A Escada de Jacó

A Escada de Jacó

by Stephen Davey Ref: Genesis 28

A Escada de Jacó

Gênesis 28

Introdução

Em nosso último encontro, falamos sobre a saga dos dois filhos—Esaú e Jacó. Se você perdeu, é só visitar nossa página na internet e ouvir a mensagem. Em nossa introdução à vida de Jacó, descobrimos que ele herdou de sua mãe a arte do engano: nós o vimos se aproveitando de seu irmão Esaú para arrancar de suas mãos o direito de primogenitura, e depois, num último ato sórdido de trapaça, ludibriou seu pai Isaque para receber dele a bênção.

Poucos minutos após Jacó ter saído da tenda de seu pai, Esaú retorna da caçada na esperança de receber a bênção, conforme seu próprio pai lhe prometeu. Após essa tragédia, a família se deteriora; imagino que acusações voaram de um lado para outro como flechas flamejantes. Por fim, Esaú pensou consigo mesmo: “Meu irmão me enganou de novo, mas essa foi a última vez,” e planejou mata-lo.

As intenções homicidas de Esaú chegam aos ouvidos da mãe Rebeca, e ela diz ao seu filho querido Jacó: “Meu filho, vai embora daqui porque seu irmão procura mata-lo, talvez até mesmo hoje à noite. Diremos a todos que você está indo para o nosso antigo país em busca de uma esposa.”

Bom, em outras palavras, se você pensa que a televisão inventa histórias boas, é porque ainda não leu o livro de Gênesis. O enredo começa a engrossar no capítulo 28, onde continuamos hoje nossa jornada por Gênesis.

Jacó Parte de Casa

Começaremos lendo Gênesis 28.5–9:

Assim, despediu Isaque a Jacó, que se foi a Padã-Arã, à casa de Labão, filho de Betuel, o arameu, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e de Esaú. Vendo, pois, Esaú que Isaque abençoara a Jacó e o enviara a Padã-Arã, para tomar de lá esposa para si; e vendo que, ao abençoá-lo, lhe ordenara, dizendo: Não tomarás mulher dentre as filhas de Canaã; e vendo, ainda, que Jacó, obedecendo a seu pai e a sua mãe, fora a Padã-Arã; sabedor também de que Isaque, seu pai, não via com bons olhos as filhas de Canaã, foi Esaú à casa de Ismael e, além das mulheres que já possuía, tomou por mulher a Maalate, filha de Ismael, filho de Abraão, e irmã de Nebaiote.

Vamos fazer uma pausa rápida aqui e ponderar sobre essa tragédia. Aqui está Esaú, o qual acabou de descobrir que perdeu a bênção; aquele que antes foi o filho favorito do pai, em certo sentido é, agora, substituído pelo irmão Jacó, o suplantador; esse é Jacó, aquele que toma o lugar de outro. Esaú, que não tem um coração muito voltado para as coisas espirituais, vê em seu irmão obediência ao pai e patriarca Isaque. Jacó tomará para si uma esposa dentre seus parentes, membro do clã de Abraão. Então, Esaú diz: “Talvez se eu for e pegar para mim mais algumas esposas, reconquistarei o favor de meu pai.”

Como isso é triste. Conforme vimos no estudo anterior, Isaque e Rebeca foram pais muito parciais: um deles amava Esaú, o outro amava Jacó. E aqui está Esaú tentando ganhar a aprovação de seu pai, que o amava. Não sabemos se conseguiu ou não, e isso é algo triste.

Vamos deixar Esaú de lado por um pouco. Na verdade, só ouviremos falar dele novamente cerca de 20 anos depois. Vamos nos concentrar em Jacó agora, começando em Gênesis 28.10–11:

Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã. Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois já era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro e se deitou ali mesmo para dormir.

Agora, apesar de Jacó merecer todos os problemas que receberá em breve, vamos, por um instante, nos colocar no lugar dele, nos simpatizar com sua situação e enxergar as coisas a partir dos olhos dele. Entenda que Jacó é tudo, menos um homem do campo; ele provavelmente nunca passou à noite sob as estrelas, dormindo ao ar livre. Conforme Gênesis 25.27, ele era homem pacato, habitava em tendas.

Jacó era um homem sentimental que tinha aprendido a cozinhar; ele era o favorito da mamãe e tinha crescido preso ao avental de uma mãe possessiva; ele era o garoto mimado por todos os servos de seu pai rico, o patriarca Isaque. Agora, aqui está ele, totalmente sozinho, desolado, sem nada, passando a noite ao relento.

Jacó acabou de ingressar numa viagem que demorará muitos dias, uma jornada de aproximadamente 800 km. O texto sugere que ele para para dormir nesse lugar não porque fosse um acampamento, mas porque o sol se pôs. Esse homem talvez nunca tinha acampado na vida; nunca fez trilha; mas aqui está ele, caminhando 800 km. Agora, se vê obrigado a parar porque o sol se pôs. Não vemos registro algum de um acampamento; a única coisa que vemos é Jacó chegando a um lugar árido chamado Luz e dizendo: “Bom, não posso mais prosseguir por hoje. É melhor passar a noite aqui.” Ele provavelmente tira seu manto, o enrola, pega uma pedra, coloca o manto enrolado sobre a pedra, deita a cabeça e apenas espera que a noite passe rápido.

Imagino que, enquanto deitado ali, muitos pensamentos passam pela sua mente, coisas como: “Será que verei novamente meu pai e minha mãe? Será que voltarei à minha terra natal? Será que meu irmão Esaú me alcançará e matará? Será que realmente valeu a pena roubar o direito de primogenitura e conseguir a bênção com logro?”

A verdade é que Deus estava moldando Jacó para que desenvolvesse uma atitude ensinável. A fim de fazer isso, Jacó precisaria se sentir só, num lugar deserto no qual perderia todo suporte que antes abafava a voz de Deus. Agora, Jacó está só; ali, naquele lugar solitário, numa região de solidão estéril e rochosa, Deus falaria.

Você já esteve nesse mesmo lugar? Você alguma vez reclinou sua cabeça no travesseiro de uma tragédia, uma provação, uma dificuldade, uma perda financeira, uma dor? Talvez esse tenha sido o momento de sua vida em que todo suporte foi esmagado e descobriu que estivera abafando a voz de Deus. Ali, naquela região árida, Deus fala com Jacó e falará com você.

Jacó Sonha Próximo a Harã

Durante a noite, Deus chega a Jacó em sonho. O início do verso 12 diz: E sonhou. O sonho era composto de três elementos.

  • O primeiro elemento no sonho de Jacó era uma escada.

Continue no verso 12: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu. O termo escada pode ser traduzido como “rampa, escadaria.” Esse era um sullam, como se fosse uma rampa que chegava ao portão do céu e descia até o lugar onde Jacó dormia e sonhava.

  • O segundo elemento era os anjos de Deus.

O verso 12 ainda diz que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Os anjos simbolizam os servos de Deus executando a vontade de Deus.

  • O terceiro elemento é a voz ou a presença do próprio Deus.

Continue nos versos 13–14:

Perto dele estava o SENHOR e lhe disse: Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.

É interessante entender que Jacó havia enganado seu pai para receber a bênção da aliança. Então, a probabilidade é grande de Jacó estar agora pensando: “Será que sou a escolha de Deus mesmo?”

Deus está mostrando a Jacó que, se ele tivesse apenas esperado, Deus lhe teria dado a bênção de qualquer maneira. Jacó sempre foi o eleito de Deus; ele havia sido escolhido para dar continuidade à linhagem messiânica. Assim, no meio daquele deserto, Deus simplesmente confirma: “Sim, você é o escolhido. Você é, de fato, o próximo na linhagem patriarcal. Você é a minha escolha.”

Nessa bênção, observe que Deus faz quatro promessas a Jacó.

  • Primeiro, e de forma muito compassiva, Deus promete sua presença.

Veja o verso 15: Eis que eu estou contigo. Deus promete sua presença ou companhia. O termo eis chama a atenção para o fato que segue: estou contigo; ou seja, “Você não está sozinho.”

Imagino que Jacó, pelo fato de nunca ter ficado sozinho no campo, deve estar com medo. Essa é uma região desértica, cheia de serpentes, rodeada de animais selvagens; e a única coisa que sabemos é que Jacó colocou nas costas o que tinha e partiu para Harã. Então, Deus chega e diz: “Jacó, você não pode me ver, mas quero que saiba que estou aqui com você.”

  • Segundo, Deus promete sua proteção.

Lemos ainda no verso 15: e te guardarei por onde quer que fores. Deus promete proteção e guarda.

  • Terceiro, Deus promete direção.

Veja o verso 15: e te farei voltar a esta terra. Jacó devia estar se perguntando: “Será que um dia voltarei à minha terra?” Deus diz: “Um dia, você voltará.”

  • Quarto, Deus promete garantia.

A última parte do verso 15 traz a promessa da garantia. Deus diz: porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido.

Ou seja, “Cumprirei aquilo que prometi.”

Jacó Responde a Deus

Diante desse sonho, Jacó reage de duas maneiras.

  • A primeira reação de Jacó à bênção de Deus é a de discernimento.

Veja a primeira reação no verso 16:

Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.

Nessa primeira reação, Jacó revela discernimento ou percepção. Ele diz, com efeito: “Nunca teria imaginado que Deus está neste lugar, mas ele está.”

Jacó havia limitado Deus ao altar de Isaque. Mas, antes de sermos rígidos demais com ele, precisamos reconhecer que fazemos a mesma coisa: limitamos Deus à igreja local. Deus está comigo quando estou na igreja; ele está comigo quando oro; ele está comigo enquanto leio a Bíblia—é aí que Deus está. Mas será que Deus está comigo às 6:30 da manhã, numa segunda-feira, enquanto me arrumo para ir ao trabalho? Será que ele está comigo no supermercado, ou quando preparo uma refeição na cozinha? Deus está comigo naquela sala de U.T.I. ou velório? Sim, Deus está nesses lugares também. Apesar de termos a tendência de limitar Deus ao que chamamos de “atividades espirituais,” Deus está em todos os lugares. Além disso, pelo fato de sermos seus filhos, Deus está até mesmo dentro de nós.

No verso 17, vemos que a reação de Jacó inclui temor reverente:

E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.

Em outras palavras, “Aqui, você acredita nisso?! Aqui no meio de pedras e em solidão, este é o lugar de Deus; este é, na verdade, o portão do céu!”

O cenário que temos é o seguinte: quando acorda com o sonho, Jacó reflete sobre a presença de Deus no meio da madrugada e começa a adorar a Deus ali mesmo. Em seguida, volta a dormir; e eu gostaria que ele tivesse ficado acordado. Isso porque os versos 18–19 nos apresentam um cenário diferente. É como se Jacó tivesse ido dormir e agora acordou bem cedo pela manhã com o nascer do sol:

Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite. E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel.

O termo hebraico luz, que origina o nome da cidade Luz, pode ser entendido como “lugar de separação, separar.” Agora, Jacó muda o nome do lugar para Betel, que em hebraico significa “casa de Deus.”

  • Agora, em sua segunda reação ao sonho, Jacó faz algo tolo: ele faz um voto. Esse é o primeiro voto do Antigo Testamento, e quero destacar três erros nesse voto.
  • O primeiro erro no voto de Jacó é que ele foi totalmente egocêntrico e egoísta.

Quero chamar sua atenção para todas as ocorrências de pronomes pessoais da 1ª pessoa do singular, ou seja, pronomes relacionados a “eu.”  Eles ocorrem 8 vezes nos versos 20–21:

Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus;

Isso é incrível! Jacó diz, com efeito: “Deus, se você realmente fizer tudo o que está me prometendo aqui, então, farei algumas coisas.” Perceba que Jacó busca seu próprio bem-estar com esse voto.

  • Segundo, o voto de Jacó sugere dúvida em relação a Deus.

Ele diz no verso 21: de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai. Isso significa: “Se você realmente é capaz de fazer o que disse—e não tenho certeza disso, e não sei o que mais fazer além de confiar no Senhor—então, confiarei em Deus. E ao final da jornada, se retornar em segurança à tenda de meu pai e minha mãe, então, darei uma chance a Deus.”

  • O terceiro erro no voto de Jacó é que ele representa uma tentativa de barganha com Deus.

Jacó tenta barganhar três coisas com o Senhor; observe cuidadosamente:

  • Primeiro, Jacó promete deixar Deus ser Deus.

Veja a última parte do verso 21: então, o SENHOR será o meu Deus. Jacó promete reconhecer o Senhor como seu Deus.

Agora, antes de castigarmos Jacó, precisamos reconhecer que fazemos isso com certa frequência; dizemos: “Senhor, se fizeres isso e aquilo, então, te servirei. Se o Senhor me ajudar nisso e naquilo, serei fiel a ti; até mencionarei teu nome no meu trabalho e testemunharei de ti! Se fizeres com que tudo dê certo em minha vida, se aplainares meu caminho, se suprires tudo o que preciso, se resolveres os meus problemas, daí, Deus, te darei uma chance e tu serás meu Deus.”

Será que isso é fé genuína? Jacó tinha que aprender. Deus o colocaria num curso de aprendizado da fé nos vinte anos seguintes para que ele aprendesse que fé é viver sem conspirar. O Cristianismo é viver sem maquinar, sem manipular, sem controlar. O que vemos aqui é que Jacó simplesmente tenta controlar e manipular Deus, como fez com seu irmão, seu pai e até sua mãe.

  • Em seguida, Jacó se oferece para erigir um memorial a Deus.

Veja o verso 22: e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus. Jacó pensa que Deus vai ficar impressionado com isso, chamará os anjos e dirá: “Estão vendo isso?! Olhem só, Jacó fez até um memorial!”

“É mesmo?! De quê, de ouro?” “Não, é uma pedra mesmo.”

É algo impressionante. Quando Deus fornece os detalhes para a construção de sua casa, talvez você se recorda que o belíssimo e suntuoso templo de Salomão era decorado com pedras preciosas, ouro e prata. E aqui está Jacó com uma pedra, dizendo: “Deus, este será o meu memorial a ti, caso fizeres o que prometeste.” Deus deve ter ficado muitíssimo animado com isso.

  • Terceiro, Jacó oferece dar o dízimo do que possuir.

Ele termina no verso 22, dizendo: e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo. Esse é um exemplo clássico do Cristianismo de nossos dias. Em outras palavras: “Deus, se me deres riquezas, te darei um tanto de volta. Se me deres tudo isso, Senhor, adivinha o que? Quanto mais me deres, mais devolverei a ti.” Falamos isso como se Deus precisasse de nosso dinheiro.

Creio que essa é a atitude da maioria das pessoas quando o assunto é o das ofertas financeiras. Pensamos: “Senhor, espere um pouco! Minha oferta depende do quanto você me dá. Se o Senhor me der muito, darei mais de volta.”

A coisa mais triste é que Jacó pensou que poderia subornar Deus com moedas.

A Resposta de Deus a Jacó

A essa altura, estou procurando um raio e um montinho de cinza onde Jacó estava de pé barganhando com o Deus Todo-Poderoso. Entretanto, Deus responde a Jacó implicitamente de duas maneiras.

  • Primeiramente, Deus responde com silêncio.

Agora, numa situação como essa, silêncio é algo bom; não há raio algum; não há cinzas no chão; isso é bom. Por outro lado, silêncio é ruim também porque Jacó passará 20 anos sem ouvir a voz de Deus.

  • A segunda resposta de Deus eu creio ser ainda mais poderosa; é a resposta da paciência.

Deus pensa consigo: “Ah, seu negociador, pechincheiro, vou manda-lo para a escola. Seu professor será Labão, que é mestre em negociar e barganhar. Ele mudará seu salário 10 vezes. Ele o enganará para que se case primeiro com a filha mais velha, enquanto você pensar estar para se casar com a mais nova. Ele irá tomar conta de você e ali você aprenderá que a fé em mim vem sem esquematizar, controlar, manipular e barganhar. Fé é simplesmente uma questão de confiar na minha soberania.”

Jacó precisava entender que Deus desejava fazer parte de sua vida cotidiana, que Deus deseja ser a prioridade. Deus não se contentará com outra coisa que não seja compromisso total a ele sem barganha.

Você pode dizer: “Ah, seria maravilhoso se Deus me desse uma escada; se ele me desse isso, jamais reagiria como Jacó; se eu tivesse visto Deus e anjos subindo e descendo as escadas, a rampa, jamais seria o mesmo.”

Agora, é impossível falar da escada de Jacó sem mencionar a belíssima figura da escada mencionada em João 1. João nos deu uma escada. Veja João 1.48–50. Natanael contemplava algumas verdades sobre o Messias debaixo de um pé de figueira. De repente, ele é conduzido a Jesus. Veja o que diz o texto:

Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel! Ao que Jesus lhe respondeu: Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois maiores coisas do que estas verás.

No verso 51, Jesus cita Gênesis 28.12:

E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

Jesus Cristo disse, com efeito: “Eu sou a escada. Eu sou a revelação entre Deus e o homem. Eu sou aquele que dá acesso ao trono do próprio Deus.”

Agora, eu e você, vivendo em nosso país numa época após a cruz, temos muito mais do que Jacó teve. Jacó teve um sonho rápido; nós temos Cristo habitando em nós; temos a escada morando conosco dia após dia. Mesmo assim, ainda barganhamos, ainda esquematizamos, ainda pechinchamos, ainda subornamos e dizemos: “Deus, meu relacionamento com o Senhor depende daquilo que tu me dás.” Mas Deus deseja que vivamos o tipo de vida que enxerga Cristo vivo todos os 7 dias da semana, pois ele está!

Conclusão

Vários anos atrás, recebi um artigo sobre um incidente que um pastor registrou. Inicialmente, achei meio esquisito. Mas, depois de ter pensado um pouco, percebi que não era tão esquisito assim.

Esse ocorrido se passou na Rússia antes da queda da Cortina de Ferro. Esse autor, o pastor, e vários outros pastores estavam viajando pelo nordeste da Rússia em busca de novas oportunidades para a instalação de uma estação de rádio evangélica.

Em uma das cidades onde pararam, o Comissário (uma espécie de prefeito) os conduziu numa caminhada sem saber que eram pastores—sabia apenas que eram americanos. E, evidentemente, ele queria comunicar alguma mensagem para esses turistas americanos. Quando eles caminhavam em direção ao centro da cidade, ele lhes disse que os cidadãos tinham muito orgulho da igreja deles e os convidou para entrar e vê-la de perto.

Ao se aproximarem da igreja, os pastores ficaram bastante surpresos ao verem uma bela construção branca com as famosas torres em formato de cebola bastante comuns na Rússia. Ao entrarem, perceberam que o saguão de entrada era bastante parecido com os das igrejas do ocidente, tendo portas que conduziam ao templo.

Contudo, quando abriram as portas e entraram no templo, ficaram boquiabertos: ele havia perdido qualquer semelhança a um local de adoração a Deus. Desde o chão até o teto, havia inúmeros poleiros pendurados, repletos de galinhas chocadeiras. A igreja tinha sido transformada numa granja.

O Comissário gesticulou com os braços e disse: “A nossa igreja é a granja mais elegante de toda a região.” Daí, ele olhou para os americanos e anunciou: “Galinhas são reais, Deus não.”

Temo que muitos de nós vivem com essa mesma atitude. Dizemos que a dor, a doença, as dificuldades, o problema, a crise financeira—essas coisas são reais; daí, nos perguntamos: “Onde está Deus?”

Lá naquela região árida e rochosa chamada Luz, Deus foi a Jacó e disse: “Eu estou aqui. Eu projetei o travesseiro sobre o qual você agora reclina sua cabeça. Eu planejei que sua rota, por mais tenebrosa e amedrontadora que tenha sido, passe por aqui. E quando você chegou, descobriu que eu já estava aqui esperando por você.”

Meu querido, Jesus Cristo está esperando por você também. Ele disse em Hebreus 13.5: nunca te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Quer seja no santuário de uma igreja ou numa região árida de solidão e isolamento, Deus está lá. Pode confiar!

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