A Lenda de Duas Cidades

A Lenda de Duas Cidades

by Stephen Davey Ref: Joshua 20–21

A Lenda de Duas Cidades

Vice-Comandante: A Vida de Josué—Parte 8

Josué 20–21

Introdução

Nossa jornada pela história de Israel tem passado pelo livro de Josué nos últimos dias. Em cinco capítulos, o livro terminará. A essa altura, os israelitas tomaram posse do território de Canaã e dividiram a terra entre as tribos de Israel. O povo já se encontra na terra e seus inimigos tremem diante do poder de Yahweh, o Deus dos hebreus. Agora, ao invés de simplesmente encerrar a narrativa de Josué, Deus projetou que várias outras coisas fossem registradas para o nosso benefício hoje.

A priori, os capítulos finais de Josué podem parecer supervenientes, isto é, incidentais para a realidade da igreja. Contudo, creio que você descobrirá comigo no decorrer do estudo que as verdades mais profundas ainda estão para ser aprendidas e surgirão dos últimos capítulos de Josué.

Abra sua Bíblia em Josué 20. Leremos os versos 1–9:

Disse mais o SENHOR a Josué: Fala aos filhos de Israel: Apartai para vós outros as cidades de refúgio de que vos falei por intermédio de Moisés; para que fuja para ali o homicida que, por engano, matar alguma pessoa sem o querer; para que vos sirvam de refúgio contra o vingador do sangue. E, fugindo para alguma dessas cidades, pôr-se-á à porta dela e exporá o seu caso perante os ouvidos dos anciãos da tal cidade; então, o tomarão consigo na cidade e lhe darão lugar, para que habite com eles. Se o vingador do sangue o perseguir, não lhe entregarão nas mãos o homicida, porquanto feriu a seu próximo sem querer e não o aborrecia dantes. Habitará, pois, na mesma cidade até que compareça em juízo perante a congregação, até que morra o sumo sacerdote que for naqueles dias; então, tornará o homicida e voltará à sua cidade e à sua casa, à cidade de onde fugiu. Designaram, pois, solenemente, Quedes, na Galiléia, na região montanhosa de Naftali, e Siquém, na região montanhosa de Efraim, e Quiriate-Arba, ou seja, Hebrom, na região montanhosa de Judá. Dalém do Jordão, na altura de Jericó, para o oriente, designaram Bezer, no deserto, no planalto da tribo de Rúben; e Ramote, em Gileade, da tribo de Gade; e Golã, em Basã, da tribo de Manassés. São estas as cidades que foram designadas para todos os filhos de Israel e para o estrangeiro que habitava entre eles; para que se refugiasse nelas todo aquele que, por engano, matasse alguma pessoa, para que não morresse às mãos do vingador do sangue, até comparecer perante a congregação.

Agora, veja Josué 21.1–3:

Então, se chegaram os cabeças dos pais dos levitas a Eleazar, o sacerdote, e a Josué, filho de Num, e aos cabeças dos pais das tribos dos filhos de Israel; e falaram-lhes em Siló, na terra de Canaã, dizendo: O SENHOR ordenou, por intermédio de Moisés, que se nos dessem cidades para habitar e os seus arredores para os nossos animais. E os filhos de Israel deram aos levitas, da sua herança, segundo o mandado do SENHOR, estas cidades e os seus arredores.

Duas categorias especiais de cidades foram designadas por Deus e deveriam ser estabelecidas nessa nova sociedade de Israel:

  • A primeira categoria: cidades de refúgio legal;
  • A segunda categoria: cidades de refúgio espiritual.

Cidades de Refúgio Espiritual

Primeiramente, observaremos as cidades de refúgio espiritual em Josué 21. Se lêssemos o capítulo 21 por completo, veríamos que todos os acontecimentos ali narrados podem ser resumidos com a expressão “Operação Saturação.” O plano de Deus foi saturar a terra com a presença dos levitas. Por isso, ele estabelece 48 cidades específicas que servirão para ensino, teologia, aconselhamento, pregação e adoração.

Os levitas seriam os mestres ou professores; eles contariam as histórias do passado, aconselhariam e pregariam pela terra. Essas cidades seriam centros para refúgio espiritual desse tipo.

Estudiosos estimam que todo morador da terra se encontraria a menos de 16 km de uma dessas cidades de refúgio espiritual. Isso significa que todo israelita tinha à sua disposição pelo menos um homem bem versado na lei capaz de ensinar, pregar e aconselhar.

Evidentemente, essas cidades eram muito importantes para o povo. Na verdade, perceba que Josué 21.2–3 sugere que o povo poderia ter se esquecido da ordem de Deus a Moisés quanto à porção de terra dos levitas. Entretanto, quando os filhos de Arão e os sacerdotes, os quais servirão como professores, pregadores e conselheiros, vão ao povo e pedem que lhes dê sem hesitação 48 cidades com seus respectivos pastos, o povo dá generosamente o que os levitas pedem.

Isso é um grande mérito dos israelitas porque essas cidades permitiram a presença abundante da Palavra de Deus pela terra. Além disso, as cidades dariam ao povo na terra acesso direto e rápido a homens capacitados para servir como instrutores espirituais.

Essas eram cidades de refúgio espiritual. Enquanto lia a passagem, admirei-me com a generosidade dos israelitas que deixaram os levitas habitar na terra com o mesmo conforto que todos os demais habitantes.

Meu amigo, a igreja hoje precisa assumir a mesma postura para com essa classe de pessoas; isso serve de exemplo para nós. Grande é o mérito da igreja local que cuida bem de seus pastores, funcionários e missionários. Toda igreja deve fazer isso sem perguntar: “Qual é o mínimo que podemos dar?” A pergunta deve ser: “Qual é o máximo que podemos dar?” E saiba que Deus abençoa a igreja que é generosa com seus pastores e missionários.

Recentemente, uma família de missionários passou pela nossa igreja para nos visitar. Alguns dias depois, recebemos uma carta de agradecimento. Na carta, eles contam como sua filha gostou da banheira do hotel onde ficaram hospedados. Você pode dizer: “Banheira?! Onde ficaram hospedados?” Eles ficaram num excelente hotel da cidade—o Marriott. Alguém diz: “No Marriott?! Pela metade do preço poderiam ter ficado numa pousada mais simples!” Minha resposta é: “Onde você gostaria de ter ficado hospedado?”

Enquanto estudava na faculdade cristã, fiz parte de um grupo de música que viajava pelo país representando nossa escola. Nas viagens visitamos mais de 550 igrejas. No processo, aprendi como não tratar um servo do Senhor. Você ficaria surpreso ao ver como as igrejas em geral são egoístas. Quando descobríamos que uma determinada igreja não nos hospedaria nos lares das pessoas, mas que ficaríamos em pousadas, segurávamos o fôlego. Geralmente, essas eram pousadas de beira de estrada, com nomes como “Último Descanso” e “Paraíso do Caminhoneiro.”

Jamais me esquecerei da vez que fomos para uma igreja batista enorme. Naquela noite, nosso grupo cantou para mais de 2 mil pessoas. Quando terminamos, o pastor da igreja nos deu um envelope com um cheque. Ele disse: “Queria poder dar mais para vocês.” Respondemos: “Não se preocupe. Temos certeza de que será o suficiente para cobrir as despesas da viagem.” Apertamos a mão dele e saímos da igreja. Entramos na nossa vã, descemos a rua, abrimos o envelope e lá estava o bendito cheque equivalente a 180 reais e alguns centavos. Queria poder dizer que isso era a exceção, mas não era.

Alguns meses atrás, conversei com um casal de missionários. Eles me contaram sobre os tambores que recebem com ofertas variadas de muitas igrejas mantenedoras. Eles disseram que receberam um tambor de uma igreja em particular que nem se deram o trabalho de abrir. Ao invés disso, guardaram-no para alguma ocasião especial. O missionário me disse, sem qualquer amargura: “Aquelas roupas nos serviram bem de figurinos para festas à fantasia.”

Eu mesmo cresci num lar de missionários. Meus pais serviram e ainda servem como missionários entre os militares. Quando criança, eu recebia presentes de Natal todo ano de uma igreja. Como gostava daquilo! Especialmente porque a maioria das igrejas não fazia isso. Essa igreja ajudava no sustento de meus pais e enviava basicamente a mesma coisa para mim e meus irmãos. Eram coisas simples, como brinquedos pequenos e doces. Na época, não reparava nisso, mas hoje, quando olho para trás e penso naqueles momentos, lembro que nossas coisinhas vinham dentro de uma caixa de leite usada cortada ao meio. Será que uma caixa custaria muito dinheiro? Será que papel de presente de Natal custava caro demais para dar para os filhos dos missionários?

Aprendi muito com essas experiências. Elas me serviram tanto negativa como positivamente, ensinando-me como devo e como não devo tratar missionários. Agora que sou pastor de uma igreja, posso estimular nossa congregação a agir diferente. Nossa igreja apoia alguns missionários que atuam no Japão. Os filhos do casal ficaram maravilhados com a generosidade dos irmãos quando passaram um final de semana conosco. Jamais me esquecerei de quando fui leva-los ao hotel onde ficariam hospedados. O missionário me disse: “Nunca fomos tratados dessa maneira. Na verdade, acho que eu e minha esposa nunca ficamos hospedados num hotel bonito assim desde nossa lua-de-mel!”

Outro casal de missionários que está a caminho de El Salvador me disse antes de partir: “Vocês nos trataram com mais opulência do que qualquer outra igreja que visitamos. Vocês nos trataram como rei e rainha.” Não entenda errado. Não estamos competindo com as outras igrejas, mas recebemos ligações quase todas as semanas de missionários que ouviram a nosso respeito. Eles dizem: “Ouvimos falar de sua igreja e precisamos de sustento também. Podemos visita-los?”

Como você e sua igreja tratam os servos do Senhor? Como tratamos aqueles que têm sacrificado suas vidas para servir na linha de frente na batalha? Meu amigo, pela graça de Deus, nossa igreja jamais usará caixa de leite usada, nem enviaremos roupas usadas e desgastadas. Serviremos segundo o axioma de Josué 21—não “Qual é o mínimo que podemos dar?”, mas, “Qual é o máximo que podermos oferecer com generosidade?”

Existem três princípios em Josué 21 que ainda são válidos para hoje. Eles são os princípios da generosidade, da urgência e da honra.

As Cidades de Refúgio Legal

Agora, observaremos a segunda categoria especial de cidades, dessa vez em Josué 20. Nos versos 2–3, lemos sobre esse outro tipo de cidade:

...Apartai para vós outros as cidades de refúgio de que vos falei por intermédio de Moisés; para que fuja para ali o homicida que, por engano, matar alguma pessoa sem o querer; para que vos sirvam de refúgio contra o vingador do sangue.

As Escrituras contam que seis cidades—três de cada lado do Jordão—foram separadas para servirem de cidades-refúgio. Quatro livros do Antigo Testamento tratam dessas cidades, o que indica fortemente que tinham suprema importância na nação.

Leia Deuteronômio 19.2–3, onde encontramos uma explicação mais detalhada sobre essas cidades:

três cidades separarás no meio da tua terra que te dará o SENHOR, teu Deus, para a possuíres. Preparar-te-ás o caminho e os limites da tua terra que te fará possuir o SENHOR, teu Deus, dividirás em três; e isto será para que nelas se acolha todo homicida.

Mais adiante no texto, veremos que outras três cidades-refúgio são adicionadas, somando um total de seis. Continue em Deuteronômio 19.4–6:

Este é o caso tocante ao homicida que nelas se acolher, para que viva: aquele que, sem o querer, ferir o seu próximo, a quem não aborrecia dantes. Assim, aquele que entrar com o seu próximo no bosque, para cortar lenha, e, manejando com impulso o machado para cortar a árvore, o ferro saltar do cabo e atingir o seu próximo, e este morrer, o tal se acolherá em uma destas cidades e viverá; para que o vingador do sangue não persiga o homicida, quando se lhe enfurecer o coração, e o alcance, por ser comprido o caminho, e lhe tire a vida, porque não é culpado de morte, pois não o aborrecia dantes.

Uma pergunta que pode surgir em nossa mente é: “E o que acontecia com a pessoa que era culpada?” Na terra de Canaã, havia templos de deuses falsos que serviam de santuário para criminosos. Será que é esse mesmo sistema que está sendo implementado por Yahweh em Israel?

Veja Deuteronômio 19.11–12:

Mas, havendo alguém que aborrece a seu próximo, e lhe arma ciladas, e se levanta contra ele, e o fere de golpe mortal, e se acolhe em uma dessas cidades, os anciãos da sua cidade enviarão a tirá-lo dali e a entregá-lo na mão do vingador do sangue, para que morra.

O vingador do sangue era alguém designado pela família, tribo ou clã da vítima. O vingador deveria procurar o homicida até encontra-lo. Sua missão não era decidir se a morte foi um homicídio culposo ou doloso; sua missão era vingar a família do sangue derramado. Tratava-se mais de retribuição do que de vingança, algo comum nesse sistema legal primitivo.

O homicida tinha apenas uma esperança: ele tinha que chegar e entrar nalguma cidade-refúgio antes que fosse encontrado. Se conseguisse chegar a tempo, ele, já sem fôlego, apresentaria seu caso aos anciãos da cidade. Eles, por sua vez, realizariam um julgamento. Se o homicida fosse declarado inocente, poderia viver naquela cidade em segurança. Se fosse culpado, seria entregue ao vingador de sangue.

Agora, enquanto lia essa passagem, fiquei surpreso ao ver semelhanças entre as cidades-refúgio e Jesus Cristo. É claro, existem diferenças também. Passaremos o restante de nosso tempo identificando esses elementos.

  • Primeiro: as cidades-refúgio foram designadas pelo próprio Deus; seu estabelecimento não cabia aos israelitas.

Assim como Deus estabeleceu a cidade-refúgio—isto é, segurança para a pessoa procurada pelo vingador de sangue—Deus também escolheu seu Filho, antes da fundação do mundo, e o apontou para morrer, a fim de servir de refúgio para todos os pecadores que correm até ele e buscam refúgio nele.

  • Segundo: as cidades-refúgio forneceriam segurança do vingador.

Fico imaginando um homem daqueles dias correndo para salvar sua vida. Ele constantemente olha para trás, tentando ver se o vingador de sangue vem em sua direção. A única coisa que tenta fazer é sobreviver; ele não para para descansar ou comer. Ele fica sem fôlego, correndo para escapar com vida.

Meu amigo, cada um de nós que corre para Jesus Cristo corre para salvar sua vida. Esse é o indivíduo que abandona qualquer ilusão de segurança e reconhece que está, de fato, sendo caçado. Ele corre para o refúgio—Jesus Cristo.

  • Terceiro: cada israelita tinha o dever de mostrar ao fugitivo o caminho para a cidade-refúgio.

Conforme Deuteronômio 19, os israelitas deveriam construir estradas que levariam às cidades-refúgio. Deus não deu essa ordem a respeito das demais cidades da nação. Por quê? Os israelitas deveriam facilitar o acesso a essas cidades para que o fugitivo conseguisse chegar a elas.

Com base em fontes extra-bíblicas, sabemos que os israelitas também deveriam construir pontes sobre desfiladeiros. Dessa maneira, o fugitivo poderia pegar o caminho mais curto para alcançar a cidade com rapidez.

Em meus estudos, também descobri que os israelitas deveriam colocar placas em cruzamentos importantes indicando o caminho para a cidade-refúgio. Quando o fugitivo se deparava com uma encruzilhada na estrada, haveria uma placa apontando na direção da cidade-refúgio; escrita na estava a palavra “Refúgio.” E as placas não eram pequenas. Na verdade, deveriam ser grandes o suficiente para que até mesmo o indivíduo que passasse correndo conseguisse ler a palavra “Refúgio.”

Muitas dessas cidades designavam corredores para ficar ao longo do caminho. Quando esses corredores viam um fugitivo correndo em direção à cidade, eles corriam ao seu lado para guia-lo e encorajá-lo. O corredor dizia: “Corra por este caminho. Venha comigo... posso leva-lo até lá.”

Meu amigo, você consegue enxergar a incrível responsabilidade que é paralela à nossa responsabilidade hoje? Fabricamos placas para as pessoas, corremos ao lado delas, apontamos o caminho, facilitamos as coisas, construímos estradas que dizem: “Corra para salvar sua vida. Jesus Cristo é a segurança. Corra até ele. Posso leva-lo.”

  • Quarto: as portas de entrada das cidades-refúgio nunca deveriam ser trancadas.

Acho isso muito interessante. Entenda bem que isso era algo extremamente estranho nessa época. À noite, os portões eram sempre trancados para proteger os moradores de ladrões, ataques e todo tipo de perigo. Os portões das cidades-refúgio, todavia, jamais deveriam ficar trancados.

Além disso, em tempos de guerra, as cidades trancavam seus portões enormes que eram revestidos de ferro. Mas mesmo em tempos de guerra, as cidades-refúgio deveriam deixar os portões destrancados.

Isso nos fornece algumas ideias:

  • Primeiro: isso sugere que, se Cristo está sempre disponível, aqueles que o servem também devem estar sempre disponíveis para apontar o caminho.
  • Segundo: isso sugere que as pessoas que moravam nas cidades-refúgio arriscavam suas próprias vidas. Morar lá era o mesmo que dormir em casa com a porta da frente aberta. Os moradores estavam dispostos a arriscar sua segurança para garantir a segurança de um indivíduo que pode estar correndo na escuridão da noite para salvar sua vida. O que nós arriscamos hoje pela causa de Cristo?
  • Quinto: as cidades-refúgio deveriam ficar localizadas em locais elevados.

É interessante que essas cidades deveriam ser construídas sobre o topo de morros e montanhas. Por quê? Para que pudessem ser vistas com facilidade. Você percebe que essas cidades-refúgio estavam sempre à disposição e acessíveis?

Fico imaginando se Jesus Cristo não estava pensando nisso quando disse aos discípulos que deveriam ser como uma cidade no alto do morro. É algo incrível que nós, em certo sentido, podemos representar uma cidade-refúgio ao apontarmos o caminho para o nosso Senhor e Salvador.

  • Sexto: as cidades-refúgio estavam disponíveis a qualquer um.

É fácil ignorarmos este detalhe quando lemos Josué, Deuteronômio e Números, mas as cidades-refúgio não estavam disponíveis apenas aos israelitas; elas também poderiam servir de proteção e segurança a um gentio homicida. Qualquer pessoa podia correr e achar proteção e segurança numa cidade-refúgio.

Da mesma forma hoje, o evangelho é para todas as pessoas—gentios ou judeus, negros e brancos, ricos e pobres, estudiosos e ignorantes, favorecidos e desfavorecidos. Jesus Cristo deixou isso bastante claro quando disse: “Quem quiser vir, venha.”

Hebreus 6.18 fala que nós, crentes, corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta. Meu amigo, quero deixar muito claro hoje que, se ainda está sem Cristo Jesus em sua vida, você não está seguro. Se não tem Cristo, precisa entender que sua alma está em perigo. Você está sendo perseguido pelo inimigo de sua alma, o próprio Satanás, o qual carrega em sua mão a arma mais letal de todas: a morte. Ela é tão poderosa que atinge todas as pessoas. A Bíblia promete que o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23), o que significa que todos nós experimentaremos a morte, caso Cristo não retorne agora para buscar sua igreja.

Sua única esperança, meu amigo, é correr para a cidade-refúgio e para aquela Pessoa—o Deus-Homem que sofreu o golpe da morte, que saiu do túmulo levando consigo a vitória, que pegou a arma mais poderosa do vingador e a destruiu—, a fim de que tenha segurança eterna. Se está sem Cristo, você está sendo caçado. Oro para que você não se torne mais uma vítima do vingador.

Existe uma lenda que gosto muito sobre um servo no Oriente Médio que foi ao mercado comprar comida para seu senhor. Quando virou uma esquina, o servo deu de cara com a Morte vestida com seu manto e capuz, erguendo suas mãos que seguravam a famosa foice. O servo, apavorado com aquilo, saiu correndo com medo de ela ter vindo buscá-lo. Ele correu até seu senhor, explicou-lhe a situação e implorou que ele lhe desse um cavalo para que fugisse por alguns dias para o povoado vizinho chamado Samara, onde ficaria com alguns amigos. O seu senhor lhe deu o cavalo.

Então, o servo foi embora para Samara e seu senhor foi ao mercado comprar a comida. Quando virou a mesma esquina, o senhor se deparou com a Morte. Ela não demonstrou interesse nenhum nele; então, ele perguntou ousadamente: “Por que você ameaçou meu servo?”

A Morte respondeu: “Como assim?”

“Bom,” disse o senhor, “você ergueu sua foice para mata-lo; ele fugiu para salvar sua vida.”

A Morte respondeu: “Não... eu ergui minha mão porque fiquei espantado; eu não deveria tê-lo encontrado aqui, já que tenho um encontro marcado com ele hoje à noite na vila de Samara.”

Hebreus 9.27 diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo. Você está seguro, protegido?

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