passa a ser considerado legal. A Palavra de Deus deveria determinar os valores da sociedade, mas homicídio é aceito.

No verso 31, lemos a expressão sem afeição natural. Esse é um termo grego para “amor” sobre o qual se fala pouco. É a palavra storgeo, que se refere ao amor de família. Esses indivíduos não têm afeição natural, ou seja, não têm amor de família; um marido ama mais sua profissão do que sua esposa e filhos. Não existe mais amor no lar e isso é aceitável.

Continue no verso 32:

Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Aqui está a aceitação de práticas e atrações pecaminosas. Meu amigo, vivemos numa época na qual precisamos ganhar nosso vizinho ou colega de trabalho para Cristo. Aquela garotinha da casa ao lado um dia poderá escolher quando seu pai ou mãe morrerá; o aborto abriu o caminho para o infanticídio, a matança de crianças até mesmo por causa de preferências: “Queria menina, não menino.” Os médicos hoje aconselham pais de bebês com más-formações a que sigam o aborto. Aquela criança da vizinhança crescerá e terá que tomar decisões difíceis; ela precisa ouvir a verdade do Evangelho de Cristo.

  • A primeira maneira de se adorar incorretamente é adorando falsos deuses; a segunda maneira é adorando o Deus verdadeiro da maneira errada.

Vemos um exemplo disso em Êxodo 32.4, quando os israelitas adoram o Senhor, mas de forma inapropriada:

Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito

O bezerro era um símbolo de poder; ele era um dos principais deuses do Egito e ele permanecia vivo na mente dos israelitas. Veja o que Arão diz no verso 5:

Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao SENHOR.

O povo adorava ao Senhor, mas quis um acessório, algo tangível que pudesse ver e tocar. Então, fabricam esse bezerro. Obviamente, isso é idolatria.

Em Número 21, os israelitas recebem castigo do Senhor por causa de idolatria. Deus envia serpentes que matam muitas pessoas. Você lembra desse evento? Diante de muitas mortes, Moisés intercede ao Senhor em favor do povo e Deus diz: “Certo, faça uma serpente de bronze, coloque-a numa haste e, se alguém olhar para ela, viverá.”

Não entenda errado: olhar para a haste não era um ato de idolatria, mas de obediência. Isso serviu de um tipo maravilhoso de Jesus Cristo, o qual seria um dia erguido numa cruz. Ao obedecerem a Deus, os israelitas viveriam. Geralmente, é aí que paramos.

Contudo, 2 Reis 18.4 nos diz o que aconteceu com aquela serpente de bronze na haste. Lemos que o rei Ezequias Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã.

Você sabe o que isso significa? Significa que, por 800 anos, os israelitas carregaram a serpente pela nação. Deus não mandou que queimassem incenso a ela. O povo a transformou num ídolo; eles adoravam o Senhor, mas queriam esse acessório, esse objeto; eles a utilizaram como um veículo para adorá-lo e queimavam incenso diante dela. Finalmente, o rei Ezequias despedaçou esse ídolo e o jogou fora. Imagine só, 800 anos levando esse ídolo de um lado a outro.

Nós somos exatamente como os israelitas. Gostamos de fetiches, de coisas concretas, mas Deus nos deu pouco. Na verdade, ele nos disse que nossa experiência é de fé.

Como é trágico saber que os israelitas viraram idólatras. Deus não é uma serpente; Deus não é uma panqueca; Deus não é um sudário; ele não é uma farpa vinda da cruz; ele não é uma relíquia, uma vidraça; ele não é nada disso. Se não o adorarmos conforme diz as Escrituras, isto é, em espírito e em verdade, não o adoramos.

  • A terceira forma incorreta de adorar é adorando o Deus verdadeiro com uma atitude errada.

Vamos ser bem práticos agora. Vejo dois problemas em relação a essa forma de adoração errada.

  • Primeiro: existe o problema que crentes vão à igreja em busca de entretenimento.

A. W. Tozer lamentava o seguinte: “Como é difícil trazer pessoas para a igreja na qual Deus é a atração principal.”

Vamos à igreja; se os hinos e cânticos são os que gostamos, então, adoramos; se a pregação é engraçada e interessante, então, adoramos. Infelizmente, crentes vão à igreja hoje para serem entretidos e escolherão a igreja com o melhor show.

  • Segundo: existe o problema que crentes vão à igreja em busca de comunhão.

Meu querido, eu e você levamos à igreja um coração cultivado no decorrer da semana. Não podemos viver a semana como se Deus não existisse, viver de forma egoísta focados em nós mesmos e, no domingo, ir à igreja pensando: “Pronto, agora é hora de adorar.”

Pense bem nisto: é durante a semana inteira que você prepara seu coração para adorar a Deus coletivamente ao unir seu coração com os de seus irmãos em reuniões públicas.

João escreve algo interessante em 1 João 5.21: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Será que ele está falando de estátuas de madeira, pedra, etc.? Não. Ele fala de qualquer coisa que toma a proeminência de Deus em seu coração. Se você vive durante a semana adorando outro que não Jesus Cristo, jamais conseguirá adorá-lo no domingo com os irmãos.

Um Desafio Final

Qual é o desafio do Novo Testamento à luz do segundo mandamento? Ele aparece em Colossenses 1.18, onde Paulo fala de Jesus Cristo numa passagem das Escrituras que arranca louvor e adoração de nosso ser inteiro. Veja os versos 16–18, prestando atenção especial ao final do verso 18:

pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia,

Meu amigo, será que estamos, neste exato momento, violando o segundo mandamento? Existem ídolos em sua vida? Ou será que despedaçamos os ídolos antes mesmo que alcancem o altar de nossos corações?

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